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𓊝 𝐒𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐃 : 𝑒𝑖𝑟𝑖𝑘 ℎ𝑟𝑎𝑓𝑛𝑘𝑒𝑙 𝑎𝑡 𝑡ℎ𝑒 𝑧𝑒𝑙𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑛𝑖𝑣𝑎𝑙.
A escolha de trajes de Eirik foi um pequeno ato de rebelião: para além de acentuar os cabelos ruivos, o verde-musgo de seu sobretudo não possuía nenhum adorno dourado. Renegava a pressão imposta pela família da maneira que podia, com um pequeno gesto que só seria notado pelos demais nobres.
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❝ you look very cultured. very educated. like you know all about geography… and geology… and genealogy… and algae… ❞ (caelan)
Eirik tirou o par de óculos no mesmo instante, o colocando de volta na prateleira. Experimentar armações na companhia de Caelan tinha sido uma péssima ideia mas, dado o fato de que era por culpa dele que tinha quebrado a original, o tinha intimado para o forçar a pagar. ── Você veio narrar tudo o que faço ou veio ajudar? ── Questionou, aborrecido, o dando um empurrão sem real força para pontuar a resposta atravessada. Sua visão era péssima, e sequer conseguia enxergar muito bem o próprio reflexo no espelho ao experimentar cada opção. Se sentia como a Velma sem suas lentes de contato, o que tornava Caelan o Scooby naquela analogia em particular. ── Eu devia escolher a armação mais cara como vingança. ── Não que o custo fosse fazer um buraco no orçamento do herdeiro queridinho: o argumento estava no princípio da coisa. Se muniu de um par de óculos redondos e reforçados, feitos para comportar lentes fundo-de-garrafa, e o colocou no rosto do mais velho. Contemplou o resultado com a melhor expressão pensativa, como se realmente estivesse vendo mais que apenas um borrão. ── Talvez te ajude a enxergar a realidade quando o assunto é minha irmã.

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Qual o seu filme favorito?
O Eirik adora cinema, e é impossível pra ele escolher um só. Seu gênero favorito são os filmes históricos. Ele gosta muito de Hidden Figures (2016), Schindler’s List (1993), e Gladiador (2000). Odiou a continuação desse último, inclusive, assunto polêmico para se levantar com ele.

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Olá! Encontrei o seu blog por acaso e achei-o muito bonito! O meu português ainda não é muito bom, mas gostaria de lhe pedir que me explicasse como funciona esse roleplay no Tumblr. Obrigada! 💖
#𝐎𝐔𝐓𝑂𝐹𝑪𝑯𝑨𝑹𝑨𝑪𝑻𝑬𝑹: Obrigada pelo elogio, anjo! Eu não sei se sou a melhor pessoa para explicar como funciona, mas eu indico procurar a ajuda de alguém como o @jackhelps, que tem a conta dedicada a escrever tutoriais e guias para jogadores de roleplay aqui no Tumblr. Este post dele explica um bocado sobre as dinâmicas de rp aqui na plataforma.
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describe their closet. / one example of a significant change in their backstory now that the world’s changed. / top five favourite things not available in their canon verse.
one change in their backstory now that the world’s changed. Neste universo, Eirik não está sob pressão para ser herdeiro, e escolheu seguir a tradição da família na política por conta própria – não para propagar o legado, mas para representar visões progressistas e diferentes das pregadas pelo pai. Sua filiação democrata e não republicana como os demais Hrafnkel é frequentemente manchete nos tabloides.
top five favourite things not available in their canon verse. Aviões. Parques aquáticos. Pizza de pepperoni. Boba tea. Spotify.
describe their closet. Existem duas versões do Eirik: a profissional, que sempre vai ao congresso de gravata e suéter, e a real, que prefere calças cáqui e blusas de linho. Quando não está engomadinho para o trabalho, gosta de vestir tons de marrom, bege, e branco. As abotoaduras de suas mangas são sempre de ouro, com o monograma da família. Tem uma extensa coleção de relógios, e não sei de casa sem um. Tem preferência por sapatos italianos, e se importa mais com a própria aparência do que gostaria de admitir.
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what did they study / what are they studying?
A única certeza de Eirik era que queria estudar bem longe da família, e por isso só considerou universidades internacionais para a sua graduação. Se formou bacharel em História na Universidade de Oxford, e então no programa de mestrado em Ciência Política da London School of Economics and Political Science. Tem planos de continuar os estudos e obter o PhD eventualmente, mas atualmente está difícil de conciliar com o trabalho de vereador de cidade pequena. Se tudo der errado na carreira política, seu plano B é ser professor universitário.
#𝑡𝘩𝑒 𝑘𝑒𝑒𝑝𝑒𝑟 𝑜𝑓 𝑚𝑒𝑚𝑜𝑟𝑦. (extras)#sim o eirik é vereador em uma cidade tipo xique xique bahia#foi o que eu imaginei pra ele#num sei qual ainda pq tenho que ver com o povo onde eles moram mas fica a reflexão
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A última mensagem que enviou 👀
feat. @fromodins
#𝑡𝘩𝑒 𝑘𝑒𝑒𝑝𝑒𝑟 𝑜𝑓 𝑚𝑒𝑚𝑜𝑟𝑦. (extras)#with fromodins.#canon que independente do universo ele só pensa em comida#e ele escreve com letras maiúsculas e pontuação na maior parte do tempo JKKKLKK
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ㅤㅤㅤㅤpulling my weight in gold. eirik hrafnkel joins the 21st century.
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⠀( … )⠀SETTING : em sua câmara de recepção de Hexwood com @zcrabyn.
O chá escaldante tinha queimado a ponta de sua língua, a sensação de a passar pelo lábio inferior se tornando áspera conforme se preparava para falar. Tinha planejado aquela interação cuidadosamente ao convidá-la para um chá: para além de querer se atualizar na vida da amiga, precisava de sua ajuda. Era a hora para a parte mais delicada de seu plano, e Zara era a melhor pessoa que conhecia quando o assunto era escolher as palavras certas. Empurrou os doces de confeiteiro em sua direção, buscando adocicar seu humor antes de a explorar. ── Pedi seus favoritos. ── A informou, girando o prato que os continha até que a seleção feita em sua homenagem estivesse de seu lado da mesa. Não tinha vergonha alguma em ser um puxa-saco quando tinha algo a ganhar, e a daria a oportunidade de mordiscar a variedade de bolinhos e bolachas antes de continuar. Comilão que era, também se ocupou com uma madeleine, saltando da mesa onde estavam para buscar os utensílios de que precisava tão logo terminou de mastigar. Revirou as gavetas de seu console por um par de segundos, e voltou ao assento com papel, pena e tinteiro em mãos. ── Desculpe o convite súbito, mas tenho um favor a pedir. ── Revelou por fim, assumindo uma seriedade que não lhe era característica. ── Preciso escrever uma carta para Jester, e achei que você gostaria de ajudar. ── Dispondo dos objetos na mesa, voltou a levar a xícara de chá à boca. Não sentiu a necessidade de mencionar o tópico, já que ela há muito o sabia. Ethel. Precisava contar sobre seu envolvimento ao fofoqueiro mor do reino, e não tinha o vocabulário cru necessário para escrever uma nota convincente. Era nesta parte que Zara entrava.
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A mão pousada em seu ombro parecia pedir pelo entrelace de seus dedos, e era quase uma forma de tortura não poder fazê-lo enquanto estavam em público. Era necessário se equilibrar em uma corda bamba para que seu plano desse certo: era bom que fossem vistos na companhia um do outro, mas se a interação entre os dois fosse imprópria logo de cara, temia que as medidas tomadas pelos Hrafnkel fossem mais drásticas que aceitar o casamento que planejava impor. Era extrema a sua cautela quando o assunto era garantir que o curso de ação que tinha traçado para tornar a união possível não acabasse por a colocar em risco no processo. Como consolo para si mesmo, se resguardou na certeza de que a compensaria com todo o afeto que tinha a oferecer tão logo não houvesse viva alma a testemunhar.
Não costumava ter a mente suja mas, francamente, alguém poderia o culpar pelos pensamentos inapropriados na companhia da mulher mais bonita do reino? Era coisa de sua cabeça, é claro, mas a declaração sobre explorar o bosque a dois para ele tinha ares de sugestão. Pigarreou, pego de surpresa pelos caminhos de sua mente, sabendo que o rubor aquecia suas faces sem precisar encarar o próprio reflexo para confirmar. ── File that under the things you'll have to show me, then. ── A própria resposta carregava subtom, a tensão que havia entre os dois parecendo afiada como uma faca conforme caminhavam lado a lado na direção da área arborizada. Desviou desesperadamente o olhar pois sabia que se permitir encará-la seria espiar o decote modesto que parecia o convidar. Ainda era um homem honrado, por muito que aquela fosse sua futura mulher, e não a desrespeitaria de maneira tão descarada – roubaria uma olhadinha quando ela estivesse distraída.
Tão logo tinham a cobertura das árvores e a certeza de que curiosos não os avistariam, interrompeu suas passadas e a agarrou pelo pulso para estacar as dela, e não se surpreendeu ao perceber que Ethel buscava por seu toque em igual medida. Deu um passo em sua direção, a fazendo recuar contra o tronco de um freixo, onde a encurralou. Toda a distância entre seus corpos lhe parecia desnecessária, e dela se desfez sem hesitar – agora que partilhavam uma promessa, suas preocupações com a ideia de violar sua honra tinham sido prontamente flexibilizadas. A adrenalina de ter estado na linha de frente durante o ataque de Jörmungandr em nada se comparava com o frio em sua barriga ao saber que estava prestes a beijá-la. ── Não me engajei no combate de fato, só usei a magia para ajudar as Khajar Al Kahandor. ── A tranquilizou, sabendo que era natural se preocupar com alguém como ele naquelas circunstâncias, dado que não tinha treinamento militar algum. ── Eu te vi. Com Aygoas, digo. Não conseguia desviar o olhar. ── A confissão foi acompanhada de um sorriso. Há muito já tinha perdido a vergonha de admitir como ela o tinha comendo em sua palma, e nunca a tinha visto tão bonita quanto no momento em que a avistou no olho do furacão, os cabelos esvoaçando conforme improvisava um torniquete na pata de um dragão.
Tinha algo urgente a fazer, e por fim tinha reunido coragem suficiente. Podia ouvir os batimentos do próprio coração conforme tomou o queixo dela em sua mão, o erguendo para poder encarar os olhos castanhos como se na esperança de desvendar tudo o que ela pensava. Ao pousar o toque em sua cintura, sentiu como se a curva tivesse sido feita para receber o encaixe. Em silêncio, se permitiu admirar o rosto delicado por um par de segundos, a atenção se demorando nos lábios corados. ── I hope he doesn't mind waiting. I have other plans for you right now. ── Não era preciso ser detetive para seguir a direção de seus olhos e entender perfeitamente quais planos eram. Deu conta de míseros dez minutos na companhia de Ethel antes de ceder ao impulso de a beijar, e o fez com um afeto que não tardou a dar lugar ao desejo.
Não havia trazido Muninn consigo por um motivo, e se perguntava se Ethel o iria maldar.
Como alguém que baseava tantas de suas ações nos conceitos de fé e devoção, talvez devesse tentar encontrar significado no fato de que, apenas nos últimos meses, havia perdido a conexão com o reino divino, foi forçada a dar adeus ao único lugar que conhecia, além de testemunhar quase que literalmente o fim dos tempos. Ethel não pensava ser impossível tudo aquilo constituir um sinal, algum tipo de cifra que a apontaria para uma ou outra direção, mas acreditava demais na bondade de sua deusa para, apesar de ser frequentemente consumida por um preocupação sufocante, focar sua atenção somente nos desdobramentos negativos de seus caminhos recentes. Cada pedaço perdido foi recompensado na forma de laços improváveis e, para o seu enorme e eterno deslumbre, em amor. Quando seus olhos ávidos e curiosos avistaram a figura de Eirik, a amálgama de sentimentos em seu interior era multi-colorida em tons vibrantes: sentia-se aliviada, extasiada e, principalmente, feliz. Não podia imaginar uma realidade em que qualquer sinal fizesse Ethel se arrepender de ter conhecido aquele homem. Seu desejo era envolvê-lo em um abraço ali mesmo, ou então beijar seus lábios até que ele entendesse a um nível fundamental o alento que era vê-lo de perto.
Precisou se contentar, entretanto, com pousar a mão direita sobre o ombro de Eirik, pelo menos enquanto ainda estivessem cercados de olhares tão curiosos. Sabia que parte do objetivo do plano proposto por ele para justificar o enlace que haviam prometido um ao outro semanas antes, era justamente vender uma ideia pública de que os dois estavam intimamente envolvidos; ainda assim, já havia passado tempo o bastante longe dele para arriscar ter sua tarde juntos interrompida por opiniões escandalosas. “Pois aposto que logo vai entender que esses bosques são muito agradáveis para explorar a dois.” Em Eldrathor e Zelaria, Ethel conhecia cada árvore e folhagem como a palma de sua mão, anos de de familiaridade lhe conferindo a habilidade de se localizar quase de olhos fechados; ainda não tivera a oportunidade de aprender os caminhos dos arredores de Ânglia com a mesma confiança, mas havia escolhido um lugar de vegetação pouco densa, apenas para que pudessem aproveitar o som de primavera em uma clareira próxima a um curso de água.
A changeling iniciou a caminhada em direção às árvores, certificando-se que Eirik a seguia e que ninguém mais ao redor, já na porção derradeira do mercado, parecia curioso o suficiente para prestar atenção nos dois. Queria estender a mão em direção a ele, entrelaçar seus dedos e não soltar até que fosse absolutamente necessário; ainda que não fosse a maior adepta a demonstrações públicas de intimidade, não via a hora de terem a liberdade de ao menos engajaram em pequenos atos de afeto, ao invés de precisarem sempre optar por certa cautela – se bem que, considerando que o primeiro beijo que dividiram teve como cenário um corredor bastante público em Hexwood, Ethel não imaginava que estavam fazendo um ótimo trabalho no quesito descrição. Tão logo se encontraram ocultos pela barreira natural verdejante, ela interrompeu o trajeto para dedicar sua completa atenção a Eirik, aproximando-se de maneira a tocar-lhe o rosto, os ombros, trilhar o caminho até seus braços, como se buscasse se assegurar que ele estava mesmo ali, bem e inteiro. “Fiquei sabendo que estava na linha de frente quando a batalha se iniciou. Estava preocupada com você.” Sua voz soou baixa e delicada, como se partilhasse um segredo feito somente para ele e a natureza que os cercava.
“This whole being in love ordeal will someday end me, surely. My heart can’t take loving you from afar.” Apesar de sua escolha um pouco deprimente de palavras, o sorriso terno que coloria seus lábios não a deixava mentir; estar apaixonada por ele a fazia feliz, acima de qualquer outra dificuldade que pudessem encontrar pelo caminho. “At least the weather seems to be in our favour today, there’s a lovely pond up ahead.” Não havia preparado um piquenique digno de nobreza como ele fizera da última vez, mas o caminho estava cheio de frutas locais que podiam desfrutar – pensou que ele pudesse apreciar um pouco dos conhecimentos de Ethel para além das páginas de um livro, no mundo real. “We might even get a visitor later, assuming he’s willing to give up his nap to grace us with his presence.”
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Sua presença no Museu tinha se tornado algo como uma constante semanal desde que as aulas em Hexwood haviam sido suspensas. Obcecado com a própria investigação que estava, voltava ali de novo e de novo na esperança de descobrir ou lembrar de algo novo sobre seu Panteão, qualquer coisa que pudesse o revelar um caminho para evitar que os presságios do Ragnarök se materializassem. Estava encarando a exposição sobre a serpente de Midgard quando uma voz o fez erguer os olhos em busca da origem. Não conhecia a mulher, mas o rosto lhe era familiar. Talvez a tivesse visto pela Academia desde a mudança dos changelings. A pergunta dela o arrancou um ronco, a tentativa fracassada de segurar a própria risada o entregando. Era justamente o problema que vinha enfrentando. Todos os registros da história de Aldanrae e dos deuses pareciam editados. ── Absolutamente tudo. Se soubermos 10% sobre nosso passado já é muito. ── Retrucou, o tom entregando o quanto aquela verdade o aborrecia, pois era um obstáculo direto em seu caminho. ── E acho que o revisionismo vai até além. Também mudam a história dos deuses para os tornar mais palatáveis. Muito do que aprendi sobre Odin precisou vir do próprio, já que os halls do Museu só falam sobre sua glória. ── Partilhou um pouco do que o afligia, sabendo que não dava riqueza de detalhes o suficiente para instigar nada além de curiosidade. ── Sabe o que mais me incomoda? Também não se fala nada sobre Uthdon. Imagino que os changelings que sobrevivem à fronteira façam os próprios registros, mas nunca os vi circularem.
open starter!
museu de história aldareana 📍
Apesar de seguir a índole de uma religião da qual ninguém proferia em voz alta, Aerith ainda era muito curiosa com relação ao que os demais cultuavam. Afinal, quanto mais soubesse, mais argumentos teria para orientar-se em seu propósito. Sendo assim, a ida ao museu fora estritamente para ocupar-se de uma forma que não fosse tão maçante. Pouco ia no recinto, mas havia um motivo: tédio, o que deveria ser o mesmo motivo de tantos outros. Por mais que fosse ácida em determinados momentos, pensou no quão gratificante seria ter uma visão de outrem se puxasse assunto, até para entender os porquês. "O quanto você acha que alteraram a história para ser mais family friendly?" Estreitou o olhar na direção da pessoa, ainda mantendo o respeito pelo espaço pessoal entre eles. "I mean... A quantidade de khajols que já devem ter sido devorados por dragões deve fugir de contagem, bem como o tanto de meio-feéricos que morreram em conduta por causa deles também. Mas, isso eles não poupam, é claro. É muito mais comum que um nobre sofra do que um mestiço, huh?"
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feat. @ethcl
Rainer Maria Rilke, from a diary entry featured in Diaries of a Young Poet
#𝑡𝘩𝑒 𝑘𝑒𝑒𝑝𝑒𝑟 𝑜𝑓 𝑚𝑒𝑚𝑜𝑟𝑦. (musings)#hoje postei o que eu tinha prometido no eirik#pude pouquíssimo#o plano é zerar o tad e responder o chat amanhã se o universo permitir#num desistam de mim amo vcs
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⠀( … )⠀SETTING : no Sycamore Park com @melikeylm.
Tinha emboscado Melike durante o café da manhã, não a dando opção que não acompanhá-lo em sua missão. A tinha recrutado para ajudá-lo após a visa ao Museu de História da capital mas, com o ataque a Ânglia, seus planos de encontrar a raiz de Yggdrasil tinham sido colocados em pausa até o retorno a Hexwood e a volta às aulas. Tinham uma ou duas horas livres antes da primeira lição do dia, e era por isso que a estava arrastando até a área florestada mais próxima. A reserva ecológica de Ardosia não era a mais selvagem das matas, mas por ora teria que bastar. ── Não acho que a árvore esteja aqui, mas talvez possamos tentar fortalecer seu vínculo com Fauno primeiro. ── Sugeriu enquanto revirava a bolsa onde carregava todos os seus cacarecos, incluindo o seon. Muninn se encolheu para o permitir encontrar as folhas de sacro cardo e o pincel. Na ausência da pira e graças ao aprendizado com a convivência com os changelings, tinha desenvolvido o hábito de queimar a erva sagrada como os feéricos fariam com a salvia. Um simples aon bastou para começar o pequeno fogo, e então guardou o pincel no bolso.
Precisava ser sincero com a amiga se iam se enfiar naquela roubada juntos. Não podia garantir que estariam seguros, e não era justo omitir e a colocar em risco sem que ela soubesse. ── Talvez seja um bom momento para mencionar que a árvore que eu estou procurando é Yggdrasil. ── Admitiu, tendo a decência de parecer envergonhado por ter guardado o segredo até então. Permitiu que a fumaça densa preenchesse o ar enquanto revelava mais de seus planos. ── Não é coisa da minha cabeça, Meli, você viu Jörmungandr com seus próprios olhos. É o começo do Ragnarök, e eu preciso saber o que fazer a respeito. Tenho esperanças de que Yggdrasil me mostre o caminho, e preciso que você me ajude a encontrá-la. ── Temia que ela dissesse não, e por isso estava revelando os fatos em doses homeopáticas. Aquela era a verdade quase inteira: procurava na verdade Mímisbrunnr, a fonte do conhecimento na dimensão de Jotunheim. Sem a pira, tinha esperança de que a raiz que conectava os nove mundos o permitisse alcançá-lo, e que mantivesse os gigantes longe no processo. Desembucharia aquela parte se conseguisse convencê-la a continuar.
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⠀( … )⠀FLASHBACK : perto da muralha de Ânglia com @ethcl.
Seus piores medos tinham se confirmado tão logo Jörmungandr emergiu do mar: o Ragnarök estava à porta. Estava com a irmã quando o céu se abriu, e a urgência de a proteger acabou por o colocar no olho do furacão, envolvido na ação da batalha pela primeira vez em sua vida. Usar de sua mágica para proteger o reino o fez sentir útil, e o deu um propósito maior que o de assumir o título de Valdr. Poderia se acostumar com a sensação, não fosse a preocupação esmagadora com todos a quem queria bem.
Passado o pior, tinha um inventário mental a checar, começando pelo bem-estar de Ethel. Seus olhos tinham se cruzado durante a batalha, e seu peito tinha se enchido de orgulho ao vê-la atendendo aos dragões feridos na companhia de Aygoas. O aquaris de escamas turquesas era uma coisinha pequena comparado às bestas na linha de frente, mas cortava os céus com uma agilidade incomparável, e Eirik se viu curioso para conhecê-lo tão logo o temor pela sua vida e a de sua noiva passou.
A chamar de noiva tinha um gosto adocicado mesmo em pensamento, e o fez sorrir enquanto caminhava na direção do ponto de encontro escolhido. A tinha enviado um bilhete através de Magdalena, e agora rumava aos portões da muralha, a guarda reforçada o tomando mais que um par de minutos de tempo antes de poder seguir seu rumo. A ideia não tinha sido sua mas, fora dos limites da capital e longe de olhos observadores, supunha que pudessem estar um com o outro sem receios. Tão logo sua carruagem alcançou o destino, tratou de bater contra a madeira um par de vezes, indicando que o condutor estacionasse o veículo para que pudesse descer. O tinha subornado para o deixar a sós mas, não confiando apenas no dinheiro, planejava apagar sua memória com magia antes que tivesse a chance de dar com a língua nos dentes para Gydda – um truque que tinha aprendido graças às lições privadas de Manipulação da Realidade. Espiou o ir e vir de mercadores sob a sombra de uma árvore, buscando pela figura familiar entre a multidão até avistar os longos cabelos castanhos a que tanto adorava. Não aguentou esperar: foi de encontro a ela na metade do caminho antes que tivesse a chance de o alcançar. Ainda não podia a cumprimentar como queria, mas o sorriso de orelha a orelha que estampava seu rosto estampava de maneira clara sua intenção. ── Thank Odin you're okay. ── Exclamou, a olhando de cima abaixo como se quisesse se certificar de que a conclusão não estava equivocada. Os olhos se demoraram no anel de visco que adornava seu dedo, e que ainda esperava por companhia. Tinha tido uma ideia que desejava partilhar, mas não queria começar a tagarelar logo de cara. Primeiro a daria a oportunidade de falar. ── Estou curioso com a sua escolha de local. ── Admitiu, não tendo o costume de frequentar os arredores de Ânglia por conta própria.
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Freyja parecia não ter ido tão longe quanto ele quando o assunto era conjurar os piores cenários possíveis em resposta ao que ela tinha compartilhado. Ansioso que era, Eirik já tinha uma lista itemizada de consequências que a ela poderiam ser impostas se a informação sobre o beijo clandestino fosse exposta, as piores sendo resultado direto de a verdade alcançar Jacquemus. A transgressão da irmã poderia ser interpretada como desrespeito a ele, que teria direito de exigir retaliação – direito este que só poderia ser repelido pela intervenção da coroa. Não importa de qual lado tentasse analisar a situação, as peças agora dispostas no tabuleiro a colocavam completamente à mercê dos Essaex. Se o segredo dela e do príncipe viesse à tona, a única pessoa poderosa o suficiente para mantê-la em segurança era o monarca volátil que atendia pelo nome de Seamus, e aquela era uma verdade que o manteria acordado noite adentro até que tivessem um maldito desfecho para toda a situação. Havia certo conforto em saber que ao menos o tinham feito em um lugar reservado, ainda que planejasse descobrir um a um quem eram os criados em serviço no dia só por desencargo de consciência. Ao menos não precisava se preocupar com Ubbe dando com a língua nos dentes, já que Freyja tinha alcançado a mesma conclusão sobre o irmão mesmo sem que tivessem oportunidade para confabular a respeito até então. A menção de um golpe planejado o colocou em alerta, porque era para onde suas suspeitas vinham se encaminhando – não por Ubbe, mas pela influência de Gydda, que tinha tido a oportunidade de o moldar por quase uma década sem a interferência dos gêmeos. Quando crianças, Eirik e Freyja tinham protegido um ao outro. Aos dezoito anos, quando começaram sua educação em Hexwood, não tiveram escolha que não deixar o mais novo a sós com a mãe. ❛ Ainda não tenho certeza de que Ubbe é o problema. ❜ Ou ao menos queria desesperadamente acreditar que não, mas as cartas que vinha recebendo e que o atiçavam a reações inflamadas só alimentavam as suspeitas que vinha tentando abafar. ❛ Temo que ele seja só um instrumento nas mãos de mamãe. ❜ Esperava que ela entendesse que ao dividir o que pensava com ela, estava traçando uma linha na areia que os colocava do mesmo lado contra o que quer que viriam a enfrentar.
Ainda lhe era estranho ouvir a irmã mencionar Ethel sabendo de tudo o que partilhavam: o alívio que sentia era inesperado. Uma sensação impura e culposa preenchia seu peito sempre que era forçado a mantê-la como um segredo sórdido, e poder falar a respeito do destino que agora partilhavam ao menos era um consolo quando a situação da irmã parecia inversamente proporcional em comparação. ❛ Ethel fez uma escolha, assim como você terá a chance de fazer a sua. Meu dever é garantir que esta oportunidade não lhe seja roubada. ❜ Uma vez acalmados os ânimos, aquela era a mais diplomática das respostas, e que escolhia deixar a ira que sentia sempre que pensava em Caelan de lado por ora. Guardaria o castigo dele para outra ocasião. Tratou de ocupar as mãos ajeitando a lapela de modo a disfarçar a própria inquietação – a sensação de impotência sempre se manifestava no gesto de procurar o que fazer. Seus olhos se suavizaram ao ouvi-la falar sobre a pequena diferença de idade que tinham: apenas sete minutos o separavam e, até onde lhe dizia respeito, estes eram o suficiente para colocá-lo na posição de protegê-la para o resto da vida. ❛ Não te trato como um cristal delicado, te trato como a minha irmã. Com sorte chegaremos aos setenta anos e eu seguirei te protegendo da mesma maneira. É o que irmãos fazem, então sugiro se acostumar. ❜ Após vinte e seis anos, a constatação não era novidade alguma, e não tinha planos de permitir que a realidade mudasse. O vínculo que dividiam ao partilhar um ventre e uma divindade era a única constante em sua vida.
Por fim, escolheu colocar-se de pé e caminhar até ela. Qualquer um que por ali passasse os veria propriamente acomodados em suas cadeiras e colocando a leitura em dia graças ao combo de seus feitiços, e aquela era a cobertura ideal para poder a oferecer algum conforto físico. Já a tinha dado seu lenço, mas a viu sacar o próprio, as manchas de sangue dispersadas com magia não lhe passando despercebidas. Optou por usar as costas das mãos para enxugar o que restava de suas lágrimas, estudando o rosto familiar como o seu próprio até que este lhe pareceu tão calmo quanto o possível dadas as circunstâncias. Seus olhos azuis buscaram os dela com uma determinação pouco habitual, resistindo à tentação de os desviar sempre que a situação se tornava demasiado intensa. Não tinha muito que a podia oferecer quando o assunto era o desejo carnal, mas Freyja sempre encontraria em seu laço um lugar seguro para retornar. ❛ You'll always be loved by me. ❜ Mais do que o pai, a mãe, e até o irmão mais novo, a gêmea era a personificação da palavra família para ele. Pontuou a promessa com um beijo no topo de sua cabeça, sabendo que era o melhor que poderia fazer por ela por agora. ❛ Let's put this to rest for now. I'll talk to Caelan myself and we'll go from there. ❜ Por 'conversar' ele queria dizer algo diferente, mas Freyja não o precisava saber – ainda não. Colocaria o melhor amigo em seu devido lugar e imporia juízo sobre sua caixola se necessário. Foi só então que o rubor das faces o atingiu, confrontado pelas palavras afiadas sobre as próprias aventuras. A ideia de discutir o paradeiro de sua boca e língua com Freyja lhe era tão atraente quanto arrancar as unhas com um alicate uma por uma. ❛ And let's please never talk about what I've... tasted... again. ❜
Sacou o pincel e estendeu a mão para desfazer os aons que os ocultavam até então, estourando a pequena bolha onde estavam seguros do mundo. Sabia o que dizer para que amarrassem o pequeno momento com um nó, e o fez com uma mão pousada em seu ombro. ❛ Mom will send someone looking for us soon – try not to look like you've been crying your eyes out or you'll give her the satisfaction. ❜
Tão logo ela se recuperasse, encarariam a vida real juntos.
ENCERRADO.
Discutir com Eirik parecia ser um caminho sem volta e Freyja estava cansada. Os últimos acontecimentos tinham tirado de seu interior tudo o que sabia sobre alegria e liberdade. Sentia-se cada vez mais triste, indecisa e incerta, mas sobretudo, estava desesperada para se livrar de tudo o que lhe haviam condenado da maneira que pudesse. Eirik queria apenas ajudar, ela compreendia, só não sentia que o estava fazendo da maneira correta. Freyja poderia novamente pontuar e jogar na mesa sobre as desavenças com Ethel, mas seria como socar uma parede reforçada com vinte trilhas de tijolos: quando conseguisse quebrar, teria todos os dedos moídos. Ele tinha certeza do que queria e sabia como o faria, diferente dela que dependia de todos, menos de si mesma. “Na sala particular de oferendas.” Respondeu com a voz quase falhando. O corpo parecia minúsculo conforme falava sobre sua intimidade. Nunca houve segredos entre eles, mas era a primeira vez que Freyja vivia algo digno de ser sentido e recordado após ocorrido. No passado, suas aventuras românticas não tinham nada de romantismo e tampouco passavam de beijos rápidos e quase esquecíveis demais. Sabia que ninguém os tinha visto pela regra respeitosa que khajols e changelings tinham sobre oferendas. Dificilmente violavam algo dos outros ou invadiam espaços já ocupados. Caelan também andava livre, provavelmente uma ordem do imperador para que seus filhos se misturassem como iguais com os demais, e nenhum guarda estava de olho neles. Ela mesma tinha checado mais de uma vez. O choro agora era silencioso, Freyja se retraindo para dentro de si sem esconder o quanto aquilo a incomodava. “Eu sei. Não conto nada a Ubbe desde o Saturnália. Eu entendo agora o que você quis dizer e como ele pode ter feito as coisas, apesar de ainda não achar que ele tenha motivações claras para isso. Nenhum irmão quer ver os demais em briga a não ser que tenha um golpe planejado.” Mal tinha pensado naquela sentença e em como ela fazia sentido quando tudo era unido, deixando passar despercebido o que se aplicava a eles. Thorbjorn também tivera suas desavenças com os tios que por pouco não se tornaram piores, mas tudo estava tão oculto que Freyja jamais suspeitaria de seu irmão bebê, o que ele sempre seria para ela. “Não ligo se me achar uma idiota ou uma vadia. Eu até preferiria o título se fosse me impedir de me casar com um dos piores homens do mundo.” Fungou uma vez, olhando-o outra vez com dificuldade.
“Ela não deixa de ser uma dama só porque é do exército. Ethel é facilmente uma das mulheres mais bonitas que já vi. Quando ela entrar para o nosso mundo, especificamente o seu, vai sofrer com consequências assim como você. É uma dificuldade e tanto.” Não conseguia não ter empatia por ela. Eirik poderia justificar como quisesse, mas Freyja sempre escolheria qualquer mulher para defender. Era tudo mais difícil para elas e o assunto vinha sendo colocado em prática com mais frequência ultimamente. Agora que tantos khajols e changelings estavam envolvidos uns com os outros, a preocupação pairava no ar. Era justo que Ethel tivesse a chance de ter um outro plano, mas tudo já estava decidido e se ela concordava com Eirik, Freyja não tinha razão para alertá-lo mais. Novamente, ele tinha toda a sorte e resolução que parecia estar cada vez mais longe de Freyja. Queria pensar que era algo decidido por Odin, alternando entre quem teria um privilégio de cada vez, entretanto, o deus não parecia ser afetuoso com aquele tipo de intervenção. Os olhos encheram-se outra vez, o sentimento horrível de inveja, ciúmes e contrariedade enchendo seu peito e a fazendo se sentir péssima. Os ombros encolheram-se para dentro do próprio peito e ela assentiu, os lábios ressecados ardendo quando os lambeu antes de falar. “Não pode culpá-lo quando sempre deixei claro para todo mundo que nunca tive o desejo de me casar, e nem porque ele quis viver a própria vida como achou que devia. Foi o que fizemos também, obedecendo ordens porque achávamos que era o certo e, Eirik… Sou só sete minutos mais nova. Vocês sempre dizem que não precisam me tratar como um cristal exposto, mas aqui estamos.” Não queria defender Caelan tão descaradamente e sua honestidade sobre o que pensava das coisas estava literalmente ali. Por outro lado, conseguiu sorrir pela primeira vez com a hipocrisia de Eirik. Era problemático e queria sacudir seus ombros até fazer os pensamentos errôneos escaparem pelas orelhas, porém, sentia-se amada. Alguém em sua casa genuinamente a amava e era o bastante para que ela não desistisse fácil. “Também não culpo você por ter feito o que fez, quase fez, com Ethel. Agora você entende porque não posso culpar ninguém?” Seu raciocínio era simples: não apontava o dedo para ninguém e não queria tê-los apontados para si também. Não julgava Eirik, e não queria seu julgamento também. “É? Eu estou disposta a matá-lo. Já tenho até um plano caso o de Caelan dê errado.” Desdenhou com um rolar de olhos, irritada por todos terem tentado impedi-la quando teve a melhor oportunidade, antes da prisão de Tadhg Barakat. O changeling era sua melhor aposta e agora tinha sumido como neblina — mais tarde descobriria o motivo.
Deixou com que Eirik falasse, ouvindo em silêncio sem muita vontade de discutir de volta. Que bom que ele amava Ethel e ela o amava, mas Freyja nunca teve a mesma sorte. Com ninguém. Caelan era, sim, o dono de seus atuais suspiros inquietos e sonhos que eram completamente inapropriados para uma dama, e provavelmente ela era a única que pensava naquilo. Há dias não o via e ficou sabendo de uma coisa ou outra. Tentou ir ao palácio para ver as princesas, o que realmente adoraria fazer, e teria uma brecha para vê-lo também. Não tinha sorte. Quando ele terminou, ela suspirou, tirando o lenço ensanguentado do bolso e fez um aon de limpeza até que ele ficasse branco de novo, o sangue que cuspia pelos cantos desaparecendo no ar e até a lavanda da lavagem voltando a ser sentida no tecido. Secou o rosto lentamente, não querendo arruiná-lo ainda mais — estava com uma certa obsessão por sua vaidade desde o beijo. “Acho que não sou amada o suficiente então. Não é difícil para mim aceitar isso.” Deu de ombros, nunca tendo esperanças verdadeiras para seu fundo amoroso. “Aliás, Ethel também foi sua escolha de escapar do que papai te impôs. Todos temos interesses além disso, e o meu foi unicamente querer ser beijada pelo menos uma vez na vida. Sabe que isso nunca tinha acontecido antes?” Dobrou o lenço distraída, pensando sobre a falta de desejos carnais diante das oportunidades passadas. “Foi só um beijo. Não podem me punir mais que isso. O que mamãe pode fazer além disso, hm?” A pergunta era genuína. Gydda sabia ser criativa, mas era limitada demais por ser uma nobre tão conservadora quanto os demais. “I understand, but just let me have this. I also wish to be desired. It might not happen anymore. You can help me by not making me feel guilty for a kiss. I'm not blaming you for wanting to taste… You know what.”
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Por algum motivo que o escapava, Muninn não parecia nada feliz com a chegada de Vincent: o seon voou ao redor do príncipe e diretamente até Júnior em seu encalço, a animosidade que havia entre as duas criaturas mágicas parecendo transbordar no dourado saturado de seu brilho. Aquele era um desenvolvimento inesperado, e que acabou por o distrair da conversa velada sobre Caelan enquanto assistia a manifestação de seu vínculo divino comprando uma maldita briga, inflando até ter três vezes o tamanho habitual antes de partir para cima do outro. ❛ Pode dizer ao seu vira-latas para se comportar? ❜ Sugeriu em um tom ameno, indicando Júnior com um gesto do queixo, como se não fosse por iniciativa e culpa de Muninn que o conflito agora se desenrolava. Não se encolheu frente à aproximação de Vince: talvez estivesse cego pelo próprio ego mas, se tinha conseguido derrubar Caelan a despeito de todas as probabilidades, não temeria o mais fraco entre os dois príncipes. Se inclinou em sua direção para sussurrá-lo com ares conspiratórios, somente para alimentar a tensão. ❛ Agradeço sua preocupação, mas talvez devesse guardá-la para Caelan. ❜ Tinha um milhão de coisas piores para dizer, mas só o quer podia fazer era pensá-las por agora: era de imaginar que o berço de ouro em que nasceram os daria acesso à lições de autodefesa mas, a julgar por como o príncipe herdeiro dobrou que nem uma cadeira, assumia que com o príncipe reserva não seria muito diferente se a ocasião se encaminhasse de igual maneira.
Odiava aquele entusiasmo do Hrafnkel, mas o problema é que essa dinâmica o obrigava a fingir que não, pois do contrário pareceria pior que ele — o que era inaceitável. Verdade seja dita: como qualquer irmão, às vezes Vincent também desejava e muito dar uma surra bem dada em Caelan. No entanto, eram coisas totalmente diferentes. Ele era da família, portanto tinha esse direito! O loiro achava um absurdo que qualquer outra pessoa de fora se sentisse na mesma liberdade, independente do que Caelan tivesse aprontado. E daí que o mais velho era um pouco canalha e inconsequente? O que aconteceu com o respeito das pessoas pela família real?! A respostinha fujona de quem não reconhece o próprio erro o irritou, mas, dissimulado como era, apenas seu seon demonstrou isso no brilho incandescente, bem como na aproximação quase opressora no espaço pessoal do ruivo. ── Oras, sobre seu episódio de insanidade temporária, é claro! As pessoas estão comentando bastante ── O loiro franziu o cenho, confuso, o tratando como se toda a cidade estivesse ciente e incomodada com o comportamento dele e apenas Eirik não tivesse notado. Ele devia se envergonhar, o loiro achava. ── Não me diga que tem acontecido com mais frequência?
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Não entendia como era possível que o príncipe herdeiro ainda tivesse a audácia de parecer ofendido com sua reação. Ele tinha beijado uma jovem de família prometida para outro, mas o problema ia além: se Caelan não fosse um grande covarde, teria ido atrás de Freyja anos antes de ela ser praticamente vendida em um noivado com um homem terrível, e nada do tormento que ela vinha vivendo teria sido necessário. Sabia como a gêmea se sentia a respeito dele – tinha olhos e a conhecia melhor que ninguém. Era exatamente por isso que sentia tanta raiva, porque agora lhes restavam duas opções: na primeira, testemunharia um felizes para sempre construído sobre a fundação de anos de sofrimento de sua irmã à toa; na pior, Caelan não tinha intenção alguma de considerar a importância da honra para uma Hrafnkel, e tinha aceitado o risco de a condenar a uma vida ainda pior somente pelo prazer fugaz de um beijo. Não sabia o que era pior: a ideia de que o melhor amigo era um idiota, ou a ideia de que era um egoísta.
Olhá-lo de cima para baixo conforme se dobrava de dor ao menos apaziguou um pouco de seu temperamento inflamado, mas a pergunta praticamente rosnada em sua direção ameaçava voltar a fazê-lo ver vermelho. ❛ What's wrong with me? Oh, that's rich. ❜ Estalou os dedos para compor a compulsão de afundar os punhos em sua cara, como se sequer soubesse o que estava fazendo. Não sabia brigar, mas todo o bom senso tinha sido arremessado pela janela tão logo a pauta em questão se tornou proteger Freyja. ❛ What the fuck is wrong with you? She's engaged. You've had years to do something about whatever it is she feels about you, and you chose the moment it could cost her actual life? ❜ Em respeito à irmã, não entraria em mais detalhes sobre o que ela sentia do que o necessário, mas precisava que Caelan entendesse a repreensão que deixava nas entrelinhas: took you long enough, dickhead.
Não se arrependia do golpe baixo. A joelhada não era nem o começo do que faria com Caelan se magoasse sua irmã. Não se importava se ele era o primeiro na linha de sucessão do trono, ou se daqui a dez anos se tornasse o maldito imperador e decidisse partir o coração de Freyja. Estaria lá para fazê-lo pagar. ❛ Anos, Caelan. Anos em que você poderia ter feito algo além de ser um completo imbecil e evitado todo este sofrimento. Me diga, o que você sente por minha irmã? E é melhor que a resposta seja boa, porque Freyja não será uma de suas concubinas, se esta é sua intenção. ❜ Sabia perfeitamente que não era o caso, mas aquele era o seu instinto de sobrevivência assumindo o controle: o amarraria ao fazê-lo se comprometer com as próprias intenções. A tentativa de contra-ataque o fez franzir as sobrancelhas, se sentindo traído: não era o tipo que costumava se aventurar, e a insinuação de que tinha estragado a própria cota de vidas de damas lhe era uma ofensa gravíssima. ❛ I am engaged to be wed with the only woman I've kissed since coming of age. Whatever it is you think of me, let me kindly remind you this: we are not the same. ❜ Aquela admissão seria considerada vergonhosa para a maioria dos homens, mas Eirik sempre havia se portado com o decoro que era esperado de sua posição, não apenas o fingindo quando observado. Tinha dado seus beijos aqui e ali quando adolescente mas, tão logo atingira a idade para que as aventuras fossem mais que as explorações de uma criança, a responsabilidade tinha passado a pesar em seus ombros, e a se refletir em seu comportamento. Ethel era a única mulher a quem tinha beijado em sua vida adulta e, patético ou não, queria também que fosse a única. ❛ I've always put duty and honor first, and you know who my biggest duty is to? Freyja. If you so much as upset her, trust me when I say this: I will rain hell upon you. If my sister wants you, she shall have you, but you are not to forget that there will be steep price to pay should you take advantage of her affections. ❜
Cuspiu sobre o chão aos pés dele para provar seu ponto. Agora a mensagem podia ser dada como entregue. Uma ameaça e uma aprovação implícita, deixando apenas um caminho possível sem nunca o dizer em voz alta: Caelan e Freyja teriam que se casar. Foi só quando se deu por satisfeito sabendo que o príncipe o entenderia que o estendeu a mão para o ajudar a se levantar.
O estado usual do príncipe era um de reflexos ligeiros, apurados por todas as vezes que se encontrou rindo em um instante e precisando fugir de um mau perdedor no seguinte. Talvez vivessem um momento que um pouco mais de vigília também fosse bem vinda, mas Caelan tinha o hábito de baixar a guarda na presença de quem confiava implicitamente. Foi por conta desse descuido que, no segundo que demorou para registrar as palavras de Eirik, já havia sido acertado. Seus ouvidos zuniam em um assobio de dor, dobrado com os joelhos no chão como uma marionete com as cordas cortadas. Já odiava Gydda Hrafnkel por muitos outros princípios, mas sentiu-se ainda mais justificado naquele momento em abrir os olhos minimamente e encarar seu amigo com um único pensamento: filho da puta. “What the fuck is wrong with you?” Respondeu por entre dentes cerrados, a dor aguda ainda responsável por deixá-lo rendido por pelo menos mais um instante. Provavelmente levou quase um minuto até que Caelan conseguisse recuperar o mínimo de sua dignidade e se levantar. É claro que, sendo um homem naturalmente estúpido e de sangue quente, seu primeiro impulso era partir para cima de Eirik e acertá-lo com um soco para equilibrar o placar, pouco interessado em procurar sentido ou justificativa lógica na reação do outro.
“Oh, I’m sorry, next time I’ll check in with you to make sure it’s okay. I apologize for the hindsight of not informing you of my every fucking move.” O olhar que fixou sobre a figura do amigo era um de puro agravo, ainda que em algum lugar – pequeno e escuro – de sua mente compreendesse o descontentamento que alguém como ele havia se metido com uma mulher feito Freyja; não era o bastante para simpatizar com o Hrafnkel naquele momento. Entenderia se a reação tivesse vindo no calor de um momento de descoberta, mas Eirik havia percorrido toda a distância até o Solar de Ardan para acertá-lo com um golpe baixo. “Você me viu contando sobre isso para alguém, espalhando pelos ventos como se Freyja fosse uma conquista que eu não podia esperar para arruinar? Tenha o mínimo de respeito pela sua irmã, Eirik. Isso inclui aceitar que ela possui plena capacidade de tomar as próprias decisões, mesmo que você não concorde com elas.” Falava como se ele mesmo não tivesse freado um dos planos da mulher, mas não convinha mencionar aquela loucura novamente; sabia a quais distâncias Freyja iria para se livrar do casamento com Jacquemus e levava isso em consideração por completo, mas não havia necessidade de tomar medidas tão drásticas – não quando existia uma alternativa menos sangrenta e comprometedora.
“I should kill you for being my friend for twenty years and still not giving me an ounce of credit. Do you think I would walk into this blindly, without a plan? I wouldn’t dare do that to her, you know that. You know how much she means to me.” Seu tom finalmente mostrava sinais de menor agitação, a adrenalina de luta ou fuga deixando de correr por suas veias de maneira tão intensa; ainda tinha vontade de agarrar Eirik pela lapela e sacudi-lo algumas vezes, como se Caelan tivesse algum direito de se sentir decepcionado com o amigo. “E você por acaso nunca beijou uma dama de honra e família? Não seja hipócrita, Eirik. Se preocupou com a reputação de alguma delas?” Sabia que os mesmos pesos e medidas não se aplicavam para mulheres e homens na sociedade em que viviam e ele mesmo usufruía das normas mais flexíveis muitas vezes; mas estava irritado e sentia-se no direito de retaliar como bem entendesse. Pensou em mencionar alguns dos lugares de procedência extremamente duvidosa que Freyja já estivera em sua companhia, mas não era essa a impressão que queria deixar. Apesar dos métodos inortodoxos de Eirik para passar o recado de sua indignação, ainda queria que ele acreditasse que Caelan falava sério sobre as intenções com sua gêmea. “Tenho certeza que vai rebater dizendo que também tem um plano para livrá-la dessa piada de arranjo que seus pais colocaram sobre ela, mas acha mesmo que vai convencê-los a mudar de ideia somente porque você pediu? Playing it safe won’t get us far with this and you know it.”
#with caelanessaex.#𝑡𝘩𝑒 𝑘𝑒𝑒𝑝𝑒𝑟 𝑜𝑓 𝑚𝑒𝑚𝑜𝑟𝑦. (interactions)#jkkkkjl essa inter passa por todas as emoções
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