"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.” ― Clarice Lispector
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Já desisti há muito tempo
Eu desisto. É que ao certo eu já desisti há muito tempo. Não é como se existisse algo para se apegar. Não é como se houvesse motivos para ficar, é como se tudo dissesse que era certo ir. E de certo modo fui. Beirando da sanidade para insanidade, entre o desalento de viver, eu fui. Não fiz cerimônias ─ ninguém fez ─, sem despedidas, eu fui. Despedindo-me sem me importar de cada parte minha que passei a não reconhecer, e fui indo embora aos poucos, até finalmente não restar nada que eu reconhecesse. Realmente não restou. E ninguém percebeu. Como uma autotortura, busquei reviver minhas dores e reabrir minhas cicatrizes, afim de finalmente crescer. De entender o que não entendi antes. De talvez ─ só talvez ─ me tornar imune a todo esse sofrimento que somos obrigados a conhecer tão bem. Mas soou tão doloroso quanto da primeira vez. E no final de todas as noites, com a cabeça rente ao travesseiro, chorei silenciosamente. Com orgulho vivi todos os dias do meu inferno particular, sem partilhar minha dor com mais ninguém além de mim. Não a beleza nas coisas. É como se tudo perdesse um pouco de sua nitidez. Não há prazer em tomar um sorvete rotineiro numa praça, ou se encontrar com os amigos num pub casual. Você pode até sair, mas cada parte de seu corpo torce pelo momento que finalmente você ficará só. Não sou saudável, eu sei. Ao final do dia, sua cabeça estará rente ao travesseiro, num choro tão insuportável quanto à dor que sente. E aí está o problema, não dá pra resolver definitivamente, porque toda a solução é provisória. É como uma droga: satisfaz-te momentaneamente, mas logo seu corpo irá pedir mais. Não há um meio de fuga, e talvez tentar fugir só piore ás coisas, porque no final do dia, os pensamentos te atormentarão, mostrando que soluções mais viáveis poderiam dar um destino melhor às coisas. E aí você sofre novamente ─ não porque de alguma forma você fez escolhas erradas, mas porque um novo dia está por vir, e você estará vivo. Você não sente prazer em estar vivo. De algum modo você odeia o mundo e tudo que ele representa, e até as pessoas, por não perceberem esse inferno particular que você está vivendo. E cada dia é como uma despedida, porque você sabe que a qualquer momento pode sucumbir. Seja num morte natural ou num mero suicídio, você só tem certeza ─ e até torce para que esse momento chegue. E diariamente você vive a sua tortura particular, porque não há como fugir, senão no dia em que a morte finalmente chegar. ─ Shirley Sthephanne 11/09/2016 ás 15h26min
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De todos os amores que vivi, me tornei um amor inteiro.
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Somos extraordinários quando acreditamos em nós mesmos.
Ornamentado.
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“Por você eu chovo, vento, nevo, mas é por você também que eu me faço brisa e calmaria.”
— Grazy Paiva, você escrito em mim
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“Seja seu próprio cais, sua própria ancora, seu próprio suporte e seu próprio refúgio. Assim, quando todos forem embora, você terá onde se apoiar.”
— Meu pé de cerejeira branca. (via afagareis)
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“Pois meus olhos vidram ao te ver são dois fãs, um par. Pus nos olhos vidros para poder melhor te enxergar, luz dos olhos para anoitecer é só você se afastar. Pinta os lábios para escrever a sua boca em minha. Que a nossa música eu fiz agora… Lá fora a lua irradia a glória, e eu te chamo, eu te peço: Vem! Diga que você me quer porque eu te quero também!”
— Nando Reis. (via adverbio)
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“Existem sorrisos que arrepiam até a alma.”
— Motoshima.
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“Acho que sempre arranjamos alguma coisa para nos atormentar.”
— Charles Bukowski.
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“Queria eu, seguir meus próprios conselhos.”
— abismoadois
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Eu sou uma das pessoas mais insistentes que eu conheço, se eu vejo possibilidade, se eu tenho esperança, eu tento, tento quantas vezes forem necessárias, até que eu possa afirmar com toda a segurança do mundo: eu fiz tudo o que eu podia!
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