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❝ Me sinto como um rascunho, angustiado para ser transformado em arte.

Sem cores, texturas ou formas próprias.

Um mosaico de tudo o que já viu e viveu que não sabe o que manter ou descartar. ❞

— E.S, Ponto & Vírgula .

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E Podemos (Devemos) Falar? (!)

Milhares de ideias na mente e a Angústia de não saber como expressá-las.

Não encontrar as equações silábicas (se me permitem criar novas expressões) certas para os sentimentos guardados no peito. As opiniões. As dúvidas que, no seu próprio interior, debate e procura respostas agradáveis para si. As respostas que trazem um mínimo de sentido e paz para a tempestade da incerteza presente em sua mente.

  A tristeza para qualquer escritor, dos mais humildes aos reconhecidos mundialmente: A Falta de Palavras.

  Têm conteúdo. Uma mente como a de um escritor jamais para, nunca dá trégua. Pensam e criam o tempo todo. O problema é que já criaram tantas combinações de palavras, milhares, que é difícil reproduzir algo que já não tenha sido feito. Que já não lhe tenha um significado próprio.

O sentimento mais simples é o mais complexo de se escrever. Não sabe que início dar a uma estória, o que deveria ser fácil. É pura ficção. E encerrar a mesma é mais difícil ainda. Seus poemas sequer trazem sentimentalismo.

A decepção da falta de produção.

  Não consigo me considerar uma escritora, e o exemplo que estou prestes a usar me tornará menos escritora do que já sou.

Imagine não saber o que escrever num Diário seu. Você tem todas as informações, sabe tudo e lembra do que aconteceu no seu dia. O que sentiu, pensou, falou... Mas, apesar de tudo isso, não sabe com que palavra começar a escrever.

“Querido Diário, ... “, e nada mais. Que frustrante.

  Que desejo de escrever um lindo livro, um longo romance, ou as mais sentimentais poesias. Têm um Mosaico de brilhantes ideias, mas se sente analfabeto ao se deparar diante de um papel e uma caneta, se sente obsoleto ao se deparar com um arquivo de texto.

Ah, se eles tivessem garganta para falar suas opiniões, coragem para dúvidas e voz para suas declarações.

Ser escritor é a coisa mais amável e odiosa que se existe.

,Ponto & Vírgula.