ellegulaf - Tumblr blog

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Se amar é tão difícil que a gente acaba preferindo amar o outro pra compensar...

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“É tão inconsciente esse nosso desespero por aceitação que os outros passam a importar mais e nem notamos”

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You gonna hear me roar

- Katy perry

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Refém

Sabe quando dizem que o seu maior inimigo é você mesmo?

O dia acabou e estou agora deitada na cama com um sentimento incômodo demais pra ignorar. Frustração. Não causada por algo que aconteceu comigo ao longo do dia, mas por algo que aconteceu em mim. No meu interno.

Me faltou autocontrole.

O sentimento de impotência não se encaixa aqui e se encaixa ao mesmo tempo. Impotência porque não pareceu possível lutar contra mim mesma. Pareceu impossível querer algo contrário ao que o resto de mim realmente sintia e desejava. Não ser capaz de ignorar o que está presente no ser, que faz parte dele. Por que foi tão impossível?

Será que valeu a pena ceder?

Não. Não valeu. Não valeu porque agora sinto o peso do fracasso. De não ser senhora de mim mesma. De não conseguir vencer dentro do meu próprio domínio.

Mas que domínio?

Mal consegui realizar o que devia, evitar o que devia, controlar o que queria. Que domínio é esse? Virei refém de mim mesma, provando que não domino nada e que os impulsos são mais fortes do que a complexidade do meu ser. Mais fortes que minha racionalidade, do que meus objetivos, do que a minha força. Fui derrotada, me deixei derrotar, abdiquei da minha autonomia, neguei a minha autoridade.

Não é essa pessoa que eu quero ser. Não é do meu Eu que eu aceito perder.

O mundo parece sempre ser o grande adversário que nos faz querer vencer, mas como ter a auto-confiança necessária quando nem a si mesma se consigue subjugar?

Os dias não podem terminar com esse peso. E não vão mais, não podem...

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Se você não se convencer da sua força, dificilmente vai acede-la

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Dormir com a mente tranquila é ainda mais difícil quando eu sei que você anda por aí querendo um outro alguém

Anee Tulf

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Doeu ver nos seus olhos o amor que eu tinha por você. Antes os seus olhos estivessem voltados pra mim, mas ela já os tinha e eu não podia fazer mais nada.

Anee Tulf

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Ooh, look what you made me do

Taylor Swift

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Eu. De novo.

Os começos aqui sempre são difíceis. Sempre a partir de alguma decepção, frustração, algum sentimento reprimido ou a partir da intensão de reprimir algum sentimento. É engraçado como quando tudo está bem, não recorro a nada e muito menos a ninguém. No entanto, dessa vez farei diferente.

Eu sei que tenho uma personalidade de sociabilidade difícil e que, por mais gentil e educada que eu possa ser, a impressão que costumo deixar não é, em nada, positiva. Com sorte, é neutra ou, com mais sorte ainda, nem deixo impressão. Tomo sempre muito cuidado pra evitar deixar impressão. Ser reservada sempre foi uma forma de me manter distante o suficiente pra me sentir segura.

De fato, existe uma necessidade muito forte de me sentir segura, mas também é grande a vontade de contrariar. Gosto de discutir, opinar, convencer. Amo ter a liberdade de dizer o que penso, e se o que eu penso é contrário ao que me apresentam, melhor ainda. Gosto das controvérsias, de me impor, não de forma autoritária, mas de forma respeitável. É isso. Gosto de respeito. Respeito e distância.

De início, essa preferência pela personalidade reservada e vontade de me impor podem parecer contraditórios, mas acredite, sinto que se complementam. Veja bem, ser reservada gera certa distância, distância gera certo respeito, respeito gera facilidade em me impor ante determinada situação. Funciona.

Bem, mas isso é o que eu já sei, o que já vivencio, esses são os fatos prévios. A questão é: estou aqui, no Tumblr. Eu só volto ao Tumblr quando algo negativo acontece ou está acontecendo na minha vida. Logo...  Você já sabe, é um silogismo simples. Algo aconteceu, já que estou aqui...

Então o que aconteceu?

Pois é...

Essa personalidade reservada com uma pitada de encrenqueira, já tenho. A questão é que eu a tenho em desequilíbrio. Veja, ser reservada é diferente de ser arrogante, assim como se impor é diferente de se expor. A verdade é que exagerei nessas duas qualidades e acabei chegando nesses dois defeitos.

Por me manter sempre distante, tenho dificuldade em saber quando é apropriado me aproximar das pessoas, seja pra cumprimentar ou pra alguma conversa supérflua que vise por manter algum vinculo social. Da mesma forma, por gostar de me impor, as vezes perco a noção de quando a ocasião nada mais é do que a oportunidade de me expor desnecessariamente. São por essas questões que estou de volta ao Tumblr. Pelo desequilíbrio entre as qualidades.

Bem, cabe aqui uma reflexão. Gosto de me impor, e se for necessário me expor pra isso, não deveria haver problema. Se sinto que preciso opinar independente de qualquer coisa ou de qualquer pessoa, a exposição não deveria ser um problema. Da mesma fora, a péssima impressão que isso possa causar, também não deveria ser um problema. Parando pra pensar... Já não sou de ter amigos pela vontade constante de ficar sozinha e distante. Sendo assim, que diferença faz se eu me expor negativamente? Não me interesso em conseguir voluntariamente a simpatia das pessoas ao meu redor, não me esforço em nada pra isso, meu compromisso de agradar é a mim mesma. Não deveria estar nem um pouco incomodada por me expor negativamente. As pessoas não tem que gostar de mim e está tudo bem. Eu sinto que preciso dizer o que penso e se eu realmente preciso, cair mal aos outros é um ônus que acompanha essa necessidade e tenho que saber lidar com isso. 

Após essa breve reflexão, reduzimos o problema ao desequilíbrio na questão de ser reservada. De qualquer forma, eu julgo possível dividir esse problema em dois também. Nesses últimos tempos eu me desequilibrei pro lado do “distante demais”, mas em outras ocasiões, o desequilíbrio chega ao “distante de menos”. Sem dúvidas, é porque interações sociais com feedback positivo são viciantes e até eu, que amo a solidão, acaba caindo nesse vício.

Nesse sentido, acho que minha volta pode seguir um propósito mais claro. Um não, vários.

Escrever sobre nós mesmos nos ajuda a refletir sobre quem somos, o que fazemos e como nós nos comportamos. Talvez o propósito de tudo isso deva ser provocar exatamente essas reflexões. 

Eu tenho uma ideia nítida o suficiente do que preciso ser para me sentir feliz comigo mesma. E tenho a meta de chegar a esse eu aperfeiçoado. O mundo externo, as pessoas, as relações sociais trazem pro meu interno muitas instabilidades que me deixam infeliz. Esse tem que ser o propósito deste Tumblr. Reparar essas interferências externas negativas. 

Todos deveriam fazer isso. Buscar um remédio pra reparar os danos que o mundo causa ao nosso Eu. 

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delicate veronica by miezeTatze

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O negócio é ignorar e fingir que não sente nada.

Clarice Lispector. (via admiradora-desorrisos)

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São tantos estranhos que um dia foram tudo.

LSM. (via permanecer)