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Informações:
• Seu nome completo é Viktoria Ashlēigh Delaňey e ela tem 20 anos.
• Viktoria é apaixonada pela arte em todas as suas formas. Além de dançar, ela se perde em poesia, música clássica e jazz, e adora visitar museus. A fotografia e o desenho também fazem parte de sua vida, permitindo-lhe capturar e expressar o que sente. Para ela, a arte é uma maneira de se conectar consigo mesma e com o mundo ao seu redor.
• Viktoria tem cabelos longos e loiros, olhos azuis gélidos, lábios vermelhos e pele pálida. Sua aparência é elegante e enigmática, com um estilo refinado em tons frios, como rosa, branco e dourado. Ela exala uma aura misteriosa e cativante. Ela tem uma aura distante, mas de uma beleza cativante, que faz com que as pessoas se sintam atraídas por ela sem saber exatamente porquê.
• Ela possui o corpo esguio e gracioso de uma bailarina, com linhas elegantes e postura impecável. Seus músculos são definidos, mas delicados, refletindo anos de disciplina e treino. Seus movimentos são fluidos e precisos, dando-lhe uma aparência quase etérea, como se flutuasse. Tem 1,61 de altura e pesa em torno de 51kg.
• Tem uma cachorrinha da raça Cavalier King Charles Spaniel que se chama Lily.
• Viktoria é alguém que mantém um ciclo social limitado, participando de festas e sendo popular, mas sempre mantendo uma distância emocional. Ela tem um grupinho de amigos, mas prefere não se aproximar demais em sua vida pessoal. Quando alguém consegue ultrapassar essa barreira e ganhar sua confiança, ela se torna extremamente leal e protetora. Sua personalidade é fria e reservada, mas, por trás dessa fachada, ela tem um coração caloroso e é genuinamente gentil com aqueles que conquistam seu respeito e confiança.
• Viktoria é introspectiva e reservada, evitando se abrir para os outros após a perda do irmão. Ela encontra consolo na dança e busca independência como forma de proteção emocional. Apesar de sua paixão por artes, luta com a ansiedade e o medo de falhar, o que a coloca em conflito entre seus desejos e as expectativas familiares.
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05 de Julho de 2021, 06h35m.
Mansão Delānoy, Krasnoyarsk, Russia.
O som do relógio de parede, imperturbável, ecoava pela casa vazia. As 6:35 da manhã, e Viktoria Ashlēigh Delaňey estava acordada, como sempre, antecipando a chegada do irmão. Ela sabia que ele voltaria, sabia que era questão de horas, talvez minutos. A cada dia, ela se levantava mais cedo do que o necessário, esperando ouvir o som das botas militares de Aleksander ecoando pelo corredor. Ele tinha prometido que voltaria para casa, e Viktoria estava convencida de que aquela promessa seria cumprida. Eles não se viam há semanas, e mesmo com o distanciamento natural da vida adulta e militar, ela sempre se sentia mais próxima dele. Ele a protegia de um mundo que parecia não querer acolhê-la, e, apesar da frieza que pairava sobre sua casa, o vínculo com Aleksander era um dos poucos pontos de calor que ela tinha.
Viktoria, com o cabelo desarrumado, olhou pela janela de seu quarto. A luz suave da manhã começava a iluminar o céu, tingindo-o de um azul pálido. Ela se sentou na beira da cama e segurou a foto de Aleksander que estava ao lado de seu abajur. Ela a olhava todos os dias, como uma forma de se lembrar de quem ele era — sempre protetor, sempre sério, sempre disposto a colocar a família em primeiro lugar, apesar da vida militar. A casa estava quieta, como sempre. Seus pais ainda estavam dormindo, perdidos em seus próprios mundos. Viktoria não sabia se era a ansiedade ou a esperança, mas algo dentro dela dizia que aquela manhã seria diferente, que hoje ela finalmente o teria de volta.
O silêncio foi quebrado pelo som do telefone na cozinha. Viktoria hesitou por um momento, olhando fixamente para o corredor. Ela sabia que a ligação era importante, talvez uma atualização sobre o retorno de Aleksander. Talvez algo relacionado à missão dele. Ela se levantou e caminhou em direção à cozinha, o estômago apertado com uma sensação que ela não conseguia identificar. Ela pegou o telefone, observando o número desconhecido na tela, e respirou fundo antes de atender.
“Viktoria?” A voz do outro lado da linha era calma demais, controlada demais. Algo estava errado.
“Sim, quem é?” Sua voz saiu mais baixa do que o normal, como se ela já soubesse o que estava prestes a ouvir.
“Eu… lamento muito. Seu irmão, Aleksander… ele sofreu um acidente. Foi um acidente de carro.”
As palavras ficaram suspensas no ar, sem sentido, sem lógica. O coração de Viktoria parou por um momento. O tempo parecia ter desacelerado. Seus olhos estavam fixos no aparelho, mas ela não conseguia processar as palavras que ecoavam em sua mente. Não podia ser verdade. Não podia ser. Ela olhou para a foto de Aleksander na mesa, seu rosto sorrindo, cheio de vida. Ele havia prometido que voltaria para casa.
“Não… não é possível”, ela sussurrou, sua voz tremendo, a mente lutando para compreender. “Ele… ele disse que voltaria.”
A voz do outro lado da linha se tornou mais suave, quase uma tentativa de consolo, mas nada poderia acalmar a tempestade que se formava dentro de Viktoria. A dor a atingiu como uma onda brutal, esmagando-a, fazendo com que seu corpo tremer. Ela se apoiou na mesa da cozinha, a ligação ainda aberta, mas ela já não ouvia mais nada além do som de sua própria respiração acelerada.
“Viktoria, estamos aqui para você. Sinto muito.”
Mas tudo o que Viktoria sentia era um vazio crescente, como se uma parte vital de si mesma tivesse sido arrancada de dentro dela. Aleksander não voltaria. Ele não voltaria para casa, como ele prometera. Ela não sabia como reagir, não sabia como continuar. As palavras começaram a desaparecer em sua mente, e tudo o que restava era a dor de uma promessa quebrada.
Ela desligou o telefone lentamente, o som de sua respiração pesada preenchendo o espaço ao seu redor. A casa estava silenciosa, ainda vazia, mas agora algo havia mudado. Ela sabia que a partir daquele momento, nada mais seria igual. Viktoria ficou ali, imóvel, como se o peso da notícia a tivesse paralisado, incapaz de acreditar, incapaz de aceitar. Ela olhou para a janela novamente, mas o céu azul claro já não parecia mais acolhedor. O dia tinha começado, mas para Viktoria, ele era o fim de algo muito mais profundo. Ela sentiu o vazio crescer dentro de si, o lugar que seu irmão deveria ocupar agora irremediavelmente perdido.
E ali, sozinha, ela ficou, aguardando a volta de alguém que jamais voltaria.
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⌗ | do you think about heaven ?
Intro.
Viktoria Ashlēigh Delaňey cresceu em Krasnoyarsk, uma cidade russa marcada pela frieza emocional de sua casa. Filha de um militar severo e distante, e de uma mãe que, embora presente fisicamente, estava sempre imersa em compromissos sociais e interesses materiais, Viktoria nunca conheceu o carinho ou a proximidade verdadeira. A vida de sua família parecia girar apenas em torno de expectativas externas e da busca incessante por status e riqueza. Seus pais, imersos em seus próprios mundos de trabalho e ambição, estavam mais interessados em manter as aparências do que no bem-estar emocional de sua filha.
Desde pequena, Viktoria encontrou consolo apenas na dança. A sala de dança era seu refúgio, o único lugar onde ela sentia que poderia ser verdadeiramente ela mesma. Enquanto os outros a viam como uma jovem popular, com uma vida aparentemente equilibrada, Viktoria sempre foi uma garota isolada, incapaz de se conectar com os outros. Sua ansiedade a impelia a se afastar das pessoas, e o medo de se perder nos outros a tornava cada vez mais solitária. No entanto, quando dançava, ela se sentia livre, como se o mundo ao redor deixasse de existir, e ela fosse a única a dominar o espaço e o movimento.
A tragédia que moldou sua vida de forma indelével foi a morte de seu irmão mais velho, Aleksander. Assim como o pai, era militar, e sua morte, em um suposto acidente de carro, abalou profundamente Viktoria. A perda de Aleksander foi ainda mais dolorosa pelo fato de que a família nunca esclareceu completamente as circunstâncias de sua morte. A versão oficial era que ele morrera em um acidente, mas Viktoria sempre teve a sensação de que havia algo mais por trás disso, algo que a família e as autoridades estavam tentando esconder. Ela desconfiava que a morte de Aleksander pudesse estar ligada ao mundo militar ao qual ele pertencera, talvez uma operação secreta ou algo que ele soubera demais. Mas o silêncio sobre sua morte a forçou a manter suas dúvidas e sentimentos para si mesma, intensificando a sensação de solidão que já a acompanhava.
Após a morte de Aleksander, seus pais se afastaram ainda mais, mergulhados no trabalho e nos compromissos sociais, sem oferecer a Viktoria nenhum tipo de consolo emocional. Ela se sentiu completamente abandonada, com o vazio deixado pela ausência de seu irmão se tornando insuportável. Em meio a essa dor, a dança foi o único ponto de luz, mas o luto pela perda e a frieza familiar a mantiveram distante do mundo ao seu redor.
O relacionamento com seu pai, especialmente, deteriorou-se. Ele, que sempre tivera grandes expectativas para ela, queria que Viktoria seguisse uma carreira que trouxesse dinheiro, uma “profissão de verdade”, e não algo como a dança, que ele considerava uma arte fútil e sem futuro. Viktoria, por sua vez, sabia que não poderia seguir o caminho que ele queria para ela. Mesmo que seu talento fosse inegável, a dança era mais do que uma simples profissão — era a única forma de expressar seus sentimentos mais profundos, os que ela jamais poderia dizer em palavras.
Mas, apesar de sua paixão pela dança, Viktoria não conseguia mais encontrar satisfação apenas nela. Ela sentia que algo estava faltando em sua vida, algo que pudesse preencher o vazio deixado pela perda e pela falta de conexão emocional com sua família. Foi então que ela começou a se interessar por relações internacionais, uma área que sempre a fascinara pela complexidade das interações globais e pela possibilidade de mudar algo no mundo. Ela começou a sonhar em estudar algo mais “prático”, uma carreira que fosse mais do que uma simples expressão artística. Seu desejo de mudança a levou a tomar uma decisão ousada: ela iria se mudar para Londres para estudar, deixar sua vida em Krasnoyarsk para trás e tentar algo novo, uma chance de se reinventar.
A mudança para Londres não foi fácil. Viktoria ainda carregava as marcas de seu passado e as inseguranças que a atormentavam. Ela sentia medo do desconhecido e da possibilidade de falhar, mas sabia que precisava tentar. Ao mesmo tempo, a dança continuava sendo uma parte essencial de sua vida. Em Londres, ela se matriculou em uma faculdade de relações internacionais, determinada a explorar novas possibilidades e aprender mais sobre o mundo ao seu redor. Mas, mesmo com todas as novas portas se abrindo para ela, a dança ainda era sua verdadeira paixão, e ela continuou a frequentar uma famosa academia de dança na cidade.
Em Londres, Viktoria tentava encontrar um equilíbrio entre sua vida acadêmica e sua paixão pela dança. Mas, apesar de sua dedicação, ela ainda não conseguia se livrar da sensação de que estava dividida em duas pessoas. A jovem mulher que estudava relações internacionais, buscando um futuro mais seguro e prático, e a bailarina sensível e solitária, que ainda se refugiava na dança como um modo de enfrentar sua dor e seus medos. As duas partes de sua identidade estavam em conflito, e ela não sabia como reconciliá-las. A perda de Aleksander, a pressão de seus pais, a ansiedade que a consumia — tudo isso formava um peso constante em seus ombros.
No entanto, Londres representava para Viktoria uma oportunidade de recomeço. Apesar de seus medos e da constante luta interna, ela sabia que estava em busca de algo mais, algo que a fizesse sentir-se inteira novamente. Mas o caminho à frente não seria fácil. A saudade de sua terra natal, a dor da perda e a dificuldade de se conectar com os outros continuavam a assombrá-la, mas ela sabia que, para seguir em frente, precisaria aprender a viver com esses medos e, quem sabe, superar as barreiras que a impediam de se abrir para novas possibilidades.
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