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Tratado sobre a utopia

Primeiro e mais obviamente deve se esquecer de uma coisa: O DINHEIRO! Toda razão monetária, moeda de troca, tesouro, penhoras, lucros, rendas, e etc. são agora objetos do passado!

Tudo que obteve um valor agora encontra seu encargo universal. O que antes era privilégio, dividido, estipulado, marginalizado, contrabandeado, roubado, adquirido, comprado ou trocado agora tem sua utilização equilibrada e igualitária.

Isso não veio para os anarquistas, ou mesmo para os neossocialistas. Não aconteceu para os aborígenes, ou pros asiáticos. Muito menos para os caucasiano ou negros. Veio para a global espécie humana que foi a última a evoluir e entender o equilíbrio.

Agora nós poderemos atribuir o contraste devido à esta matéria.

*Necessidades

Tendo um indivíduo necessidades como alimentar-se ou vestir-se. Tendo também de se locomover ou precaver-se das doenças. Criamos as ferramentas, tarefas, ocupações e níveis para atender essas tais.

Com isso desenvolveu-se o trabalho, e com ele durante muito tempo determinamos o patamar intelectual e social dos indivíduos separando-os por classes conforme recebiam as recompensas. Criamos nesse tempo também maneiras de dividir as obras desses trabalhos por níveis como aparência, tecnologia, sabor, durabilidade, extravagancia, monopólio, escassez e etc. Tendo cada qual que contentar-se com o que era fadado a obter.

No passado predominantemente não se entendeu à inconformidade. Tudo que é devido e sem distinções causou guerra por sua dominação.

"- Qual o real peso do meu existir? Perguntou-me o homem trabalhador.

- Tudo o que lhe é necessário!

Foi minha resposta."

Então o que é criado, fabricado, construído e executado hoje não carregará valores, mas razões!

*Como?

Antes uma maçã iluminava os cultivadores e produtores que se beneficiavam monetariamente com sua comercialização. Mas então esse mesmo beneficiado ajudava por sua vez o vendedor de carne. Isto hoje é como morder o dedo só para beber o sangue. A carne, a maçã, a tecnologia, a arte e tudo o mais não devem ser quantificados e reservados para seleções.

Tudo que for importante e procurado deve ser produzido por todos e para todos. E se algo recebeu a aprovação e garantia geral deve-se então agir para o encaminhamento desse produto.

*Porque?

Quando uma guerra acontece os envolvidos querem preservar o seu bem estar físico, moral e socioeconômico, tanto quanto dos seus aliados. Dando fé a máxima:

" O ódio nasceu para preservar o amor."

Somente agora quando o bem estar não depende mais de meros montantes numéricos as armas foram desnecessárias.

Os países costumavam erguer muros, fortificar fronteiras e desenvolver armas de extermínio em massa. Mas obviamente tudo nesse aspecto se tornou obsoleto quando deixou-se de ter as coleções de ouro e papel moeda dos tesouros. As nações não eram mais diferentes umas das outras. Todas fazem parte da manutenção do equilíbrio.

*Quando?

Nossa organização sempre foi capaz de modificar-se para manter a sobrevivência. Mas sobreviver começou a ter divergentes formas nas vidas dos organismos. Onde encontramos o sofrimento real e de fato lógico.

Então os pensadores entenderam que a única criação que carregava consigo o sofrimento era a riqueza. Ela segregava os povos, ela classificava os inocentes e desfavorecia sem prudência os infortunados.

De repente formou-se a utopia." Ter " , deixou de ser mais importante do que o próprio semelhante. Os debates duraram o tempo necessário. A tecnologia da comunicação ocupou-se de globalizar as idéias e estabelecer as etapas para a integração do novo equilíbrio.

As barreiras burocráticas não demoraram a curvarem-se. E cargos como presidentes, reis, senadores, embaixadores e líderes, com as décadas deram lugares aos técnicos em comunicações internacionais, aos operadores de sistemas e comunicações e também aos atendentes. Estes que faziam as manutenções fiscais e de relacionamentos.

*definição

Uma sociedade formada gradualmente para desenvolver os indivíduos e garantir a plena existência

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O velho amanhã

Sempre ou nunca? Tudo ou nada?

Simples exercício de decisão!

Olhei uma criança girando sem parar enquanto olhava o céu em frente à porta de um banheiro num posto de gasolina. Ela era maravilhosamente bela. Era uma criança que ignorava tudo ao seu redor para mirar o céu!

Ela ignorava o barulho dos motores na avenida, as buzinas dos desajustados e a correria dos indivíduos.

Era uma criança ocupada com o invisível. Aquilo que tantas vezes tantos quiseram provar. Mas ela não discutia o óbvio ou o verdadeiro. Ela estava decidindo!

Seus bracinhos giravam esticados como uma bailarina.

Era a bailarina do infinito!

Pensei sobre ela, mas pensei pouco!

O céu também me importava. Mas eu simplesmente decidi não procura-lo mais apenas olhando pra cima! Decidi encontra-lo NAQUELA menina, a bailarina do infinito. E não parei por aí! Achei o céu em você e em mim!

Eu não giro mais em círculos tão pequenos quanto meus pés!

Eu decidi entender! Pois pensar é decidir e entender é encontrar!

Eu passava tão rápido no automóvel por aquela menina (a bailarina), quanto a vida passa para todos nós! Sem relativismo!

( Flaviano Amorim Araújo)

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O MEDO

- Dora, acorda! - Já vô! - Dora, já são oito horas! Saco! - O que? Oito horas? Merda Adan, vou chegar quase nove e meia no centro! Se eu perder esse emprego vão começar a investigar nossa licença-moradia! - Então acorda no horário princesa! - Ahh! E assim Dora Solina, despertou em mais uma típica manhã invernal de junho. Ela pronunciava suas palavras com o receio e a ira habitual naquele dia. Mas algo inquietou Adan. - A noite você vai nos encontrar? Perguntou Adan, enquanto ajudava Dora a colocar o casaco longo sobre os ombros largos. - E se eu colocar tudo à perder arriscando ser seguida? - Dora, você ainda parece uma criança as vezes! Então Adan disse depois de beija-la. - Você sabe que todos corremos esse risco, mas ele se reduz ao nada quando eu penso no que poderíamos fazer por esse mundo e por todos nós! Ele dizia isso olhando para Dora mas se encontrando com todos nós. Aqueles eram os anos mais difíceis da depressão populista governamental. Que em 27 anos reduziram toda forma de lei e direitos humanos a apenas uma ordem, que era talhada nas paredes mas muito mais fundo em nossos espíritos, " Trabalhe e existirá"

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CLARQLOM

“Só deverão derrubar o sistema os que realmente precisarem de outro.”

O que é uma alternativa? Algo que existe nesse mundo? Ou uma invenção para podermos nos prender a esperança? Descobrir e transformar o que nos leva ao mesmo desventurado destino dia após dia, vida após vida, ostenta a ira de um espirito. Mas até os incomparáveis homens que já viveram aqui não conseguiram. Soube-se apenas de um que tocou o núcleo fundamental da existência…

( Flaviano Amorim Araújo)

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Foi depois de ver com menos raiva e mais compromisso que a minha tristeza aumentou. O Brasil é um criminoso onde não se vê emenda, e nem futuro.

( Flaviano Amorim Araujo )

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“Ser adulto é entender a revolta. ” (Flaviano Amorim Araújo)

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Planejamento inicial

Gostaria de ajudar o mundo. Ter o meio racional de influência sem o poder que domina verdades. Ser santo não é o propósito. Gostaria de desenvolver esse instante planejando!

• E se eu dedicar os meus dias a procurar pessoas com problemas? Talvez sair de casa e morar com elas até que encontremos a solução? Talvez me propor a ser advogado, segurança particular, empregado, conselheiro e administrador de quem precisar?

- NÃO! Elas são tantas! Nem que eu vivesse mil anos!

• Hum! E se eu entrar na política? Talvez mostrar o quanto o mínimo é essencial? Ser um pacificador e um engajado político do povo? Trabalhar incansável para destruir esse fardo de corrupção que sangra a esperança?

- NÃO! A política sempre elege pessoas e não as idéias. Nem que eu vivesse mil anos.

• Já sei! E se eu divulgar o amor por onde eu vá? Dia e noite. Se eu dar o exemplo com os meus atos, os grandes e os pequenos, dando o que tenho e partilhando o que receber? E se eu fundir ao amor o meu coração e pela natureza o fazer proliferar?

- NÃO! Isso é coisa de santo. Nem que eu vivesse mil anos.

• E se eu apenas coexistir?

- SIM! Talvez então dure mil anos.

( Flaviano Amorim Araújo)

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Rotina

“Coloquem meu dinheiro nos apartamentos. Invistam meu trabalho nos terraços. Joguem meu suor pelas piscinas e dividam minha vida em condomínios. Sejam meu descanso em horas extras. Meu almoço escravização. Óh, o meu mais digno prazer é um lucro incomparável! É zelo andar só nos tempos modernos. Mas se arrisca quem a fé ainda não perdeu!”

Flaviano Amorim Araújo

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Sentir-se bem

“Estar doente é como sentir-se bem, só que ao contrário!” E os mais ridículos hão de afirmar que isto é frase ridícula.

Ora que preservar o verbo é fundamental. E eles presos em suas linhas populares acham que tão pouco é pouco então. Mas minha vista repassou na prosa a vulgaridade e constatou que ela não se cita. Vejam comigo, tirem um reto pensamento, não fiz enigma pra mostrar segredos. Sentir-se bem é pura conquista! Ter na alma sensações que superem adversidades. É enxegar-se homem, e fazer as relações intrapessoais com o destino, o cosmos e a realidade imutável. Sentir-se bem é acordar pra vida pela manhã. Com o apetite pra pães, leite, trabalho, família e vinte e poucas horas do ” haja o que houver”. Sentir-se bem é lembrar do amor. Se ela dorme ao lado, beija-la! Com carinho ver o bem que o amor te faz. Ele não cobra salário, ele não te deixa na vergonha, na pobreza, na metamorfose. Ele reluz na tua face! Sentir-se bem é gostar do que é bom. Aprovar o respeito com um ” por favor”, um ” com licença” e ” obrigado”. Escolher a verdade, a honestidade e a moral para serem prazeres devidos. Sentir-se bem é esperar. Saber que a rotação do tempo é imparcial. E assim achar motivo para olhar melhor o céu, ou uma foto, ou simplesmente descansar seu trabalho feroz de produzir motivos pra existir. Sentir-se bem é se relacionar. Ter pela matéria orgânica alheia um compromisso Divino. Entender a compaixão nos olhos das crianças. Ver a igualdade como futuro único. Sentir-se bem é contribuir. Livre de critérios ou avaliações. Fazer algo que de alguma forma provocou no mundo um momento melhor. E assim não sentir-se o único! Portanto, a doença que de tão grave tirar esses detalhes nos deixará “doentes”. Não com câncer, ou HIV, mas doentes…………………………. …. .. … ( Flaviano Amorim Araújo )

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O céu

Eu tive vontade de encontrar o céu. Mas veio a fumaça dos escapamentos e o arruinou. Se chove, chove forte. Não se chove pra regar. Tudo isso é desgraça consumida e transformada em partículas. Eis que as vejo cair como os raios. Eis que a desgraça inunda o bueiro entupido de desgraça. Ela escorre por entre os dedos dos pés dos populistas. Molhando sua prole como se não fosse desgraça. Eu tive vontade de encontrar o céu. Olhar para quem o criou e me alegrar. Mas apesar de tudo ainda quero. Chuvas passam. A alegria contida na minha esperança é mais indissolúvel. Telhados sem escoamentos conscientes. Cidades sem captações planejadas. Corações sem coberturas de chuva ácida. Mentes sem para-raios de desgraça. Tudo que for crime abaixo do céu fará com que eu me distancie mais dos homens. Eu tive vontade de encontrar o céu. Mas há muitos caminhos que não levam pra lá.

Flaviano Amorim Araújo

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Quem são?

Sempre tive medo de correr riscos. Ter uma conversa mais fervorosa com qualquer um me fazia suar. Brigas então, eram minhas fontes de choro e pesadelos. De quem tive medo? Talvez de mim? Talvez de todos que não eram eu? Não me importo tanto agora! Mas me importo com todos hoje. Seja a minha mãe, seja a sua mãe, sejam os Grupos Radicais, sejam os donos do petróleo. Eu sinto a parte que me cabe de todos estes. Alguns mais, eu confesso! Mas, quem são os que não sentem o coração dilacerar ao ver o jovem com a cabeça cortada? Quem são os que não querem correr atrás da senhora empurrando àquela enorme cadeira de rodas com um filho especial e ajuda-la? Quem são os que não fariam tudo para ter o dinheiro necessário para fazer o necessário? O Necessário Radical!

Flaviano Amorim Araújo

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Quem são?

Sempre tive medo de correr riscos. Ter uma conversa mais fervorosa com qualquer um me fazia suar. Brigas então, eram minhas fontes de choro e pesadelos. De quem tive medo? Talvez de mim? Talvez de todos que não eram eu? Não me importo tanto agora!

Mas me importo com todos hoje. Seja a minha mãe, seja a sua mãe, sejam os Grupos Radicais, sejam os donos do petróleo. Eu sinto a parte que me cabe de todos estes. Alguns mais, eu confesso! Mas, quem são os que não sentem o coração dilacerar ao ver o jovem com a cabeça cortada? Quem são os que não querem correr atrás da senhora empurrando àquela enorme cadeira de rodas com um filho especial e ajuda-la? Quem são os que não fariam tudo para ter o dinheiro necessário para fazer o necessário? O Necessário Radical!

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Tudo bem ver as coisas más! Mas o mal vem levando o bem pra passear. O meu bem deixa quente o travesseiro. E todo mal vai esfriando o retornar. Tudo tem na vida o seu pesar! Mas se corre das dores ou lições. Se vê no mundo tolos mortos pra provar. Ainda há abismos nos corações.

Flaviano Amorim Araújo

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Corre dentro de mim algo que de tão farto vem se debruçar nas minhas próprias queixas as suas desilusões. Sofro com todo o mundo. Sofro com todo o tempo. Sofro com o que eu puder.

Flaviano Amorim Araújo

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Hoje De Novo Outra Vez!

Muitos acontecimentos me fazem agir de uma maneira totalmente paralela.

Muitas destas coisas não poderiam ser evitadas com minha singela coexistência.

Sou destinado à tentar mesmo assim. Por mais que eu me encante por egos passageiros ou ilusórias distrações, me volto sempre, como uma martelada certeira a errar o mesmo prego, para minhas causas casuais.

Flaviano Amorim Araújo