Tumgik
eviegline · 4 years
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
“No?” Casey respirou fundo e deixou o balde no chão, voltando a se aproximar dela enquanto ouvia a história pouco a pouco. Desaguou onde honestamente não pensou que acabaria. Ela, a garota, filha de algum velho criminoso. O homem se sentou aos pés da cama e virou o corpo um mínimo para poder enxergar o rosto feminino. Quem poderia ser o tal pai? O policial foi direto ao ponto, não conseguindo impedir o hábito de detetive. “O sobrenome do seu velho é Dawn?” Arriscou um dos nomes que sabia ser importante por ali, por causa de seus estudos sobre a região e as infinitas “aulas particulares” que seu parceiro dá numa falação sem fim quando estão de tocaia em algum lugar.
Não podia deixar de surpreender-se com a calma do homem. Como se Evangeline estivesse contando alguma coisa banal, e não que quase fora assassinada por alguma rixa criminosa poucas horas atrás. E então o sobrenome; tão certeiro, tão direto. Como ele poderia saber sobre seu pai? A não ser... Por mais que Evie tentasse se manter longe dos problemas do mais velho, aprendera algumas coisas aqui e ali. Comportamentos e perfis policiais era uma delas. “ — Are you a cop?" Sentiu-se sem ar, quase a beira de um ataque de pânico. Não respondeu a pergunta dele mas a sua poderia muito bem ser a confirmação. De todas as pessoas da porra daquela cidade ela havia ido parar na casa de um policial? E contando sobre o pai?
𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
“Sei sim. Custa uma fortuna. Relaxa, posso te observar um pouco e só se você começar a morrer na minha cama te levo ao hospital.” Casey parou o que fazia para encarar o rosto feminino com atenção. O balde na sua mão cheirava a ferro, o sangue de Evie impregnado nos itens descartados ali dentro. “Não vou te fazer nenhum mal, garota. A verdadeira pergunta é se eu posso confiar em você. Considerando que você apareceu desmaiada na minha casa com uma bala alojada no braço, acho que estou correndo riscos aqui também.”
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“ — Ótimo. Espero não morrer, então.” Outro riso pelo nariz na piada forçada e sem muita graça, observando o balde sujo na mão do homem. Mas Evie ergueu os olhos com a resposta, um sorriso desanimado abrindo-se no rosto. “ — I’m not worried about you harming me.” Não, não tinha medo por ela. Se Devin fosse lhe fazer algum mal, já o teria feito enquanto estava desacordada. O que a garçonete tinha medo era do que ele faria quando contasse a verdade, se iria denunciar o pai ou coisa parecida. Mas ele estava certo, corria mesmo riscos. Contar era o mínimo que Evangeline podia fazer. “ — My... dad. He’s involved with some shady stuff. Um dos...” Outra risada sem humor. “ — Chamar de inimigos soa tão bobo, mas acho que é o que é. Um deles me procurou em casa hoje. Apparently they were planning to kill me as a revenge or something.”
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𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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Why are you letting me go on about my stupid problems?
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
“Hm.“ Grunhiu o homem com uma olhadela para a garota. “Essa pessoa está encrencada, é? Ou foi ela quem fez isso com você?” Devin dobrou os joelhos e se sustentou pelos músculos da coxa, percebendo que havia gasto muito mais gazes do que pensou, todas sujas de sangue. Algumas resgatou até debaixo da cama. “Não nessa vizinhança, garota. Mesmo não sendo daqui, sei que vale mais manter a boca fechada.” Prosseguiu ele, ainda na ideia de não se revelar como detetive. É de fato novo ali naquele apartamento, afinal, e na vizinhança como acabou de dizer. E se a garota for importante? “A cabeça também dói?” Devin se levantou devagar segurando o balde depois de vê-la erguer a destra. “Se você continuar desmaiando, o melhor será ir a um hospital pra exames, moça. Tomografia, essas coisas. Você perdeu muito sangue também, como pode ver por essa toalha que coloquei debaixo do seu braço.” 
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Respirando fundo, o homem passou os dentes pelo lábio inferior enquanto caminhava até o lado onde estava a tal toalha a fim de juntá-la aos outros tecidos avermelhados no balde. “I’m Devin, by the way.” Decidiu se apresentar mas, como sempre faz, entregou o sobrenome em vez do nome real.
“ — Não sei, espero que não. E, não, não foi ele.” Evie suspirou. Os dentes trincaram-se ao argumento do homem, fazendo-a pensar na situação hipotética e percebendo que mentira. Ela, Evangeline, não teria ligado pra polícia. Mas apenas porque seu contexto era provavelmente muito diferente do homem. Quando dissera que ligaria pra polícia, pensara nela no lugar dele. Era diferente, só não sabia se podia explicar, então não respondeu por segurança. “ — Um pouco. I used it as a weapon.” Sorriu fraco, mas o gesto tornou-se em um sarcástico à sugestão de uma visita ao hospital. “ — Sabe quanto custa esse tipo de exame? Eu nem sei quantos turnos ia ter que cobrir pra pagar uma parada assim. Além do mais, me fariam perguntas demais por lá...” Evangeline subiu e desceu os olhos pelo homem ao som da apresentação, o peito pesado ainda com a mistura de emoções causadas pelos acontecimentos recentes. Ela deslizou os dentes pelo lábio inferior, as sobrancelhas ligeiramente franzidas enquanto travava uma discussão interna. “ — Can I trust you, Devin?” Questionou-o, vocalizando o nome com cuidado.
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𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
“There you are.” Dev murmurou ao se dar conta de que a moça estava acordando enquanto seus dedos estavam nos botões do vestido alheio, porque é claro que ela acordaria na pior hora, e se distanciou — ainda sem decidir levantar — para não correr o risco de dar a impressão errada. Sorte não ter sido necessário se explicar. Evie aparentemente tinha caído em si ao ver o curativo feito. “Yeah.” Foi o que respondeu simplesmente ao pedido de desculpas. Se fosse um garoto ali no lugar dela, a devolutiva certamente teria sido grosseira. “I didn’t call the cops?” Dev foi pego de surpresa com a pergunta e acabou rindo nasalmente pela ironia da situação que a garota desconhecia.
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É claro que o bom-senso fez com que negasse e, principalmente, que escondesse que ele mesmo é um policial. “No, I didn’t call the cops… Por quê? Qual é seu problema com a polícia?” Nesse exato momento, Devin se levantou e começou a catar o lixo sangrento que produziu em decorrência dos cuidados ofertados à jovem; e jogar coisa por coisa dentro do balde que tinha colocado aos pés da cama antes de começar a sutura. “Agora que você despertou, me diz se está ferida em alguma outra parte do corpo… Definitivamente é melhor que despir uma garota desacordada.” Acrescentou ele, não só por preocupação, mas também para disfarçar o interesse quanto à pergunta anterior. A cada momento procurava detectar a ocorrência de outra queda de consciência. Muitos desmaios nunca significa boa coisa.
Por mais que tenha sentido alívio com a resposta da pergunta, Evangeline logo percebeu que não fora uma boa fazê-la, pra começo de conversa. Não tinha como explicar. Estava ferrada com todas as explicações, aliás, considerando que tinha muitas a dar à ele. “ — Porque... não é o tipo de situação que a polícia resolveria. E, se ela tentasse... provavelmente traria problemas ao meu... à uma pessoa com quem me importo.” Embora o homem tenha cuidado dela, Evie ainda não tinha certeza do quanto poderia confiar nele. Não iria colocar o pai debaixo de um holofote assim. “ — Mas perguntei porque, honestamente, é o que eu teria feito. A primeira coisa, aliás. Se alguém aparecesse sangrando na minha casa, depois de invadi-la. Thank you, by the way. And, no, it was just my arm, I think...” Ela ergueu a destra para a cabeça, sentindo-a um pouco dolorida também e lembrando-se que a havia usado de arma contra o agressor. Nada sério, provavelmente, além da batida.
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𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
Devin franziu o cenho, retornando com a caixa velha de primeiros-socorros nas mãos, inevitavelmente ranzinza pela resposta que pouco ajudou. Alguém queria matá-la. Certo, quem? Por quê? E, de novo, por que raios ela fez caminho até seu apartamento? Teria sido proposital, por saber da profissão dele e que poderia prestar auxílio policial? A essa pergunta em particular sua intuição respondia ‘não’ — assim como diz não à possibilidade da própria garota representar perigo —, por mais que seja no mínimo engraçado essa coincidência ter se desenvolvido. “Fuck.” Ele bufou, se sentando no espaço menor da cama ao lado dela, perto do braço baleado. Estava desacordada de novo. Dev ajeitou a garota nos travesseiros. Não gostou nada do desmaio, o sangue que vinha do braço também muito desanimador; mas não poderia arriscar sair com a moça dali para um hospital sem saber de quem ela é vítima e o motivo. Enquanto trabalhava no local atingido, ele tentou se lembrar se havia ocorrido algum conflito entre gangues pela região ou qualquer outra situação incomum que pudesse explicar uma garota fugindo de pessoas, no plural. Não era um namorado ciumento ou obsessivo. Não era um assalto. “You’re lucky, kid.” Ele sussurrou consigo mesmo ao perceber que a bala não estava alojada e que por muitíssimo pouco só havia perfurado carne, nenhum músculo ou osso. Acomodou diversas toalhas embaixo do braço, cuidou do ferimento, fez um curativo bem apertado para estancar o sangue. Depois, começou a desabotoar pouco a pouco o vestido alheio, o uniforme da diner. Precisava se certificar de não haver ali nenhum outro ferimento significativo.
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Evangeline voltara à consciência pela segunda vez, de maneira ainda mais transtornada, visto que se esquecera do ocorrido e agora sentia-se mais zonza, por todo o sangue perdido. Foi por apenas alguns segundos, mas realmente não sabia o que estava fazendo ali, de modo que acordar com um homem abrindo suas vestes era, no mínimo, inquietante. “ — Hey, hey, what the hell are you doing?” Suas mãos pareciam agir em câmera lenta, empurrando as alheias, e então a consciência entrou em modo de alerta. Evie sentou-se, de novo de uma só vez e sentindo a cabeça girar com o movimento. A mão direita apoiou-se na cama, sobrando para o braço esquerdo erguer-se no espaço entre os dois, como se ele se tratasse do perigo. Olhando para o curativo ali, porém, as lembranças entraram em ordem e a garota abaixou o braço. “ — Desculpe, desculpe.” Ela fechou os olhos, tanto pelo leve embaraço quanto para aguardar a tontura passar por completo. Evie já tinha mais uma preocupação em mente ao abri-los na direção do homem. “ — You didn’t call the cops, did you?” O tom era esperançoso. Droga, ela esperava que não. Evangeline não tinha formas concretas de explicar a situação sem colocar o pai em problemas. Tinha certeza que, independentemente do que dissesse, iriam investigar sua casa, e então Keegan. 
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𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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devcnsey‌:
Good cop, bad cop. Devin detesta ser o policial bom, mas ali está ele, na sala de interrogatório conversando com um garoto de dezessete anos de maneira amigável antes que seu colega retorne da saída estratégica para o banheiro para mais uma sessão de constrangimento psicológico e físico. Não, não é ético que interroguem o menino assim, sem a presença de um advogado ou dos pais, mas quando se está em um beco sem saída numa investigação muito importante, qualquer coisa é válida. Praticamente qualquer coisa. “Let me tell you something, Brian. Our world… is fucked up. Those guys, they don’t want you to be happy. They planted you here, on purpose, to distract us from the investigation and they certainly don’t give a shit if we’ll lock you away forever, or if we’re gonna knock you out ‘till death.” Dev olhou por cima de seu ombro para a única porta que há na sala de interrogatório. Abaixou um pouco o tom da voz, assim como o volume. “My partner isn’t happy, believe me, I won’t be able to hold him for too long. I can’t protect you, man.” Balançou a cabeça negativamente, falso preocupado.
Maldita rotina policial, tão viciante e nociva quanto heroína. Casey Devin, trinta e quatro anos, detetive há três, a vida toda fodida depois de uma série de eventos infelizes na sua cidade natal. Ainda assim, não consegue abrir mão do estresse das delegacias, das buscas. Com ajuda de uma boa dose de álcool, Dev inclusive dorme muito melhor após um dia cansativo. O estresse o protege das memórias dolorosas do passado, o guarda dos pesadelos.
Na manhã desse dia em específico, ele não esperava que apreenderiam e enquadrariam Brian, um garoto que circula livremente no território de uma gangue que vem crescendo na capital, local onde duas mulheres foram violentamente mortas no mês anterior. Como os crimes ocorreram em área de tráfico, o DEA está colado no rabo da divisão de Homicídios, tentando pegar o caso para eles enquanto Dev e Ryan têm certeza de que não se tratam de mortes relacionadas com o comércio de drogas. É algo pior. Alguém da gangue sim, certamente, mas essa pessoa, quem quer que seja, não matou motivada pelo tráfico; as semelhanças detectadas entre as duas mulheres são nítidas demais. Há um padrão e fortes indícios de que havia um vínculo afetivo entre o agressor e as vítimas.
“Brian não sabe de porra nenhuma, Ryan. Desiste e vai pra casa foder sua esposa.”
Foram as palavras de Devin antes de deixar o amigo para trás em uma sala vazia, revirando os arquivos do caso para tentar manter o garoto mais tempo ali, ou achar alguma coisa, qualquer coisa, que ajudasse a segurar essa pasta dentro da divisão de Homicídios. Dev, por outro lado, precisava dormir. Tinha passado a noite anterior acordado na companhia de Alicia, a cabeça doía, e o corpo pedia desesperadamente por uma dose de bourbon. Na sua casa, contudo, não encontraria o descanso que desejava. Encontraria mais um problema. O maior deles. O problema que colocaria sua vida de cabeça para baixo. Evangeline.
A garota estava no chão perto da janela, desacordada e o carpete em volta estava sujo de sangue. Devin não demorou a notá-la e, assim que o fez, sacou a arma para procurar por qualquer outra pessoa que poderia também estar no apartamento. Nada. Não havia mais ninguém. Ele se apressou a fechar a janela e, colocando a arma no coldre debaixo do braço, se ajoelhou para checar os sinais vitais. Tratava-se de uma menina, pensou enquanto encontrava a pulsação fraca e sua visão logo encontrou o braço ferido que explicou o sangue. Devin revistou-a antes de agir, à procura de qualquer coisa que pudesse ser ameaçadora ou que pudesse explicar o que ela estava fazendo no seu apartamento. O uniforme entregava a profissão da garota e o nome no bolso revelava só uma parte da identidade. Evie. Mas era tudo que ele tinha. Até ela acordar. Sentado na cama ao lado do corpo dela pouco depois de tê-la deitado ali, perto do braço atingido, pestanejou lentamente, o estado de espírito tranquilo demais para quem está de frente a uma pessoa que foi baleada. Devin costuma ter fala calma e um jeito preguiçoso quase charmoso, as palavras arrastadas no tom de voz grave. “Don’t move, kid, you got shot. E enquanto reúno algumas coisas pra dar um jeito no seu braço, você pode me contar por que diabos veio parar logo no meu apartamento.” Sem esperar, se levantou para procurar o kit de primeiros socorros.
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Foi fácil obedecer à ordem de não se mexer, Evie deitada estática tanto pelo choque quanto a dor. Não havia tido tempo de planejar o que diria ao dono do apartamento; não havia tido tempo pra pensar em plano nenhum, aliás. Era arriscar-se ou morrer, o problema é que não o conhecia. Não sabia, também, quanto tempo havia passado desacordada, os homens poderiam muito bem ainda estar na rua, procurando por ela. Isso fez um choque quase físico passar pelo corpo, finalmente movendo-se e sentando-se abruptamente após um arquejo. “ — Please, please don’t make me leave.” Evie pediu, levemente surpresa em ouvir a voz funcionar, considerando o quão seca a garganta lhe parecia. “ — They’re gonna kill me.” 
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O quarto tornou-se rapidamente embaçado, os olhos da garota caindo para o braço ferido e sentindo o estômago revirar com as memórias recentes. Foi tudo muito rápido, Evie mal se lembrava de como havia entrado ali. Com a cabeça girando, caiu-se de volta na cama, encarando o teto desconhecido. “ — They’re gonna kill me.” Ela repetiu, dessa vez mais em uma epifania do que informação à ele, antes de perder a consciência novamente.
𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
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eviegline · 5 years
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𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐰 𝐨𝐟 𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧-𝐫𝐞𝐚𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧.
Ser a filha de um dos maiores chefes de tráfico da cidade não era tão dramático quanto provavelmente se pensaria. Correção, não era. Evie tinha sua própria vida, seu trabalho como garçonete, suas horas sozinha em casa com seus livros, seus amigos; quase poderia fingir que nada daquilo acontecia, não fosse por visitas estranhas que o pai recebia aqui e ali e informações indesejadas que acabava captando de vez em quando. Keegan Dawn gostava de manter o trabalho longe de casa, normalmente. Se por proteção à ela ou outras peculiaridades pessoais, ela não tinha certeza. Evangeline preferia assim, lhe abria menos espaços para julgamentos porque quem era ela para julgar o pai por fazer o que era preciso pra garantir uma vida minimamente decente? Começara assim, ao menos. Até que o homem progredira para o próprio negócio e criara seus inimigos pela cidade. Ela não tinha muito conhecimento sobre tais inimigos até aquele fim de noite.
A casa estava silenciosa, como sempre, registrava ela ao destrancar a porta e fechá-la atrás de si após voltar de um turno dobrado no diner. Não teria estranhado nada não fosse pela janela aberta na sala, cuja tinha certeza absoluta de ter fechado antes de sair. Evie mal tivera tempo de registrar os cacos de vidro no chão, levemente iluminados pelo poste do lado de fora, antes que uma mão enorme lhe tampasse parte do rosto. Ficara inicialmente sem reação; Evie era magra demais, sem nenhuma prática corporal, e não deveria ter grandes chances contra o que lhe pareceu ser um homem muito grande atrás de si. “ — Don’t worry sweetheart, I intend to make this quick. To leave a message to daddy, remind him he can’t act without getting a reaction. Getting one of my boys killed was one big fucking mistake.” Ação sem reação. Sua cabeça doeu pra caralho ao forçá-la pra trás e atingir o nariz masculino, mas o menos a livrou do aperto enquanto o homem segurava agora o próprio rosto entre as mãos. “ — You little bitch!” Evie tropeçou enquanto tentava se afastar na casa escurecida, derrubando algo em cima da mesa e gritando quando o primeiro tiro foi dado. Passou muito perto de seu ouvido direito, mas não a atingiu. A fraca luz provavelmente salvava sua vida, ao mesmo tempo em que dificultava a saída da garota do ambiente de perigo. Outro tiro. Os olhos de Evie encontraram a janela quebrada e mais tarde nem se recordaria como conseguira voltar até ela, muito menos como a pulara enquanto o terceiro tiro era dado. 
Havia sentido a pressão no braço, mas só enquanto corria pela rua vazia é que notou o sangue. A dor provavelmente viria depois que a adrenalina passasse. O homem gritava absurdos atrás dela, sons de motos, mais de uma, roncando próximos demais. Too close. Meu Deus, eu vou morrer, pensou, desesperadamente conformada com o fato. Não queria morrer, mas como...? O instinto ainda funcionava um pouco, provavelmente graças à ele que correra até um dos prédios pra encontrar uma janela semi-aberta. “ — Please, please, please, please.” Evie murmurava por baixo da respiração pesada, sem nem perceber, enquanto tentava forçar a janela um pouquinho mais pra cima. Só um pouco. Grunhiu, aliviada, sentindo-a ceder e passando o corpo para o lado de dentro. Da forma que caíra, ficara. Debaixo da janela, no chão, manchando o carpete de um estranho com seu sangue. Não sabia se havia sido a visão do tiro no braço ou, finalmente, a dor que a fizera perder a consciência; fato era que Dawn só reabrira os olhos quando não estava mais sozinha ali, piscando-os para o homem.
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eviegline · 5 years
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