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Como o Cristianismo sobreviveu ao fim de Roma?
Como o Cristianismo sobreviveu ao fim de Roma? Conversões de líderes bárbaros, expedições missionárias e até o politeísmo germânico contribuíram para a preservação do Cristianismo após a queda de Roma.
Muito se pergunta e quase nada se responde de forma direta sobre como o Cristianismo sobreviveu ao fim de Roma, certo?
Os povos da Germânia, por exemplo, ou não estavam nem aí para o Cristianismo ou uma parte importante até já era de cristãos convertidos ou conheciam bem a crença estrangeira.
Vamos ver isso direitinho agora. Boa leitura!
TÓPICOS SOBRE A SOBREVIVÊNCIA DO CRISTIANISMO APÓS A QUEDA DE ROMA
1. O politeísmo dos povos bárbaros ⠀⠀1.1 Uma analogia: o Politeísmo Grego 2. Bárbaros convertidos 3. Roma e mosteiros isolados 4. Missionários e as expedições de conversão e propagação do Cristianismo 5. Sintetizando como o cristianismo sobreviveu ao fim de Roma Referências ⠀
#1 COMO O CRISTIANISMO SOBREVIVEU AO FIM DE ROMA? O POLITEÍSMO DOS POVOS BÁRBAROS
Os povos bárbaros eram politeístas, tinham seus deuses e suas deusas, o que, na prática, implicava que um deus a mais ou a menos tanto fazia para esses povos…
Ou seja, o Deus Cristão, nesse caso, era quase indiferente aos bárbaros igualmente como tantas outras divindades de outros povos muito além de Roma.
Inclusive, era muito comum que deuses ganhassem e perdessem relevância no decorrer do tempo dentro do mesmo povo.
1.1 Uma analogia: o Politeísmo Grego
Fazendo uma simples simulação usando a fama e magnitude da mitologia grega, vamos perceber bem a “irrelevância” de determinados deuses e deusas para povos politeístas.
Quantos deuses e deusas existiam no Olimpo?
Apenas 12 divindades. O próprio Hades não consta na lista, embora seja um dos maiores e mais famosos deuses e irmão de Zeus.
E os deuses menores? São dezenas. Dezenas de deuses e deusas que não são menos importantes.
Ainda existem os inúmeros semideuses que também eram divindades — as chamadas divindades menores —, como Hércules e Perseu, dois dos tantos filhos do líder do Olimpo, Zeus.
Com isso, já se dá para entender o tamanho e complexidade das religiões politeístas.
Por isso, o Cristianismo tinha certa “tranquilidade” nessa vastidão de deuses e deusas. Não havia uma perseguição sistemática como os próprios romanos fizeram aos cristãos antes de deixarem o politeísmo e se converterem ao monoteísmo cristão.
Isto é, antes do Império Romano ter o Cristianismo como religião oficial.
#2 COMO O CRISTIANISMO SOBREVIVEU AO FIM DE ROMA? BÁRBAROS CONVERTIDOS
Antes mesmo da queda de Roma, muitos clãs bárbaros já se encontravam convertidos à religião cristã, ainda que formassem uma sociedade bem complexa nesse sentido.
Muitos dos próprios líderes bárbaros que atuaram como federados de Roma eram cristãos convertidos.
Líderes de destaque, como o gigante Estilicão, de origem vândala, e o competente Alarico — o visigodo que saqueou Roma em 410!
#3 COMO O CRISTIANISMO SOBREVIVEU AO FIM DE ROMA? ROMA E MOSTEIROS ISOLADOS
Após a queda do império ocidental em 476, a Igreja perdeu bastante espaço e influência, é verdade, mas sobreviveu na própria cidade de Roma e em mosteiros isolados.
Nesses mosteiros, monges copistas continuaram a se dedicar à criação de cópias dos textos sagrados e afins, fazendo uma espécie de backup, entende?
Registrar a memória sempre foi importante e o trabalho dos monges copistas nos auxilia a entender aquele período, diferentemente de outras regiões nas quais não se fazia registros escritos (onde prevalecia a tradição oral).
Mesmo que o registro escrito possa ter pouca ou nenhuma imparcialidade, faz-se importante o ato de registro.
#4 COMO O CRISTIANISMO SOBREVIVEU AO FIM DE ROMA? MISSIONÁRIOS E AS EXPEDIÇÕES DE CONVERSÃO E PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO
Apesar da queda do império ocidental, muitas, muitas expedições missionárias já tinham sido despachadas aos povos germânicos bem antes da queda de Roma em 476 d.C.
E claro: com o propósito de conversão…
Muitas dessas expedições haviam partido do Império Romano do Oriente e até havia uma grave discordância interna dentro da própria Igreja, que bem posteriormente teria até o Grande Cisma do Oriente.
No entanto, o fato é que o Cristianismo de uma visão ou outra acabava por ser propagado.
Primeiro de modo bem forte pelo império do oriente e depois a partir de Roma, a cidade “herdeira” do antigo império do ocidente.
Nisso, essas expedições missionárias foram, pouco a pouco, convertendo as regiões de forma similar à ocorrida aqui, na América Latina, após as chamadas Grandes Navegações e a consequente montagem da colonização no Brasil.
Mas, claro, após a queda de Roma, não havia imposição como ocorreria na América uma vez que eram os povos germânicos eram os conquistadores e os propagadores do Cristianismo os vencidos. ⠀
5. SINTETIZANDO COMO O CRISTIANISMO SOBREVIVEU AO FIM DE ROMA
Ponto 1: Politeísmo germânico: Um deus a mais ou a menos pouca diferença fazia;
Ponto 2: Muitos bárbaros já eram convertidos ao Cristianismo antes mesmo da queda do império;
Ponto 3: Roma e os mosteiros isolados: os monges copistas e o backup das escrituras sagradas e dos registros romanos; e o
Ponto 4: As expedições missionárias: os missionários convertendo pouco a pouco os povos germânicos.
MATÉRIA ORIGINALMENTE PUBLICADA EM: WWW.INCRIVELHISTORIA.COM.BR
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