Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Extra! O Diário! Veja a cidade que engoliu a chuva!
Semana do dia 12-11 à 16-11
Uma semana a mais de preparação para a peça, tudo porque tivemos uma chuva daquelas que torna a nossa cidadezinha em uma Veneza.
Deu um tempinho pra pensar em mais coisas para os meus personagens!
Enfim, somos brasileiros, e tudo dá certo em cima da hora!
Aconteceu de tudo, entre semi-desmaios, ar condicionado com defeito e níveis de stress alarmantes. Mas não há nada diferente do que já vi nas minhas experiências profissionais até agora, com um diferencial apenas, eu estou mais preparado.
Tudo o que aconteceu só me leva a crer que eu estou no lugar certo, e digo mais! Minhas ideias estão fluindo, e a minha própria peça irá sair, ah vai!

1 note
·
View note
Text
Temos que andar depressa! Depois da nossa tem outra peça!
Semana do dia 05-11 à 09-11
Alguns ainda não conseguiram ensaiar a peça inteira sem largar os textos. Ao mesmo tempo que isso me aflige, me tranquiliza. Imaginei que até aqui só eu não estaria confortável, não que eu queira enxergar somente o que meus companheiros de sala fazem de pior, mas sim notar que assim como eu, eles também são humanos.
Então faz logo sua parte! O dia da peça tá chegando. Foi muito difícil juntar os companheiros para friccionar algumas cenas, o que me dificultou um pouco mais na hora de decorar o texto.
O Homem de Barba está falando baixo! Mas a partir daqui eu finalmente tive uma ideia para trabalhar no homem de barba sombrio e soltar a voz. Dublagem! Sim! Entrei no curso pra isso, e demorei pra ter essa ideia!
O desenho de voz que eu queria para o homem de barba foi inspirado em vilões da Disney, aquela voz sempre irônica, e de certa forma musical.
As imagens corporais e de voz que vieram à minha cabeça são dos vilões do Rei Leão e da Princesa e o Sapo respectivamente.
0 notes
Text
Não me aborreça Mulher Inatual!
Semana do dia 29-10 à 02-11
Apesar de querer diferenciar muito bem os dois personagens (Pedro e Homem de Barba) eu insisto na minha mente que eu estou confundindo os dois! Estou me sentindo uma Alaíde da vida real, sim! Traviata!
A técnica do Mágico Se
Me apropriando da técnica, vim buscando um meio de desenvolver diferentemente os dois personagens.
Pedro:
E se eu tivesse escolhido uma esposa melhor?
E se essa mulher não fosse tão louca?
E se eu fosse embora daqui?
E se eu desse um jeito de me livrar dela sem me sentir culpado?
Homem de Barba:
E se eu me aproximar sem ser notado?
E se essa desconhecida for a mulher da minha vida?
E se ela for parente da falecida e se sentir ofendida e começar a chamar a atenção no velório?
E se ela for embora e eu não conseguir tocá-la?
E se eu conseguir levá-la pra longe daqui para fazer o que eu quiser?
E pra finalizar, só de olhar pra essa imagem muita gente sabe o que ele está falando. Esse cara é uma inspiração pra mim no teatro de humor.
0 notes
Text
Queria estar Irreconhecível
Semana do dia 22-10 à 26-10
Entramos no segundo bimestre, reta final de construção da peça e a cabeça tá como? Vendo um bocado de gente talentosa desenvolvendo muito bem os personagens, enquanto eu fico agarrado no pensamento “não vou conseguir decorar nada!”.
Hora de implantar tudo o que aprendemos até aqui nas disciplinas de Jogos, voz e interpretação enquanto já tentamos passar todo o primeiro ato da peça.
Tenho umas pequenas participações com outros personagens, mas vou focar mais em Pedro e Homem de Barba, que são os mais complexos e desafiadores.
Tenho dois personagens distintos, de épocas diferentes, e um deles sequer tem um nome próprio. Para fazer o Homem de Barba, busquei um ar mais sombrio, ele era um homem em um velório, típico “fofoqueiro”, não está ali para velar o corpo, mas para saber quem era, e o que aconteceu. Em meio a essa situação, é um homem que não queria perder a viagem e ali mesmo começa um flerte com uma outra personagem sem nome. Para desenvolver o clima de tensão, penso profundamente sobre as intenções do Homem de Barba sobre a Mulher Inatual, seria ele apenas um sedutor inocente, ou um possível estuprador?
Se fosse comparar com algum personagem que eu conheço, provavelmente seria o personagem de Javier Bardem no filme “Onde os Fracos Não Tem Vez”
Pedro tem um pouco do Homem de Barba, mas não é um autêntico vilão, óbvios que a confusão na mente de Alaíde o classifica como tal, o que não o torna um marido exemplar. Pedro era um carioca malandro, mas diferentemente das músicas do Bezerra da Silva ele não era do morro, era bem de vida e até onde sabemos, marido de Alaíde. Pedro hora é agressivo, hora só quer ler um livro, pode estar planejando um assassinato, ou sendo assassinado. A principal diferença de Pedro para o Homem de Barba, é que dessa vez, o personagem não é sombrio, ele já gesticula e fala um pouco mais, deixando bem claro a intenção dele em cada cena.
0 notes
Text
Vamos passar novamente? (Semana 10)
Os ensaios no teatro foram maravilhosos, era tudo o que eu queria. A poética (sim ela) toda reunida, e todos nós vendo o empenho de cada um ali dentro.
O dia da apresentação estava próximo, e nós ainda não havíamos ensaiado nenhuma vez a peça toda, do início ao fim, mas eu acreditava que tudo aquilo estava dando certo.
Como nas minhas experiências com banda eu já estava acostumado com a repetição incansável em busca da perfeição, eu era um dos únicos que não ficava mentalmente cansado daquilo, muito pelo contrário, eu até gostava daquilo. Mas ao mesmo momento eu queria abraçar a todos ali transferir tudo o que eu sentia, para que todos pudessem fazer os seus trabalhos sem sentir pressão e estresse.
Eu já estou apaixonado por tudo aquilo, todos os momentos, as vivências, sei que é muito cedo afirmar, mas eu consigo enxergar o tamanho do respeito que a maioria tem um pelo outro ali, as amizades que formamos por ali já está ajudando.
Quase nos últimos ensaios, a minha vontade de utilizar a ação sobre o outro ainda era forte, por isso a minha cena inicial era forte, eu empurrava, puxava, gritava (causando choro não é Yasmin?) e por fim, uma coronhada bem dada na cara de Ana Paula trouxe a veracidade que me deixou confortável em cena.
Tudo estava nos conformes, inclusive meus planos de pedir minha namorada em casamento no fim da peça.
0 notes
Text
A cereja do bolo. (Semana 9)
A partir daqui, uma série de ensaios já com os figurinos completos. Consegui todo o equipamento que me colocava em cena, mas ainda estava insatisfeito com o meu colete, era um colete simples de terno, para mim aquilo ainda não causava a poética necessária. Sim, eu já estou usando a expressão da tal da poética!
Ao fim de mais um jogo de entrevistas, já fora de cena, eu apontei a arma de airsoft para o Wendson, que era a apresentadora do programa. Instantaneamente a poética brilhou nos olhos de Rejane, que começou a pensar na possibilidade de um assassinato no final da peça, durante o programa de TV. Essa poética fez a minha mente tremer.
Com essa mesma arma, eu brinquei com o celular dentro de sala, filmando como se estivesse em um jogo de tiro em primeira pessoa, conhecido como FPS (First Person Shooter). Surgiu aí a ideia do Teaser da peça.
Resumindo a história do Teaser, chegamos até o Sniper, especializado em recreação para quem gosta de tiro por meio de armas de airsoft. Lugar que acabou nos patrocinando, e por eu ter amizade com um dos funcionários da loja, acabei conseguindo o colete, que completou e deixou o meu figurino impecável.
0 notes
Text
A faísca que gerou o fogo. (Semana 8)
Algumas semanas atrás, eu estava completamente desnorteado. Entrei aqui para fazer comédia, mas quero fazer bem tudo o que está sendo proposto.
Todo mundo tinha seus momentos, até mesmo cômicos, mas importantes para a cena da entrevista, que seria considerada a cena final da peça.
Lembro que naquele dia, distraído, a ordem era que todo mundo da sala fosse chamado para entrar na cena da entrevista. Lamentavelmente, anteriormente em jogos, eu entrei como um goleiro de futebol que não teve sucesso na profissão e estava prestes a se aposentar e acima do peso, assim como o guarda redes, eu não tive sucesso na tentativa. Quando eu fui chamado, eu tinha poucos segundos para pensar no que fazer.
Assim retornou a fala interna, sim, eu tive apenas o tempo de me locomover do meu lugar até me sentar na “entrevista” para pensar na minha fala interna. E essa fala interna permaneceu até o fim da peça. Peço licença para descrever como era minha fala interna aproximadamente, e peço encarecidamente que não entendam isso de forma errada, de forma alguma eu penso dessa forma. Mas o meu personagem pensava algo dessa forma:
“Lá vou eu me justificar pra esse bando de gente que não tem o que fazer, cercado de putas que chamam essa vida de profissão, eu tenho que me justificar porque alguém que merecia morreu. Tem que morrer mesmo, quisera eu que esse travesti que se acha apresentadora tivesse tomado um tiro também. Perco aqui, meu precioso tempo de estar fazendo algo pela sociedade e contra esse bando de vagabundo. Mas eu vou sair dessa ileso, é só mais um caso que não vai dar em nada.”
E assim foi até o final da peça, desdenhando tudo e todos, era só mais um caso que eu torcia para que ninguém desenterrasse novamente. Meu personagem cada vez mais enojado, e eu, finalmente ficando satisfeito.
0 notes
Text
Estamos conseguindo enxergar! (Semana 7)
Chegamos em um ponto em que as montagens começaram a fazer mais sentido. Meu personagem começou a ficar mais forte, começou a gerar poética. Provavelmente a minha fala interna começou a surtir efeito, e eu comecei a me divertir ali.
Estranho a sensação de estar me divertindo sem fazer humor, muito pelo contrário, na minha fala interna eu estava extremamente desconfortável em estar ali, queria resolver logo da melhor forma possível, queria crescer puxando o saco da chefe (personagem da Nayma) e tinha uma mistura de ódio e desejo por todas aquelas prostitutas.
Em aulas passadas, aprendemos a ação sobre o outro, onde nós quase que invadimos o corpo do companheiro de cena, e eu achei aquilo extremamente interessante e necessário para trazer veracidade e intensidade à peça. Peço licença para a minha timidez, e começo a planejar algum tipo de ação para trazer essa veracidade, ou até mesmo voracidade, para destacar a truculência e arrogância do meu personagem. Agora minha cabeça começou a funcionar, e tentar usar as técnicas das aulas de corpo em voz nas cenas.
0 notes
Text
O fotógrafo. (Semana 6)
Meu policial vai ser utilizado, eu acho, mas por enquanto tentamos montar outras cenas. Quero muito, mas já começo a pensar que nem mesmo o personagem que eu acreditava seria utilizado. Começamos a montar a cena do casamento, e eu não parava de tirar fotos. Eu gosto sim de tirar fotos, então era o que eu fazia durante os ensaios da turma, as montagens ficavam cada vez mais interessantes, mas os poucos momentos em que o policial poderia ser aproveitado ou utilizado, não havia um outro fotógrafo para me registrar.
Eu não queria fotos apenas para aparecer ou postar em redes sociais, eu precisava me ver em cena, acreditar que estou dentro do personagem, utilizando meu corpo e minhas expressões faciais de forma satisfatória. Eu percebia que estava em uma turma forte, pessoas com uma base ótima de atuação, talentos incríveis em ascensão, mas eu não sabia se conseguiria acompanhar o crescimento de todos, não conseguia me enxergar bem ali.
Na cena do casamento, eu acabei aproveitando a função, e me tornei o fotógrafo em cena, e não somente fora dela. Agora eu tinha mais um personagem na montagem, o de fotógrafo de casamento, tirando fotos de verdade para passar posteriormente para os amigos de cena se enxergarem.
0 notes
Text
O início da cena mais importante. (Semana 5)
Estou criando e trabalhando no policial, mas já começo a ver outros personagens desenvolvendo melhor e com uma importância maior na peça. Volto a me preocupar, não quero, não devo e sei que não sou capaz de protagonizar uma peça, tudo ainda é muito novo pra mim, mas eu quero algo forte, algo que faça eu sentir que adquiri uma conquista.
Eu estou em um momento crucial para a peça, as meninas estão criando seus depoimentos para serem utilizados em algum momento da peça. Os depoimentos são baseados em fatos reais, criam um clima tenso, e passam exatamente a mensagem que queremos no contexto, sendo futuramente, uma das cenas mais importantes de toda a montagem.
0 notes
Text
Me cobrar na terceira pessoa.
Como era de se imaginar, muitas das minhas cenas e improvisos não foram aproveitadas, e descartadas por não gerar poética. Gerar poética, o que nos move para criar a peça, causando tensão em uns, e alívio em outros. Minha cena ainda não estava definida, mas eu acabei me prendendo ao personagem do policial, louco para que a criação desse personagem gerasse adivinha o que? Poética!
No primeiro bimestre, todas as aulas de jogos geravam humor, o que não poderia ser o foco da peça. Permita-me usar a terceira pessoa, mas Fernando entrou nessa de Artes Cênicas por causa do humor! Fernando agora é um peixe fora d’água, na verdade, com muita timidez, já não queria fazer piadas o tempo todo como de costume e parecer inconveniente, e para a criação da peça, todas as ideias que tinha, permaneciam guardadas para manter o foco.
Nessa brincadeira de não usar humor, e manter a seriedade, a peça começou a tomar uma estrutura melhor, mas ainda não estava montada com um início, meio e fim.
0 notes
Text
O grito de boa noite. (Semana 3)
Orientados a transcrever roteiros das cenas que fizemos anteriormente, começamos a nos agitar, pois estávamos com o tempo muito curto, e o dia da apresentação estava logo ali. Minha “super” auto-estima entrou em cena novamente, duvidando ou procurando uma solução para decorar os textos futuramente, porque eu sei como funciona a minha memória.
Logo depois essa preocupação foi desaparecendo, pois a Rejane conseguiu convencer aos poucos de que o improviso em cena iria funcionar, e a peça iria fluir com poética, e sem ser toda conexa necessariamente.
Então as colagens começaram a funcionar, e as nossas histórias ironicamente começaram a fazer sentido e coexistir para a construção do universo investigativo.
A professora buscou a nossa experiência no sarau do primeiro bimestre, e resgatou que deveríamos buscar a nossa palavra chave para impulsionar a nossa entrada em cena. Lembro que para começar um show da banda, eu já utilizava essa técnica, sem mesmo saber que estava utilizando, com a banda por exemplo, eu sempre imagino como será o meu grito de “Boa noite” no microfone, simples assim, e realmente um grito forte e marcante onde eu me solto, e já deixo o público ligado na energia do show da banda que irá começar.
A partir daí, eu comecei a propor uma fala interna para entrar em cena, pois a cena que encaminhava para ser utilizada, seria a do policial na rave, ainda sem imaginar a importância que a cena teria, eu criei uma fala interna que me levasse ao sentimento do “boa noite” da banda, e ao mesmo tempo me levasse a odiar tudo aquilo que estava acontecendo, para trazer a energia negativa e truculenta que seria utilizada em cena.
0 notes
Text
Os rabiscos no quadro (Semana 2)
Depois de tentar encaixar tudo em um planejamento no quadro todo rabiscado, rabiscos que com o tempo facilmente identificamos como Rejane, onde inicialmente apenas rabiscos, futuramente entendendo que é apenas o reflexo de várias mentes pensantes, fomos instruídos pela mesma a remontar as nossas cenas de jogos do primeiro bimestre.
Lembro que fiz uma cena como se eu fosse um investigador em uma mansão, tentando descobrir um tipo de envenenamento, e o suposto envolvimento da anfitriã da festa na mansão, e algum convidado da festa. Rigoroso comigo novamente, só conseguia imaginar que era questão de tempo essa cena ser descartada.
Enquanto o universo investigativo queria saber o que estava acontecendo em uma mansão/pensão misteriosa, eu investiguei uma rave, como um policial que abordava jovens com drogas. Nós ainda não havíamos percebido, mas a conexão entre essas duas cenas estavam diante de nossos olhos!
O jogo com a voz na cena do policial investigando a rave estava me encaminhando para um lugar bom, mas eu não havia notado até então.
0 notes
Text
O Paraíso está logo ali! (semana 1)
Depois de passar o primeiro bimestre com um certo desespero sobre o meu futuro dentro da peça, a cada aula de corpo (puxa, fura, torce... e a música tocando) eu tinha a certeza de que eu não nasci para dançar.
Na minha cabeça, todos as minhas chances de fazer algo útil dentro da peça que estava sendo elaborada haviam fracassado, porém eu me dedicava o máximo em fazer os exercícios corretamente. Mesmo não tendo nenhuma ideia plausível naquele universo de investigação que estava sendo montado, eu observava cada mente que trabalhava, cada ideia nova de montagem, e gostava de tudo o que era proposto, mas me via longe daquela realidade.
Então começamos a montar a partir das cenas improvisadas no bimestre anterior, lembrava muito bem do que eu tinha aprendido, mas ainda tinha dificuldade em enxergar como eu cumpriria bem qualquer papel que fosse orientado.
Como eu coloco em prática tudo o que eu aprendi? Temos um assassinato para solucionar, onde eu me encaixo nessa cena?
Como eu tenho uma certa facilidade com música, ficava pensando em técnicas das aulas de voz, quem sabe algo não surgia a partir da minha voz, quem sabe de algum encapsulamento bem formulado por mim a ser utilizado em cena.
0 notes
Text
Diário de um atrasado
Aula de Corpo do dia 06/02/18
Como faz pra fazer um diário? Não sei, mas a partir de agora eu tenho essa missão, pelo menos para contar experiências dos dias de aula prática.
Começo a entender tecnicamente porque acho graça no que costumo assistir, dia 06 foi dia de movimentar o corpo e sentir dor nas pernas. Minha principal inspiração para a comédia quando se trata de corpo, atualmente é o integrante do grupo Os Melhores do Mundo, Welder Rodrigues. Também tem um trabalho ótimo de voz, mas é um assunto que veremos em outra aula. Vale ressaltar também os meus ídolos da comédia com ótimos movimentos cômicos de corpo (só os principais, porque a lista é extensa):
Rowan Atkinson – Mr Bean
Carlos Villagran – Quico
Roberto Goméz Bolaños - Chaves
Chaplin – Sem comentários
Eis que surgem os 4 movimentos básicos:
- Empurrar
- Furar
- Deslizar
-Torcer
Nesse momento surgem as dores no corpo de um sedentário na casa dos 100kg.
Empurrar é um movimento completo do corpo que canaliza a energia para a mão, então, como uma técnica de luta para dar um soco, temos que posicionar bem os pés, utilizar o giro dos quadris, até finalizar com o empurrão da mão.
Quase como um empurrão, temos o furar, mas o furar já parece um movimento mais livre, que a energia vai direto para o dedo. Esse furo pode ter também várias intensidades.
Sobre o furar, lembro de uma cena do Welder Rodrigues na peça “Hermanoteu na terra de Godah”, onde ele dialoga e aponta o dedo de forma cômica para o colega de cena.
Deslizar já é um movimento mais suave, onde praticamente escorregamos de um ponto até o outro com todas as partes do corpo. O que também me faz lembrar inúmeros movimentos cômicos.
E por último torcer, onde giramos principalmente os braços e coluna, desmontando a formalidade do corpo. Como se estivéssemos nos contorcendo de dor ou reagindo à algum tipo de ação.
Por fim, aprendemos o Dó-ré-mi do corpo, e para montar essa canção, fizemos uma partitura, onde teríamos que criar nossos próprios movimentos de corpo utilizando as técnicas citadas acima.
Foi aí que o corpo doeu, vários movimentos aleatórios formando uma partitura até chegar a algum lugar. Lembro que criei uma partitura em torno de Furar, Empurrar, Deslizar e Torcer.
Para compor essa ordem, imaginei a seguinte e breve cena:
Fiz um furo em uma parede que ocasionou um vazamento de água, sendo assim, tentei empurrar a água de volta para conter o vazamento, sem sucesso, deslizei para fugir da enchente, e como não sei nadar, me torci enquanto me afogava.
Trágico pra quem se propôs a entrar em artes cênicas em nome do cômico, mas vamos considerar que usamos aí um humor negro.
Isso tudo faz parte do conceito de Dilatação, que encontramos no texto do Eugênio Barba. Então, como um corpo que esquenta, fiquemos dilatados! (péssima piada física)
1 note
·
View note