epilogo
epilogo
Enigmático e anacrônico.
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epilogo · 2 years ago
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Quando o vazio te consome, o calor das estrelas mais brutas de qualquer constelação próxima, desaparece. O ímpeto de qualquer faísca que possa fazer aqueles olhos brilharem, se torna só uma brasa de um crepúsculo em um amanhecer. Ser forte se torna difícil, talvez impossível. Levantar da cama é como levantar um mundo nas costas, talvez. O colchão consome aquele corpo, vai brutalmente incorporando aquela matéria, como se fosse sua. Os sentimentos são um turbilhão, confusos, perdidos em dor lasciva e corrosiva. O grito se abafa, no espaço não tem emissão de som. A dor então escorre pelos olhos. O vazio é um precipício e o corpo permanece em queda livre, até o fim.
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epilogo · 2 years ago
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É só mais um dia ruim, assim como todos os outros que já passaram, e que ainda vão passar. Já me disseram que tudo vai ficar bem, que dores desaparecem com o tempo, mas ao que parece, o tempo congelou. O ar se tornou pesado, todo o oxigênio sumiu e é difícil respirar, é difícil ver com tanta névoa pela frente, pelo presente, pelo futuro e pelo passado. Eu prometi a mim mesma que não ia chorar, mas isso foi antes de tudo ficar pesado, tão pesado que meu peito não aguenta mais, meus olhos ardem e minha garganta arranha, querendo gritar. Gritar tão alto que talvez o mundo inteiro escute, talvez essa dor saia junto com essa perturbação sonora, com toda essa dúvida, esse medo. Mas eu não tenho mais forças, não tenho mais forças pra continuar, para fingir que sou forte. Atrás dos meus olhos só é possível encontrar uma criança que chora, desesperada, porque tudo está desmoronando e o mundo está acabando. Esses pedaços quebrados não tem mais conserto, não tem mais remendo, não há cola que conserte tanto dano… o que resta a fazer quando o cansaço se tornou uma parte sua, e a ansiedade asfixia sua garganta tão forte que você sente precisar emergir da água pra conseguir respirar, mas você afundou demais?O que resta quando você não tem mais esperança, quando os trilhos do trem acabaram e o comboio está em tamanha velocidade, que não vai ser possível frear a tempo?Nós vamos colidir, ou já colidimos. Entre o fogo e a fumaça, tento respirar, mas a toxicidade arde meus pulmões e a vertigem me consome. Não encontro minhas mãos, não consigo sentir meu rosto, não consigo me mexer. Tenho medo de abrir meus olhos e perceber que o pesadelo ainda é realidade. Acorde. Alguma vez você esteve bem? Alguma vez você esteve feliz? A memória não alcança mais as imagens e as palavras, eu quero acordar, preciso acordar… mas é tarde demais. Só restou escuridão.
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epilogo · 3 years ago
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desculpa ser esse misto de confusão e incerteza, 
eu nunca soube ser menos que isso.
/rf.
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epilogo · 3 years ago
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há pessoas inesquecíveis e não há cura
Bukowiski
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epilogo · 3 years ago
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Tumblr media
oh,wow.
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epilogo · 3 years ago
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É impossível enfrentar a tempestade quando você se torna uma.
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epilogo · 3 years ago
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e m p t y
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epilogo · 3 years ago
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Ela foi rastejando o corpo até a beira da cama
Despiu todos os medos, todas as inseguranças, toda a dor
Entrou no chuveiro e deixou a água levar tudo aquilo que ela já foi, tudo aquilo que queria ser, toda a dor que ela não sabia mais como suportar
Ela queria desaparecer
Não queria mais sentir aquele peso
Não queria mais ter que arrumar os destroços sozinha todas às vezes
A pergunta constante era:
Até quando?
self poems
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epilogo · 3 years ago
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Quando aquelas palavras saíram da sua boca, foi como se todo o ar ao redor fosse puxado pelo vácuo do espaço. Nunca pude entender, talvez nunca entenda, o porquê de projetar e disparar suas palavras contra mim, para cortarem e estilhaçarem cada parte de mim, partes que me faziam ter certeza de quem eu era, que me faziam amar quem eu era. Cada parte de mim que alguma vez te amou. Que achou que você se importasse com tudo aquilo que meus olhos sentiam quando pousavam em você. Nunca entendi porque despedaçar uma pessoa assim, talvez te fizesse achar, que talvez assim, conseguisse remendar seus próprios pedaços quebrados. Como uma borboleta que tem suas asas separadas do seu corpo, aquele dia uma parte de mim também se foi. E perdi forças pra conseguir voar de novo.
self poems
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epilogo · 3 years ago
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a gente nunca sabe o efeito que a gente causa na vida do outro as vezes pode ser nuvem passageira as vezes pode ser furacão.
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epilogo · 3 years ago
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viver é uma eterna saudade de tudo.
inspirar
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epilogo · 3 years ago
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Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
End of the Day, Autumn
l 1,3 via librofilos 2,4: Bao Tran Trung
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epilogo · 3 years ago
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eu me remendo dia após dia. sou eu quem segura a linha e a agulha. sou eu quem sempre costura o rasgo… sozinha.
gostarte.
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epilogo · 3 years ago
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existe algo, sim, e eu sei o que é. é um soco no estômago, todo instante, sinto náuseas, viver tem sido mais difícil do que deveria, na verdade, não me parece muito certo. eu sou meu pior inimigo.
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epilogo · 3 years ago
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Por que as cicatrizes internas são mais difíceis de esconder do que as expostas?
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epilogo · 3 years ago
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eu tenho muita pressa,
o meu amor é pra ontem.
consterna.
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epilogo · 3 years ago
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O corpo que tenta resistir a cada abalo da ansiedade, que já não mais tem força pra querer continuar a tentar. Corpo esse cheio de traumas, com medo de dar mais um passo e cair em um precipício. Corpo esse que se encontra vazio, desnutrido, fraco, não sabe que precisa se alimentar pra sobreviver. Corpo esse que não consegue se levantar, que quer chorar, sumir, desaparecer, não quer mais sentir dor. Até quando vale a pena resistir, quanto alguém pode ser machucado, até não restar mais nenhum pedaço pra se reconstruir? Como se olhar no espelho e não reconhecer mais aqueles olhos que habitam aquele corpo vazio, que não acredita mais que exista felicidade, que não exista mais a possibilidade de sobreviver sem ter medo de ser cortada, dilacerada ao meio novamente. Quantas vezes vou ter que me levantar, me reconstruir? - Anxiety
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