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MARGOT
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eusoumargot · 3 months ago
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Margot estava atenta ao olhar dele, ao modo como as palavras vinham envoltas em uma camada de provocação elegante. Ela se inclinou também, cruzando parte da distância com naturalidade — a tensão entre os dois agora quase palpável, como a estática que antecede uma tempestade. — Hm… arriscado da sua parte me deixar decidir. — sussurrou, enquanto o barulho distante da sala continuava ao fundo, como se não fizesse parte do mundo suspenso que dividiam naquela mesa no centro da sala. — Gosto de homens que sabem quando estão apostando mais do que fichas. Mas já que você quer continuar… o que acha de pagar a sua parte da primeira aposta? — referenciou o momento de minutos atrás, onde ele prometeu uma bebida exclusiva da casa para o vencedor. Ela queria o dela. — Podemos aproveitar que estamos no bar, e tomar algumas poções da Zafira e... ver o que acontece. — Um beijo, uma conversa, descobrir segredos, uma sala privada onde tudo era possível... qualquer ideia parecia interessante se a companhia fosse ele.
louis não respondeu de imediato — e nem precisava. o sorriso dela, o desafio contido nas palavras, aquela mordida no lábio — tudo isso formava uma coreografia conhecida. ele não era imune. Tampouco era ingênuo. sabia reconhecer uma provocação mascarada de brincadeira e, mais ainda, sabia o que acontecia quando deixava alguém como margot acreditar que tinha o controle da partida. seus olhos baixaram para a ficha na mesa, depois voltaram para ela, com aquela expressão serena que escondia a verdadeira voracidade por trás do olhar. 'ganhar de mim?' ele pensou, com um traço quase imperceptível de ironia. margot era esperta, mas ainda não sabia que algumas apostas nunca foram feitas para serem vencidas. pelo menos, quem vencia não era o real vencedor, dependendo do que apostavam... louis se inclinou um pouco para frente, como quem se aproxima só o suficiente para deixar o ar entre os dois mais denso. Seus dedos tocaram a borda da ficha com lentidão, quase em resposta ao gesto dela. era a dança dos dois — movimentos calculados, intenções não ditas. ❝ continua, então, ❞ murmurou ele, com a voz baixa, grave, arrastada. ❝ que tal... quem ganhar escolhe o próximo jogo? entre qualquer um dos que estão disponíveis. ❞
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eusoumargot · 3 months ago
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As palavras de Émile vieram com um quê de incerteza, mas Margot não se incomodava com hesitação — ao contrário, achava cativante. Havia algo encantador na maneira como a garota parecia querer brincar no escuro sem saber se devia acender a luz. O nervosismo escorregava por entre as frases bem-comportadas, e Margot soube que aquele convite velado era uma permissão. Sutil, mas era. A mulher sorriu de canto, estreitando os olhos como quem observa uma trilha secreta sendo desvendada. — Ah, salas sem nome… isso soa libertador. — comentou, com o mesmo tom baixo de antes, como se estivessem trocando segredos preciosos em meio ao caos da música. Guiou Émile com firmeza, mas sem pressa, a palma de sua mão deslizando pela da outra, os dedos entrelaçados sem qualquer esforço. Subir as escadas foi como atravessar uma fronteira invisível — do jogo para o território. E, mesmo assim, Margot sentia a necessidade de pisar com leveza, como se a qualquer passo em falso Émile escorresse entre seus dedos como perfume.
Entraram em uma das salas. A porta fechada atrás delas soou mais simbólica do que qualquer palavra. O silêncio que se seguiu à música parecia quase denso, vibrando nas paredes. E então, o tropeço. O movimento involuntário que trouxe o corpo de Émile ainda mais para o seu. O riso da garota era nervoso, e Margot inclinou a cabeça, os olhos escuros atentos à curva que os lábios desenhavam ao rir. — Je t'en prie, mon ange. Não tem do que se desculpar. — sussurrou, sentindo que o espaço entre elas diminuía mais rápido do que o tempo podia registrar. As mãos repousadas na cintura de Émile pareciam ter vida própria, seguras, mas gentis, como se a segurassem e também a convidassem. Os olhos da outra garota começaram a se fechar, e Margot fez o mesmo um pouco depois de admirar o rosto da outra. Os narizes se encontraram. Mas o mundo, claro, tinha seus próprios planos.
A batida na porta foi como uma bofetada do acaso. Um golpe frio. A voz do funcionário cortou o clima como uma lâmina, mas Margot permaneceu imóvel por um segundo, as mãos ainda nas laterais do corpo de Émile, como se tentassem reter a lembrança do que quase aconteceu. Viu a hesitação no rosto dela, o constrangimento. Soltou a mão de Émile por fim, mas não sem antes escorregar os dedos lentamente, como se deixasse ali uma última impressão. — Bonne nuit, mon ange. — falou mais alto para que ela ouvisse, observando-a sair como quem foge de uma situação inconveniente. E quando a porta se fechou, Margot soltou uma risada curta, baixa. — Instável mesmo, monsieur. O ar… e o tempo. — murmurou, antes de voltar sozinha para a festa, com a sensação de que aquela dança ainda não tinha terminado.
THREAD FINALIZADA.
Apesar da música alta, Émile tinha quase certeza de que os outros poderiam escutar seu coração acelerando. Os batimentos pareçam aumentar ainda mais ao sentir-se ser puxada para mais perto, o elogio sussurrado ao pé do ouvido fez com que os pelos da nuca ficassem eriçados. Mais uma vez, a morena rogava que a baixa iluminação escondesse suas respostas. Estava, literalmente, nas mãos de Margot. — Hm, acho que tinham algumas salas sem descrição? Devem estar livres — Deixou-se ser guiada pela mulher, até o segundo andar. Estaria o efeito da poção se esvaindo? Ao mesmo tempo em que queria senti-la tão próxima como antes, também estava nervosa pelo que poderia acontecer. Trocar elogios na pista de dança parecia tão simples, seu corpo e sua mente estavam em uma batalha imaginando o que seriam capazes de fazer às sós. Adentraram uma das salas livres, ainda de mãos dadas, e um tropeço causado pelo nervosismo de Émile aproximou ainda mais as duas. — Desculpa... — Respondeu entre risadas que foram cessando devagarinho, até reparar o quão perto estava da face de Margot. As mãos macias e delicadas que a seguravam pareciam se encaixar perfeitamente, como se pertencessem na sua cintura. Estava hipnotizada pelos lábios vermelhos, os olhos acastanhados se fechando e a face indo em direção à boca carmesim...Até que uma batida na porta as interrompeu, as duas se afastando com o susto. — Com licença, senhoritas, o ar-condicionado dessa sala está instável. Como medida de segurança, temos que fazer uma verificação rápida. — Dissera um funcionário, que adentrou a sala depois de mais algumas batidas. Émile aproveitou os segundo para se recompor e recuperar a respiração, a qual nem tinha percebido que estava prendendo. — Oh! Acho que é melhor eu procurar...É, eu já vou indo. O-obrigada, Margot... — Disse desajeitada, como se tivesse despertado de um sonho e ainda não soubesse como se mover na realidade. — Pela dança. — Concluiu, aproveitando a deixa do funcionário para sair porta afora.
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FINALIZADO!
@khdpontos
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eusoumargot · 4 months ago
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Margot sentiu o leve inclinar da cabeça de Alain como se fosse uma resposta corporal ao convite que ela sussurrara — um sim não dito. O sorriso pequeno que surgiu no rosto dele a pegou de surpresa. Tinha algo ali que não era encenação, e Margot era boa em perceber essas coisas. Ainda que de um desconhecido com uma máscara cobrindo suas expressões. Havia algo na energia dele que parecia familiar, como se ela conseguisse decifrar sem esforço. Quando ele respondeu, com a voz rouca e mais baixa, os olhos dela se acenderam. — Já? Que pena… — sussurrou de volta, fincando de leve as unhas em seus ombros, como um rastro de provocação que não escondia certa decepção. Mas então ele hesitou. Margot percebeu. Ele tentou completar a frase e travou, e isso a fez inclinar a cabeça de leve, intrigada. — Você só precisa…? — repetiu baixinho, incentivando, como quem cutuca a ferida com delicadeza. Mas ele recomeçou. Disse que nem sabia quem ela era. Margot arqueou as sobrancelhas, depois riu com suavidade, jogando o peso do corpo para a outra perna. — Ninguém sabe quem é ninguém hoje. Esse é o ponto das máscaras e codinomes, não é? — Puxou-o para mais perto, voltando a sussurrar em seu ouvido. — E isso é excitante, não acha? — Ela ergueu os olhos para ele com firmeza. — Mas se quer saber meu nome antes de me tocar de verdade... bem, isso já diz bastante sobre você. — E ela dizia isso como um ponto positivo.
Margot queria parecer no controle, mas a mão dele subindo devagar pela lateral de seu corpo a desmontou de dentro para fora. Um arrepio traiçoeiro percorreu sua pele quando os dedos dele chegaram à sua nuca, afastando seus cabelos como se fosse um gesto íntimo, antigo. O toque era quase reverente. Ela segurou o ar, mordendo o canto da boca. Quando os olhos dele encontraram os dela por trás da máscara, Margot não conseguiu sustentar a superioridade por muito tempo. — Você tem esse jeito de fazer parecer que é só um toque… só um gesto. Mas não é. — A voz dela saiu mais baixa, mais honesta do que gostaria. O beijo veio antes que ela pudesse se proteger da própria transparência. Margot não fechou os olhos de imediato. Queria ver. Sentir cada segundo de como ele a tocava. E, por um instante, sentiu como se ele estivesse tentando memorizar seu gosto — e isso, ironicamente, fez com que ela se esquecesse de tudo. De onde estavam, de quem eram. Só existia aquele beijo.
Mas foi breve. E por mais que fosse leve, calmo, havia algo profundo ali que a deixou vulnerável. Margot desejou não gostar tanto. Mas gostou. Ele se afastou, e ela já ia dizer alguma coisa quando a batida seca na porta os puxou de volta à realidade. Margot piscou, ainda sob efeito. Observou Alain dar um passo para trás, respirar, se recompor. E ficou ali, parada, quase zonza de si mesma, tentando ajeitar a saia amassada. Quando ele murmurou o "Você está perfeita", ela apenas sorriu, sendo pega de surpresa por um elogio tão honesto e repentino. O sorriso veio mais doce do que se costumava ver no rosto dela, e isso a irritou um pouco. Estava suave demais. O beijo seguinte, mais rápido, mais decidido, selou algo que ela não soube nomear. Quando ele entrelaçou os dedos nos dela, Margot não resistiu. Segurou firme. Não era só o calor da pele — era o jeito dele conduzi-la, como se dissesse "confia em mim" sem palavras. — A pista de dança nos espera, mon prince. — O apelido já soava muito natural aos seus lábios, e queria aproveitá-lo enquanto podia dizê-lo. Não sabia quando o veria de novo, se é que o veria mais uma vez. Deixou que ele a puxasse para fora da sala, e seguiu para o andar debaixo, no meio da multidão da pista, enquanto o corpo se mexia com o ritmo da música, mas sem perder o contato com ele. Pelo menos por mais alguns minutos.
THREAD FINALIZADA.
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flashback.
Alain inclinou a cabeça levemente na direção de Margot ao sentir a mordida na orelha. Foi um gesto quase involuntário. Os olhos se fecharam por um segundo e, como tantas vezes na noite, ele se permitiu sorrir. Um sorriso pequeno, contido, mas real. Aquilo não era parte do jogo. "Já, já podemos ir…", murmurou, a voz mais baixa agora, quase rouca pelo impacto daquela mordida inesperada. "Na verdade, a gente vai em instantes. Eu só preciso...", ele não sabia o que precisava. Recomeçou: "A gente vai em instantes, até porque… eu nem sei quem você é". Se fosse acontecer algo, primeiro que ele não queria que fosse encostado em uma porta com diversos estranhos passando a todo tempo pela festa. Segundo que não queria fazer nada de muito íntimo com uma desconhecida. Ainda que, em tempos antigos, uma cena como aquela tivesse acontecido de forma repetida, Alain sentia que agora já sabia apreciar mais uma boa dose de privacidade e conexão. Mesmo assim, porque não conseguia se despedir de uma vez daquele momento, permitiu que a mão subisse devagar pela lateral do corpo dela, deixando os dedos escorregarem com gentileza até alcançar a nuca. Ali, Alain afastou alguns fios de cabelo, tocando a pele com um cuidado inesperado. Ele voltou a sorrir, mais suave desta vez, os olhos nos dela por trás da máscara. Não disse mais nada. Só se aproximou.
O beijo veio como uma pausa no tempo — nem rápido, nem intenso demais. Um beijo silencioso, como se ele estivesse pedindo desculpa por querer tanto aquilo, mesmo sem saber seu nome. Mas queria. Muito. Não era romântico, nem lascivo. Apenas um daqueles beijos que deseja provar sua materialidade no mundo: eu existi. Infelizmente, Aaron queria mais. Queria prensar a desconhecida com força contra aquela porta, colocar os dedos entre suas pernas e fazê-la gemer seu nome. Ele queria mais do beijo e culpou, em grande parte, a bebida. Precisou respirar fundo, tentando recuperar o fôlego. Mas foi aí que o som seco da batida na porta o arrancou de tudo. Alain se afastou um passo, o coração ainda acelerado. Soltou um suspiro baixo, subitamente acordando de um sonho em que não queria sair. "Um segundo!", gritou para a pessoa do lado de fora. Ele precisou de alguns poucos minutos para se recompor. Passou as mãos pelo cabelo, respirou, ajustou a própria roupa, respirou, ajudou Margot na tentativa de disfarçar o amassado da saia, respirou mais uma vez. "Você está perfeita", murmurou. E, porque não pôde resistir, deu um último beijo em sua boca antes de entrelaçar os dedos nos dela. Com um gesto decidido, quase protetor, sorriu de lado. "Estamos numa festa, lembra? E eu não posso terminar a noite sem te ver dançar". Sem esperar resposta, puxou Margot com ele. De volta à multidão mascarada. Ao barulho. À superfície. Era o mais seguro a se fazer.
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eusoumargot · 4 months ago
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A risada de Emma acendeu algo sob a pele de Margot — um arrepio silencioso que não ousava virar gesto. A forma como ela repetiu as palavras, arrastadas, foi uma mordida disfarçada. Margot ergueu o queixo imperceptivelmente, ciente de que cada palavra era provocação calculada. “Pulou o tabuleiro inteiro…” Soou como acusação e confissão ao mesmo tempo. Margot sentiu a resposta subir, afiada, mas conteve. Deixou que o silêncio falasse por ela — um silêncio cheio de “eu sei”. O toque na cintura, antes estático, agora em movimento, era um lembrete: Emma estava lendo mapas que ela mesma desenhava. E fazia isso com uma naturalidade perigosa. Margot manteve-se firme, mas os olhos cintilaram. Ela percebeu que gostava daquela audácia. E que estava longe de querer interromper.
O nariz roçando sua pele era quase teatral — e, ainda assim, genuíno. “Jogar até o fim?” A pergunta não era uma dúvida, era um anúncio. Margot fechou os olhos por um breve segundo, absorvendo a sensação do hálito quente contra a pele. Não cedeu, mas arquivou: a intenção, o tom, a promessa. Então veio o golpe final, envolto em veludo: “Seria você o meu prêmio?” Margot soltou um riso baixo, mas não leve. Era denso. Seco. Um riso de quem entende as regras. Os lábios tocando os seus novamente, agora com doçura, fizeram com que ela o devolvesse. Quando a boca de Emma se afastou, Margot inclinou a cabeça, um sorriso contido e enigmático nos lábios. — Tudo bem. Posso ser o seu prêmio essa noite. — disse por fim, como quem sela uma aposta. E então voltou a se aproximar. Selou os lábios de volta aos dela, e trocaram beijos por mais alguns minutos. Mãos subindo com suavidade pela coxa dela, descobrindo o tesão que sentia pelo corpo feminino. Desejo nunca antes explorado, mas muito bem aproveitado, nos poucos minutos que tiveram, até alguém interromper e abrir a porta, obrigando as duas a voltar para o corredor e interagir com os outros.
THREAD FINALIZADA.
Emma riu baixinho, aquele som doce e perigoso que escorria pelos ouvidos como uma provocação sutil. Seus olhos, ainda turvos pelo gosto do beijo, não desviaram dos de Margot nem por um segundo. Havia algo neles, como se tivesse acabado de cravar as garras e agora decidisse se afagava… ou rasgava. "Três casas à frente?" repetiu, num murmúrio arrastado, os lábios ainda próximos demais. "Eu diria que a gente pulou o tabuleiro inteiro, chérie… e você nem reclamou." Sua mão ainda repousava na cintura de Margot, mas os dedos começaram a brincar com o tecido ali, como se mapeassem mentalmente a rota do próximo passo. O toque não era invasivo, carinhoso, enquanto roçava a ponta do nariz na curva do maxilar de Margot, inspirando fundo como quem memoriza perfume e pecado ao mesmo tempo. "Jogar até o fim?" sussurrou contra a pele, quente, deliberada, o hálito dançando entre a tensão e a tentação. Tão próximos ao dela... Não seria demais dizer que ela nem ligava mais para a audiência que as observava "Amour… eu só começo um jogo se for pra ganhar. Seria você o meu prêmio?" Brincou dando mais alguns selos lentos nos lábios da mulher, sugando-os sem pressa deliciando-se enquanto os demais continuavam o jogo sem as duas.
ENCERRADO
@khdpontos
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eusoumargot · 4 months ago
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O sorriso dele era um espetáculo à parte, daqueles que vinham com aplausos imaginários. — Pode soar como fuga pra você. Pra mim, foi... performance. — murmurou, inclinando levemente o rosto, os olhos ainda cravados nos azuis dele, provocando em retorno. Quando os dedos dele tocaram seu rosto, Margot prendeu o ar por um segundo. Não por nervosismo, mas por cálculo. Era o tipo de toque que pedia resposta, e ela não dava respostas de graça. Mas seus olhos seguiram os movimentos dele, do lábio ao maxilar, da nuca ao arrepio que quis esconder. — Hm. Modesto, você. Também sou. — brincou, mas sua voz saiu mais baixa do que o habitual. A presença dele era densa.
O beijo no canto da boca fez seu corpo querer se inclinar, mas Margot manteve o controle, embora os dedos tenham apertado de leve os ombros dele. Aquilo não era uma dança qualquer, era uma aposta silenciosa. A mão dele nas suas costas a ancorava, mas era o olhar que prendia. O olhar que pedia resposta. E Margot não era de negar provocações. — Se for deixar marcas, que sejam memoráveis. — sussurrou, antes de aproximar os lábios dos dele, sem tocar. Só o bastante para fazê-lo desejar, como ele tentava com ela. — Mas, se me lembro bem, esse é o quarto do 'jogo do difícil'. Sabe como ele funciona? — afastou o rosto dele, mas sem perder o contato visual, o olhar cada vez mais afiado, desejoso, intenso. Afastou as mãos que tocavam os ombros, cruzando os braços. — Se me quiser, vai ter que me fazer querer mais.
Os lábios de Theon se curvaram em um sorriso lento e malicioso, o tipo de sorriso que carregava promessas silenciosas. Havia algo deliciosamente instigante naquela resposta sarcástica — e ele adorava ser desafiado. Por mais que gostasse de manter o controle, havia um prazer especial em lidar com alguém que o obrigava a disputá-lo. O poder, afinal, tinha outro gosto quando precisava ser conquistado. "Perdão" começou, a voz arrastada e carregada de ironia "mas sair às pressas sem uma palavra e desaparecer na multidão soa, ao meu ver, bastante similar à fuga." Acompanhou o riso dela com um breve sorriso de canto, balançando a cabeça em um gesto de condescendência teatral quando ela mencionou o tal desafio das máscaras. Como se dissesse silenciosamente: tudo bem, você ganhou essa. Mas por trás daquele olhar leve, seus pensamentos rodavam em torno da conexão instintiva que haviam compartilhado na pista. Aquela dança silenciosa, aquele toque contido… era o tipo de coisa que deixava marcas invisíveis. E agora, ele se perguntava: teria deixado nela o mesmo rastro que ela deixara nele?
Seus olhos desviaram-se brevemente para as mãos que percorriam seus ombros com familiaridade, como se o estivessem reconhecendo através do toque, antes de retornar ao rosto dela. Então, quando ela se aproximou e sussurrou aquele segredo em seu ouvido, ele baixou levemente a cabeça, quase como se oferecesse a ela o espaço para sussurrar mais. Mas o que ouviu já bastava para incendiar sua imaginação. Seu sorriso se alargou, agora mais escancarado, e ao erguer novamente o rosto para encarar Margot, havia um brilho intenso em seus olhos. Ergueu a mão direita devagar, com uma intenção clara, e pousou os dedos com suavidade contra o rosto dela. Seu polegar roçou de leve o lábio inferior, num gesto que era ao mesmo tempo curioso e provocativo, como se testasse sua própria força de vontade. A carícia seguiu para o maxilar e, depois, para a nuca, onde seus dedos começaram a brincar distraidamente com os fios de cabelo, explorando-os sem pressa.
"Fico feliz em saber que causei algum impacto." disse com um tom leve. Seus lábios se aproximaram mais dos dela, tão próximos que seus hálitos já se misturavam, e ele deixou que os símiles se tocassem, apenas o suficiente para provocar. "E eu posso deixar outros" completou, com um sussurro carregado de malícia "se você me permitir, é claro." Complementou. Sem pressa, depositou um beijo casto, porém intencional, no canto da boca dela. Não havia urgência em seu gesto. Sua outra mão, firme mas gentil, pousou na parte baixa das costas dela, não com força, mas com a sutileza de alguém que queria mantê-la exatamente onde estava, sem dar margem para o afastamento. Os olhos de Theon mantinham-se fixos nos dela, esperando — não por permissão, mas por resposta, uma vez que seu olhar deixava claro sua vontade de sentir o sabor dos lábios alheios contra os próprios.
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eusoumargot · 4 months ago
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Margot soube no exato momento em que ele murmurou "Ótima, huh?" que havia atingido o alvo. O tom de Alain carregava uma estranha mistura de provocação e surpresa, e ela percebeu, com uma pontada de orgulho contido, que ele ainda não tinha decidido como lidar com ela. Observou, sem desviar os olhos, quando ele se aproximou de sua coxa. Sentiu o beijo como se fosse uma pergunta não dita, e isso a deixou curiosa. Ele podia ter sido mais ousado, mas escolheu a sutileza — e Margot, acostumada a homens que queriam impressionar rápido, achou aquilo quase desarmante. Por um segundo, cogitou tocar os cabelos dele, mas não se moveu. Estava mais interessada em entender até onde ele iria com aquele cuidado todo.
Quando ele se levantou, tão próximo, sentiu o calor do corpo dele irradiar para o seu. O perfume dele, o peso do olhar, tudo parecia querer empurrá-la para algum lugar desconhecido. Margot ergueu o queixo um pouco, como se recusasse recuar mesmo com o corpo preso entre os braços dele. A ausência de toque era ainda mais provocante que o toque. Quando ele murmurou "I think I like that...", Margot não controlou a vontade de sorrir. A frase, dita assim, com aquele inglês rouco e preguiçoso, soava como um elogio involuntário — e ela sempre adorou os involuntários.
Então veio a mordida. A respiração dela travou por um instante, o corpo inteiro em alerta. Não era só o gesto, era o cuidado que ele teve antes dele, os dois beijos como uma espécie de ritual. Ela mordeu o lábio por dentro, os olhos se estreitando levemente, não por desconforto, mas porque aquilo a desestabilizou mais do que deveria. A mordida em si foi leve, quase carinhosa, mas Margot sentiu como se ele tivesse acessado algo mais fundo. Não era para se sentir assim. "I really like that..." A frase reverberou nela de um jeito perigoso, íntimo demais. Não respondeu. Apenas o observou em silêncio quando ele se afastou, e foi nesse afastamento que ela entendeu o que realmente estava em jogo. O gesto parecia uma tentativa de recuperar o controle, e isso a fez erguer uma sobrancelha, quase solidária com o desconforto dele.
Quando ele disse o "Well..." e parou ali, Margot respirou fundo, buscando recuperar sua própria pose. Sentiu como se não soubesse muito o que dizer. E isso era inédito. Estava sempre pronta para provocar, sabia exatamente o que dizer para deixar o outro com mais desejo, ou simplesmente era clara sobre o que queria. Mas... o que queria? Ou melhor, o quanto ela queria com aquele estranho? — Bem, mon prince, você já realizou o seu desejo, então... podemos ir? — esperou menos de dois segundos para que seu sorriso malicioso estampasse o rosto. Então apoiou as mãos nos ombros dele, puxando-o para mais perto e sussurrou em seu ouvido. — A não ser que tenha outras partes que gostaria de conhecer também. — E mordiscou a orelha dele, sem se afastar.
Alain manteve os olhos cravados nos dela, ainda ajoelhado, e o sorriso que curvava seus lábios ficou mais lento, mais carregado. A resposta de Margot soava como uma promessa, e ele apreciava gente que sabia jogar com elegância. "Ótima, huh?", murmurou, como se estivesse provando o gosto da palavra. Lentamente, balançou a cabeça, mal se reconhecendo em todo aquele cenário. No peito, o coração martelava diante da empolgação pelo desconhecido. Sem dizer mais nada, virou levemente o rosto e encurtou a distância entre seus lábios e a pele exposta da coxa dela. O beijo foi breve, quente e silencioso. Um toque suave, muito mais cuidadoso do que esperava. Se em fosse em outras circunstâncias, talvez não teria o mesmo cuidado. No entanto, uma parte dele se incomodava em não saber quem era a pessoa do outro lado da máscara. Por isso, com a mesma calma com que havia se abaixado, se levantou. O corpo dele se ergueu rente ao dela, sem pressa, mantendo o calor do contato próximo até ficar de pé. As mãos seguiram um caminho lento, subindo pelas laterais da ruiva, até romper o contato para deixar uma mão de cada lado da parede. Margot estava encurralada, mas paradoxalmente mais segura do que se ele estivesse tocando ela. Alain sentiria mais dificuldade de colocar limites se seguisse com aquele jogo da mesma forma que antes. "I think I like that...", murmurou, se referindo ao fato dela ser uma boa jogadora, e se abaixou, decidindo que ia se permitir apenas uma coisa. Um desejo. A mordida no pescoço da desconhecida. Ele se inclinou com calma, umedecendo os lábios antes de encostar na fria pele de Margot. E ali estava — exatamente na curva que o tinha fascinado desde o início. Beijou o local uma, duas vezes, se controlando para não descer e trilhar um caminho até o corpete dela. Por fim, mordeu de leve, atento às reações dela. "I really like that...", e agora já não era mais sobre o jogo. Ele queria mais, seu corpo evidentemente não conseguia esconder o próprio desejo, que ele decidiu tentar ignorar ao colocar uma distância entre seus corpos. "Well...", ele não ia pedir desculpa, mas se sentia subitamente um pouco constrangido.
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eusoumargot · 4 months ago
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O mundo parecia ter ficado em silêncio por alguns segundos, exceto pelo som descompassado da própria respiração. Margot ainda sentia o próprio corpo latejar, as pernas trêmulas e a cabeça levemente inclinada contra o ombro dele, como se aquilo fosse a única coisa sólida que restava. Ainda estava tentando processar o que havia acabado de acontecer — não só fisicamente, mas emocionalmente. Havia algo em Maxime que fazia tudo ao redor desaparecer, que desligava o filtro do mundo, e ela... ela tinha se permitido. Totalmente. — Então cuidado, mon chéri… porque eu sou feita de excessos. — Ela soltou uma risada curta, rouca, ainda embriagada pela intensidade do momento.
"E se acha que vou deixar você sair daqui intacta depois disso…" A resposta ficou presa na garganta por um segundo, mas o sorriso dela foi imediato, malicioso, como se as palavras dele tivessem reacendido algo que mal tinha esfriado. — Ah, Maxime… — sussurrou, o nome escapando como um gemido suave. — ...não foi minha intenção sair ilesa. Só queria ter certeza de que você não sairia também. — Ela se moveu, lenta, como quem sabe que está sendo observada, e se virou de frente para ele, tocando o rosto dele escondido pela máscara com a ponta dos dedos como se quisesse decifrar cada nuance daquele homem que agora parecia outra criatura. Os olhos, no entanto, pareciam tão familiares, tão intensos, sem desconectar por um segundo do olhar igualmente decidido dela.
A pergunta escapou com naturalidade, envolta num sorriso provocante. Quando ele respondeu com aquela firmeza toda — cada palavra — Margot sentiu o corpo inteiro responder de novo. Era como se o desejo tivesse um botão de reinício e Maxime soubesse exatamente onde apertar. Quando sentiu a mão dele deslizando por baixo da blusa, arrepiando cada centímetro da pele, ela arqueou levemente as costas, entregando-se ao toque. — Só promessas boas tem o direito de rasgar minhas roupas. — murmurou, com um brilho provocante nos olhos. A pressão do quadril dele contra o dela arrancou um arfar involuntário de seus lábios. Ela sentia, com clareza, o quanto ele ainda estava faminto. E o pior - ou melhor - é que ela também estava. Não era só desejo, era quase raiva, uma urgência acumulada que queimava os dois como pólvora prestes a explodir.
Os dedos dela já procuravam o cinto dele quando…
Toc-toc.
Ela congelou. Os olhos se arregalaram por um segundo antes de se fecharem devagar, como se quisesse mentalmente assassinar quem quer que estivesse do outro lado da porta. O funcionário anunciou o fim do tempo na sala privativa. Maldita hora em que ela mesma decidiu que a sala só ficaria disponível por trinta minutos. Ela queria provocar os outros convidados, deixá-los desejosos, não ela. O tempo. A realidade. A volta forçada para o mundo real. Margot apertou os olhos com força, soltando um “puta que pariu” mental. Sentiu a testa dele encostar no seu pescoço, e o suspiro quente dele vibrou direto na alma dela. Ela não se conteve. — Essa pessoa... essa pessoa... precisa ser demitida. Imediatamente. — sussurrou, irritada, uma indignação sensual que não combinava com a situação.
Quando ele deslizou a mão para a coxa dela e apertou com aquela mistura de frustração e desejo contido, Margot gemeu baixinho. Não havia outro som possível. A pele queimava onde ele tocava. E então ele a encarou, com aquele sorriso torto, e lançou mais uma de suas promessas: "Isso não acabou. Nem de longe." Margot ergueu o queixo, desafiadora, mesmo com os lábios ainda entreabertos pela tortura de ter sido interrompida. — E você ainda nem viu o pior do meu inferno. Quer mesmo brincar com fogo, Maxime? Porque eu prometo que queima. — Ela sussurrou no ouvido, pressionando propositalmente os seios fartos quase descobertos contra o peito dele. — Promessas vazias são a especialidade de muitos, monsieur. Só espero que a sua língua seja tão boa com ações quanto é com palavras. — Ela mordeu o lábio, o olhar faiscando, ansiosa para descobrir se - e como - eles se encontrariam depois dali.
Margot levantou, recebeu ajuda para se recompor, mas antes que pudesse respirar direito, sentiu a mão dele em sua nuca. O beijo veio como uma assinatura, e ela respondeu com igual intensidade. Era possessivo, mas também pedinte. A forma dele marcar território. — Se você me beijar assim cada vez que é interrompido, talvez eu comece a contratar gente pra bater na porta de propósito. — provocou entre sorrisos, ainda com os olhos semicerrados e os lábios inchados. Ele se levantou, ajeitando a calça, e Margot deslizou os dedos pelo próprio decote, tentando parecer minimamente apresentável, mas por dentro... ela ainda queimava.
Ela parou na frente dele, ajeitou o colar com um leve puxão e sussurrou, tão próxima que os lábios quase roçaram os dele: — Eu adoraria ser cúmplice de um crime desses. — Mordiscou o lábio inferior, e então virou-se, com um rebolado natural - mas proposital -, como quem deixa a porta entreaberta e o convite implícito. Quando decidiu ajudar Helena a organizar a festa, ela não pensou que fosse se divertir tanto.
THREAD FINALIZADA.
@khdpontos
Maxime ainda estava com a respiração descompassada, o corpo quente, os olhos cravados em cada reação de Margot como se absorvesse cada segundo do que acabara de acontecer. O grito sôfrego dela ainda ecoava dentro dele, como uma música feita só para seus ouvidos. Quando o corpo dela desabou contra ele, mole, entregue, Maxime sentiu o orgulho inflar no peito — não por vaidade, mas porque era notável que ela havia se entregado de verdade. E ele sentia-se orgulhoso por ter sido o responsável por isso.
O olhar de Maxime desceu para os próprios dedos, ainda cobertos com o gozo quente dela. O movimento seguinte foi lento, proposital. Levantou a mão entre os dois, os olhos escuros mantendo o dela como se quisesse que ela visse cada segundo do que estava prestes a fazer. Então, com a língua, lambeu os próprios dedos, um por um, sem pressa, saboreando o gosto dela como quem degusta um vinho caro. "Você tem um gosto que vicia," murmurou, a voz ainda grave e rouca de desejo, com a língua passando pelos lábios como se quisesse reter cada traço do sabor dela. "E se acha que vou deixar você sair daqui intacta depois disso.. Então você realmente não faz ideia do que provocou, ma belle."
Quando ela se moveu lentamente, virando-se para encará-lo com um desafio velado, um sorriso preguiçoso brotou nos lábios de Maxime. A pergunta de Margot… E agora? Você vai fazer todo o resto que me prometeu? O jeito como ela a fez, acariciando seu rosto com doçura depois de tudo, como se aquilo fosse apenas o começo — aquilo o desarmava e o incendiava ao mesmo tempo. Os olhos dele brilhavam em resposta à fome dela. Quem era aquela mulher e por onde ela tinha andado aquele tempo todo? "Cada palavra." A resposta veio firme, definitiva. A mão livre subiu pelas costas dela com lentidão, deslizando sob o tecido da blusa, já procurando o fecho do corpete com a intenção óbvia de desfazê-lo. "Acho que o único desejo que não vou conseguir atender é o de deixar suas roupas intactas." Ele inclinou o corpo, pressionando-a com o quadril, mostrando como estava duro, pronto e faminto. Com a outra mão, Maxime segurou a base da cintura dela novamente, como se estivesse pronto para erguê-la de volta ao colo para mergulhar no segundo round.
O zíper da calça começou a ser puxado, a respiração dele já voltando ao ritmo acelerado, os quadris se ajustando sob os dela. Mas então.. Toc-toc. Duas batidas secas e discretas, seguidas de uma voz educada do outro lado da porta: "Com licença.. O tempo na sala privativa se esgotou. Há outros casais aguardando. Pedimos que finalizem e se dirijam ao salão." Silêncio. Por um segundo, o tempo congelou. Maxime fechou os olhos devagar, como quem tenta não perder a cabeça. A testa repousou na curva do pescoço de Margot, os ombros tensos e a respiração pesando mais pelo impulso frustrado do que pelo desejo. "Puta merda..." Murmurou entre os dentes, um palavrão abafado que vibrou contra a pele dela.
A mão que antes subia pelo corpo de Margot agora desceu para sua coxa, apertando com um misto de desejo contido e pura frustração. Ele ainda estava duro sob ela, pronto. Pronto e impedido. Por minutos. Por um idiota batendo na porta. Ergueu o rosto, encarando Margot com um meio sorriso torto, como se risse da própria desgraça. "Isso não acabou. Nem de longe." A voz ainda estava rouca, carregada de uma promessa crua. "Você me deixou no inferno, quis ser meu pecado preferido. Agora vai ter que lidar com as consequências." Não sabia com certeza quem ela era, ou como a encontraria depois que saíssem daquela sala, mas daria um jeito. Com cuidado, Alek ajudou-a a se recompor, mas antes de se levantar, puxou-a pela nuca e colou seus lábios aos dela numa mordida suave, seguida de um beijo firme, demorado. Era um aviso, uma assinatura. Depois, se levantou, ajeitando a calça com um suspiro resignado, ainda com aquele olhar afiado de predador interrompido no ápice da caça. "Vamos. Antes que eu decida trancar essa porta e obrigar os funcionários a chamarem a polícia."
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eusoumargot · 4 months ago
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O toque suave no ombro não a surpreendeu, mas o modo como o corpo de Emma falava, mais do que suas palavras, a fez prender a respiração por um instante. “Tão generosa da sua parte…” E era, de fato. Margot não entregava o controle com facilidade. Mas Emma pareceu entender isso com astúcia. E explorava cada concessão como quem abre um presente raro. Margot estava tensa, preparada para chegar dizendo que nunca havia beijado uma garota, não com aquela intensidade. Mas não teve tempo de dizer nada.
O beijo veio antes de qualquer resposta. Quente, decidido, como se reivindicasse um território que já era dela. Margot correspondeu com uma entrega medida, porém intensa, sem pressa, sem hesitação. Havia prazer em ser conduzida, às vezes. Só às vezes. Quando os dedos de Emma guiaram os seus, ela permitiu. Aceitou o convite silencioso com um deslizar quase imperceptível. Mas o gesto não era de rendição. Era um jogo. Um que ela estava disposta a jogar até o fim. O mundo dissolvia ao redor, mas Margot nunca perdia o foco. E o foco era ela mesma. O afastamento veio com um gosto de riso nos lábios. Margot sustentou o olhar, impassível, mas os olhos dançavam com perigo e promessa. — Acho que você acabou de nos colocar três casas à frente. — murmurou, o tom baixo, quase preguiçoso, como se saboreasse a lentidão do momento. Ela se inclinou, o nariz roçando de leve o de Emma, a voz como um véu. — A pergunta é: quer jogar até o fim... ou só vencer a rodada?
O sorriso dela cresceu, lascivo, satisfeito. As mãos deslizaram pelo ombro de Margot com uma delicadeza que contrastava com a intenção latente em seu corpo. "Tão generosa da sua parte…" sussurrou Emma, a voz baixa, como se estivesse confidenciando um segredo obsceno. E antes que Margot pudesse responder — ou resistir —, Emma preencheu o espaço entre elas. O beijo veio firme, mas devoto. Um selo quente que refletia todo desejo contido das provocações. Sua mão escorregou pelo braço de Margot até guiar seus dedos ao próprio corpo, ousada, convidativa, incitando-a a ir além. E assim o mundo ao redor desapareceu. A sala, as testemunhas... Tudo virou fumaça. Emma não tinha pressa, deslizou a língua com lentidão, provocando, explorando, exigindo. E então, afastou-se apenas o suficiente para roçar os lábios num quase beijo, deixando no ar a antecipação "Agora..." murmurou com um sorriso enviesado, os olhos presos nos dela "Onde nós paramos?"
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eusoumargot · 4 months ago
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O silêncio dele a queimou antes mesmo da resposta. Quando Maxime finalmente falou, os pelos de sua nuca se arrepiaram com a vibração grave. "Você não faz ideia do que está pedindo." Ah, mas fazia. E era por isso que queria tanto. Os olhos de Margot se fecharam por um instante, não em rendição, mas em antecipação. Ele não a decepcionaria. A forma como ele apertou sua cintura arrancou um suspiro baixo, entre dentes. Margot sentiu os dedos dele afundarem como se marcassem território. E era isso que mais a deixava acesa: saber que havia despertado a fera. Era para isso que ela o provocava — para ver até onde ele iria. E agora, estava indo. Quando ele a virou de costas, a mudança repentina fez seu coração bater contra as costelas. Suas costas coladas ao peito dele fizeram o calor entre os dois se multiplicar como fagulha em palha seca. "Você quer que eu pare de olhar, ma belle?" A pergunta roçou como um beijo, mas chegou como uma ameaça. O corpo de Margot arrepiou inteiro, os joelhos querendo ceder, mas ela mordeu o lábio inferior com força. Sim, queria. Mas queria mais do que isso. Queria sentir que estava sendo devorada.
A ordem veio como estalo de chicote, e Margot encaixou o quadril com precisão, pressionando-se contra ele com intenção. Todas as falas dele eram um tiro direto no centro do desejo dela. A boca se abriu sem som, apenas a respiração que enganchava. Ela não sorria mais. Estava concentrada em sobreviver àquilo. O toque quente dentro do corpete arrancou uma fisgada entre suas pernas antes mesmo de ele tocá-la ali. A mão explorando sua barriga, o ritmo lento como se soubesse o que ela ainda nem tinha coragem de pedir... E então veio o segundo toque. O verdadeiro. Dois dedos afundando sem piedade. Margot arqueou a coluna, a cabeça tombando para trás no ombro dele. Estava tão acostumada a banalizar o sexo que era difícil algo deixá-la tão desconcertada daquela forma. Era quase embaraçoso. Mas, ao invés disso, sentiu orgulho. Porque aquilo resultado do efeito que ela tinha nele. E agora, ele a fazia pagar o preço. E ela pagaria com gosto.
Os lábios dele vibraram contra sua pele, e Margot estremeceu, agarrando o braço que a segurava pelo pescoço como se precisasse de apoio. As pernas estavam fracas, a voz não saía nem para devolver às provocações. Ela riu, rouca, já sentindo-se molhada como ele havia prometido que a deixaria. Margot cravou as unhas na coxa dele, com força. Queria marcá-lo fisicamente, além da marca na memória que ela desejava deixar. O corpo já começava a tremer levemente apesar das ameaças ainda serem só palavras e dois dedos dentro de si. Ela mordeu o lábio seco de tanto arfar. Estava perdendo o nome, a noção, o controle. "E mesmo depois disso..." Ela fechou os olhos. Deus, ainda tinha mais? "... ainda não vou parar." Um arrepio tomou conta da espinha. Aquilo era tudo que ela desejava e tudo que a assustava. Como poderia um desconhecido mexer com ela de forma que ninguém mais parecia conseguir.
Sim, queria ser o pecado favorito dele. A frase a atravessou como estaca, fincando-a no momento com brutalidade. Margot arfou. Não respondeu. Apenas sentiu. Os dedos dele aceleraram. O corpo dela respondeu como marionete presa por fios invisíveis, se contorcendo, se ajustando àquele ritmo que a quebrava e refazia. As pernas se abriam mais, o quadril inclinava para frente, um pedido silencioso de que ele continuasse. Cada estocada era um ataque aos seus pontos fracos. Cada movimento do polegar no clitóris era tortura pura, prazer cruel. Margot segurou firme no antebraço dele com uma das mãos e cravou a outra no próprio joelho, tentando se ancorar em si mesma. "Agora... Rebola." Ela, então, conseguiu sorrir. Sentia o suor começar a brotar em sua testa, enquanto o sorriso transbordando toda a malícia que havia entre os dois. Margot obedeceu. Mas não por submissão — por necessidade. O quadril se moveu com precisão desesperada, o corpo buscando o clímax como um animal em cio. Ela gemeu baixo, abafado, entre os dentes, sem se importar mais se havia perdido o controle. Estava perto. Deus, ela estava tão perto. "Você me pediu por isso, Margot..." Sim. Pediu. E agora pagava preço pelo próprio desejo. "Agora aguenta." E ela aguentou. Mas só até o orgasmo vir como um vendaval e quebrar tudo. O grito sôfrego que escapou da sua garganta parecia expressar um pouco do tesão, do alívio. Margou começou a se contorcer, as pernas fracas, espasmos na coluna. O corpo caiu fraco, sobre o dele, a respiração ofegante difícil de controlar.
— Como... — você fez isso? era o que queria perguntar. Como ele conseguiu deixá-la de pernas fracas daquele jeito, quando nos últimos anos ninguém mais conseguia impressioná-la sexualmente? Era bizarro como ele parecia conhecer o corpo dela, mas honestamente, ela preferiu deixar a pergunta de lado. Caso descobrissem um ao outro, poderia arruinar o que estavam construindo. Resgatou o pouco de forças que lhe restou, erguendo o corpo levemente, sem perder muito o contato, apenas para virar o rosto de frente para ele. As máscaras ainda impediam de ver o rosto um do outro, mas o desejo entre eles era palpável no ar. — E agora? Você vai fazer todo o resto que me prometeu? — Acariciava o rosto dele enquanto perguntava. — Lembre-se que pretendo sair daqui com minhas roupas. Intactas.
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As palavras dele vieram como um sussurro morno contra a sua boca. “Me deixe dormindo mais um pouco”. Margot sorriu, e sentiu o estômago se contrair. Não apenas porque era bonito, mas porque era perigoso. Tinha algo de rendição ali, algo que ameaçava derrubar os muros que ela mesma levantara. Seus olhos não desviaram, mas por dentro, ela lutava. Ser delírio de alguém era tentador, mas e se ele também fosse o dela? Quando ele guiou seu rosto com aquele toque suave no queixo, Margot permaneceu imóvel, mas cada nervo parecia desperto, gritando. Ele a olhava como se procurasse algo, e aquilo a desarmava mais do que gostaria. “Curioso”, ele disse, e o peso do olhar dela ficou mais duro, tentando proteger o que ainda restava de controle. Ele lembrava dos sonhos. E dos pecados. Margot queria perguntar quais. Queria saber se ela se encaixava em um ou no outro — ou nos dois. Mas apenas arqueou uma sobrancelha, mantendo o mistério. Não pretendia dar a ele o poder de saber o que se passava em sua mente. O toque nas costas a fez prender a respiração. Ele a puxava como se quisesse provar que aquilo era real. A última frase caiu como um feitiço. “Vai só me deixar querendo mais.” O sorriso no rosto de Margot era carregado de malícia, e os lábios se esticaram aos poucos, curtindo o momento em que absorvia a informação do quanto ele estava entregue. Deslizou os dedos pelo peito dele, parando com leveza na base da nuca. — Eu quero justamente isso, mon coeur. — Sussurrou contra o ouvido dele, nenhum sinal de blefe em sua voz.
Margot inclinou o rosto, mantendo os olhos presos nos dele por um instante a mais, só para deixá-lo esperando. Então soltou-se devagar de seus braços, como quem desmonta uma armadilha sem pressa — e com prazer. Deu um passo para trás, os dedos ainda arranhando sutilmente o peito dele antes de se afastarem por completo. — Você disse que queria ver até onde o delírio vai. Eu ainda nem comecei. — Provocou, virando-se de costas e deslizando o próprio corpo pelo dele. — Quero me tornar o seu pecado favorito. — O olhar era puro comando. O corpo, pura promessa. Ela o empurrou de leve para a poltrona, dominadora como gostava de ser. Quando a música alcançou um trecho mais intenso, ela se moveu com precisão felina: os quadris marcando o ritmo, os braços desenhando o ar, os pés leves como se flutuassem. — Pode me tocar, Maxime. Só não esquece de quem está no controle. — A dança era para ele, sim, mas também era dela. Cada movimento dizia “eu sei o que você quer” e ao mesmo tempo “você não vai ter o que quiser fácil”, mas no fundo, torcendo para que ele a agarrasse ali mesmo e não demorasse muito.
Ela girava com elegância crua, os olhos cravados nele como se soubessem de todos os seus segredos. Margot se aproximou um pouco mais, sentando em seu colo de frente para ele, movimentando os quadris com vagarosidade dolorosa. Segurou as mãos dele e levou ao seu quadril, como se quisesse fazê-lo sentir a movimentação. Deslizou uma das mãos masculinas até o topo de sua coxa, sentindo superficialmente por debaixo de sua saia. — Me diga... ainda parece um sonho? — A mão livre usava as unhas para arranhar de leve os braços por cima da camisa, como um pedido silencioso que a tirasse logo, até os dedos alcançarem o pescoço e segurá-lo como uma leoa agarrando sua presa. Uma mão segurava a dele contra a própria coxa, a outra prendia o pescoço. Parou bruscamente todos os movimentos e se aproximou do ouvido dele. — Se quiser me parar, agora é a sua última chance. Ou então pare de ficar olhando e me mostra o que sabe fazer.
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eusoumargot · 4 months ago
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As palavras dele vieram como um sussurro morno contra a sua boca. “Me deixe dormindo mais um pouco”. Margot sorriu, e sentiu o estômago se contrair. Não apenas porque era bonito, mas porque era perigoso. Tinha algo de rendição ali, algo que ameaçava derrubar os muros que ela mesma levantara. Seus olhos não desviaram, mas por dentro, ela lutava. Ser delírio de alguém era tentador, mas e se ele também fosse o dela? Quando ele guiou seu rosto com aquele toque suave no queixo, Margot permaneceu imóvel, mas cada nervo parecia desperto, gritando. Ele a olhava como se procurasse algo, e aquilo a desarmava mais do que gostaria. “Curioso”, ele disse, e o peso do olhar dela ficou mais duro, tentando proteger o que ainda restava de controle. Ele lembrava dos sonhos. E dos pecados. Margot queria perguntar quais. Queria saber se ela se encaixava em um ou no outro — ou nos dois. Mas apenas arqueou uma sobrancelha, mantendo o mistério. Não pretendia dar a ele o poder de saber o que se passava em sua mente. O toque nas costas a fez prender a respiração. Ele a puxava como se quisesse provar que aquilo era real. A última frase caiu como um feitiço. “Vai só me deixar querendo mais.” O sorriso no rosto de Margot era carregado de malícia, e os lábios se esticaram aos poucos, curtindo o momento em que absorvia a informação do quanto ele estava entregue. Deslizou os dedos pelo peito dele, parando com leveza na base da nuca. — Eu quero justamente isso, mon coeur. — Sussurrou contra o ouvido dele, nenhum sinal de blefe em sua voz.
Margot inclinou o rosto, mantendo os olhos presos nos dele por um instante a mais, só para deixá-lo esperando. Então soltou-se devagar de seus braços, como quem desmonta uma armadilha sem pressa — e com prazer. Deu um passo para trás, os dedos ainda arranhando sutilmente o peito dele antes de se afastarem por completo. — Você disse que queria ver até onde o delírio vai. Eu ainda nem comecei. — Provocou, virando-se de costas e deslizando o próprio corpo pelo dele. — Quero me tornar o seu pecado favorito. — O olhar era puro comando. O corpo, pura promessa. Ela o empurrou de leve para a poltrona, dominadora como gostava de ser. Quando a música alcançou um trecho mais intenso, ela se moveu com precisão felina: os quadris marcando o ritmo, os braços desenhando o ar, os pés leves como se flutuassem. — Pode me tocar, Maxime. Só não esquece de quem está no controle. — A dança era para ele, sim, mas também era dela. Cada movimento dizia “eu sei o que você quer” e ao mesmo tempo “você não vai ter o que quiser fácil”, mas no fundo, torcendo para que ele a agarrasse ali mesmo e não demorasse muito.
Ela girava com elegância crua, os olhos cravados nele como se soubessem de todos os seus segredos. Margot se aproximou um pouco mais, sentando em seu colo de frente para ele, movimentando os quadris com vagarosidade dolorosa. Segurou as mãos dele e levou ao seu quadril, como se quisesse fazê-lo sentir a movimentação. Deslizou uma das mãos masculinas até o topo de sua coxa, sentindo superficialmente por debaixo de sua saia. — Me diga... ainda parece um sonho? — A mão livre usava as unhas para arranhar de leve os braços por cima da camisa, como um pedido silencioso que a tirasse logo, até os dedos alcançarem o pescoço e segurá-lo como uma leoa agarrando sua presa. Uma mão segurava a dele contra a própria coxa, a outra prendia o pescoço. Parou bruscamente todos os movimentos e se aproximou do ouvido dele. — Se quiser me parar, agora é a sua última chance. Ou então pare de ficar olhando e me mostra o que sabe fazer.
O sorriso de Maxime não desapareceu com a resposta evasiva dela. Pelo contrário, curvou-se ainda mais - mais lento, mais perigoso. A provocação, o jeito como ela o puxava para mais perto como se tivesse o domínio da situação, era familiar. E ele reconhecia isso porque fazia o mesmo. O jogo que jogavam era sutil, camuflado em palavras afiadas e toques suaves, mas por trás da cortina de flerte havia perguntas demais. E respostas de menos.
Ele deixou os braços envolverem a cintura de Margot novamente, dessa vez com uma lentidão quase devota, como se os dedos desenhassem cada contorno dela para nunca mais esquecer. A testa encostou na dela, o hálito quente preenchendo o espaço ínfimo entre os lábios que poderia sumir com um suspiro. "Se é um sonho.." Começou com a voz rouca, carregada de um desejo cada vez mais difícil de conter. "Então me deixe dormindo mais um pouco. Me deixa ver até onde esse delírio pode me levar."
Um dos dedos subiu para o queixo dela, guiando levemente o rosto de Margot, como se quisesse memorizar cada ângulo sob aquela iluminação suave. Como se ela fosse uma lembrança tentando se tornar real. "Mas sabe o que é curioso ma belle?" Murmurou, com um meio sorriso que parecia pesar mais do que dizia. "Eu costumo lembrar de todos os meus sonhos. E de todos os meus pecados também." Maxime deslizou uma das mãos pelas costas dela, até a base da coluna, puxando-a um pouco mais contra si. O calor era real. O desejo também. Mas havia algo além. Algo que queimava por dentro, incômodo e insistente como uma memória esquecida. "Pode me retribuir, Margot..." Sussurrou contra a pele dela, o timbre rouco e grave carregado de desejo. "Mas não pense que isso vai me quitar. Vai só me deixar querendo mais."
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eusoumargot · 4 months ago
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A voz de Emma, baixa e provocativa, encontrou Margot como um sopro quente na nuca. O arrepio veio imediato, mas ela permaneceu perfeitamente imóvel, exceto por um discreto cerrar de olhos. Plateia. A palavra ressoou nela com uma nota de diversão. Claro que Emma gostava de provocar — e de ser vista. Margot girou lentamente o pulso sob o toque da outra, não para afastar, mas para aprofundar a conexão por um segundo a mais. O espetáculo. Ela poderia rir. Em vez disso, inclinou o rosto levemente, absorvendo o calor do sussurro. Mas foi o “apenas nós” que fez algo vibrar dentro dela, uma nota surda de perigo doce. Seus olhos buscaram os de Emma no breve afastamento. Havia um convite ali. E uma armadilha. Margot permitiu que um canto de sua boca se curvasse, nada mais. A mordida de Emma no próprio lábio não passou despercebida — nada nela passava.
Ah, e o dilema lançado como isca. Margot se demorou em silêncio, o olhar firme, pesado, como se pesasse cada camada da proposta. Trocar olhares era seguro. Desejar em silêncio era arte. Mas ceder? Ceder tinha gosto de perigo. Ela se inclinou por fim, o rosto a milímetros do de Emma, como se fosse responder com um beijo — mas parou antes, o hálito morno entre elas. — Eu gosto da provocação. — sussurrou, com uma faísca nos olhos. — Mas deixo você decidir hoje, mademoiselle. Isso é um feito e tanto, considerando como gosto de estar no controle. —
A tensão sutil entre elas, a promessa escondida sob cada gesto estudado. O toque leve no pulso fez sua pele arrepiar, mas Emma não era do tipo que se deixava render assim tão fácil. Não que não a quisesse, porque ah, como ela queria, mas o verdadeiro prazer estava em prolongar a antecipação, em sentir o desejo crescer até se tornar insuportável. Com uma lentidão quase cruel, Emma se inclinou para frente, reduzindo a distância até que seus lábios pairassem perigosamente próximos ao ouvido de Margot. ''Eu até gosto de uma plateia… mas acho que poderia ser apenas nós nesse espetáculo não?" perguntou como seda tocando-lhe a pele. Emma se afastou minimamente, mantendo os lábios a uma distancia perigosa, mas seu olhar dizia claramente. "vamos dar o fora daqui' "A menos, é claro…" ela continuou, mordiscando levemente o lábio inferior antes de prosseguir. "Que você prefira ficar aqui. Trocar olhares, sentir a tensão subir sem poder saciá-la."
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eusoumargot · 4 months ago
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Margot observou quando ele sorriu, e a forma lenta com que a cabeça dele se inclinou lhe pareceu quase teatral. Havia uma tensão contida nos gestos de Alain, como se tudo fosse parte de um número ensaiado — e, ainda assim, não conseguia desviar o olhar. Quando ele dobrou os joelhos diante dela, os olhos de Margot piscaram uma vez, brevemente. A ousadia do gesto não a deixou desconfortável, mas sim atenta. Não era submisso. Era provocação pura, um lembrete de que aquele jogo não tinha regras fixas. Ela mordeu discretamente o canto do lábio, reprimindo um sorriso involuntário. O teatro dele funcionava — mas ela também sabia atuar. O toque na pele exposta a fez prender a respiração por um segundo, como se o corpo tivesse se adiantado à mente. Mas não cedeu. Seus dedos se fecharam um pouco mais contra a parede, escondendo o arrepio súbito que subiu por suas pernas. Quando ele falou, "Eu diria que o seu pedido é uma ordem, chérie…", Margot arqueou uma sobrancelha, com um brilho cético no olhar. Ela gostava do som da voz dele quando sussurrava. Era como um fio invisível puxando-a para mais perto — embora ela não se movesse um milímetro.
O polegar dele desenhava círculos em sua pele como se quisesse distraí-la, confundi-la. Margot apertou a língua contra o céu da boca, contendo a vontade de fechar os olhos, de se deixar levar. Mas era cedo demais. Ele precisava merecer isso. Então, quando ouviu o último aviso, a ruiva inclinou levemente a cabeça para o lado, como se estivesse considerando a pergunta. — Espero que você saiba... — respondeu, com um sorriso sereno e afiado, como se tivesse acabado de fazer a jogada mais arriscada da noite. — Que eu sou ótima nesse jogo. — Não recuou. Nem avançou. Apenas sustentou o olhar dele com um desafio mudo, como se o convidasse a dar o próximo passo. — E eu gosto de ser surpreendida.
Alain tinha a certeza, quase irracional, de que, até o fim daquela noite, morderia a pele exposta do pescoço dela. Não entendia muito bem de onde vinha aquela fixação específica — quase obsessão —mas aceitou sem questionar. Alguns desejos não precisavam de explicação, ainda mais em uma noite como aquela. O que importava no momento era que Margot estava propondo um jogo. E ele raramente fugia de um. Por isso, sim, a mordida podia esperar. O sorriso dele cresceu devagar, um pequeno indício da diversão que já começava a sentir com o que planejava fazer. Com um olhar que se demorou no rosto dela, Alain balançou a cabeça em um gesto lento, quase um aviso. Então, com uma calma meticulosa, dobrou os joelhos, descendo à altura da mulher de cabelos ruivos, em um movimento tão deliberadamente controlado, que parecia conter um manifesto nas entrelinhas —vou te dar exatamente o que quer, mas nos meus termos. Com uma perna dobrada e um joelho no chão, poderia parecer que se preparava para um pedido. Ele só queria dar o que ela havia pedido.
Seus dedos deslizaram para a pele exposta dela, parando no ponto onde a meia-calça terminava, um palmo acima do joelho. O toque foi sutil no começo, quase distraído, antes que ele apertasse levemente, sentindo o calor da pele sob o tecido fino. Ele não desviou o olhar do dela enquanto seus dedos desciam devagar para a parte de trás do joelho, traçando um caminho preguiçoso antes de subir novamente, dessa vez ameaçando ultrapassar a barra do vestido. "Eu diria que o seu pedido é uma ordem, chérie…", murmurou, a voz baixa, quase um segredo que só ela deveria ouvir. O polegar desenhou um círculo preguiçoso na pele dela, um toque quase inocente, contrastando com a intensidade de seu olhar. Alain inclinou a cabeça levemente, os lábios a poucos centímetros da coxa, respirando contra a pele quente. "Mas espero que saiba no que está se metendo…". Com o olhar erguido na direção dela, sorriu, esperando que ela movesse a próxima peça do xadrez.
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eusoumargot · 4 months ago
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A resposta dele veio como seda, mas carregava ferro por baixo. Margot sentiu a expectativa vibrar sob sua pele ao ouvir “jamais deixaria você sem sua dança.” O tom da voz, o peso da promessa — tudo nela se aprumou. Quando ele a puxou, sentiu o corpo colar ao dele como se sempre tivesse pertencido àquele encaixe. As costas pressionadas contra o peito quente, a mão dele firme na condução… por um momento, ela se permitiu apenas sentir. A música do lado de fora da sala, que invadia o ambiente ainda que abafada, envolvia os dois e parecia ter sido feita para aquela dança. Não era sobre técnica, era sobre presença. Margot se moveu com ele, guiada, mas nunca submissa. Os quadris roçaram no compasso certo, e ela sentiu o sangue acelerar, não por pressa, mas por entrega. A voz dele ao seu ouvido provocou um arrepio involuntário. “Sente isso?” Claro que sentia. Como ignorar algo que queimava por dentro? Mas ela não respondeu. Mordeu o lábio inferior, encarando o vazio à frente, deixando que o corpo dissesse por ela.
Quando ele a virou novamente, algo em seus olhos a desestabilizou. Estava pronta para mais uma rodada de provocação, mas a pergunta veio como uma pedra no lago: “Por que parece que já estive aqui antes?” Margot piscou, lenta. O toque no rosto não era apenas um carinho, era uma busca. E aquilo... a incomodou. Não porque fosse invasivo, mas porque ela também sentia. O déjà vu vinha se acumulando desde o primeiro olhar, e o não saber a angustiava. Ela inclinou a cabeça sutilmente contra a palma dele, os olhos fixos nos dele. Por um segundo, a máscara de sedução vacilou. Margot queria rir, afastar o peso da pergunta com alguma ironia, mas a verdade insistia em assombrá-la. E ela odiava não ter o controle. — Talvez... — disse, com a voz mais baixa do que pretendia, os dedos fechando suavemente sobre o pulso dele. Também era incômodo pensar que, se ele esteve com ela, como poderia não se lembrar? Detestava pensar que era facilmente esquecida, mas estava alheia ao feitiço de Zafira impedindo que os dois se reconhecessem. Logo eles, que já foram tão íntimos há alguns bons anos. — Talvez eu só seja a realização de um sonho erótico seu. — Não era uma resposta, era uma provocação. Tentava manter o tom de mistério e não entregar suas inseguranças naquele momento. Margot ergueu os braços e enroscou no pescoço dele, puxando-o de leve para um pouco mais perto. — Você dança bem, mon couer. Quer que eu retribua o favor?
flashback. - baile de máscaras
As palavras de Margot pairaram entre eles, uma promessa de algo que ele ainda não havia cumprido. Maxime respirou fundo, tentando se desvencilhar da sensação que o invadia. Aquele beijo, aquele toque... Algo nele reconhecia algo nela. Ele observou Margot sob a luz baixa da sala privativa, a curva de seus lábios ainda tingida pelo sabor dela, os olhos desafiadores e cheios de algo que ele não conseguia explicar. Algo que atiçava o fogo dentro dele. O desejo, claro, estava lá, pulsante e vivo. Mas também havia um peso diferente, algo indefinível, quase perigoso.
Mas Maxime não fugia do perigo. Um sorriso lento e carregado de intenção curvou seus lábios enquanto ele se afastava um passo, sem soltar a mão de Margot. "Ah, ma belle.. Eu jamais deixaria você sem sua dança." Sua voz veio baixa e sedutora, prometendo tudo o que ainda viria. Com um puxão firme, mas controlado, girou Margot para que seu corpo colasse ao dele, as costas dela pressionadas contra seu peito. O gesto não foi apenas para guiá-la, mas para que ela sentisse a firmeza de seu toque, o calor que fluía entre eles como um campo magnético prestes a se romper.
A música da sala os envolvia em um ritmo preguiçoso e sensual, e Maxime tomou as rédeas da dança como se tivesse coreografado previamente cada segundo. Suas mãos deslizaram pelas laterais do corpo dela, explorando sem pressa, sentindo o caminho da cintura até os quadris. Ele a guiou em um movimento suave, seus quadris se movendo contra os dela no tempo exato, a tensão elétrica aumentando a cada deslizar. Maxime inclinou-se, os lábios perigosamente próximos ao ouvido de Margot. "Sente isso?" Murmurou, a voz carregava de algo mais do que simples provocação. "Esse ritmo.. A forma como nos movemos juntos." Ele pressionou os dedos contra a cintura dela, intensificando o contato. "Parece natural." A ideia parecia absurda até para ele. Maxime não conhecia Margot, não daquele jeito. E ainda assim, a sensação permanecia.
Maxime girou Margot novamente para encará-la. Segurou seu olhar como se procurasse respostas que não entendia, algo que se enraizava fundo dentro dele. A mão dele subiu, pousando contra a bochecha alheia, o polegar traçando uma linha preguiçosa contra a pele dela. "Me diga, belle.." Os olhos percorreram os dela, intensos, estudando cada nuance por trás da máscara. "Por que parece que já estive aqui antes?" A pergunta saiu sem aviso, mas o pensamento ecoava em sua mente desde o primeiro toque dos lábios.
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eusoumargot · 4 months ago
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O riso baixo de Emma fez Margot arquear levemente uma sobrancelha, mas foi o olhar cintilante da outra mulher que prendeu sua atenção. O tom entre desafio e diversão despertava algo intrigante nela. Margot inclinou a cabeça de leve, avaliando a maneira preguiçosa com que Emma deslizava os dedos pelo próprio colo. O gesto era estudado, charmoso, e Margot apreciava esse tipo de jogo. — Mas confesso que ainda te acho interessante, de qualquer forma. — murmurou, um sorrisinho surgindo de canto. Seu olhar acompanhou a taça encontrando os lábios de Emma, e ela se pegou esperando a próxima provocação. Margot sorriu abertamente. Ah, aquilo era interessante. Ela conhecia bem a sensação de saborear um momento raro, de estar longe dos olhos que esperam sempre algo específico. — Então espero que aproveite essa noite. — disse suavemente, mas com uma pontada afiada de intenção. Ela observou a mulher repousar a taça ao lado da sua e notou o breve toque do indicador nos lábios da outra. Pequenos detalhes que faziam a antecipação crescer. Margot riu baixinho, um som breve e quase imperceptível. Um erro, então? Interessante que Emma assumisse que ela queria um beijo. Ela não confirmaria nem negaria. Mas foi a próxima frase que a fez prender o ar por um segundo. A pergunta deslizou pela pele de Margot como um desafio direto. Seu olhar se manteve fixo no de Emma por um instante, e então ela se moveu. Com lentidão calculada, ergueu a mão e roçou a ponta dos dedos no pulso da outra, sem pressa, apenas o suficiente para sentir a pulsação sob a pele. — Você quer ver meu esforço aqui ou prefere deixar a plateia de lado? — sussurrou, mantendo o toque leve, como se estivesse decidindo até onde iria.
O jeito como a mulher analisava suas confissões, saboreando cada detalhe, só tornava tudo mais interessante. Seus olhos se fixaram nos lábios da outra quando ela umedeceu a ponta da língua, um gesto breve, mas que instigavam sua curiosidade. Ela não recuou quando a mulher se inclinou, pelo contrário, manteve a postura relaxada, inclinando-se também, encurtando ainda mais a distância entre elas. "Uma boa moça?" repetiu, o riso baixo e aveludado. Seus olhos cintilaram com algo entre divertimento e desafio . "Que leitura mais encantadora, chérie… Você me vê tão bem assim? Tão obediente, tão controlada?" Lentamente, ela deslizou a ponta dos dedos pelo próprio colo, num gesto preguiçoso, como se ponderasse a afirmação da outra. Então, levou a taça de vinho até os lábios, saboreando o líquido por um breve momento antes de falar novamente, a voz envolta em um charme deliberado. "Sinto informar, cherie, que está completamente errada. Fugir da minha família é fácil, difícil é viver noites como essa, onde posso me deliciar sem precisar fingir..." ela sorriu maliciosamente encostando o corpo no sofá enquanto repousava a taça junto a dela. O indicador foi aos lábios e a carinha de duvida poderia ser suposta atrás da perfeita mascara de porcelana. Emma deixou o silêncio pairar entre as duas por um instante, prolongando a expectativa antes de enfim soltar o veredito. "E qual seria sua prenda? Um erro como esse pode custar caro... Eu poderia pedir que me beijasse, mas seria fácil demais, não acha? Seria o que você já quer." Ela levou um instante a mais para observar Margot. A mulher se inclinou, o sussurro provocante. "Quero que me seduza. Não com palavras, não com promessas, mas com toque. Acha que consegue, ma belle?"
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eusoumargot · 5 months ago
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Os olhos de Margot baixaram para a mão dele segurando a sua. O toque era mais delicado do que esperava, quase reverente, como se Alain saboreasse o momento ao invés de simplesmente tomá-lo. O deslizar sutil do polegar pela sua pele a fez respirar fundo, mas ela manteve a expressão inalterada, apenas arqueando levemente uma sobrancelha quando ele a chamou para saírem do meio das pessoas do salão de jogos. Margot costumava gostar de dominar, tomar a frente, mas deixou-se guiar, observando o caminho que ele escolhia, notando a forma como evitava os olhares curiosos e os cantos mais barulhentos. Não foi preciso muito para entender: ele queria privacidade, queria controle. Um jogo interessante. Quando entraram em uma das salas privadas, Margot fechou a porta atrás de si, encostou as costas na parede, mas sem relaxar completamente. Não gostava de ser encurralada — mas gostava da sensação de ser desafiada. Apoiou as mãos na parede atrás do próprio corpo, esboçando sua melhor e mais falsa expressão de inocência, aguardando-o dar o primeiro passo.
O silêncio esticou o fio de tensão entre eles, e ela apenas o observou quando ele se aproximou. A temperatura do próprio corpo pareceu subir à medida que ele traçava um caminho preguiçoso do seu pulso até soltar sua mão. Seu perfume, a respiração quente, tudo nele parecia calculado para testar sua paciência. E ridiculamente familiar, ela notou, mas guardou para si. Devia ser impressão. Alain parecia alguém que ela conhecia, mas havia uma estranha certeza de que não passava de uma confusão. "Agora que estamos a sós…" ele disse, e Margot sorriu de lado, o olhar afiado apesar da postura relaxada. Ele não precisava terminar a frase para que ela entendesse aonde queria chegar. Não sustentou o olhar inocente, e deixou os lábios se curvarem um sorriso cheio de malícia. Mas a respiração dela oscilou quando sentiu o toque leve do nariz dele em sua pele. Foi breve, mas o suficiente para fazer sua espinha formigar. Os olhos de Margot cintilaram em pura diversão quando o ouviu perguntar se podia realizar o desejo. Ele queria permissão? Que doce. — E se o meu desejo for ver você trabalhando para isso? — sussurrou, mantendo a voz firme apesar do arrepio que ainda percorria sua pele. Então ergueu o queixo, inclinando-se ligeiramente para ele, mas sem ceder completamente. Deixaria que ele descobrisse se era um convite ou um desafio.
flashback.
Alain baixou o olhar para a mão estendida de Margot, deixando um sorriso escapar pelo convite. Sem desviar os olhos dos dela, segurou sua mão com uma delicadeza inesperada, como se o toque fosse um segredo que eles compartilhariam dali para frente. Seu polegar deslizou em um movimento breve e quase distraído sobre as costas da mão dela, antes de entrelaçar suas mãos. "Vamos", disse baixinho, sem pressa, começando a guiar a jovem para fora dali. Alain caminhou sem pressa, guiando Margot por entre os corredores menos movimentados da festa, longe da música alta. Quando encontrou um espaço adequado, afastado o suficiente para que ninguém os incomodasse, permitiu que ela se encostasse na parede enquanto ele decidia o que fazer. O silêncio ao redor parecia aumentar a tensão entre eles. Alain não falou nada de imediato, mas depois — porque simplesmente não conseguia aguentar — decidiu se aproximar, deixando o próprio corpo pairar perto demais do dela, criando um calor palpável entre os dois. Seus dedos deslizaram até o pulso da jovem, traçando um caminho preguiçoso antes de soltar sua mão. Então, se inclinou, o rosto perigosamente próximo à curva do pescoço de Margot, onde o perfume dela se misturava ao calor da pele. "Agora que estamos a sós…", murmurou, a voz baixa. Seu nariz roçou de leve a pele dela, antes que ele deixasse escapar, em um tom muito mais rouco do que ele esperava: "Você vai me deixar concretizar meu desejo?" . Prometo que vai gostar, pensou. Prometo que não vai doer.
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eusoumargot · 5 months ago
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A pergunta fez seu sorriso crescer ligeiramente. Então era isso. Um convite disfarçado de escolha, um movimento cuidadosamente colocado para avaliar sua disposição. Margot ergueu o olhar para ele, segurando o silêncio por um instante antes de girar a ficha entre os dedos uma última vez. Margot sabia que ninguém apostava sem esperar um retorno. Ela certamente esperava. Analisou a feição dele, antes de sua resposta silenciosa. Deslizou a ponta dos dedos pela borda de uma ficha antes de pegá-la firmemente nas mãos. — Que tal continuar a aposta? Quero ver o que mais consigo ganhar de você. — murmurou, provocativa, mordendo a pontinha do lábio inferior. Ela pousou a ficha sobre a mesa com um toque leve e pegou as cartas novamente, esperando alguma resposta dele.
sabia que a primeira proposta era suave, nada além de molhar um pedaço dos dedos. ele não queria ir direto e propor algo ousado, mesmo com todo o álcool no seu sangue. ele preferia testar as águas. talvez desejos apenas se tornam realidade essa noite? ❞ para o seu azar. como qualquer outra pessoa, ele não gostava de perder, mas não perdia a sua compostura. ❝ bem, podemos ir agora ou depois. o que prefere? ❞ ele perguntou, querendo entender se ela queria aumentar as apostas ou não. aquele, obviamente, havia sido o primeiro teste, para saber até aonde ela iria.
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eusoumargot · 5 months ago
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Quando deslizou as mãos pelo peito dele, sentiu a respiração de Maxime falhar por um breve instante. Um detalhe pequeno, mas suficiente para lhe dar vantagem. O toque se tornou um comando silencioso, e ela soube que ele percebeu. O rapaz prendeu a respiração quando ela se inclinou. O beijo no pescoço não foi pressa, nem submissão — foi um aviso. Um desafio embutido no roçar deliberado de seus lábios contra a pele exposta. O murmúrio dela, um convite e uma provocação. "Pode ser que eu te faça implorar por mais." Ela soltou um riso curto, quase indulgente. A audácia dele era divertida. Margot não implorava, embora sentisse que estava perto disso naquele momento.
Sentiu a mão dele deslizar por suas costas até a nuca, e seus olhos semicerraram levemente quando a máscara subiu, expondo os lábios. O gesto carregava um peso simbólico — um convite ao perigo. Encarou os lábios, parecendo estranhamente familiares, mas uma sessão distante, como um sonho, uma lembrança perdida. Não reconheceu a quem pertencia. Os dedos de Maxime percorreram sua coxa, subindo com precisão. Margot manteve o olhar nele, permitindo que a tensão se acumulasse sem pressa. O primeiro toque dos lábios dele contra os seus não foi um beijo, mas um teste. "Ainda acha que está perdendo tempo?" Margot sorriu, e deslizou os dedos pela linha do maxilar dele, arrastando a unha de leve contra a pele sensível. A pergunta era vaidosa, quase presunçosa, mas ela respondeu num sussurro. — Só se você não tiver pretensão de realizar essa promessa. — Provocou, antes de sentir o seu sorriso ser invadido pelos lábios dele. Ela aceitou o convite, sentindo o calor entre os dois se intensificar.
O beijo veio como um golpe calculado, exploratório, e Margot permitiu que ele testasse os limites. Era dominadora, gostava disso, e raramente um homem sabia dominá-la de forma que a excitasse. Aquele, definitivamente, não era o caso de Maxime. Era como se conhecesse seu corpo, e soubesse exatamente onde tocar, que pressão aplicar, como se a textura de seus corpos não fosse uma surpresa para nenhum deles. — Espera um momento... — Ela sussurrou contra os lábios dele, separando-os com falsa delicadeza. — Eu ainda não ganhei minha dança, mon coeur. —
Maxime sustentou o olhar de Margot, se deliciando com cada nuance do desafio silencioso entre eles. O jogo de poder e controle estava apenas começando. O deslizar da língua dela pelos lábios, um gesto inconsciente, mas carregado de intenção, fez seu sorriso crescer de forma predatório. "Ah, ma belle, fico feliz que você não seja do tipo que se contenta com promessas." Murmurou, a voz baixa, arrastada, enquanto seus dedos exploravam sua cintura com a mesma precisão calculada de seus movimentos.
Quando a puxou para a beira da poltrona, sentiu a resistência implícita - não de negação, mas de quem se recusava a ser conduzida sem deixar sua marca. E ele adorava isso. O calor entre os dois aumentava, mas Margot se mostrava não ser uma espectadora passiva. Os dedos que traçavam seu peito, subindo do ombro até a linha do pescoço, desenhava comandos silenciosos sobre sua pele e enviava arrepios para todas as extensões.
Quando ela descruzou as pernas e se inclinou, Maxime prendeu a respiração por um segundo. O beijo no pescoço foi um toque quase inocente, não fosse pelo o que vinha por trás dele - um jogo perigoso de controle velado. O sussurro contra sua pele veio como um desafio final. Maxime sorriu contra a provocação. Levantou a sua máscara de lobo para expor os lábios, mas não o suficiente para estragar seu anonimato. Sua mão subiu pelas costas dela, deslizando até a nuca enquanto seus lábios pairavam próximos aos dela, sem se encostar. "Você saberá, Margot," murmurou contra sua boca, a promessa não dita vibrando entre os dois. "Mas cuidado com o que deseja.. Pode ser que eu te faça implorar por mais." Maxime não rompeu o contato visual enquanto suas mãos exploravam Margot com a mesma precisão com que guiava o jogo. Os dígitos da mão livre percorreu a linha da coxa dela, traçando um caminho lento e deliberado até sua cintura, enquanto seus lábios finalmente roçavam os dela - não um beijo completo, mas uma provocação.
"Ainda acha que está perdendo tempo?" Murmurou, a voz densa de provocação e desejo. Ele não lhe dava tudo de imediato, mas também não recuava. Seus dedos deslizaram pela curva de sua coluna, puxando-a para mais perto, a forçando a sentir o calor entre eles. Quando seus lábios finalmente capturaram os dela, foi com a precisão de quem sabia exatamente o que estava fazendo. Explorando, testando, esperando pelo momento em que Margot cedesse, mesmo que sem perceber.
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