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E se.
A caminhada a quatro pés e ressonando diálogo pode ser sublime, dos momentos mágicos da vida, lampejos de alma viva e encontro que alimentam ambos corações.
Também quando ressoa na porta de um local, quando da despedida, a vontade de se ir em contraste com o prolongamento do estou aqui.
Já sentiu isso?
E é das melhores coisas que se tem, do não planejado e não esperado, a conversa só chega assim e preenche o espaço, preenche a nós, e há o encontro, esse evento tão raro em meio a tantos que não saem de si.
Uma multidão de globos de neve.
Lembrei-me também da poltrona posta frente a frente, da disponibilidade de escuta ativa, da oportunidade criada.
Também majestosa, profissional, necessária e acolhedora.
Não ressoa sublime, mas salva também.
Se eu te dissesse que minha história é a história da dor, precisaria explicar?
Não é em meu rosto que você vai encontrar as respostas ou manual.
Talvez meus olhos, gesto, o sorriso depois de contar algo sério, o co��ar a pele, a voz talvez.
Você me contaria a sua também?
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chegue mais perto, deixe-me sussurrar nos seus ouvidos: -sabe o gosto insosso que fica na boca quando um amor se esvái?
ficam também na sua cabeça as perguntas que brotam como plantas daninhas e cobrem todo o espaço que antes parecia um jardim? era amor? talvez fosse só pirraça mesmo, obsessão, falta de amor próprio, tédio, ou simplesmente falta de experiência que vem com os anos e mostra que tem coisa melhor na vida. E a gente merece (e deve aceitar só) o melhor.
Engraçado, uma vez ouvi um biólogo chamar uma planta de praga, um linguista disse na mesma semana que esse adjetivo tem conotação social mesmo, do que se quer que uma planta seja ou não. Roseiras nunca vão ser pragas, nem samambaias. Mas daninhas ou aranto são. Tudo depende do interesse de quem planta.
Talvez essas dúvidas daninhas na minha mente não sejam necessariamente algo ruim - a praga em si. Questionar faz parte do processo e impede que o ciclo se repita. Claro, concordo, o gosto insosso não é tão bom quanto o ardor multipalativo e expressivo que vem do amor. Mas dar nome tão importante pro que tem gosto parece um tanto exagerado, não acha?
Deixa esse nome bonito pro que vier e durar, pro que não aperta o coração e me deixa confusa. Deixa esse nome pro que traz segurança e aconchego, o que é inconstante e inseguro vamos chamar de... de que, mesmo? Bem, não importa, o que vale é saber que esse gosto passou.
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sem saber nomear, será que ainda me nomeio capaz de conhecer as notas pelo som?
O desejo escorre dos olhos, na ponta dos dedos, da ruga no canto da boca de um sorriso tímido.
Querer, e ainda assim paralisados aguardam o milagre que ultrapassa a aparência.
li; a experiência remonta o desejo, e o tédio é o pássaro que choca os ovos da experiência.
O "algo outro", que resiste às minhas expectativas, com resistências própria, o não prolongamento do si.
O mundo é grande e assustador. "Se eu for o mundo, não terei medo. Se a gente é o mundo, a gente é movida por um delicado radar que guia."
Me movendo pelos ares e pisando nas folhas secas do chão vejo pressa, vejo medo de ser, o desejo definha.
E seremos todos parte do grande grupo que almeja um coração vivo e pulsante tendo um rato pequeno escondido nos bueiros da cidade do corpo.
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What if the notes coming from my fingers could reach you out? What if they could tell you unspoken words that came all twisted If I could make you see behind my skin all the words writen on my flesh, the taste coming through my blood the paths made by my vains, how it works Is that an answer? Is it understandable?
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O que você tem dentro do peito? Como isso é? Por aqui é tudo muito complicado. E simples. Tudo bem turvo, e manso. É tudo definitivo. E não é.
Existe um impulso imenso de saltar. Medo não. Isso é coisa do que fica dentro da cabeça. E essa coisa não é boba, é desconfiada até demais.
Existe muita coragem dentro do peito. E muito auto cuidado - que nasceu de muita dedicação. Essas coisas não nascem naturalmente, precisam ser plantadas, regadas, cuidado diário.
Nasceu. É um jardim bem bonito por aqui. E não vai deixar qualquer estranho se fantasiar de amor. Uma pena para nós se perceber que é fraco o seu querer, as portas todas se fecham. E não abrem mais. Será?
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