Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Capítulo 3 O melhor de mim.
Já se passaram 17 anos, desde a minha escolha fatídica e as confusões que eu me meti depois de tanta mudança. Foram anos de muita dor e ao mesmo tempo traços marcantes de felicidade, que me fizeram refletir bastante no que eu esperava de mim mesma.
- Logo após a minha tentativa insana de suicídio, eu estava triste pertubada e sem saber que caminho seguir para resolver aquele impasse. Entretanto, aquele que tinha fé em mim depositou todo carinho e amor, para desempenhar sentimentos positivos na minha vida, mostrando que nada é impossível só basta acreditar e lutar para que seja possível.
- Dito isso, eu me apoiei nele e vi uma base para despejar toda aquela gama de pessimismo, desespero, frustração e outras negatividades.
Pensamento: NÃO VAI DAR CERTO, EU NÃO CONSIGO ENFRENTAR, TENHO MEDO!
Wriel: Calma, não se desespere tudo vai se acertar. Não desista de nós. Eu estou aqui e acredito na gente.
Pensamento: Filho da puta! Enquanto eu vivo na margem da negatividade ele reflete positividade e otimismo.
Vitoria: balanço a cabeça em gesto afirmativo – Balbuciando
- Passaram se meses e chegou o dia da minha decisão, o desespero gritava mais alto que minha própria voz.
Pensamento: Eu não consigo, não quero desapontar a minha mãe de novo, nem a minha vo, mas eu o amo. E choro profundamente.
Ao cair da tarde no dia 07 de agosto de 2018, tinha ossé no barracão e eu tinha que fazer a minha escolha.
Yalorissá: O decidiu? O moço ou o barracão? Na minha casa não permito esse “amor”. Num tom irônico.
Vitoria: A senhora me deu três opções, e dentre estas, eu decidi me afastar por um ano e dentre esse período eu decido o que fazer.
Yalorissá: Seja feita sua vontade moça.
- E saiu com a cara no chão.
Pensamento: Meu deus, ela também é minha avó, moro na casa dela, como agir normalmente sabendo que eu me afastei da religião a qual ela é dona do ilê. SOCORRO.
- Logo após minha decisão, passaram os dias e minha avó me ignorou completamente. Fingia que eu não existia e passou a viver 24horas no barracão, pois a casa dela é em cima do terreiro. Sendo assim, eu fazia o mesmo ignorava os comentários do povo do barracão tentava manter a cabeça erguida ate que o pior aconteceu.
- Minha mãe passa pelo portão.
Mãe: Preciso falar com você. AGORA.
-Calada eu estava, calada fiquei e acompanhei-a ate a sala de estar.
- Sentei na cadeira e ouvi aquela avalanche de ofensas jogadas sobre mim.
Pensamento: Eu não sabia se chorava ou se levantava e fugia.
-Depois de muito insulto pelo que eu havia decidido ela se foi, e deixou uma garota humilhada, sentada naquela casa vazia.
O que eu ouvia?
Prefiro não expor, apesar de já ter maturidade suficiente para agüentar todo tipo de ofensa ainda é difícil relembrar.
Às vezes me perguntam: Você superou? Eu respondo: sim, mas existem rachaduras no meu coração e nelas a mágoa sobre aqueles que perturbaram com meu psicológico.
- Naquela época eu ainda estudava e fazia cursinho pré-universitário com o objetivo de fazer uma faculdade e mudar de vida.
Depois de muita confusão e nesse regime de silencio na casa da minha avó, no dia 14 de setembro de 2018 com a maioridade batendo na porta, eu decidi sair da casa dela e morar com meu pai ate decidir o rumo que tomaria mais tarde.
Tenho certeza que vocês estão se perguntando sobre wriel. Onde ele esta?
- Estávamos nos encontrando escondido sempre. A mãe dele sempre nos apoiou, mesmo ela sendo da mesma religião que a gente e na mesma casa. Ela gostava de mim e sempre almejou a felicidade do filho. Mediante a isso nunca nos deixamos, na verdade não conseguimos é preciso lutar para ficar juntos e foi isso que fizemos.
Enfim, completei meus 18 anos e fui morar com meu pai, mas na verdade passei la somente dois dias e passei a freqüentar dias e noites na casa do meu namorado. Ainda escondido, pois não gosto de dar motivo as pessoas para falarem de mim.
-Vocês lembram-se daquela conversa com minha mãe, eu jurei que nao estava com ele e quando sair da casa da minha avo prometeu não o encontrar. Vocês devem estar pensando mal de mim, mas eu apenas não queria magoá-la e já estava na hora de eu seguir minha vida, ser feliz e parar de me preocupar tanto com o que minha mãe e as outras pessoas acham.
Pensamento: Meu deus, finalmente vou ser feliz, vou seguir minha vida e fazer o que eu quero.
Exatamente no dia do meu aniversario de 18 anos, eu recebi dois parabéns e sai para entregar currículo, para no outro dia ir à casa de meu pai e lá são exilei por dois dias. E finalmente no dia 27 de setembro de 2018, eu saio da casa de parentes e decido morar com meu namorado.
Pensamento: Para muitos uma escolha insana, mas para mim. Resiliencia e vontade de ser feliz.
- Como vocês já imaginam deu merda. Minha mãe descobriu e me falou coisas terríveis e disse para nunca mais colocar os pés na casa dela.
- Escuto, e choro desesperadamente. Afinal é minha mãe e eu amo meus irmãos e o fato de escolher um amor ser uma lastima para afastar a família me destruiu. Ela conhece esse rapaz desde ele pequeno e sabe da índole dele, mas o abominou quando minha avó afirmou que não podíamos namorar porque NA CASA DE CANDOMBLE DELA, não é permitido.
- A mãe dele e ele me consolam e a todo o momento sempre dizendo palavra de esperança e positividade e foram eles que sempre me deram esperança que tudo ia se resolver que aquele impasse era momentâneo e que um dia minha mãe iria perceber que ela fez a filha para o mundo e não para si mesma, e que tem que me deixar ser feliz.
- Triste, mas amparada eu depositei forças nos estudos e estudei com êxito e perseverança, mas no dia da prova no Enem eu adoeci e tive infecção urinaria acompanhada de enjoou e pessimismo jogando na minha cara que eu não iria conseguir. Resisti e mesmo passando mal na sala eu consegui, fiz prova, mas como ninguém é forte o tempo todo debulhou em lagrimas, pensando que não iria conseguir e pensando que o fato de eu está diante iria me prejudicar.
Em dezembro daquele mesmo ano, decidi enfrentar a minha mãe.
- Vocês devem estar se perguntando o porquê disso. A resposta é simples um filho nunca deve abandonar sua família por relacionamento nenhum e foi o que eu fiz. Fui à casa da minha mãe sentei ao sofá e ouvi o pior.
Pensamento: O medo era evidente não tinha como disfarçar, mas o alivio me preencheu quando ela viu que não podia evitar que eu iria continuar com ele sim.
Logo após sair da casa dela, dei um abraço na mesma e segui para a casa da minha avó já que eram vizinhas e decidi pedir perdão por todo mal que eu causei e por todas as decisões desaprovadas e dei um abraço nela também.
- E apesar de muita tempestade em um copo de água, ambas aceitaram meu relacionamento com ele. E mais tarde quando me vi sem saída e o amor pelo orixá falou mais alto, eu disse conversar com minha avó para voltar ao ilê e situar meu orixá.
Na mesa de jogo foi dito: Sua mãe oya nunca te abandonou e disse que sua decisão foi tomada em um momento de desespero.
Yalorissá: Você quer voltar?
Vitoria: Sim! Eu amo meus orixás.
Yalorissá: Eu senti muito a sua falta aqui dentro e fico muito feliz em te conceder de volta.
- Sorrimos e nos abraçamos.
Já em janeiro de 2019, eu consegui um emprego numa clinica dermatológica como recepcionista e nesse mesmo dia recebi fui verificar o resultado do Enem.
Pensamento: Medo. Não quero nem olhar.
- E ao abrir o site, eu entrei em choque com o resultado, não sabia se sorria ou se chorava foi 940 na redação. Ainda não sei como isso aconteceu, pois eu estava debilitada, mas eu consegui.
Ao chegar a casa foi à maior festa, disse a meu a meu namorado que sempre depositou orgulho em mim e sempre acreditou no meu potencial e minha sogra que sempre me apoiou e me dava os melhores conselhos.
- Minha mãe ficou muito orgulhosa de mim, na inscrição para o SISU eu escolhi historia, pois é o meu forte, mas a pontuação estava muito elevada e não consegui adentrar. Entretanto, escolhi pedagogia primeira opção e letras língua portuguesa como segunda opção e acabei passando nas duas e em quinto lugar em pedagogia, adentrei graduação na Universidade Federal de Sergipe.
Atualmente, quando me lembro desse flashback todo da minha vida e outras coisas mais, penso: Eu sou uma vencedora, passei por muita coisa e com muito apoio e consegui realizar todos os meus objetivos.
- Olho pra mim hoje em 2030, com 30 anos de idade, casada com wriel, casamos no candomblé, tivemos dois filhos lindos a Moana e o Noah, com nossas cadelinhas brisa e serena.
Pensamento: (Risos), esse meu coração escolheu ele bem antes de mim. E eu agradeço muito isso por isso. Hoje sou mais feliz que antes, casada, mãe de dois filhos e ainda zelando meus orixás, e melhor de bem com a minha família.
-Vocês devem estar se perguntando: E a faculdade? Formei-me em pedagogia. Hoje sou pedagoga e trabalho numa escola rodeada de crianças que me alegram todos os dias, vejo os pequenos como meus filhos e lhes darei uma educação de qualidade.
Como vocês sabem a educação no Brasil não são La essas coisas e precisa de muitos reajustes para atender a grande demanda de pessoas que precisam ser alfabetizadas e letradas da devia maneira. Contudo, mediante as crises, nos professores devemos começar a mudança por nos mesmo e buscar zelar pela educação dos pequenos e trabalhar com muito amor.
Pensamento: Eu sei que professor não é tão valorizado quanto um medica e um advogado. Mas temos nosso valor e o que nos diferenciam desses profissionais é o amor pelo ensino, é a capacidade de persuadir uma pessoa e colocar na mente dela que ela é capaz de aprender e fazer acontecer.
Bom, depois de tudo que contei a vocês, afirmo: Não desistam dos seus sonhos, lute por eles e sejam aquelas pessoas que dão apoio às outras. Espalhem amor ao próximo.
E ao final desse capitulo, espero que vocês, reflitam e percebam que nem tudo estar realmente perdido, basta acreditar.
Fim.
1 note
·
View note
Text
Capitulo 2 A única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível.
Como vocês já sabem minha vida não foi nada fácil. Alias a vida de ninguém é fácil. Sempre existem altos e baixos, não importa a classe social a qual você pertence à vida é uma prova constante de resistência, aqueles que são fortes persistem, mas os contrários se destroem lentamente.
E foi assim que em setembro, quando já havíamos nos mudados para uma casa enorme, muito linda ate, mas em um loteamento bem esquisito. Minha mãe havia se comprometido seriamente com um rapaz muito alto, mais novo que ela uns 10 anos, aquele que vocês já conhecem o vigia da empresa que ela trabalhava.
Enfim, eles saiam para trabalhar, eu fiquei sem estudar e na mesma vida tomando conta dos meus irmãos. Estava desolada, pois havia deixado um amor para trás, afinal, já havia mencionado um namorado para vocês. Porem, antes de irmos para esta casa, houve uma treta com minha mãe e esse namorado meu, que para ela já era ex.
Resumidamente, minha mãe disse que esse rapaz que estava comigo tinha me dado meu primeiro celular digital, em troca de sexo. O que não era verdade é claro. Eu jamais venderia meu corpo por algo tão fútil quanto um aparelho celular.
- Voltando, eu não acreditava na minha mãe, ate porque eu não fiz nada disso que conhecia a índole dele ate o momento, porque afirmava ela que alem de falar de mim desse jeito, ele havia xingado ela. Fato que nunca foi comprovado, porque ele não era disso.
Enfim, para manter o meu relacionamento com ele as espreitas descobrir o endereço da minha casa e fiz questão dele ir ate la escondido. Mas por ele querer de mim, o que eu não me sentia a vontade de fazer com ele, acabamos terminando.
- E em uma semana antes já nas vésperas do meu aniversario de 14 anos, minha mãe me pegou me cortando, pois como eu mencionei antes nos não tínhamos um bom relacionamento e minha mãe me cobrava demais muita coisa. Era muita pressão em cima de uma garota de 14 anos, cuidar dos irmãos pequenos, as mudança, os problemas passados, esses novos namorados de minha mãe que são causavam problema. Eu me sentia muito sufoca e ai começou a me cortar.
Pensamento: Na minha cabeça eu não estava fazendo nada de errado, apenas queria extravasar a raiva e me machucar. Jamais faria alguma coisa contra as pessoas, principalmente, contra meus irmãos.
- Porem, naquela manhã do dia 14 de setembro de 2013, no dia do meu aniversário, discutimos.
Mãe: O que isso no seu braço?
Vitoria: Nada.
- Ai ela puxa meu braço com força e vê os cortes e me bate, perguntando o porquê daquilo.
Mãe: Foi por causa de macho NE?
Vitoria: Não, balbuciei.
Mãe: Me de seu celular! AGORA!
- Mal peguei o celular, ela já tomou da minha mão.
Mãe: Aqui, vagabunda, conversando com ele;
Vitoria: Mas, mainha, eu não tenho mais nada com ele. Terminamos.
- Ela joga o celular no meu rosto e se tranca no quarto.
Ao lado de fora, no corredor, eu escuto os gritos vindo do quatro dela, com o meu suposto padrasto. Ele era estudante de psicologia e veio tentar conversar comigo.
Pensamento: Que ódio! Você não sabe de nada, não sabe o que sinto e nem sabe da metade do que passamos e do que eu sofria e sofro na mão dela. Ele falou e falou e nada eu escutei.
Ouço um silencio após meia hora de bla bla bla, e ele disse:
Emanuel: Vai da um abraço na sua mãe. Vitoria: NÃO!
- E sai, fui para o quarto dormi, sem comer nada.
Pela manhã ela fala levante que já falei com sua avo, sua tia vai ficar com você para você não matar os meus filhos e você vai embora.
-Ao subir na moto do suposto marido dela, ela disse:
Mãe: Essa e a primeira e a ultima vez que você vai subir na moto do meu marido.
Pensamento: Feliz aniversário vitoria. E choro profundamente.
- Inconsolada com o abandono da família, meu pai foi o primeiro a ir e agora a minha mãe, justo no dia do meu aniversario, eu chorei, me senti destruída, e sem forças para continuar. Pois eu sabia que a minha tia não tinha afinidade com minha mãe, já que sempre existiram diferenças e falsidade na nossa família.
Então lá vai a cigana mais uma vez, morar de favor na casa da tia, a rejeitada pela mãe, que ao invés da mãe cuidar, proteger e apesar da filha errar, tentar consolar e procurar meios de ajudar.
- A entregou nas mãos de uma tia que nunca lhe deu amor e carinho.
Logo após a mudança eu custei a me acostumar, morava meu avo, e a família da minha tia, meu tio e meus três primos. Que era perceptível o prazer em ver a desgraça na minha vida, passei a não falar com a minha mãe de novo, pois se ela havia me ignorado assim, fazia justo o silencio.
- Ao passar uma semana na casa de minha tia, tudo eram flores, ela me tratava bem e ficava perguntando coisas sobre minha casa e minha família. Eu inocente, já tinha confiança nela e achava que ela em mim.
- A famosa ilusão da reciprocidade.
Ao passar um mês, eu vivia limpando, estudando e vivendo a base de regras extremamente rígidas, alem de, meu pai pagar pensão a ela de 200,00 que eu não via uma peça de roupa pra mim, não havia lanche, ou seja, nenhum beneficio.
- Pois a casa era própria, energia e água gato e comida meu avo ajudava e eu não era nenhuma draga para sair comendo os rebocos da casa. Então esse dinheiro era para os luxos dela.
Pensamento: As pessoas dizem que somente nos relacionamentos no começo são flores, mas na convivência de parentesco é a mesma coisa. Que saco!
Após uns dois meses sem falar com minha mãe, minha tia começou com leve trás, falando horrores que minha mãe dizia sobre mim. E eu? Só sei chorar, ate porque o que eu iria fazer ela é minha mãe!
-Depois de viver como uma empregada, na casa da minha tia, me alimentando mal e sendo vitima de leve trás por maldade dela. Ate porque era tão inocente que acreditava no que ela me dizia, pois como eu conheço o comportamento bipolar da minha mãe, tinha certeza que ela seria capaz.
Em novembro, acabei suplicando ao meu pai, que foi levar a pensão e me visitar.
Vitoria: Pai, por favor, me leve pra morar com você, eu não agüento, ela me trata mal, eu to cansada desse drama constante. Por favor, eu realmente não estou bem.
Pai: Oxente vi, não fiquei ai. Arrume suas coisas que amanha eu venho te buscar.
- E com os olhos cheios de lagrimas.. Eu disse:
Obrigada..
Pensamento: Vou esperar ela sair amanha para ir à casa de vó e vou ajeitar as coisas para ir embora.
- Dito e certo, na calada da noite, fui arrumando minhas coisas aos poucos na maior ansiedade para sai da casa dela.
Hoje reconheço e agradeço a intenção dela de me acolher, mas sinceramente se o que ela fez foi ajudar, preciso rever meus conceitos de ajuda.
- E foi o que fiz, fui embora sem dizer tchau.
- E vocês acham que eu me arrependi? Jamais.
Fui morar com meu pai, comecei a ter liberdade, mas sempre consciente, saindo com as amigas que fiz no são Carlos, passei a ir às festas, a beber, a namorar. Mas, sempre prestando esclarecimento ao meu pai de onde eu estou e se estou bem.
- Nesse meio tempo, surgiram boatos que eu era prostituta, que andava com os noias. Enfim, os piores possíveis. Mas, eu estava numa fase da vida em que certas coisas entravam por um ouvido e saiam por outro.
Mediante a essa loucura da minha vida e a liberdade excessiva, ligaram para o conselho tutelar e meus pais foram chamados. Revir minha mãe depois de sete meses e isso pra mim foi um choque.
- Estava com medo dela, muito medo! Ela me batia muito e por tudo que aconteceu fiquei com medo do que ela faria comigo, já que muita coisa da nossa vida eu contei a minha tia quando eu estava morando na casa dela. Resumindo, minha mãe teve a minha guarda em 2015 e fiquei com ela ate 2017.
Pensamento: NÃO! Ela não gosta de mim. Porque meu Deus? - clamava.
- Então eu não tinha outra opção e fui morar com a minha mãe e tivemos que nos acertar conversar e esclarecer tudo que havia acontecido todo esse tempo.
Resumindo, nos acertamos de uma vez! E ficamos em paz, afinal, é minha mãe não quero perde-la.
- Continuei a vida normalmente, estudando, agora no Dom Luciano, e na vida de pegadora como sempre (risos), não me levem a mal, mas sempre fui assanhada, porém, respeitando meus limites.
-Certo dia minha mãe, me levou para uma consulta no candomblé na casa da minha avó e dessa consulta acabei fazendo uma limpeza e acabei adentrando e fazendo parte da religião afro brasileira.
-E foi dentro do candomblé que eu me firmei, e me senti acolhida e passei a deixar a vida na rua de muita curtição e passei a ter mais responsabilidades. O que ótimo pra mim ate os dias de hoje.
- Aproveito e deixo um recadinho, menos intolerância e mais respeito às diferenças!
Foi dentro do candomblé que estava uma pessoa que bagunçaria minha vida outra vez e dessa vez era pra valer, ele era da mesma casa que eu, afinal, estranho era ele, pois minha família quase toda pertencia a essa religião, menos meus pais.
Enfim, nos aproximamos no Dom Luciano, como amigos, melhores amigos para ser mais exata. Trocávamos mensagens no Whatsapp, eu contava minhas loucuras com os meninos na escola, e mesmo sabendo que era proibido haver um relacionamento entre nós eu o desafiava e ele negava, pois ele era mais velho na casa que eu.
- Mantivemos contato, e começamos a ficar de papo, só para atiçar e despertar a vontade oculta que um tinha em relação ao outro. Eu fiz minha festa de 15 anos (com um tema horrível, mas tudo bem.) ele foi, e passou a fazer parte da minha vida desde aquele momento, mas sempre como um amigo.
No dia 14 de setembro de 2016, dentro do ônibus 615, as 06h00min da manha, no dia do meu aniversario tive um dos melhores presentes da minha vida.
Vitoria: Iai, cadê meu presente? Estava falando olhando para o lado direito da janela e ele para o esquerdo.
Wriel: Vire-se
- Ele me pegou pelo pescoço e lascou um beijão.
Wriel: Gostou do presente?
Vitoria: Amei! Quero Bis. (risos)
Wriel: Chegue...
- E foi assim, que começamos o nosso romance proibido. Mas, calma. Nada serio ainda, somente uma pegação entre amigos. Safadeza pura.
E nesse relacionamento “aberto”, foram surgindo os primeiros ciúmes e a necessidade constante de manter certa fixação entre nós. Porque não havia mais outras pessoas no nosso relacionamento aberto, ele começou a se fechar tão sorrateiramente, que nos não percebemos.
E um dia estávamos ficando numa sala e rolou uma conversa que mudou totalmente o que existia entre nos ate aquele momento.
Vitoria: acho que não da mais certo a gente ficar.
Wriel: Então ta bom.
Pensamento: FALA LOGO!
Vitoria: Por que eu to começando a gostar de você.
- E foi assim que tudo começou.
E no entrelaçar dessas pegaçoes diárias em 2017, exatamente no dia 02 de março de 2017 na sala do segundo I, fui pedida em namoro ao som da musica “me namora”.
Pensamento: Meu Deus, não acredito que isso ta acontecendo.
Wriel: Quer namorar comigo?
Vitoria: Sim.
-E mesmo sabendo que era proibido, decidimos continuar e viver o amor que sentíamos um pelo outro.
Com o passar dos meses, a dona do barracão, minha avó, ficou sabendo do nosso relacionamento pela vidência e nos disse coisas horríveis.
Resumindo, choramos bastante e ficamos sem saber o que fazer.
Seguramos na mão um do outro e dissemos vamos enfrentar isso junto. – Balbuciando
E assim foi feito, mediante, a proibição do nosso relacionamento, fizemos de tudo para manter escondido, mesmo quando as pessoas ainda desconfiavam da gente.
- Minha mãe foi totalmente contra.
Logo após o ocorrido minha avo adoeceu, e eu ajudei a tomar conta dela, ela estava com crise de ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Eu a ajudei e muitos dizia que era remorso, mas no meu coração eu sabia o que eu estava fazendo.
-Certo dia minha vo jogou tudo eu houve na minha cara, me chamou de assassina e que tudo que ela passou era culpa nossa e outras coisas que prefiro nem mencionar. Isso acabou comigo e eu comecei a me sentir bastante pressionada. Em 2017 eu saio da casa da minha mãe para morar com minha vo e ajudá-la na recuperação.
- Tentei esquecer essas palavras que eram jogadas na minha cara, tanto as palavras da família, quanto as dos estranhos. E segui normalmente estudando e fazendo cursinho pré-universitário para conseguir tirar uma nota boa no Enem.
Mesmo com o coração despedaçado, pois era necessário fazer uma escolha entre continuar na religião e seguir esse amor que preencheu o vazio que havia sido deixado na minha vida pelas pessoas que passaram nela.
-Perco a cabeça um dia e mando mensagens desesperadas pro meu namorado.
Vitoria: Não agüento mais é muita pressão. Eu te amo, mas também amo a minha religião e minha família. Não quero escolher, melhor perder os dois do que ficar com um e sofrer pelo outro. Não se sinta culpado, Adeus.
Wriel: O que você vai fazer ? Não faca nada por favor. Lute por nos, eu te amo.
Vitoria saiu do whatsapp..
Wriel: Amor?
Amor? Responda por favor..
- Ele poderia desistir de um amor tão complicado, mas ele resolveu ficar e foi atras de mim no ponto antes de eu subir no onibus em rumo a praia, porque se fosse para tirar a vida, eu faria em meu lugar favorito.
E a partir daquele dia, ele me salvou de mim mesma e me fez acreditar que o impossível é questão de acreditar que tudo é possível.
1 note
·
View note
Text
Capitulo 1 A vida é feita de escolhas
É setembro de 2013, na verdade dia 14, meu aniversário. E eu não estava feliz. Tínhamos nos mudado para uma casa maior, saímos do interior após o divorcio dos meus pais foi uma loucura. A minha mãe conheceu um cara pela internet e decidiu sair de casa depois de 15 anos de casamento e meu pai também tinha a vida feita por aí.
Pensamento: Na minha cabeça sempre passa o filme da minha mãe sentada comigo ao sofá numa conversa, foi quando fiz minha primeira escolha.
Mãe: Vi, preciso falar com você!
Vitoria: Oi mainha, o que aconteceu, a senhora parece estar meio aflita.
Mãe: Conheci uma pessoa na internet, o nome dele é Rodrigo, e como você já sabe seu pai e eu já não estou mais junto dentro de casa desde o nascimento do seu irmão. (Kevin que na época tinha dois anos).
Vitoria: sei, mas o que isso quer dizer realmente?
Mãe: Eu vou embora de casa, irei morar no interior com Rodrigo. Já falei com cayon (meu irmão), e ele disse que pra onde eu for ele vai comigo. E você vai comigo?
Pensamento: No momento eu fiquei sem palavras, quer dizer, eu morei a minha vida toda na rua bela vista, estava estudando, tinha meus amigos, meu namorado, na época e ela queria me tirar isso tudo por causa de outro homem. EU NÃO VOU!
Vitoria: Mainha, eu não vou. Quero ficar aqui com meu pai.
Nesse momento minha mãe se debulhou em lagrimas, e vocês sabem o quanto é difícil ver nossa mãe chorar, acabei chorando junto com ela. Mas, não mudei de união e continuei dizendo que não iria, afinal, eu também tinha uma vida.
Mãe: Eu nunca pensei que você faria isso comigo, seu pai nem liga pra você, mas tudo bem seja muito feliz. (num tom extremamente irônico).
- No momento eu fiquei bastante triste, mesmo sabendo que a minha relação com a minha mãe nunca foi saudável eu a amava e não queria decepcioná-la.
Essa escolha mudou totalmente o rumo da minha visa, quer dizer, minha mãe se foi... E meu pai continuou a vida normalmente, mas ao invés dele cuidar dos filhos, eu assumi o papel de mãe do meu irmão pequeno e passava noites com ele, ia à escola e cuidava da casa.
- Há e minha mãe, ela não sumiu totalmente, eu apenas a ignorava.
Com o entrelaçar dos fatos, muita coisa aconteceu, minha mãe voltou e veio buscar a gente, eu relutei em ir, meu pai fez a cabeça do meu irmão. Não fomos... Mas, minha mãe levou o mais novo e mudamos com meu pai para casa do meu padrinho.
Após uns meses na casa desse meu padrinho, meu pai arrumou confusão, pois morava conosco um amigo deles e sua esposa. Advinha o que aconteceu? (risos), rindo de nervoso. Meu pai transou com a esposa do rapaz e fomos expulsos da casa.
Pensamento: Que absurdo! O moço fazendo um favor, nos acolhendo ate porque a casa que saímos é da minha avó e mesmo quando meu pai pagou os 16.000 reais a casa não era dele. Fomos retirados de lá por irresponsabilidade do meu pai que não sabe agradecer o favor que nos fazem.
- Infelizmente, com o fato ocorrido, minha mãe voltou para nos buscar, e desta vez eu não tive outra opção. Fui forçada a ir... Isso acabou comigo, viver num povoado chamado pai Andre, perto do parque dos faróis com desconhecidos. Uma realidade bastante diferente do que a gente vivia com meu pai. Então, tivemos que aprender a nos acostumar e assim como eu vivia no jardim centenário era privada de muitas coisas.
Pensamento: Morávamos numa casinha bastante humilde, minha mãe conseguiu um emprego no Garbosa e conseguia nos manter, em ordem de pobre tínhamos tudo, porem o que me chocava era que no povoado todo mundo dizia que minha mãe era esposa daquele cara que a meu ver tinha uma péssima índole. Entretanto, o que ninguém sabia era que ela estava se encontrando com meu pai as caladas, saindo para motel e praias.
O que ela não sabia era que Rodrigo passada o dia todo em casa comendo horrores, e usando o wi-fi da igreja pra acessar ao facebook para falar com as piranhas. Eu sabia de tudo, mas como nos tínhamos nos afastados por causa da mudança, foi difícil estabelecer uma relação de confiança outra vez. Mas com o tempo conseguimos nos aproximar de novo. E querem saber? Apesar de tudo, eu estava com saudade do meu antigo bairro, das pessoas que viviam ao meu redor, mas eu estava feliz.
- Certa noite, minha mãe estava no quarto, com o suposto marido e percebeu que ele havia acessado a redes sociais com as intenções mais absurdas possíveis. Ela observou astutamente... Engoliu seco e foi dormir.
No outro dia. Ela falou comigo.
Mãe: vi, fique de olho em Rodrigo, veja se ele vai acessar o notebook e troque a senha viu.
Vitoria: To bom.
- Passei a tarde observando, e reparei que ele foi para o mesmo lugar. Logo após de varias tentativas falhas de erro de login, ele volta.
Rodrigo: Você mudou a senha do notebook?
Vitoria: Sim, por quê?
Rodrigo: Quem mandou?
Vitoria: minha mãe se tiver duvidas pergunte a ela.
- Saiu esbravecido.
Ao cair daquela noite nada foi falado, após a madrugada, por volta de 02h00min da manhã escuto uma voz me chamando.
Vitoria... vitoria...vitoria em gritos. Era minha mãe em seu quarto. Quando cheguei ao dormitório, reparei numa cena horrível para qualquer filho observar.
Um homem agredindo a sua mãe, porque supostamente havia visto no seu celular conversar dela com um rapaz de 19 anos, chamado Israel. Minha reação foi instantânea passei na frente dele e fiquei entre os dois, o empurrei e gritei o mais firme possível
SAIA DAQUI, ESSA CASA NÃO É SUA, NÃO SE ENCOSTE A ELA!
-Ele saiu...
Trancamos a porta, e nos debulhamos em lagrimas, ela me explicou o que houve com mais detalhes, arrumamos nossas coisas e fomos embora as 05h00min da manha.
- Minha mãe explicou o ocorrido ao meu pai e ele alugou uma casinha no São Carlos que fica próximo ao bugio.
Pensamento: Vamos voltar para casa, uuuuh. Apesar de não ser na mesma rua, eu ainda iria estudar na minha antiga escola no Camélio Costa e segui a minha vida normalmente. Por isso tanta felicidade implícita. Infelizmente, eu sentia que coisas ruins estariam por vir porque meu pai estava criando esperanças de ficar com minha mãe, mas não reatar e sim de ela servir suas vontades sexuais em troca de comida aluguel de casa.
- Apesar das escolhas da minha mãe e do impacto que elas nos causaram naquele patamar de nossas vidas, pude perceber que ela sempre almejava o nosso melhor, e muitas vezes engoliam nas secas atitudes do meu pai para a gente ter o que comer. Afinal não recebíamos pensão e o que ela recebia não era muito, ela trabalhava fazendo cartão e tinha que bater meta.
- Eu vi o quanto ela chorava, porque às vezes não tínhamos o que comer, ela dava prioridade à gente invés de se preocupar com ela também. Após a decisão dela de sair da casa da minha avó e de se separar de meu pai, a família nos deu as costas. Estávamos SOS no mundo.
Pensamento: Não se preocupe mãe, Deus não desampara seus filhos, hoje não esta bom, mas amanha tudo se resolvera. E eu irei te ajudar, então cuidei dos meus irmãos enquanto ela trabalhava e tudo vai fluir devagar.
- Com a geladeira contendo apenas cebola e água e os armários vazia, o desespero da minha mãe piorava e o apelo a meu pai foi inevitável.
Mãe: Por favor, tenha piedade, eles são seus filhos e estão passando necessidade.
Pai: Não é isso que você queria? Saiu de casa porque quis, colocou gana em mim com aquele no ia e espera o que? Flores?
Mãe: Eu sei que o que eu fiz não foi certo para os olhos de vocês, mas eu precisava viver a minha vida, e você quer falar de gana? Serio mesmo? Logo você que após o nosso casamento já foi infiel?
PAI: Não importa o que eu fiz você é mulher, não tem essas vontades. E eu sou homem eu posso!
Mãe: Certo. Mas, peço que você pense nos seus filhos e me ajude a criá-los.
Pai: Vou ver o que posso fazer.
- No outro dia... Minha mãe foi trabalhar e meu pai foi em casa e comprou quentinha para comermos e nada mais... Uma quentinha horrível pra falar a verdade.
Enfim, com o desenrolar o tempo e por vingança ao seu ex Rodrigo, minha mãe se envolveu com o novinho Israel, para desgosto do meu pai que com o seu conservadorismo achou um absurdo, pois já que ele a estava ajudando com quentinha e pagou o primeiro aluguel da casa tinha o direito de mandar em quem ela permitia entrar em sua casa e com quem ela iria se relacionar.
- Ao saber do relacionamento da minha mãe e inconsolado com o envolvimento passado dela com o Rodrigo, meu pai agiu astutamente, observando sua rotina e escoltando a casa, alem de, fazer questão de ir la nos visitar.
No dia 22 de abril, minha mãe no trabalho, Israel tinha acabado de chegar, pois tava arrumando suas coisas. Quando de repente meu pai apareceu com um vinho nas mãos pediu pra entrar, puxou uma cadeira, se sentou e convidou o rapaz para sentar e disse.
Pai: Sente aqui, corno. Que eu vou te contar a verdade sobre essa vagabunda.
Israel: Sentou e ouviu.
- Meu pai falou absurdos sobre a minha mãe, falou o pior despertando a raiva do rapaz sobre a mesma.
Ao desenrolar da conversa, eu escondida na cozinha avistei toda a cena e rapidamente me escondi no banheiro e liguei para minha mãe narrando todo o ocorrido. Ela agiu depressa, deu uma escapada da empresa, pegou o primeiro taxi que avistou e partiu em direção a casa.
Trancamos a porta, e nos debulhamos em lagrimas, ela me explicou o que houve com mais detalhes, arrumamos nossas coisas e fomos embora as 05h00min da manha.
- Minha mãe explicou o ocorrido ao meu pai e ele alugou uma casinha no São Carlos que fica próximo ao bugio.
Pensamento: Vamos voltar para casa, uuuuh. Apesar de não ser na mesma rua, eu ainda iria estudar na minha antiga escola no Camélio Costa e segui a minha vida normalmente. Por isso tanta felicidade implícita. Infelizmente, eu sentia que coisas ruins estariam por vir porque meu pai estava criando esperanças de ficar com minha mãe, mas não reatar e sim de ela servir suas vontades sexuais em troca de comida aluguel de casa.
- Apesar das escolhas da minha mãe e do impacto que elas nos causaram naquele patamar de nossas vidas, pude perceber que ela sempre almejava o nosso melhor, e muitas vezes engoliam nas secas atitudes do meu pai para a gente ter o que comer. Afinal não recebíamos pensão e o que ela recebia não era muito, ela trabalhava fazendo cartão e tinha que bater meta.
- Eu vi o quanto ela chorava, porque às vezes não tínhamos o que comer, ela dava prioridade à gente invés de se preocupar com ela também. Após a decisão dela de sair da casa da minha avó e de se separar de meu pai, a família nos deu as costas. Estávamos SOS no mundo.
Pensamento: Não se preocupe mãe, Deus não desampara seus filhos, hoje não esta bom, mas amanha tudo se resolvera. E eu irei te ajudar, então cuidei dos meus irmãos enquanto ela trabalhava e tudo vai fluir devagar.
- Com a geladeira contendo apenas cebola e água e os armários vazia, o desespero da minha mãe piorava e o apelo a meu pai foi inevitável.
Mãe: Por favor, tenha piedade, eles são seus filhos e estão passando necessidade.
Pai: Não é isso que você queria? Saiu de casa porque quis, colocou gana em mim com aquele no ia e espera o que? Flores?
Mãe: Eu sei que o que eu fiz não foi certo para os olhos de vocês, mas eu precisava viver a minha vida, e você quer falar de gana? Serio mesmo? Logo você que após o nosso casamento já foi infiel?
PAI: Não importa o que eu fiz você é mulher, não tem essas vontades. E eu sou homem eu posso!
Mãe: Certo. Mas, peço que você pense nos seus filhos e me ajude a criá-los.
Pai: Vou ver o que posso fazer.
- No outro dia... Minha mãe foi trabalhar e meu pai foi em casa e comprou quentinha para comermos e nada mais... Uma quentinha horrível pra falar a verdade.
Enfim, com o desenrolar o tempo e por vingança ao seu ex Rodrigo, minha mãe se envolveu com o novinho Israel, para desgosto do meu pai que com o seu conservadorismo achou um absurdo, pois já que ele a estava ajudando com quentinha e pagou o primeiro aluguel da casa tinha o direito de mandar em quem ela permitia entrar em sua casa e com quem ela iria se relacionar.
- Ao saber do relacionamento da minha mãe e inconsolado com o envolvimento passado dela com o Rodrigo, meu pai agiu astutamente, observando sua rotina e escoltando a casa, alem de, fazer questão de ir la nos visitar.
No dia 22 de abril, minha mãe no trabalho, Israel tinha acabado de chegar, pois tava arrumando suas coisas. Quando de repente meu pai apareceu com um vinho nas mãos pediu pra entrar, puxou uma cadeira, se sentou e convidou o rapaz para sentar e disse.
Pai: Sente aqui, corno. Que eu vou te contar a verdade sobre essa vagabunda.
Israel: Sentou e ouviu.
- Meu pai falou absurdos sobre a minha mãe, falou o pior despertando a raiva do rapaz sobre a mesma.
Ao desenrolar da conversa, eu escondida na cozinha avistei toda a cena e rapidamente me escondi no banheiro e liguei para minha mãe narrando todo o ocorrido. Ela agiu depressa, deu uma escapada da empresa, pegou o primeiro taxi que avistou e partiu em direção a casa..
-Ao chegar a casa, meu pai já havia ido embora e Israel desolado com o ódio saiu logo em seguida, minha mãe já desesperada saiu atrás dele, pois o mesmo havia levado uma bolsa com o salário dela sem perceber, felizmente ela encontrou o rapaz na BR e o repreendeu tentando explicar toda situação e acalmá-lo, porem o mesmo não quis ouvir. O entregou a bolsa e não voltou.
Quando minha mãe voltou pra casa, após toda situação alarmante caiu em choro profundo.
No dia seguinte, meu pai liga. Ela atende.
Mãe: Alo?
Pai: Iai puta, o corno já se tocou?
Mãe: Você destruiu a minha vida. Eu te odeio.
-Desliga...
Para estabilizar nossa vida minha mãe pegou um empréstimo com um agiota e foi perseguida, foi quando se viu sem saída com três filhos para criar, casa para sustentar e o mundo caindo em sua cabeça. Ela pediu ajuda a sua mãe, minha avo, que sabendo de toda situação decidiu ajudar e finalmente conseguimos nos levantar em meio à lama que estávamos.
Com meu pai vivendo a vida dele, deixando minha mãe em paz e Israel longe. Seguimos nossa vida normalmente, nem tão rica, nem tão pobre, sofrendo as necessidades que estávamos passando. Foi ai que minha mãe conheceu outra pessoa no trabalho o vigilante Emanuel, e eles namoraram e decidiram ir para outra casa e passavam todos os finais de semana procurando casa para se mudarem.
Ate que nos mudamos outra vez, vida típica cigana (risos), e seguimos para uma nova jornada.
Pensamento: Foram tantas provações desde que minha mãe decidiu separar-se de meu pai, mas ate que enfim, acho que tudo ira se resolver.
- Perceberam que as provações que nos passamos são conseqüências exclusivamente de nossas escolhas e muitas vezes pensamos que o que escolhemos somente vai afetar a nossa vida, errado, nossas escolhas afeta a vida de todos ao nosso redor, principalmente, sobre os mais íntimos a família.
Mediante ao que estou vivendo hoje, passou todo esse flashback na minha cabeça e sinceramente estou perdida nesse circulo vicioso que chamam de vida.
0 notes
Text
Introdução
Oi. Meu nome é... Vocês já sabem. Epa. Sabe aquele lance de quem não vê cara não vê coração? Pois é, aqui vocês só verão o coração mesmo.
A verdade é que eu criei este blog porque eu preciso de um lugar para desabafar e, como me tornei uma adulta preguiçosa demais para escrever em diários, achei que a internet seria uma saída. Uma ótima saída, aliás.
Sei que essa página não será muito acessada, o que, de certa forma, me tranqüiliza, porque não gosto da ideia de pessoas lendo as coisas que escrevo-o-que-penso-e-não-falo-em-voz-alta. Então vamos lá.
Sente acomode-se, pois agora vou contar para vocês a infeliz historia da minha vida, a partir dos meus 13 anos até os meus 30 e espero que quando passar dessa idade as desgraças acabem, porque ninguém merece tanta miséria.Enfim, espero que aproveitem e que apesar de muitas coisas ruins, vejam as coisas boas que existem na vida.
reflitam..
1 note
·
View note