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Eu (quase) social
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eusocial · 2 years ago
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Nosso Max Borboleta
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Borboletas. Ah as suas tão amadas borboletas …
As mesmas que saltaram de nossos estômagos e pousaram em nossas mãos - lindas, grandes e azuis-, quando celebramos a sua chegada. Ainda não nos conhecíamos, mas já amávamos aquele carinha lindo, de lacinho verde e com os olhos mais doces deste mundo que vimos na foto que nos enviaram. Neste mesmo dia escolhemos seu nome: Max. E anunciamos que nosso bebê de quatro patas havia chegado, após seis longos anos de espera. Não sabíamos ainda, mas você entraria em nossas vidas para expandi-la.
Expansão que já se pronunciou quando te olhamos pela primeira vez. Te pegar no colo, acariciar seus pelinhos, te aconchegar em nosso colo e te levar para casa foi nosso efeito borboleta. Aquele mesmo efeito previsto por Edward Lorenz que demonstrou que um evento singelo em um lugar, como o simples bater de asas de uma borboleta, pode gerar efeitos avassaladores em outro. Você é nosso efeito borboleta. Você é nosso amor revolucionário. Aquele amor que transforma tudo, que mexe com tudo, que transborda tudo.
Que saudade de ter você por perto.
Uma das grandes transformações que veio com você foi a coragem de ter um bichinho para amar. Nosso medo de tê-lo em nossas vidas foi dissipado na primeira noite em casa. Bastou um chorinho para quebrarmos todas as regras que haviam sido impostas (pelo papai claro!). Os “lugares sagrados” que o papai nos intimou a não te deixar entrar foram conquistados por você. Ainda lembro dos combinados que fizemos com ele para ter você com a gente. Juramos que você iria dormir na área de serviço, não subiria no sofá, não comeria da nossa comida e não te beijaríamos na boca.
Bastou um chorinho tímido, o único que você teve em seus dias com a gente, e lá estava você dormindo na nossa cama e fazendo de nossos pescoços travesseiro. E, claro, que o lado preferido era o do papai.
Você não só se apoderou do sofá. Você também era presença constante na cadeira da irmã, porque gostava de estudar com ela, e elegeu a poltrona predileta do papai para tirar suas sonecas.
Você, revolucionário, refez as regras e fomos muito mais felizes. Você nos ensinou que “lugar sagrado” é onde habita nosso coração.
Era sentar no chão para você se aconchegar em nosso colo. Era instalar a rede para você pedir para subir e balançar agarrado com a gente. Era chegar final de semana para dançar na sala. Era olhar para você e agradecer pelo privilégio dos dias. Você é nossa poesia. Aquela de Cecília Meirelles que diz que tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
E vocês nos ensinou a ver com a singeleza de seu olhar. Aquele brilho que era capaz de tirar um sorriso da pessoa mais carrancuda do pedaço. Um olhar seu e aprendíamos o que era estampar a alma no rosto. E sua presença? Você era todo alegria. E era tudo superlativo. A sua felicidade era tanta que abanar o rabinho tornava-se pouco para você. Era preciso rebolar. E como você gostava de demonstrar afeto. Todos os dias com o seu abanar de rabo rebolante tínhamos certeza do quanto nos amava. A gente só retribuía este amor.
Teve dias que a gente jurou que você era gato. Se aconchegar em lugares altos, entrar em caixas e malas, pular em lugares imagináveis, ser destemido como quem tem sete vidas. Só não era verdadeiramente um felino porque não conseguia fazer deles seus amigos, que os digam o Paim, a Canela e as gatas da vovó. Das suas palavras preferidas ‘rua’ era a sua predileta. Estar ao ar livre, tendo o sol, o vento e a liberdade como parceiros era o suprassumo para você. Sua irmã tinha que ter fôlego para acompanhar suas corridas. Tinha também que ficar atenta porque bastava um descuido e você abria a janela do carro para colocar suas orelhas ao vento. Porta do elevador aberta? Perigava você descer sozinho para se aventurar pelo espaço pet do prédio.
Lá você fez vários amigos que sentem tanto a sua falta. Todos grandes. Seus amigos tinham que ter pelo menos quatro vezes o seu tamanho. O Lion ainda procura por você quando nos vê. Vocês eram o exemplo do que é amizade. Ele sentia sua presença de longe. Não adiantava o pai dele tentar desviar seus caminhos. Vocês eram mais espertos e davam um jeito de se rolarem pelo chão.
Você sempre dava um jeito de ter aquilo que te fazia bem. Quando enjoou da ração ficou dias sem comer até a mamãe trocar aquela pasta dura por comidinha caseira. Pão de queijo te tirava do sério. Era a única guloseima que te fazia deixar de ser um lord e roubar a iguaria da mesa ou das mãos de sua irmã. Aliás, você não era lord não. Na escala da realeza você era rei: nosso King Charles. Esta sua descendência real e seu sangue azul nunca permitiu que fizesse suas necessidades em lugares errados. Se o tapete higiênico estava sujo você vinha nos avisar para trocar. Banho? Você era o ser mais rebolante do pet shop. Não gostava de ficar sujo e era o preferido das meninas, porque dormia enquanto elas secavam seus pelos longos. E ao final sempre tinha um lambibeijo de agradecimento. Você era nosso beijoqueiro e ainda hoje me culpo de não ter investigado melhor quando você parou de nos beijar.
Em sua realeza, essas coisas de subir na mesa, latir a todo momento, roer as coisas de casa não faziam parte de sua rotina. Com exceção do tender que ganhou uma lambida sua no último Natal, das latidas em algumas madrugadas para acordar o papai porque você queria atenção e os pés da escrivaninha de sua irmã que você mordeu.
Você também era apegado. Ficar sozinho era motivo de tristeza e, por isso, sempre tinha alguém por perto. E, em retribuição, você se entregava. Era nosso grude. Nossa sombra, como costumávamos dizer. Até no chuveiro, se deixássemos, você entrava só para estar por perto.
Carinho tinha que ser exagerado e hiperbólico. Muito era pouco para você. Talvez o que mais sintamos falta é da sua patinha pedindo por nosso cafuné.
Se a palavra ‘rua’ te agitava, ‘borboleta’ te transfigurava. E mais bonito de sua personalidade é que, apesar de ficar enlouquecido quando via uma, você não a caçava. Você brincava. Você seria incapaz de tirar a vida do ser que você mais admirava. Quando elas paravam bem pertinho de você, era só adoração. Você gostava do voo.
Gostava tanto que nos enganou. Não era da sua personalidade ser gato, você na verdade é nossa borboleta, o inseto com mais simbolismos que existe. Do oriente ao ocidente, borboletas são símbolo de renascimento, amor, transformação e renovação.
Ah meu príncipe, a casa está insuportavelmente vazia desde que você, borboleta que é, partiu em voo. Assim como elas, partiu muito cedo. Assim como elas, nos deixou órfãos de sua graça e seus voos. Mas o que nos une transcende e sabemos que quando elas entram por nossas portas e janelas é você vindo nos visitar.
A gente te reverencia, agradece pela visita e deseja que volte sempre. E você volta. Te amamos.
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eusocial · 5 years ago
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Readiness is All
William Shakespeare’s Hamlet (No Fear Act 5 Scene 2)
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eusocial · 14 years ago
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É melhor começar a correr...
Duas coisas que adoro: Correr e tomar café.
Eu corro. Sim, eu corro desde quando morava no litoral. Hoje em dia tento manter uma rotina de corridas semanais, com a esperança de chegar ao final de uma meia-maratona ano que vem. As corridas têm um fator social interessante, pois é um esporte muito solitário, podemos correr ouvindo música, acompanhados, mas de qualquer forma a linha de chegada é um alvo que é individual, você mesmo deve vencer suas barreiras a cada tentativa.  E achar motivação para esse exercício solitário é sempre bom.
Empresas fabricantes de diversos artigos para corredores (tênis, GPS, etc.) estão utilizando as redes sociais par ajudar a divulgação de nossas pequenas vitórias como corredores.
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Para nós, corredores solitários em busca de palavras de motivação, ao utilizar um dispositivo qualquer – comprado – estamos divulgando nossa preferência pela marca, e ainda conseguindo aquilo que precisamos para continuar a correr – elogios.
Essa verdadeira conversa entre os vários canais de contato com o cliente, com o contexto e histórico tal como existente entre uma conversa humana qualquer são tecnologias já existentes, e que podem ser utilizadas por todas as empresas que pensam como a Nike, Garmin, TOM-TOM,  e outras, e que estão procurando estar onde o cliente está e ir além, conhecendo o cliente e sua rede de contatos para oferecer produtos e soluções pensadas individualmente para cada cliente, onde ele estiver, seja no facebook, ou em uma loja comprando um tênis para a meia-maratona.
Outra coisa que eu gosto é de café. E em uma viagem de férias, realizei um sonho.
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Tomar um café imperador no Caffé Florian na Praça de San Marco em Veneza. Lugar histórico com 300 anos (Richard Wagner tomava café lá entre outros), o café de 20 euros era realmente bom, a sensação de um sonho realizado impagável, e nós estávamos de férias, mas o atendimento, bem, o que esperar de um lugar que está localizado na Praça de San Marcos, e essencialmente não precisa fazer propaganda, ou buscar clientes... há séculos.
Então o que há de diferente entre as duas empresas?
Bem, a concorrência. A Nike não me ajuda a integrar-me ao mundo das corridas, pois eles são patrocinadores da boa saúde e da amizade entre corredores. Eles estão me buscando em qualquer lugar, pois é uma oportunidade de conhecer seu cliente mais, e assim, oferecer produtos mais adequados ao meu hábito de corrida, evitando que eu precise de outra empresa fornecedora de artigos esportivos para todas as minhas necessidades, inclusive para as minhas necessidades sociais-esportivas.
O Caffé Florian não busca manter seus clientes, pois não existe literalmente concorrência para um café localizado onde o Florian está. É a certeza garantida de que não faltarão clientes, portanto ainda não percebeu ainda esse movimento das redes sociais, pois ainda não sentiram a necessidade. Cada tipo de empresa tem seu timing, seu momento para fidelizar seus clientes. A história do Caffé é mostrada em um site próprio, mas que na maioria do tempo está fora do ar, o que frustra os clientes que como eu sonham ou que realizaram o sonho de conhecer o produto Caffé Florian, e poderiam repassar o sonho para outros viajantes que se tornariam clientes também, pois somos seres sociais.
E a sua empresa? Já estão correndo atrás dos seus clientes em toda a parte, e o auxiliando e o conhecendo a cada passo do caminho?, ou como o Caffé Florian a sua empresa tem tantos clientes que não precisam se preocupar...
Preocupante?
É, eu sei, é melhor começar a correr então, pois seus clientes assim como eu, já estão correndo... (para ou de você)
Até mês que vem.
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eusocial · 14 years ago
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Life is what happens to you while you're busy making other plans.
John Lennon
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