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Fernando Vicente
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Minha vida é cheia de vixes, ôxes e eitas, mas não desisto porque sou cabra forte e arretado.
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fernandovicentern · 2 years ago
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UM LUGAR CHAMADO PRAIA DE ENXU QUEIMADO / RN: BREVE HISTÓRIA
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FOTO: André Correia / Arquivo pessoal
A região nordeste do Brasil é conhecida em todo mundo pelas suas belas praias de águas quentes e paisagens paradisíacas que já foram cenários de novelas brasileiras, nesta imensidão de quilômetros de praias uma merece destaque e é de certo modo vista por muitos como um pedacinho do paraíso na terra em decorrência de sua tranquilidade, povo hospitaleiro e uma bela praia para descanso nas férias e quem sabe até para morar.
Com todos esses atrativos, existem poucas informações disponíveis na internet sobre esse pedacinho do paraíso brasileiro. Diante deste contexto de ausência de informações nos meios de comunicações, eu venho expor por meio de uma breve história aos leitores um pouco sobre essa magnífica praia do litoral nordestino.
A praia de Enxu Queimado no Município de Pedra Grande está localizada exatamente a uma distância de 147 Km da cidade do Natal (Capital do Estado do Rio Grande do Norte). Para os visitantes que optarem por sair da Cidade do Natal, existem duas rotas para este destino paradisíaco.
A primeira rota apresenta um percurso de 134 Km partindo de Natal via BR 101, o roteiro se faz pelas belas praias do litoral norte de Touros e chegando em São Miguel do Gostoso, o trecho final da estrada entre São Miguel do Gostoso até Enxu Queimado é de terra, trecho acidentado, necessitando conduzir o veículo em uma velocidade bastante reduzida e consequentemente levando mais tempo para o destino final da viagem (são 33 Km de estrada que liga a essas duas praias).
No que se refere a segunda rota a opção é via BR 406, neste outro percurso temos um trecho um pouco mais longo de 142 Km, sempre partindo de Natal, via os Municípios de Ceará-Mirim, João Câmara, Parazinho, chegando em Pedra Grande. todo o percurso é asfaltado até a cidade de Pedra Grande, o trecho final da viagem entre Pedra Grande até Enxu Queimado e de estrada de terra de igual modo o trecho da primeira opção de rota entre São Miguel do Gostoso e Enxu Queimado, no devido momento desta postagem existe um projeto em andamento que tem como objetivo asfaltar este trecho do percurso (Pedra Grande - Enxu Queimado) e que diga-se de passagem se encontra bem adiantado com previsão de finalização para os próximos meses, porém, bem antes dos períodos de chuvas da região.
A origem desta localidade tem uma forte relação com um vilarejo antigo chamado Canto de Baixo, situado nas proximidades de Enxu Queimado, com uma distância aproximada de 4 Km. O trajeto para chegar as ruinas desse antigo vilarejo só se torna viável feito por meio de trilhas, não existem estradas entre as duas localidade, um percurso repleto de belas dunas e vegetação local.
Segundo as belas narrativas dos nativos antigos, Canto de Baixo estava situada em um local com muitas dunas, matas, lagoas, e locais de várzeas que durante o verão se transformavam em grandes salinas, a qual exploração era para o contexto da época  o meio que as pessoas do povoado dispunha para uma melhor conservação do pescado e alimentação básica das famílias durante todo o ano, mesmo no período de queda da produção do pescado.
No dia 20 de Janeiro de 1924 a região das várzeas rodeavam o Canto de Baixo e um grande inverno inundou o povoado, obrigando boa parte da população a se deslocar para a praia das proximidades, hoje praia de Enxu Queimado  que era apenas um espaço de ponto de pesca, com construções conhecidas como rancho construídos por pescadores para guardar seu material de pesca e proteger suas pequenas embarcações (jangadas).
No que se refere ao surgimento do nome dado ao novo endereço no litoral já habitado pela população, existe uma narrativa contada pelos mais antigos da comunidade que na década de 1920 os pescadores identificaram na localidade e ao longo do caminho que levava a mesma enxames de abelhas/ vespas conhecidas na região como abelhas Enxu, podiam ser vistas nas pedras, nas Carnaúbas, nos Juazeiros e coqueiros. Conforme esses enxames foram aumentando - o que dificultava o acesso à praia e a pernoitar no rancho de pesca - os pescadores decidiram queimar os enxames e a praia passou a ser denominada Praia de Enxu Queimado.
Há, os moradores que tomaram a decisão de permanecer no antigo povoado, na medida que os alagamentos aumentaram passaram também migrar de maneira forçada para Enxu Queimado, por fim, na década de 1980 no antigo vilarejo restava apenas uma única família e no ano 1986 já não existia absolutamente ninguém como morador.
Inicialmente por se tratar de uma população sem muitos recursos, as primeiras moradias que foram construídas com a chegada dessas pessoas eram de palhas de coqueiros, galhos e barro, mudavam-se constantemente de local em decorrência do movimento dos “morros” (dunas). Os moradores estavam constantemente reposicionando, construindo e desconstruindo suas casas em um novo lugar dentro do território. Nessa época as famílias viviam, basicamente, da agricultura familiar para subsistência e da pesca artesanal para o consumo e para venda. O pescado era vendido na feira de Pedra Grande.
Existem relatos que muitas famílias da época não se adaptaram e voltaram para a antiga comunidade tempos depois, essas famílias viviam primordialmente da agricultura e o principal motivo dessa não adaptação era que essa pesca voltava-se ao alto mar. Mesmo sendo pescadores também, suas pescarias no Canto de Baixo eram realizadas nas vazantes e não em mar aberto, porém, a maioria permaneceu no litoral.
Muitos anos já se passaram, Canto de Baixo continua sendo um espaço de grande importância e repleto de significado para todos os moradores atualmente. Tudo isso se deve pelo valor simbólico das memórias de  seus primeiro moradores que foram passadas de pais para filhos, ainda pela grande importância que o local tem para a comunidade hoje, lembrando que é de lá que os nativos  continuam coletando frutas, sal, praticam a caça e pesca nas cheias das vazantes durante os períodos de inverno, complementando dessa maneira a base alimentar que de início da povoação era mais precária. A população de maneira alguma perdeu os laços pelo fato de terem migrado diante das constantes cheias daquele espaço.
Hoje Enxu Queimado é uma comunidade na qual os moradores se autodeclaram como Comunidade Tradicional Pesqueira, sua população total chega a aproximadamente 2.389 moradores, continua com a mesma tranquilidade de sempre e de fama de povo bastante hospitaleiro.
Além das pesca e agricultura, vem se desenvolvendo um projeto na comunidade com apoio de diversos órgãos e a Colônia de Pescadores Z-32 voltado para o turismo de base comunitária. Essa modalidade de turismo é o tipo de experiência de turismo no qual a comunidade organiza e presta serviços para os visitantes, tais como: trabalhar como “guia” local, levar para pescar, para conhecer a roça, a casa de farinha, oferecer hospedagem, alimentação etc, de maneira mais sustentável.
Para saber mais sobre esse projeto que atualmente vem sendo desenvolvido na praia de Enxu Queimado CLIQUE AQUI e você será redirecionado para outra página do blog onde saberá em detalhes com vivenciar de forma plena o dia a dia desse povo acolhedor e hospitaleiro que busca diariamente preservar esse pedacinho do paraíso brasileiro localizado no Estado do Rio Grande do Norte / Brasil. Venha conhecer a praia de Enxu Queimado!
FONTE: MEDEIROS, Patrícia Jeanny de Araújo Cavalcanti. "Quando o povo se junta, o poder se espalha" - o protagonismo feminino na luta em defesa do território tradicional de pesca de Enxu Queimado/RN. 2021. 168f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
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fernandovicentern · 2 years ago
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AÇUDE “GARGALHEIRAS”, EM ACARI, É RECONHECIDO COMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DO RN
A governadora Fátima Bezerra sancionou lei – nº 11.365, publicada no Diário Oficial deste sábado (21) – que reconhece o Açude Marechal Dutra, em Acari, como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte.
FONTE: Portal 98 FM. Acessado em 07 de Janeiro de 2023.
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fernandovicentern · 2 years ago
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FOTO: Maria Joelma
PESCADORES / JANGADEIROS DA PRAIA DE ENXU QUEIMADO - RN, BRASIL
O Jangadeiro é um pescador artesanal que conduz e utiliza a jangada como embarcação, referindo-se como o indivíduo dono, patrão ou tripulante desta embarcação tradicional.Na jangada, a tripulação, nas versões da jangada tradicional - ou seja, o modelo mais comum que conhecemos desde o início do século XX, é de três a cinco pessoas. Essa turma trabalha num espaço de aproximadamente 5 a 7 metros, em média (na maior extensão, embora haja jangadas maiores de 8 metros), por 1,4 a 1,7 metros, na menor extensão.
Os jangadeiros sempre obedecem a regras bem conhecidas de uso das marés, dos regimes de ventos, das correntes, da sazonalidade da pesca.
Em função disso, suas incursões no mar variam bastante quanto ao tempo de permanência, ao trajeto navegado, e ao tipo de pesca que conseguem. Um período de permanência comum era de três dias a uma semana (algumas vezes mais, como relatam os antigos pescadores) no mar alto, a até 120 quilômetros da costa. Essa duração é cada vez mais rara, e os jangadeiros dificilmente ultrapassam os três dias, na atualidade, com incursões de até 50 quilômetros distanciados da costa.
Da mesma forma, as incursões de grupos de jangadas também são cada vez mais raras, sendo mais frequente a pesca de uma turma isolada, numa única jangada.
Hoje em dia, aproveitando o crescimento do turismo no litoral Nordeste, a cada dia cresce o número de jangadeiros abandonando a pesca e fazendo passeios turísticos.
FONTE: Eco Brasil. Acesso em 08 de Dezembro de 2022.
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fernandovicentern · 2 years ago
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“IMAGINA O BRASIL SER DIVIDIDO E O NORDESTE FICAR INDEPENDENTE”
Os versos do título são da poesia “Nordeste Independente”, dos poetas Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova. Diante do preconceito contra o povo nordestino expressado na internet depois do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, onde a presidenta Dilma Rousseff teve ampla votação, o Cearense Bráulio Bessa Uocha vez um vídeo declamando a poesia.
O vídeo fez o maior sucesso na internet, e já passa de 100 mil visualizações. Milhares de brasileiros fizeram questão de compartilhar e expressar seu respeito e admiração pelo povo nordestino, em resposta aos semeadores do ódio e do preconceito.
FONTE: Canal do YouTube do Bráulio Bessa.
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fernandovicentern · 3 years ago
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DOCUMENTÁRIO: SERT��O COMO SE FALA
O documentário Sertão como se Fala, percorreu sete estados do Nordeste brasileiro para registrar histórias de pessoas que aprenderam a ler [o mundo] com o alfabeto sertanejo. Ele ilustrou os traços e características dos povos e localidades desta região do Brasil. O abc do sertão considera os sons das letras e não seus nomes, como faz o convencional, em português. 
O filme investiga as raízes deste modo de falar e busca professores e alunos que ensinam a falar “mê” ao invés de “eme” e “lê” no lugar de “éle”. São nove as letras do alfabeto convencional que têm um som diferente em grande parte do sertão: Ê – Fê – Guê – Ji – Lê – Mê – Nê – Rê – Sí.
O filme foi lançado em 2016, no espaço cultural Cento e Quatro, em Belo Horizonte [MG, Brasil]. 
FONTE: Fernando Poletti. Acessado em 07 de Dezembro de 2022.
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fernandovicentern · 3 years ago
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UMA TÍPICA CASA DE TAIPA NORDESTINA
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FOTO: Autor desconhecido.
As casas de taipa ainda são encontradas em várias regiões do interior do Brasil, principalmente do Norte e Nordeste, onde as famílias não têm condições de arcar com os custos de uma casa de alvenaria.
Mas esse método construtivo tem ganhado adeptos que buscam moradias sustentáveis e um estilo de vida mais próximo da natureza.
Casas de taipa são comuns em projetos de bioconstrução, por exemplo. Em conjunto com soluções tecnológicas como a energia solar, elas tornam-se uma opção interessante para quem busca conforto e preservação do meio ambiente.
Não é possível dizer com exatidão quando a taipa de mão começou a ser utilizada, o que se sabe é que ela é empregada desde os tempos remotos do Oriente, tendo sua origem herdada dos romanos. Na África, sua utilização data de muito antes da colonização europeia.
FONTE: Viva Decora. FOTO: Autor desconhecido.
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fernandovicentern · 3 years ago
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FAROL DA BARRA - BA
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FOTO: Arquivo pessoal.
Em 1501, durante a primeira expedição exploradora à América Lusitana, os portugueses aportaram na Barra, negociaram com os índios e instalaram seu padrão de posse no local. Era dia de Todos os Santos e batizaram, com esse nome, a grande baía.
Esse local, que marca a entrada da Baía de Todos os Santos, ficou conhecido como a Ponta do Padrão e, depois, Ponta de Santo Antônio. Nele, foi construído o Forte de Santo Antônio da Barra (século 16) e, em seu interior, um farol (século 17).
O Forte de Santo Antônio da Barra, foi o primeiro do Brasil, teve sua primeira edificação por volta de 1536, realizada pelo donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho. Entre 1583 e 1587, foi reformado e ampliado. Entre 1596 e 1602, o forte foi reconstruído, em pedra e cal, como uma torre octogonal. Esse projeto é atribuído ao engenheiro mor de Portugal, o cremonense Leonardo Torriani.
Durante a Invasão Holandesa (1624-1625), o forte teve papel estratégico. Foi ocupado pelos holandeses e recuperado no ano seguinte. A iconografia holandesa dessa época representa o Forte como uma torre redonda.
Após o naufrágio do Galeão Sacramento, em 1668, decidiu-se construir um farol no interior do Forte, que foi reedificado entre 1694 e 1702. O farol foi instalado em 1698. Era uma torre quadrangular com uma lanterna de bronze envidraçada, no topo, alimentada por óleo de baleia. Foi o primeiro farol da América.
Em 1839, foi inaugurado um novo farol, que substituiu o anterior instalado em 1698. Esse novo farol foi fabricado na Inglaterra e tinha alcance de 18 milhas. Outro farol foi instalado em 1890 e, em 1937, foi eletrificado. Após a Independência foi colocado o Brasão do Império acima da entrada principal do Forte. Em 1938, o Farol foi tombado pelo Iphan.
O conjunto do Forte e seu Farol transformou-se em um dos mais conhecidos cartões postais do Brasil. É administrado pela Marinha, abriga também o Museu Náutico da Bahia, um bar e biblioteca.
FONTE: Bahia Turismo. Acessado em 13 de Novembro de 2019.
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