enclausurada
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Enclausurada
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uma poeta anônima. cigana oblíqua e dissimulada.
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enclausurada · 10 months ago
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enclausurada · 10 months ago
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enclausurada · 4 years ago
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demérito.
Carrego o sangue do genocídio. A cor da minha pele é tirania. Mas me dizem: “Afinal, sorria, Você não tem cor de índio” Mas não vou desmerecer o demérito, Dos confins de um injusto pretérito, Eu só não fiz por merecer o privilégio Não sou julgada pela cor da minha tez Eu não carrego o sacrilégio De ter sua pureza ou seu revés Afinal, quem então fez por merecer O direito de não padecer? A minha terra é na verdade a sua terra E a minha gente na verdade mata sua gente E no final vocês salvam essa mesma terra Que nós desmatamos e queimamos, negligentes. E nos confins de um injusto pretérito, Não vamos desmerecer o demérito.
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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Oco.
Por muitas vezes já estive só, Se existe um deus, por Deus, tenha dó. O oco, o eco, sem ego Em meu peito caótico, equívoco. Meu pensamento vazio, unívoco Se existe um deus, ele nunca eteve só. Sem nexo, complexo. O oco, o eco, meu ego Se existe um deus, meu Deus, ele não tem dó. Unívoco o equívoco, de achar quem um deus teria dó. Sem nexo e complexo é não estar e sentir só. Se existe um deus, por Deus, não me deixe só.
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enclausurada · 4 years ago
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Dies iræ, dies illa Solvet sæclum in favilla
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enclausurada · 4 years ago
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Não és bom, nem és mau: és triste e humano… Vives ansiando, em maldições e preces, Como se, a arder, no coração tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vórtice vesano, Oscilas entre a crença e o desengano, Entre esperanças e desinteresses. Capaz de horrores e de ações sublimes, Não ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perpétuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demônio que ruge e um deus que chora.
Dualismo, Olavo Bilac
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Autopsicografia, Fernando Pessoa (via enclausurada)
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enclausurada · 4 years ago
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adeus.
Sozinha, Dentro de mim o eco, Que faz o vazio que deixou quando saiu;
Enclausurada, Dentro de mim a angústia, Que traz ânsia por alguma relevância;
Desesperada, Dentro de mim o caos, Que grita descompassado, mesmo que calada;
Cansada, Dentro de mim a dor, Que dilacera tudo o que resta em sua espera;
Curada, Dentro de mim a indiferença, Que sorri quando você passa, Mas já não mais se descompassa, Que recorda bons momentos, Mas não há triste sentimento, Que anseia por te ver feliz, Mas não mais perto de mim.
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
Clarice Lispector (via enclausurada)
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enclausurada · 4 years ago
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enclausurada · 4 years ago
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adeus.
Sozinha, Dentro de mim o eco, Que faz o vazio que deixou quando saiu;
Enclausurada, Dentro de mim a angústia, Que traz ânsia por alguma relevância;
Desesperada, Dentro de mim o caos, Que grita descompassado, mesmo que calada;
Cansada, Dentro de mim a dor, Que dilacera tudo o que resta em sua espera;
Curada, Dentro de mim a indiferença, Que sorri quando você passa, Mas já não mais se descompassa, Que recorda bons momentos, Mas não há triste sentimento, Que anseia por te ver feliz, Mas não mais perto de mim.
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