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Eu não quero mais nada.
Você chegou e ocupou todos os vazios.
Seu sorriso se estende pela casa,
aquece meu coração,
dita a melodia da nossa trilha sonora.
Fazer amor com você
É amanhecer à meia-noite.
Seu calor me aquece,
sua luz deixa a escuridão devendo visita.
Fico pensando…
Será que mereço?
E sou interrompida por você,
me puxando pra dançar,
afastando minha crise de ansiedade pra bem longe.
Nossa música…
são todas as músicas que falam de amor.
Amor genuíno, quase inocente.
Que fala de coisas simples,
que tenta descomplicar a vida.
Você me faz querer passear o mundo
de mãos dadas com você.
Eu pulo.
Você pula.
Pulamos e caímos um no outro.
E há profundidade.
Intensidade.
Em cada mergulho.
Juro… é real?
Será que estou sonhando?
Por favor, não me acorde.
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Me perdoe pelo caos
Eu sei do estrago que causei,
Do quanto eu sei ferir.
Não fui e não sou, perfeita.
Suas cicatrizes têm preço,
E eu não paguei por elas.
Confesso: ileso, você não saiu.
Mas garanto, não era você naquela cama.
Não era você com um diagnóstico.
Era você tentando consertar um erro do passado,
Que escolheu virar presente.
Se queres que eu me desculpe,
O faço agora:
Me perdoe pelo caos que te causei.
Te avisei que era complicada.
Acho que você não imaginou que fosse tanto.
Me perdoe por ter deixado você entrar na minha vida,
Por ter achado que seria bom entrar na sua...
Eu, tatuagem?
Verbo? Sei não.
Não duvido, mas questiono.
Por que foges?
De mim ou de si mesmo?
Será que sou a única que te enxerga
Exatamente como você é?
Me perdoe por isso também.
Mas se você não suporta se olhar no espelho,
Eu te encaro.
Já vi a face da morte,
O pior do ser humano.
Acha mesmo que eu recuaria
Diante de um homem covarde?
Meu bem...
Eu já venci o inferno.
Tenho medo de não ser feliz
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"Sunshine"
Sempre fui a que observa.
A que supre as necessidades dos outros.
Em todas as minhas relações, era eu quem organizava tudo —
a menina dos planos.
Queria me fazer necessária,
porque a verdade é que nunca me senti segura.
E eu preciso disso.
Segurança.
Com ele…
É tudo seguro.
É tudo tão tranquilo quanto um pôr do sol.
Ele faz os planos,
escolhe os melhores presentes,
me observa,
me escuta.
No começo, isso me incomodava —
ser prioridade de alguém era novo.
Mas me sentir segura me transformou.
Passei a mostrar todas as minhas faces,
sem medo de rejeição.
Porque sei:
ele não vai a lugar algum.
Nossa história de amor começou morna.
Anos se passaram até que voltei lá no passado —
naquela cafeteria em Londres —
e o encontrei.
Olhei para ele com ternura,
mas, naquele tempo, rejeitei.
Tinha outro amor.
Fui fiel.
Mas quando voltei, ele ainda estava lá.
Com olhos esperançosos.
Esperava por mim.
Com um amor guardado por anos.
Juntamos nossas vidas.
Criamos um lar.
Comemoramos duas voltas ao sol
desde que o resgatei daquele tempo.
Somos felizes.
Somos amigos, amantes, cúmplices.
Ainda nos vejo lendo juntos,
em silêncio —
o mais completo silêncio que diz tudo.
Ele sussurra “eu te amo, Sunshine”
e eu sei...
é real.
É amor desses feitos para durar.
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"Intensidade"
Você inveja o quanto eu sei queimar,
o quanto voo sem medo do alto.
Como todo covarde,
teme aquilo que brilha mais que você.
E eu brilho. Eu sou.
Nunca fui das coisas que passam,
sou raiz, sou João-de-barro.
Você? Um egoísta com medo do próprio espelho.
Quando viu que meu fogo era chama viva,
tentou se fazer vítima
de uma história contada só por você.
Mas essa vilã aqui
queima sem medo,
ama com tudo,
mesmo sabendo o risco de virar cinzas.
Você nunca mergulhou nos meus oceanos,
ficou na beira,
com medo da profundidade.
Minha luz te incomodava.
Tentou me apagar,
se fez de vagalume só pra me atrair.
Mas eu amanheci sol.
E só os girassóis me seguiram.
Você, medroso, se escondeu.
Nunca aprendeu a amar de verdade.
Temeu minha intensidade.
Eu sou feita de tempestades.
De paixão e de caos.
Sou imensidão inexata.
E você…
Bom, você é só você.
#euestouqueimando#autorias#carteldapoesia#poecitas#mentesexpostas#pequenos escritores#lardospoetas#espalhepoesias
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Duas voltas em torno do sol
Nós dois, escrevendo a nossa história.
Dividindo a mesma vida,
Trilhando o mesmo caminho.
Nosso dia 11.
Nosso momento.
Amanheceu...
Seguimos por lados opostos.
"Sunshine", do DelaCruz,
Tocando em todos os lugares por onde passei.
Hoje, dia 12.
A noite nasceu com sol.
Flores exalando por toda parte.
E eu me senti sortuda,
Desde o dia em que te encontrei.
#euestouqueimando#autorias#carteldapoesia#poecitas#pequenos escritores#lardospoetas#sunshine#DelaCruz#Spotify
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Ainda Te Espero
Eu espero que você esteja bem,
Mas aqui dentro tudo se desfaz,
A saudade bagunça, grita, vem —
Achei que já tinha superado,
Mas no fundo, ainda tem um "se"...
Um sinal, um toque inesperado,
Um e-mail, uma mensagem, você.
Se me chamar, eu volto sem pensar.
Se me pedir, eu vou sem hesitar.
Tem dias que lembrar de ti dói tanto,
Que só o tempo entende o meu silêncio.
A saudade diz que é coisa do passado,
Mas no meu peito, tudo é tão presente...
Me diga, por favor, com o coração apertado:
Eu passei? Ou ainda sou ausente?
#euestouqueimando#autorias#carteldapoesia#espalhepoesias#pequenos escritores#lardospoetas#poesia#poecitas
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Eu ouvi:
“Quem você perdeu para estar quebrada dessa maneira?”
Confesso que não pensei que fosse comigo. Estava esperando minhas filhas saírem de uma festinha.
Ele repetiu a pergunta. Só então resolvi procurar de onde vinha a voz. Como estava lendo, mantive a cabeça abaixada. Mas, na segunda vez, levantei os olhos.
Vi um homem alto, de cabelos grisalhos. Ele tirou os óculos e se apresentou.
Sou uma pessoa com dificuldades de socialização — imagina alguém estranho me abordando! Achei que fosse um psicólogo… ou apenas um enxerido.
Ele, percebendo meu embaraço, disse que reconhecia minha dor. Contou que havia perdido a irmã. Disse que meu semblante era triste.
Olhei demoradamente para ele. Levantei e disse, com firmeza, que ele estava me incomodando. Que não bastava me ver lendo um livro para conhecer minhas dores, minhas perdas.
Ele se desculpou. Estendeu um papel. Achei que fosse algo de uma clínica, mas era uma lista de nomes. Um deles estava circulado.
Não sou curiosa. Mas ele disse que perdeu a irmã no mesmo dia e local em que eu perdi meu sobrinho.
Meus olhos marejaram. Confusa, tentando encontrar um equilíbrio. Fui impulsiva: fui até a mesa dele e disse que perdi minha menina, num acidente. Que segui minha vida, construí minha família, tenho meus filhos…
Mas ainda dói.
Dói ela não estar aqui para ver a mãe que me tornei.
Dói ser feliz sem ela.
E vai doer a vida toda.
Ele me pediu que sentasse. Sentei, atordoada. Um estranho havia me enxergado tão bem. Me senti invadida, aterrorizada, num misto de emoções novas.
Ele percebeu que a crise de ansiedade estava chegando. Me guiou em alguns exercícios de respiração. Fui me acalmando. Tomei o remédio.
Pediu desculpas mais uma vez. Disse que viu quando cheguei com as meninas. Sua neta também estava no aniversário.
Duas doses de café depois, um elo começou a se formar.
Ele contou sobre sua dor. Era gêmeo. Perdeu a irmã. Disse que não sentiu quando ela se foi. Esperava que uma conexão existisse, mas tudo o que sentiu foi um incômodo, uma ausência inexplicável. Estavam em países diferentes. Um telefonema da mãe falecida mudou tudo.
A festa acabou. Fomos buscar nossas crianças. Ele propôs um novo encontro para ouvir minha história.
Foi então que sua neta apontou para o céu e perguntou: — Aquela estrela é a minha mãe?
Ele confirmou.
Ela disse que a mãe sempre aparece quando olha para o céu.
Meu coração foi se partindo aos poucos.
Voltamos para casa. Enviei um e-mail. Conversamos.
Hoje, sua neta vem passar o dia com minhas filhas, enquanto ele resolve “assuntos de gente adulta”.
Estou fazendo coxinha. O brigadeiro já está pronto para enrolar.
Hoje ela vai conhecer a culinária brasileira.
A vida segue — com dor ou não.
A dor não vai embora. Mas também não vai me impedir de ofertar o melhor.
Porque, no fundo, o amor que perdemos ainda nos habita.
E, quando dividimos nossa dor, ela vira ponte — e não mais prisão.
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Último poema para o covarde corajoso
Eu não vou ler as poesias que escreve pra mim.
Não vou dar gostei.
Tampouco vou demonstrar o quanto admirei.
E quando doer — porque vai doer, eu sei —
Quando a parte mais bonita sua não for mais radiante aos meus olhos,
Quando tuas poesias não me queimarem mais...
Ao invés de Marte, vá visitar Urano.
Sinta o frio da minha indiferença.
Último poema para o covarde corajoso.
Quando minha poesia for sede na sua boca,
Vai beber da minha indiferença.
Pois não estará mais nas entrelinhas.
Nossa playlist? Apagada.
De você, queria só poesia —
Acho que era sua parte mais honesta.
Agora, não quero nem o troco.
Se esbarrar em algo parecido, desvio.
Você se tornou obsoleto.
Espero que desvie da minha fogueira.
Porque eu fui feita pra queimar.
E gelo, perto do fogo…
Derrete. Evapora.
#euestouqueimando#autorias#carteldapoesia#poecitas#mentesexpostas#espalhepoesias#pequenos escritores#lardospoetas
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Essa vontade de correr o mundo… acabou.
Voltar para o ninho.
Agora, ser João-de-barro: criar nosso canto,
Construir nossa família,
Chamar de “nosso” o que antes era só “meu”.
Plantar hoje para colher no futuro, amor.
Num dia como outro qualquer,
Amanheci dona de mim.
Sendo assim, decidi parar.
Mudei a rota, achei seu telefone e liguei.
Um encontro. Horas de conversa.
Um sonho. Um projeto.
Agora era nosso.
Você e eu contra o mundo.
Construindo um lar.
A base de tudo foi a lealdade.
Agora virou fruto, amor — desses feitos para durar.
Agora que somos família, construímos um lar.
Podemos contemplar nossos filhos,
Nos orgulhar da nossa construção.
Amor que plantei e colhi.
Somos a prova viva de que basta querer, escolher:
O amor vem, faz morada, muda destinos, aquece corações.
Falta tão pouco para completar mais um ano dessa nossa união...
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Você substitui ressentimentos com raios de sol



Com tanto amor,
Você pede desculpa por dentro da sua própria pele.
Encaminhando bons pensamentos para o seu cérebro.
Você deita no sofá, e deixa a janela aberta como lembrete de que ainda existe oxigênio.
Puro.
Dançando pelas suas narinas, chegando até o seu pulmão.
Você substitui ressentimentos com raios de sol.
Na tentativa, de curar as dores do passado!
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Me falaram “pensa em algo bom”
Como aquele guarda-chuva que te protege das gotas de chuva no meio de uma tempestade da cidade.
Como aquela xícara de café acompanhada com pão fresco às seis horas da manhã.
Como os sorrisos que as crianças nos entregam quando gostam de nós, genuinamente.
Como a natureza em perfeita harmonia, o sol se pondo depois de um dia cheio.
Como eu tentando acreditar no amor novamente, me levantando, me abrindo, entregando o meu corpo e coração.
[eu pensei no seu nome]







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Nossa conexão ainda existe.
Você, às sete da manhã, pensando em mim,
me despertou...
Senti sua vontade, o seu desejo.
Somos almas gêmeas — nos encontramos, e depois, nos perdemos.
Mas a conexão entre gêmeos... permanece.
Depois do almoço, você com ela, pensando em mim.
Como deve ser confuso aí dentro, não é?
Foi amor? Ou ainda é?
Há pouco, se escondeu só para chamar meu nome.
Como se eu fosse algo proibido.
Você me confunde...
Coloca uma aliança no dedo dela
e ainda assim, chama meu nome em segredo?
Eu senti você o dia inteiro.
Sorte dela que não tenho WhatsApp,
ou você não teria se controlado.
Sorte dela que não sou acessível.
Sorte sua que não devolvo a conexão... apenas sinto.
Eu me importo.
Eu te amo.
Mas não vai ser nesta vida.
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o amor do outro não vem na troca, não vem no tanto que a gente faz (ou deixou de fazer) você pode estar, cuidar, insistir e mesmo assim ele não fica. não é sobre merecer, é sobre querer. e o querer, às vezes, simplesmente não acontece. tem gente que a gente ama com tudo. e mesmo assim… fica sozinho.
céu de júpiter em: notas sobre o (nosso) fim
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Quem diria que isso faria sentido agora
Senti, E senti tão forte. Menti. Ferimento, e morte.
Morte do eu, Do nosso, Do posso, Sem apogeu.
Mudança e nascimento, Dor do parto, do advento De algo novo, vindo lento Tal qual árduo sofrimento.
Pensei que seria diferente, E agora realmente sou mais Forte, claro, preferente Mesmo em meus suspiros finais.
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Eu espero que você esteja feliz
Eu não podia ficar na sua prateleira.
Observando, enquanto você me esquecia devagar, bem ao meu lado.
Fogo baixo, desculpas esfarrapadas e afetos mornos nunca foram o meu tipo.
Tudo o que eu disse, fiz e senti: foi verdade.
E eu te amei, na sensação, de esperar que aquele amor seria retribuído.
Mas não foi, e eu aceitei isso.
Fui embora, não como alguém que te odeia, mas como quem ama na intenção de encontrar um amor que eu merecia também.
Ainda existe um eu do passado dizendo coisas bonitas para você, e te amando forte: e eu admiro ele.
E ainda existe um você do passado? Confuso e se desculpando por não ser bom o suficiente.
Eu não queria que você fosse bom, para mim você já era ótimo, se você me enxergasse só mais um pouco, já seria o suficiente.
Consideração vale mais do que um “sinto muito”.
Consideração vale mais do que um “esqueci de você, me perdoa”.
Eu perdoei e não sinto raiva de nada disso, colecionar palavras do passado não é algo que eu costumo fazer mais.
Eu? Aquele, eu…
Ele era corajoso e o tipo de garoto que não media esforços para algo distante.
Mas, recentemente, eu não consigo mais encontrá-lo.
Achei que isso me assustaria.
Mas, parece que me libertou.
Eu mesmo me transformei em algo lindo em minhas memórias, alguém cheio de vida, tentando encontrar o lugar no mundo e cheio de amor.
E não foram palavras da boca para fora quando eu disse: “eu espero que você seja feliz” ou “você merece alguém que lhe ame”
Pois você merece.
Você é incrível.
Poderia ter sido o melhor de todos os garotos que eu já amei de verdade, mas, infelizmente, as coisas não aconteceram assim.
Eu espero que você seja feliz.
Seja aquilo.
Aquilo que não conseguiu ser para mim.
Beijos nos sábados e noites com sono e respiração em silêncio das segundas.
Com alguém que saiba valorizar isso.
Alguém que veja quem você é, esse ser tão lindo e cheio de luz, apesar de todas as sombras.
Sem ressentimentos.
Só desejos de realização e sorrisos infinitos.
Eu?
Estou tentando ser feliz também.
E, desconfio, que estou conseguindo.
Boa sorte para nós



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Escrever como quem risca fósforos
Faíscas
Palavras
Fogo!
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Você tem gosto do sol das três horas da tarde passando pela minha janela
(Eu sempre amei o verão)
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