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a gente precisa parar de achar que errado é quem nos decepciona.

errado somos nós, que mesmo ao menor sinal de reciprocidade, colocamos expectativas onde não deveria, fazemos de corações rasos nosso salto mais profundo, acreditar que superfícies movediças podem ser nosso porto seguro.

o certo é: sermos tão inteiros, que quando o outro vai embora, não fique um espaço vazio, mas sim a chance de transbordar de novo.

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Aprendizados anteriores são necessários, mas não deixe que as difíceis lições do passado façam parte do seu presente. Sempre haverá algum capítulo que não entendemos, e nessa de querer revisar, podemos errar no mesmo lugar. 

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Sempre que pode ela levanta e vai acompanhar o nascer do sol, sempre acompanhada de uma coberta enrolada ao corpo e ao mesmo tempo com uma nudez esplêndida - nudez na pele que permite o arrepio e na alma que recebe toda a positividade - e contempla.

Ela usa seus dedos finos com unhas pintadas de esmalte vermelho já descascando para prender os cabelos que caem sobre seus olhos e usa a boca para esquentar os mesmos que lhe foram de tanta serventia.

Ela acompanha todos os movimentos com seus olhos pequenos incomodados com a claridade e ainda borrados com o rímel da noite anterior, mas que mesmo assim refletem a luz tímida do sol. Ela usa sua coberta surrada para se proteger do vento que bate querendo a deixar nua e abrindo as janelas, tenta se esconder do vento que lhe faz carinho na pele e faz seu cabelo escorregar sobre seu rosto.

Com seus passos suaves ela faz com que a coberta percorra todo o seu corpo com pêlos dourados até chegar ao chão e faz dos raios do sol sua única vestimenta. Ela senta em frente sua penteadeira, escova seus cabelos, se veste com um batom vermelho e se cobre com as roupas que um dia ficaram espalhadas pelo chão junto do sol, do vento e da coberta.