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As vezes a gente só precisa de um abraço e compreensão

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Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos, porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui, mas a outra metade, não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

- metade.

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Frustração é não reconhecer alguém que antes você reconhecia de olhos fechados.

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porque eu sinto como se parte de mim já tivesse desistido, mas a outra continuasse aqui, fingindo que ainda quer algo. e eu choro, porque nada faz sentido e tudo em mim dói.

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Eu tô tão cansado de me sabotar, de minar meu caminho sempre que tento andar, de me segurar quando quero ir. E mesmo cansado eu não sei o que fazer, eu nunca sei.

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Esses momentos me deixam tão triste.

Lembro de tudo, de todos que já foram, que passaram…

Que saudade.

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Perda

Esse texto é sobre perca

Hoje eu perdi uma parente, uma tia-avó. Eu tive poucos momentos com ela, mas o mais vivo foi recente, poucos meses atrás.

Ela tinha alzhemer, mas certo dia insistiu a todos que queria ir na casa da minha avó e assim ela fez. - Minha avó não é irmã dela, aliás, ela era cunhada da minha avó - Foi até a casa da minha avó e eu estava lá. Falei com ela, ela foi super simpática contigo e nesse dia todos falavam que ela estava muito lúcida em relação aos últimos tempos. Eu lembro da alegria.

Ela entrou, sentou-se e tomou café com minha avó enquanto conversava água de chocalho. Quando teve que ir para casa parou em mim e me chamou pelo nome do meu tio e quando ela fez isso a corrigiram, e eu ri. Disse que eu era o filho da minha mãe e ela indagou “filho da ***inha?? Você tá lindo!!” Eu ri e ela continuou: “Já é um homem! Tá tão lindo! Já tá namorando?? Com certeza está.” Rimos e ela prosseguiu “meu filho, você me desculpa se eu tô falando nada com nada, eu tô Velha, é o que dizem.” Eu ri e respondi “Que nada, a sra tá mais jovem do que nunca” ela riu e me abraçou e disse “foi um prazer meu filho, fique bem, se cuide e cuidado com as namoradas” eu ri e disse que ela se cuidasse também e ela foi embora.

Hoje ela faleceu e todos nós estamos muito tristes. Minha mãe sempre disse que ela foi a melhor tia de todas, a única que lembrava dos meus tios. E na pouca vivência minha com ela tenho uma ótima memória. Que dor.

Isso tudo é frustrante, não poder dizer um último oi dói. Eu normalmente passo esses momentos sozinho e não comento com nenhum amigo até que eu tenha lidado comigo mesmo. Hoje não é diferente… não contei a ninguém.

Eu ando sozinho nos últimos dias, tenho apenas uma amiga que todo dia tá ali, um grupo de amigos no WhatsApp e um amigo que as vezes fala algo (hoje falou). Enfim, não comentei com ninguém, até porque ninguém tem que se importar com isso.

Essa perca de hoje me remete à perca do pai. Eu sinto saudade demais. Eu sinto tanta saudade daquele abraço apertado que eu fiquei com vergonha e quis sair. Eu tenho raiva de mim até hoje por não ter morado naquele abraço, naquele momento quando pude. Faz parte. Passou.

Hoje eu durmo chorando por não ter tido mais momentos com ela e com saudade do abraço do meu pai. No fim, a gente tá só.

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Redator

Eu tenho uma dificuldade particular para confiar em pessoas que não conseguem dissertar sobre o que há dentro de si. É até frustrante quando se propõem a conversar com alguém assim. Você diz várias coisas que as vezes até dói, chora enquanto escreve, e sai um suco puro de você em forma de texto ou voz e no fim recebe apenas um mix de frases prontas que não traduzem nem de longe aquilo que verdadeiramente a pessoa queria dizer.

É muito frustrante. Da a sensação de que se está só. Você fala, se esforça pra expressar da melhor forma possível para no fim do outro lado vir frases prontas. É por vezes, decepcionante.

Gosto particularmente da música “O redator” da banda Zimbra por isso. Ela fala exatamente sobre isso a que me refiro, sabe? Ninguém tem culpa por não conseguir se expressar de forma mais prática, faz parte. Mas se você não consegue assinar no final da folha é o mesmo de não escrever.

Assinar no fim é sobre ter algo seu ali. Cada coisa que escrevo tem um pedacinho de mim, seja amor, seja dor, tristeza ou apenas melancolia desbalanceada. Mas definitivamente ali tem um pouco de mim, por vezes confuso e com excessos de pontos finais, mas estou ali. E no fim eu só espero isso do outro lado também, mas é raro.

As vezes é sobre achar um encaixe com outro alguém ate nisso… Na compreensão da coisa dita. Não é simples entender o sucinto, muito menos o exagerado.

“Escreva alguma coisa, por favor, meu bem/E lembra de assinar no fim da folha"

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Há 1481 dias eu postei isso e hoje tento me convencer novamente.

Vida.

Aprendi que nem tudo são flores, que nem todos os dias têm sol, mas eu sei que não há tristeza que não passe, nem felicidade que dure para sempre. Os dias nublados vão vir, as flores vão murchar, contudo, depois a primavera certamente vai chegar! Um dia eu descobri que a vida vale a pena ser vivida e aproveitada ao máximo, independente das circunstâncias, pois sempre haverá um novo dia, uma nova chance, um novo amor, uma nova oportunidade… Por isso que a vida é única.

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Reaprendendo a sentir

Minhas escritas aqui estão como meu coração: privado.

Eu não consigo, expor mais nada. Ser vulnerável me deixa vulneral a mim e como já disse antes aqui: “tenho medo de mim”.

Cada texto privado aqui é algo que eu não quero falar, nem aqui, nem pra mim.

Eu sou complicado, desconfiado e sempre tenho um pé atrás com todos. Se eu te amo, eu te amo. Mas mesmo te amando, tenho receio. Não amo?

Já me permiti amar e ser vulnerável e não foi um experiência das mais agradáveis e por isso, infelizmente, quem possa aparecer na minha vida tende a ver e sentir essas complicações. O fato de ter um pé atrás pra me manter firme faz com que a margem de erro pra outro alguém seja mínima e nem sempre é justo, mas apenas acaba e eu me protejo comigo mesmo.

Ficar só nem sempre é fácil, mas as vezes é mais confortável. Ter alguém ao lado trás responsabilidades que não quero, não agora. Mas isso é aquelas coisas da vida que podem mudar do nada ao esbarrar com alguém novo pra compartilhar.

Eu queria sentir aquilo novamente, a sensação de frio na barriga, de olhar pra alguém e só sentir amor e nada de desconfiança, de me entregar e receber alguém entregue também.

Enfim.

Eu quero me propor mas agora não consigo, não sei. Eu até tentei por muito tempo me propor, mas nunca fluiu e pra mim só atração sexual não funciona. Definitivamente não funciona.

Perdão pelo meu desabafo repleto de pontos finais e frases curtas e (por vezes) desconexas. Quem sabe um dia eu pego o jeito novamente de escrever sem meus pensamentos pausarem subitamente e eu colocar pontos finais excessivos.

Enfim, é isso.

(Essa é música que escuto agora)