Criador de propriedades intelectuais como “Combo Rangers” e “Princesas do Mar”, série de livros e desenhos animados exibidos em 50 países, incluindo o Brasil, pelos canais Discovery Kids e TV Cultura. Autor de mais de 20 livros, publicados no Brasil e em Portugal.
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Quatorze anos após aquele beijo que mudou tudo, ela não sentia os lábios dele sobre os seus.
Eles estavam lá, tocando-se como faziam toda manhã. Seus olhos, como sempre, estavam fechados, mas se ela os abrisse e ele desaparecesse, sua vida seguiria adiante, com certo estranhamento, um vazio e um quê de tristeza mas um pouquinho de alívio também.
Casamentos são assim, em sua maioria, começam em certezas tão grandes que têm testemunhas, família, tio bêbado, promessas, aliança no dedo, presentes, futuro, tudo gravado e registrado, nem sei se reconhece firma, mas é tanta burocracia e tanta certeza que parece até que se está tentando afirmar alguma coisa para os deuses da probabilidade que, daquela vez, vai ser diferente, vai ser pra sempre. Que Eles estão errados, que podem jogar os dados que quiserem, a soma vai ser sempre dois e sempre para sempre.
E os dois estavam lá, quatorze anos depois, e as coisas tinham mudado muito, e era um tanto assustador olhar para fotos de três ou mesmo dois anos antes e ver o quanto estavam mais jovens e pareciam mais felizes. Mas a real é que, ainda que a pele parecesse mais firme, os cabelos mais cheios e a luz favorecesse as olheiras e as marcas de expressão, a tal da felicidade não tinha mudado muito em todo aquele tempo. É claro que teve a euforia inicial, é tanta coisa, casa nova, móveis, cheiro de novo, ninguém pintou parede, não, já estava tudo pintadinho quando mudaram, mas era isso, todo começo é empolgante e cheio de boletos e certezas, e eles viajaram quando deu, transaram sempre que podiam, planejaram um monte, não cumpriram nem metade, só que os filhos vieram em dobro, os gêmeos de nomes curtinhos e cabelo engraçado, o que mais precisavam, um cachorro, claro, e adotaram o cachorro e tudo parecia estar bem. Só que não.
Pra ela, não estava tudo bem. Depois daquele beijo que era tudo, automático, obrigatório, burocrático, menos apaixonado, ele saiu para aquele trabalho em que ele torcia para não ser pego e ela torcia para ele não largar. E ela ficou ali na sala e olhou para as fotos do mural, aquele monte de certezas, fotos são isso, são evidências, são provas. Das viagens, do nascimento dos gêmeos, do cachorro, do Beto Carrero, das baladas e das poses forçadas como aquela em que ela estava lendo nua na cama e fingiu estar com vergonha da foto ao se cobrir com o lençol. Foi logo no começo, tinha só a cama e as roupas ainda ficavam em malas, mas ali naquela foto ela viu uma prova de que fora feliz, ao contrário do sorriso forçado na frente da bota gigante do Beto Carrero. Tentou se lembrar quando foi a última vez que se sentiu como naqueles primeiros dias em que tudo era novidade, tudo era certeza e o se não existia.
Não soube dizer. Mas tinha visto recentemente uns trechos de De Volta Para o Futuro — não tinha paciência pra rever filmes antigos mas de vez em quando o algoritmo do Youtube mostrava umas listas divertidas e estava lá, o tal do Livro dos Recordes e a vida do McFly mudando a cada viagem no tempo. Olhou para o mural de cortiça e, como já fizera outras vezes, meio Dr. Brown, pregou ali uma porção de ses. Se não tivessem comprado aquele apartamento. Bum, grana na conta, mais de quatrocentos paus e vez de menos dois e meio. Se não tivessem adotado o cachorro. Bum, um sofá novo, um delicioso não-cheiro de pêlo canino nos móveis. Se não tivessem transado naquele dia. Bum, pele lisinha, peitos pra cima, mais grana na conta. Se não tivessem casado, mas continuassem juntos. Daria pra ter feito uma puta viagem — aquela pra Austrália, nada de Beto Carrero muito menos aquela que ele carinhosamente apelidou de Campos do Groupon e a levou a um ataque de riso que durou horas, mudando de maneira definitiva a memória daquela visita ao sétimo círculo do inferno.
Se não tivessem dado aquele beijo há quatorze anos. Quantas outras pessoas ela teria beijado, pra quantas outras pessoas ela teria dado. Nunca dá certo em viagens no tempo, mas ela se imaginou, ali do presente, dando dicas para o seu eu passado, não casa, esse cara é legal, é fofo, mas não é o cara, nem existe isso de o cara, um príncipe encantado, um Mr. Grey ou McDreamy da vida. Amiga, só vai e curte, vive a porra do momento, vai ser até melhor pra ele, como o Buda levanta um pouco o pescoço e vê que você é só um grão de areia no meio de tantos outros infinitos no deserto, e olha para cima, vê o sol e voa, não como Ícaro que se cagava de medo de se queimar, mas como a porra da Fênix Negra e sobe e devora o sol com a boceta porque ele é só seu e foda-se o mundo.
E ela alçou voo com suas asas flamejantes e o apartamento e o condomínio e o grupo do condomínio ficaram para trás, ardendo, queimando. O fogo se espalhou por todo o planeta, ela nem olhou para trás, só ia em direção ao sol com a intenção de engoli-lo com a boceta, a Fênix Negra fez mesmo isso, acho que não, mas seria massa e ela foi enquanto a Terra exercia sua verdadeira vocação, a de uma valente bola de papel em chamas que se consome e colapsa sobre suas cinzas na escuridão das Eras, levando assim seu casamento, seu cachorro e seus filhos, pelo menos o Bolsonaro foi junto.
Enquanto toda a Criação queimava, ela ficou olhando tudo de lá de cima, sentada na superfície da Lua fofa como um edredon da Artex, ainda intrigada com o beijo daquela manhã, se perguntando novamente se ela ainda amava o marido. O último gesto da humanidade foi testemunhar o sorriso que surgiu no canto dos seus lábios quando ela lembrou da piada do Groupon.
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Mangá nacional do Jaspion tem artes divulgadas no Anime Friends 2019
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/jaspion-manga-jbc
Obra se chamará O Regresso de Jaspion, e chegará pela JBC
ARTHUR ELOI 14.07.201914h00
Durante o Anime Friends 2019, a JBC divulgou os primeiros detalhes de O Regresso de Jaspion, mangá nacional que trará de volta o herói japonês.
As informações foram compartilhadas no Instagram por Fabio Yabu, que será o roteirista do mangá, e a trama se passará 30 anos após a série original, com Jaspion ainda atuando como justiceiro espacial mesmo após tudo ter mudado ao seu redor. Veja as primeiras artes oficiais abaixo:
Para produção do título estão o roteirista Fábio Yabu e o desenhista Michel Borges, autores da trilogia Combo Rangers, e os editores Marcelo Del Greco e Cassius Medauar.
O herói faz parte da quarta geração de um gênero de super heróis chamado Metal Hero, cujos antecessores são os policiais do espaço Gavan, Sharivan e Shaider. Ao todo, Jaspion teve 46 episódios lançados no Japão em 1985; no Brasil, o herói chegou três anos depois. Sucesso absoluto em 1988, quando a série foi exibida na extinta TV Manchete, Jaspion foi um marco e, ao lado de Changeman, foi responsável por desencadear uma verdadeira febre de heróis japoneses na época.
O lançamento de O Regresso de Jaspion está marcado para dezembro de 2019.
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Por que todo escritor deveria usar o Scrivener
Ao contrário de outras artes, como a escultura ou a pintura, a escrita não depende de ferramenta alguma – apenas a mente de seu criador. Você pode criar uma obra prima com as mãos amarradas dentro de um cativeiro escuro. Se quiser um pouco mais de sofisticação, pode usar um graveto e um chão de terra batida, ou seu próprio dedo e um espelho embaçado. Moleskines são uma modinha charmosa e besta, tem gente com menos de 30 que adora o barulhinho de máquina de escrever (hipsters!), mas a grande, a esmagadora maioria, usa o Microsoft Word.
O Word é quase uma instituição pública, é a Tim dos softwares: todo mundo reclama, sabe que é uma porcaria, que não funciona, que é dinheiro jogado no lixo, que não tem cobertura, não tem suporte decente, que é comandado por duendes e gárgulas demoníacos cuja vida é tornar a sua um inferno, sem falar no 3G, meu Deus, o 3G é uma @$#$@, mas todo mundo usa.
Meu caso de amor e ódio com o Word está mais para ódio e ódio desde os tempos do Windows 3.x, em que eu preferia escrever no imbatível Bloco de Notas ou até mesmo no Pagemaker do que dar um duplo clique na caixa de Pandora em forma de W. Desde então, tenho vez por outra dado uma nova chance ao programa, apenas para me decepcionar com os caminhos burocráticos, a lentidão causada pelos excessos (lembra do clips falante?!), a instabilidade nuclear, sem falar nos cliparts horrorosos.
Tentei usar o Pages, da Apple. É um pouco melhor, mas ainda assim, não é lá aquela maravilha. Um processador de textos não deveria ser pesado, não deveria oferecer atrito entre a ideia e a execução, e sim, ser um portal que traz para a realidade os nossos sonhos e emoções mais profundos. Chegou um ponto da minha vida em que eu estava escrevendo meus textos no Gmail (!), até a chegada do Google Docs. Que também não é nenhuma maravilha, mas pelo menos era estável e oferecia um pouco mais de recursos que o Bloco de Notas (deixado para trás com meu último PC, há sete anos). Eu simplesmente me acostumei às soluções meia-boca criadas por gente que não escreve, que não cria literatura, mas códigos, assim como me acostumei à Tim (provavelmente, criada por gente que NÃO FALA, não manda SMS, não tem 3G e adora receber spam…).
Eu já havia perdido as esperanças, até que, há mais ou menos um ano, o amigo e escritor Tomás Buteler me recomendou um programa chamado Scrivener, que tem em sua concepção uma ideia besta de tão genial: ele não é feito para a dona de casa colar receitas e salvar num lugar onde ela nunca mais vai achar. Não é feito para o estudante que copia os artigos da Wikipedia, não é feito para criar textos em 3D nem para o jornalzinho do condomínio. O Scrivener é um processador de textos feito por escritores, para escritores. Como ninguém havia pensado nisso antes?
Qualquer pessoa que tem em suas ideias e experiências a matéria prima para a produção literária, pode e DEVE usar o Scrivener. Escritores, roteiristas de cinema, teatro, HQ. Poetas, jornalistas, blogueiros. O Scrivener tem uma miríade de soluções e atalhos personalizados para cada tipo de texto que, quando incorporados mentalmente pelo usuário, se transformam numa terceira mão, tamanha a liberdade e agilidade que eles fornecem. Escrever se torna mais rápido, mais eficiente, mais gostoso.
Abaixo algumas características que tornam o Scrivener imbatível. Note que, mesmo usando o programa há algum tempo, não conheço metade de todas as suas funcionalidades.
Você vê o texto como um todo. Não importa se é um post de um blog, ou um romance de 500 páginas. Seu material de pesquisa, seus rascunhos, seus capítulos, tudo fica organizadinho numa pasta para cada projeto. Quer relembrar como começa o capítulo 59 (de 120?). Você chega lá em um clique (em vez de 200 mil pagedowns no Word ou Pages).
Snapshots: você pode salvar uma versão de um capítulo específico, ou do texto todo, reescrever tudo e, se não gostar, simplesmente voltar com a versão anterior. Sem precisar salvar um novo arquivo.
O texto final é COMPILADO: não é o “Save as” porco do Word. Ao final do seu trabalho, o Scrivener compila as porções de texto que você quer, no formato que você quer. Quer compilar só um capítulo? Você pode fazê-lo sem traumas, direto em PDF, epub, Kindle. Até Word, veja você.
Estatísticas para o seu projeto: todo escritor tem seus “cacoetes” – expressões ou palavras que ecoa ao longo do texto. E isso incomoda demais, porque tais cacoetes são virtualmente invisíveis para o escritor e acabam deixando o texto deselegante. O Scrivener cria uma relação com as palavras mais usadas, para que você perceba se está ou não repetindo velhos hábitos.
Atalhos, muitos atalhos. Especialmente para quem escreve roteiro. Escreveu uma cena de ação? É provável que ela seja seguida por um diálogo, então, basta dar um TAB. Digite a primeira letra do nome do personagem, e uma lista já aparece na tela. Todo o esforço desnecessário é removido, para que você se concentre no sopro de vida de sua história.
Templates para quadrinhos. Isso é realmente incrível. Com um TAB, você diz ao programa que mudou de painel numa página de quadrinhos. Ele numera tudo automaticamente, não importa quantas vezes você mexa na ordem das páginas ou quadrinhos.
Arquivos minúsculos. Não existe sentido no tamanho de arquivo gerado pelo Word, ou mesmo, o Pages. O Scrivener deixa tudo compactadinho, leve para carregar rapidinho numa nuvem como um Dropbox da vida.
Metas: seja do tamanho final do texto, ao número de páginas do livro impresso, ou a produção diária de páginas: defina o quanto você quer escrever, e o Scrivener te mostra o quanto você ainda tem pela frente.
Preço: custa apenas US$ 45,00 – metade do Word.
Enfim, o programa oferece muito mais do que isso, e como todo bom software, ele se adapta ao usuário, não o contrário.
Melhorias
Nem tudo, porém, é perfeito. Existe espaço para melhorias, mas infinitamente mais estreito que nos outros processadores de texto. São elas:
Suporte à nuvem: o programa não tem suporte nativo ao iCloud. Quem usa vários computadores, como eu, pode sentir falta de ter seu arquivo seguramente salvo numa nuvenzinha de maneira automática. Contudo, isso é facilmente contornável salvando-se o arquivo no Dropbox. Agora, por exemplo, nem mesmo a fúria de Deus seria capaz de f
Versão em português: por enquanto, ainda não há versão em português, mas qualquer um com um semestre de Cultura Inglesa pode dominar o programa.
Baixe AGORA!
Enfim, nada que não vá ser melhorado nas próximas versões. Interessou? Depois de tudo isso, é claro, né? Então não perca tempo e baixe lá. A versão trial dura 30 dias de uso (e não de tempo corrido), mais do que suficiente para você se apaixonar como eu: http://www.literatureandlatte.com/
Já conhece o Scrivener? Diga lá como você usa essa pequena jóia.
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5 coisas que aprendi com crowdfunding
A essa altura do campeonato você já deve saber – em três semanas de campanha no site Catarse, os Combo Rangers arrecadaram mais de R$ 50.000,00, que vão financiar o retorno dos heróis às livrarias, pela Editora JBC, 10 anos após o cancelamento da revista. Melhor ainda: se continuar nesse ritmo, a campanha vai financiar a produção de dois ou até três álbuns, e não apenas um, como foi planejado inicialmente (por isso, se você ainda não ajudou, a hora é agora!).
O mecanismo utilizado foi o crowdfunding: uma nova maneira de financiar ideias, em que autores, fãs e, no meu caso, uma editora, juntam esforços para realizar projetos que antes viviam presos às cruéis masmorras da viabilidade comercial.
Crowdfunding não é apenas compartilhar dinheiro e ideias, mas também aprendizado. Há mais de um ano eu tenho estudado um eventual retorno dos personagens por meio do financiamento coletivo, e, com essa experiência tão bem sucedida eu gostaria de compartilhar também o que aprendi.
Papel e caneta na mão?
1. Produtores culturais têm um novo paradigma
Sonhos custam caro. Sonhos bons então, nem se fala, mas com o advento do crowdfunding, o sonho fica um pouco mais próximo. Até pouco tempo, quem não tinha grana para bancar um curta, a gravação de um CD, ou uma revista em quadrinhos, precisava recorrer a fontes como: empréstimos bancários, incentivos fiscais, concursos ou editais do Ministério da Cultura.
Nessa estrada há mais de 10 anos, tentei todas as opções acima para bancar meus projetos. Não recomendo a primeira de forma alguma. As outras são difíceis. E NENHUMA delas se mostrou tão rápida e eficiente quanto o crowdfunding. O risco é baixo, a burocracia é quase inexistente se comparada à das leis de incentivo, e em no máximo dois meses você sabe se vai conseguir ou não.
Mas peralá:
2. Não é esse oba-oba também.
Eu consigo imaginar o que muita gente daí do outro lado está pensando: “Que molesa, o cara conseguiu 50 mil reais em três semanas!”. Tudo está errado nessa frase, e a grafia do “moleza” é apenas o começo. Não foram 50 mil reais. Descontadas as comissões, o valor das recompensas e do frete, sobra pouco mais da metade disso para financiar o projeto.
Faça bem as contas antes de incluir seu projeto, no Catarse, no Kickstarter ou onde for. Desde já, desconte 13% de comissão + taxas de cartão de crédito. Calcule o valor de cada recompensa, e, em especial, do frete. E se 1000 pessoas ajudarem? Você vai ter grana para mandar recompensa para tanta gente? Seu projeto pode ser bem mais caro do que parece à primeira vista.
3. Seu projeto precisa ser maior que a realidade.
Três máximas que ouvi a vida inteira: a) Brasileiro não lê. b) Quadrinho nacional não dá certo. c) Ninguém paga por conteúdo.
Dependendo do contexto, as três afirmações acima são sim, verdadeiras. Mas se você olhar pelo ângulo certo do prisma, e, o mais importante, se criar um projeto de qualidade, que ressoe nas pessoas certas, você encontrará centenas de indivíduos generosos que a) Sim, leem muito. b) Amam não apenas quadrinhos, mas projetos culturais brasileiros. c) Estão dispostos e se sentem muito felizes em pagar (bem!) por esse conteúdo.
4. Ninguém é obrigado a acreditar em você.
Gravar um vídeo convincente e sincero (e, o mais importante, sê-los!) é parte fundamental na defesa de seu projeto. Eu cansei de ver vídeos no Catarse ou Kickstarter recheados de ironia e cinismo, forrados na derrota. Não por acaso, tais vídeos dificilmente conseguem convencer os apoiadores, ainda que suas metas financeiras sejam baixas.
Meu vídeo pode não ter ficado perfeito. Eu gravei com um iPhone equilibrado sobre um porta-retrato. Tive que parar a gravação várias vezes porque moro do lado de Congonhas. E porque quase chorei umas duas ou três.
Cada palavra ali é verdadeira. Se você quer que outros apoiem seu projeto, o primeiro a acreditar nele tem que ser você… e nós saberemos se você não estiver sendo sincero.
(A não ser que você seja sei lá, um baita ator).
5. E o mais importante: você precisa dar antes de receber
Não foram 3 semanas para arrecadar o dinheiro. Foram mais de 10 anos criando conteúdo de qualidade, de graça, para quem quisesse ler. Agora vejo que todo o esforço empregado durante anos tão difíceis da minha vida voltaram através do carinho e apoio financeiro de leitores, hoje adultos, que me acompanham desde a infância.
Isso é muito poderoso e, por mais que reflita uma convicção pessoal, eu acho que exemplifica de maneira perfeita o espírito do crowdfunding: você precisa entregar algo nas mãos das pessoas antes de pedir a ajuda delas: uma história, um projeto, uma derrota, um abraço, um mísero sorriso. Eu dei tudo isso. E depois de dez anos, o círculo se fechou.
Muito obrigado, cinquenta mil vezes obrigado.
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A Lenda do Herói - O Jogo
Aventure-se no mundo de pixel art onde as ações do jogador são cantadas de forma cômica nesse jogo de aventura em pixel art 2D.
Disponível na Steam
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T. zombii - Gravação dos Mortos eBook Kindle
A visão do apocalipse zumbi por um personagem cuja vida é estudar a morte.
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Teve uma ideia? Problema seu!

Publicado originalmente no B9.
As pessoas têm uma noção fantasiosa da verdadeira natureza das ideias. Graças a essa noção, diariamente sonhos morrem e vidas se perdem. Este texto é a minha tentativa desesperada em ajudar aspirantes a escritores, desenhistas e artistas em geral. Poderia ser resumido à próxima frase, mas embora eu ache que só atrapalhe, vou tentar decupar um pouco seu conteúdo nos parágrafos seguintes. Se você não tiver 5 minutos para ler todo o resto, memorize somente isso:
Uma ideia é um problema disfarçado de solução.
Muitos artistas acham que, imediatamente ao ter uma ideia, o mundo lhes deve algo
Se você teve uma ideia para um quadro, um livro, uma série de TV ou uma empresa de internet, você está entrando num mundo de problemas. Acredite, eu já tive todos. E assim como a maioria das pessoas, eu também já senti o entusiasmo contagiante que uma nova ideia traz, aquela vontade de sair falando, de mostrar pra mãe, arrastar meio mundo, registrar domínio, fazer um novo cartão de visita e jogar tudo para o alto. E já senti aquela mesma energia se esvair de mim como uma ressaca, esperando a euforia da próxima ideia, muitas vezes com uma certa depressão.
Não cabem adjetivos numa ideia, simplesmente por não existir ideia boa ou ruim. Ter uma ideia é como fazer a matrícula numa academia. É algo totalmente isento de valor.
Não há glória, não há vitória, não há NADA enquanto não houver execução, frequência e disciplina empregados diariamente.
Quando você se matricula, pode até pedir que alguém te acompanhe durante os treinos. Mas o ato de ir – e continuar frequentando – é algo que só você pode fazer.
Seguindo este mesmo raciocínio, a ideia de “copiar” uma ideia se torna paradoxal. Ideias de como de fazer um carro, um blend de café, um romance, estão aí pelo ar. São livres, gratuitas, não é proibido fazer nada disso. Então por que tão pouca gente faz, e menos gente ainda o faz direito? Porque, na minha opinião, as pessoas têm uma certa tendência a se focar nas coisas erradas. Perdem tempo demais tentando copiar algo insípido e de valor quase zero que é uma ideia, e esquecem-se totalmente do grande quebra-cabeças que é a execução.
E é nisso que a maioria dos artistas que conheço pecam. Eles acham que, imediatamente ao ter uma ideia, o mundo lhes deve algo. E pior: tentam transferir para outras pessoas o ônus da ideia. Não é assim que funciona. Se você teve a ideia para um livro, ela só será de algum valor quando você tiver terminado de escrever. Não culpe a editora por não “acreditar em você”.
Nem eu, que escrevi isso tudo só pra te ajudar, acredito até ter o seu manuscrito pronto. Se você teve uma ideia para uma história em quadrinhos, olha, boa sorte, viu. Dá um trabalho danado, saiba ou não você desenhar. Uma ideia para um filme? Ai, ai, ai. Em tempo, lendas sobre gente que teve uma ideia mirabolante de uma empresa de internet e ficou milionária da noite para o dia são tão reais quanto a noção que este texto tenta desmistificar.
Livre-se dessas fantasias. Arranje um problema. E vá criar algo incrível.
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Livro Protocolo Bluehand Zumbis – Abu Fobiya, Alexandre Ottoni, Deive Pazos – Nerdbooks
Estar preparado é sobreviver!
O Protocolo Bluehand: Zumbis é o guia definitivo contra os mortos e os vivos. Suas 272 páginas têm como objetivo não apenas preparar o leitor para o iminente apocalipse zumbi, mas também ajudá-lo a sobreviver nos difíceis anos do porvir.
As regras que compõem o guia foram compiladas com a ajuda de especialistas nas mais diversas disciplinas. Biólogos, engenheiros, professores, escritores e cientistas, todos mestres em suas áreas de atuação, e, mais do que isso, verdadeiros representantes do que é ser um bluehand: um indivíduo capaz de manter vivo e disseminar o conhecimento humano no sombrio futuro que se aproxima.
É importante notar que, ao contrário do protocolo anterior que compõe esta série (Alienígenas), este não é um livro com táticas de ataque, mas sim, técnicas de sobrevivência, proteção e defesa. O embate direto com os mortos-vivos só é mesmo recomendado em último caso, para o qual o leitor estará preparado ao término da leitura. E, ainda que nenhuma técnica seja à prova de falhas, aqueles que as seguirem verão suas chances de sobrevivência subirem exponencialmente.
ESPECIFICAÇÕES
Autores: Abu Fobiya, Alexandre Ottoni e Deive Pazos ISBN-13: 9788591327737 ISBN-10: 859132773X Ano: 2012 / Páginas: 272 Idioma: português Editora: Nerdbooks
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Princesas do Mar
Com o livro Princesas do Mar, escrito e ilustrado por Fábio Yabu, você irá se divertir com as emocionantes e divertidas peripécias de Polvina, Estér e Tubarina, três princesinhas que resolvem conhecer o nosso mundo. Só que, entre uma onda e outra, elas passam por cada enrascada! Uma obra ricamente ilustrada que permite ao leitor conhecer o mundo submarino, com suas particularidades e belezas, além de dar uma lição sobre amizade, respeito e ética. Verdadeiras lições de vida e, principalmente, de consciência ecológica.
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Apolinário: O homem-dicionário (Português) Capa Comum
Apolinário é um senhor de respeito Cujo pretérito tem algo imperfeito Em busca de seu verdadeiro “eu” Encontrará a palavra que nunca aprendeu Todos têm uma palavra perdida Algo faltando no seu livro da vida Seu coração ficará mais sereno Com o livro de Fábio Yabu & Daniel Bueno
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Raimundo, Cidadão do Mundo (Português) Capa Comum
Em forma de poesia, Fábio Yabu conta as aventuras de Raimundo, ao mesmo tempo em que revela fatos da história e cultura do mundo. O leitor descobre, por exemplo, que no Canadá se fala duas línguas e que em Barcelona Antoni Gaudí deixou sua grande obra inacabada. Conhece a filosofia de Gandhi e descobre que, infelizmente, as crianças da Somália não podem brincar como as do Brasil, pois lá existe uma guerra civil. Com as ilustrações de Ana Terra e o prefácio do jornalista Marcelos Tas.
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Branca dos mortos e os sete zumbis e outros contos macabros eBook Kindle
“Você acredita em contos de fadas?” Pergunta Eduardo Spohr no prefácio. E continua, “Alguma coisa me diz que até o final deste livro você passará a acreditar”. Para que o feitiço Yabu dê certo, é necessário que esqueça tudo o que você sabe sobre contos de fadas. Branca de Neve não é apenas uma jovem ingênua, mas também uma implacável caçadora de zumbis. Cinderela guarda um terrível segredo, que selará seu destino para sempre. Rapunzel está longe de ser uma reles menina isolada numa torre. E a morte da Pequena Vendedora de Fósforos revela uma tradição macabra de morte e psicopatia que vai muito além de uma inocente história infantil. Em Branca dos Mortos e os sete zumbis, Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. Aqui, não há meias-palavras nem eufemismos. O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual. Os contos seguem o mote de sucessos da televisão atual, como as séries Grimm e Once Upon a Time. Protagonizadas por personagens dos contos de fadas, revelam facetas nunca antes imaginadas de suas personalidades. Além disso, os doze contos que compõem Branca dos Mortos e os sete zumbis formam uma narrativa não-linear que culmina num desfecho aterrorizante. A obra ainda conta com as ilustrações de Michel Borges, que acompanha o autor desde seus primeiros projetos. As ilustrações de Michel homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas, com toques sombrios, e complementam a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu. Branca dos Mortos e os sete zumbis foi lançado pela primeira vez sob o pseudônimo Abu Fobiya numa edição limitada com venda apenas pela Internet pelo selo NerdBooks, responsável pelo lançamento de autores como Eduardo Spohr e seu best-seller A batalha do apocalipse, e logo se tornou uma obra cult entre os fãs de literatura de terror. Agora, a Globo Livros revela os sortilégios contidos nesta coletânea para o grande público e o brinda com um conto inédito. Um livro para ler com as luzes acesas. Bons sonhos.
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Combo Rangers Revolution - Edição Especial Série Completa eBook Kindle
Uma história eletrizante dos Combo Rangers para salvar a Terra do terrível Cardman. Publicada pela primeira vez nos anos 2000, a série em quadrinhos com as aventuras dos heróis, Combo Rangers retorna para o mundo do digital.
Em Combo Rangers Revolution, o quadrinista Fábio Yabu, constrói a saga dos super-heróis Fox, Ken, Kiko, Lisa e Tati, as cinco crianças de coração puro que foram incumbidas de proteger a Terra com seus superpoderes.
Considerado um dos precursores das webcomics, Yabu lançou Combo Rangers como uma das primeiras histórias em quadrinhos online do mundo, em 1997. A série conquistou o público e ganhou a versão impressa publicada pela Editora JBC entre 2000 e 2001. Agora, Yabu retoma o seu primeiro sucesso dos Combo Rangers com as três edições compiladas na versão completa Combo Rangers Revolution.
Após uma batalha devastadora que quase destruiu todo o planeta Terra, os heróis Combo Rangers finalmente retornam para a rotina diária de escola, família e relacionamentos. Eles parecem estar livre de ameaças e batalhas, tudo está em paz, e seus maiores problemas são as notas que não podem cair. De repente, surge Cardman, um vilão sedento por poder.
Juntamente com o parceiro em maldades Deck, Cardman traça um plano para atacar os Combo Rangers e dominar a Terra. Será este o fim da raça humana? Como será que os rangers vão sair dessa?
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