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“Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.”
Alberto Caiero, heterônimo de Fernando Pessoa
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“O mundo é para quem nasce para o conquistar. E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.”
Fernando Pessoa
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“Jamais amaríamos tanto a Terra se não passássemos a infância nela, se não fosse a Terra onde desabrocham, a cada primavera, as mesmas flores que colhíamos com nossos dedos minúsculos […] Que novidade vale essa doce monotonia onde tudo é conhecido e amado por ser conhecido?”
George Eliot, O moinho à beira do rio
#poema #leitura #poesia
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