“de ilusão em ilusão até a desilusão é um passo sem solução um abraço um abismo um soluço adeus a tudo que é bom quem parece são não é e os que não parecem são” — Paulo Leminski
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Faço morada
Eu
Nunca fui de me prender aos lugares
Lares
Amo minha casa
Minha morada
Mas amo o novo
Novo mundo
Novos gostos
Cheiros...
Mas eu me mudaria
E ficaria eternamente
Entre tuas pernas
Faria morada
Fixaria
Por mais que cheiro fosse o mesmo
O gosto o mesmo
Eu permaneceria
Tato em contato
Toque em foco
Mãos que percorrem
Correm de forma lenta
Curvas perigosas
Teu limite
Tua vontade
Teu comando
Lá eu faço morada
A única mudança permitida
É a de posição
Onde me afogo por cima
Ou me sufoco por baixo
Entre tuas pernas
Tuas mãos em meus cachos
Aperta
Cafuné
Prende, aperta
E eu que nunca gostei de amarras
E que mal enxergo
Me vejo numa prisão
Prisão entre fêmures
Que nunca chegue o habeas corpus desse corpo
E nesse corpo
fixo
Monumento
Nesse momento
Faço morada.
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“De ausência em ausência, a gente se desconhece.”
— Laís Gomides.
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“Você que inventou a tristeza, ora, tenha a fineza de desinventar.”
— Chico Buarque
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