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Lenta pressa
Muito se carrega o peso
Que se atrela ao medo
E atropela o senso
Na fuga dos lamentos
Puxa-nos pra dentro
Acorrenta-nos lá dentro
Descarregando esse peso
Sinto um leve aconchego
Uma calma aqui dentro
Mas sempre que penso
Parece uma trava venho
Com as chaves que tenho
Mas nem sei se me tento
E busco até na lua
Se há uma rota de fuga
Será que ela me julga
Por semear algumas lutas
Esperar que deem frutas
Mas nunca estão maduras
...
Ou será que me afobei
E não colhi o que plantei
Estraguei aquilo que semeei
Por medo de esperar a vez
Aquele que controla nossas leis
Não obedece nem aos Reis
Será o tempo de quem falei
Sempre acompanha a nossa vez
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Marco
Sempre em frente
as vezes ser indiferente
com aquilo que invade a sua mente
as vezes você mente
e semeia essas sementes
que enraízam as diferentes
criaturas que entendem
como destruir a nossa mente
e seguem de maneiras inconsequentes
E assim que se termina cada passagem
sendo cada uma delas uma nova mensagem
mas nunca se esqueça da sua bagagem
e sempre lembre aqueles que agem e tem a coragem
muitas das pessoas reagem
mas poucas delas são as que realmente fazem
e será que realmente fazem nosso bem
ou apenas nos desfazem?
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Reset
Sinto falta de quando a coisa decola
Agora parece que só decora
Vivendo de esmola
Sentindo que tudo pode ser jogado fora
Vai que acaba agora
Isso me apavora
Tudo parece ser tão fictício
Pessoas dão indício
Parece até um vício
Se você sente que nada tem sentido
Então eu sento e digo
Isso é um perigo
Se começar a tropeçar
Vai ser machucar
E querer parar
Não é desistir mas saber quando persistir
Pra não ser pior a dor que sentir
Melhor só deitar e dormir
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Deitei pra dormir
Mas se eu começar
A pensar
Não vai ter como me parar
Vou cavar
Até minha cabeça não aguentar
Continuar
Não sei onde vou chegar
Vou surtar
Acho que não vai dar
Melhor parar
Se eu parar vai ser como fugir
Então vou seguir
Mas não sei até onde vou conseguir
Me garantir
Pensamentos mortais podem surgir
Já estão aqui
Será que vão me perseguir?
Sair daqui
Já consigo até pressentir
Vou sentir
Cheguei longe mas tô longe do fim
Mas eu vim
Será que um dia chego enfim?
Espero que sim
Mas se não alcançar mesmo assim
Siga sem mim
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Onde está meu tempo?
O tempo como vento Com coisas que invento Dias passam lentos Noites ao relento Tardes que nem tento Horas que inverto Se o relógio é meu berço E os dias os ponteiros Sou as engrenagens com defeito Não sinto os toques dos segundos Nem os tiques de um surto Ainda tem-se algum uso? Se der corda ainda roda Mas antes de um minuto De volta ao desuso
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Passando pelo passado
Para quem ainda tenta Um dia que compreenda Quando a chamada venha É Mais uma chama na lenha Espero na cama até que atenda Mas não espero que entenda Não se trata outra perda Tá mais é para ganho Ao se soltar de mais um gancho A corda se afrouxando E seus olhos se fechando Agora estão brilhando
Enxergar não é pensar Entender não é aceitar Falar não é expressar Brigar não é se importar Finge que sabe amar Mas não sabe o que é gostar
Não entenda errado Objetivo não é te jogar pra baixo Mas mostrar que mais abaixo O que parece complicado Pode estar só mal encaixado Ou apenas disfarçado Um pássaro com as penas Feitas para voar Mas se você o enjaular Ele não vai sair do lugar As vezes pode cantar Pode até ser bom de escutar Não significa que ele gosta do lar Um pedido de socorro cada vez que ele piar
Enxergar não é pensar Entender não é aceitar Falar não é expressar Brigar não é se importar Finge que sabe amar Mas não sabe o que é gostar
Aqui vou eu mais um vez Como um jogo de xadrez Movendo peças com cuidado Tentando não me expressar errado Mas já está tudo complicado Palavras faltam ao seu lado Um letra, um passo errado Cheque-mate no futuro Que perdeu para o passado Mais um nó pra essa corda Pra ver se você se recorda Sempre que voltar o laço com essa droga Ter a chance de escolher Se vai plantar frutos de uma semente Que um dia possa colher Ou se vai comer apenas o que te derem Pra somente sobreviver
Enxergar para pensar Entender para aceitar Expressar se importar Descobrir o que é gostar
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Refazendo o mesmo caminho
Agora recobrando minha consciência com a verdade Trago a ciência de quem recobrou a sanidade E sabe que no fundo nem tudo que se diz na realidade Diz respeito, a quem é teu ser humano dentro do peito Um sujeito, renegado por si mesmo É desse jeito, que me pedem uns conselho, E quem dera fosse fácil a espera Pra cumprir com alguns desejos Mas não desespera Se não se quebra sem conserto Seja feito ou desfeito o efeito que dá no peito Toda vez em que me deito Sinto uma pedra de gelo Me vejo caçando alguém em um mar feito de espelhos Me afogo em meio alguns cortes e desesperos E lá no fundo o que vejo é Nada mais além de mim mesmo
Será que é egoísmo? Alguns acham vitimismo O que é bordado com amor próprio muitas vezes é confundido
O que acontece e não me desce Junta poeira em cima da estante Isso reaparece quando percebo o quão distante Estou daquilo que julgava que era o mais importante Um dia estamos no topo Outro o topo é um degrau Pra quem te joga no fogo Arruma qualquer desculpa pela fala de que é o troco Mas se eu troco as posições sou eu que devo de novo É assim quando se vive uma filosofia Que e obriga a decisões Indiferente de ocasiões Te fazendo traçar uma linha Por cima de uma que já existia Esperando que o fim dessa seja distinta Mas é só perda de tinta Tentando mudar uma trilha que tu mesmo já conhecia
Será que é egoísmo? Alguns acham vitimismo O que é bordado com amor próprio muitas vezes é confundido
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Guerreiros da vida
Pegue sua arma, prepare seu escudo Não somos mais medievais, mas estamos nesse mundo Pensamos estar seguros, mesmo inseguros Demônios não estão a solta, mas eu os seguro Mal vejo uma luz mas todo dia meu túmulo E em guarda junto de minha armadura Me preparo para mais uma batalha Muitas são duras, todas são obscuras E vem aquela pergunta Como se levanta tantas vezes e ainda luta? Não é uma escolha, não é apenas força É aquela coisa, que te faz pensar Que cada suspiro vale o esforço que é preciso Para cada dia levantar, mesmo ferido E conquistar tudo aquilo que pra você tem um sentido
Encontre o caminho Mesmo abatido Passarinho que cai Decidiu sair do ninho
Nem toda arma é afiada Nem toda joia é rara Algumas loucuras são claras Outras verdades ofuscadas Uma mente estraçalhada Pode ser consertada Os remendos que juntamos Refletem outros ângulos Um deles pode ser o que buscamos Muitos podem ser as coisas que precisamos E aos poucos o que antes era quebrado Começa a se tornar um artefato raro Ainda frágil, mas reforçado Não tão fácil de ser compreendido Lugares que poucos habitam Alguns loucos, transformam o sujo em brilhoso O pouco transborda na forma de uma horda Se transforma, naquele guerreiro que força A estrada antes trancada Depois de levar tanta porrada, se já quebrou a cara É hora de mostrar como funciona uma mente fragmentada
Encontre o seu caminho Mesmo abatido Passarinhos a voar Um dia caíram do ninho.
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