amo demais, sinto demais, escrevo porque não cabe tudo em mim. entre o que sonhei e o que doeu, fiz morada nas palavras. um pouco de luz, um pouco de escuridão — mas sempre com o coração em carne viva.
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Hoje me dei conta de que o ano já está quase na metade... e, junto com ele, me veio a lembrança dos ciclos que precisei encerrar — mesmo com o coração querendo ficar. Me lembrei dos amores que vivi intensamente, das amizades que pareciam eternas, da vontade quase desesperada de estar perto de quem eu gostava… e de como, em silêncio, fui percebendo que, se eu não me movesse, tudo ali já teria acabado há muito tempo.
Com a terapia, fui aprendendo algo que parecia impossível: a ser só. A gostar do meu silêncio. A me abraçar nos dias difíceis e a me ouvir com mais carinho. Aprendi, aos poucos, a ser minha própria companhia e, mais do que isso, a ser minha melhor amiga.
Eu amo estar cercada de gente que me faz bem, mas hoje consigo contar nos dedos de uma única mão as pessoas com quem realmente quero manter laços. Parece clichê dizer que, conforme os 30 se aproximam, a gente muda… mas é verdade. Muda sim. As prioridades mudam. A forma de amar muda. A urgência em agradar os outros dá lugar à urgência de estar em paz com a gente mesma.
Hoje, eu só quero estar bem. Me cercar de quem realmente gosta da minha presença, de quem faz questão de mim — não só quando é conveniente. Me resgatei tantas vezes por outras pessoas que agora só quero me acolher, me proteger, me escolher.
Se pra isso eu precisar sumir da vida de quem não me quer por perto, que assim seja. A vida fica mais leve quando a gente aprende a pegar leve com a gente mesma.
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