FBI Special Agent - specialized in criminal expertise and forensic science
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agent-ortega:
A ideia de se envolver emocionalmente com alguém sempre fora desprezível para a morena. Não que, ao menos no fundo, ela não achasse muito bonita a ideia de se juntar a outra pessoa que a amasse por inteiro e construísse uma família consigo. Mas a possibilidade de se tornar um fardo a alguém somente para que pudesse experimentar o sentimento do qual tantas músicas e poemas faziam propaganda parecia simplesmente egoísta demais. Se eventualmente a doença tomasse conta de si e a incapacitasse por inteiro, não queria arrastar ninguém para o fundo do poço com ela. Faria aquilo sozinha, poupando qualquer outra pessoa. Ela sabia bem como era viver com alguém totalmente dependente de si, e embora tivesse vergonha de admitir, odiava ter de cuidar de sua mãe e do quão absurdamente dependente esta havia se tornado. Passou a ser uma obrigação, um peso, e seu maior medo era fazer o mesmo com outras pessoas. Assim, as relações na vida da Ortega resumiam-se em amizades levemente superficiais e ocasionais casos de uma só noite, onde ela nunca permitia que fossem em sua casa. Normalmente alternava entre a casa de quem quer que fosse seu alvo da noite ou algum hotel no meio do caminho.
O sorriso cheio de charme e malícia do homem pareceu confirmar que as intenções dele eram exatamente as mesmas que a sua: uma noite, nada mais. Para muitas mulheres aquele tipo de sensação podia ser incômoda - pensar que algum homem apenas lhes desejava carnalmente e por um só momento -, mas para Liliana aquilo representava que poderia saciar suas vontades e necessidades sem nenhuma dor de cabeça no dia seguinte. O moreno se levantou, de maneira que os olhos da latina desviaram imediatamente para uma das características que mais lhe chamavam atenção: os braços cobertos de tatuagem. Era quase um guilty pleasure, na verdade. No meio criminoso pelo qual viveu por anos escondida precisou resistir a muitos homens bonitos e igualmente tatuados que lhe pareciam absurdamente atraentes. Não que fosse muito difícil ficar longe de criminosos assassinos.
A frase causou na colombiana um riso leve, e ela se sentou na cadeira que ele tinha puxado para si. — Obrigada. — Ajeitou-se ali enquanto o outro se sentava, apoiando os braços na mesa. Um garçom se aproximou perguntando o que gostariam de beber, e então ela pediu um outro copo da Piña Colada que tomava até instantes atrás, esperando que o outro fizesse seu próprio pedido. — Liliana. — Apresentou-se, estendendo a mão — É um prazer.
O sorriso lateral permaneceu no rosto de Gabreel mesmo quando ele segurou a mão da mulher em cumprimento, lhe beijando o dorso. - Gabreel. - Respondeu enquanto fixava o nome da mais nova “conhecida”, se é que assim poderia se chamar, não que achasse que Liliana tivesse uma presença ou nome fáceis de esquecer. Assim que ela tomou seu lugar na mesa, o médico voltou ao próprio, tomando um gole de sua cerveja. - Mas então...Liliana, não que eu seja um cliente antiguissimo por aqui mas, eu não me lembro de já tê-la visto. E eu...Certamente lembraria.
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youngxliver:
Oliver aproveitou o levantar do outro para que estendesse a mão, a fim de apertar a do Cumberbatch no cumprimento típico. Afirmou com a cabeça, um pouco sem jeito pela forma que Gabreel estava conhecendo um pouco de sua vida pessoal. “Sim, é o meu único. Desculpe, ele ainda não domina muito bem. Está tentando. Não é, Charlie?” O Young encarou o filho, o qual prontamente concordou com a cabeça, sentindo-se culpado pela fuga do cachorrinho. “Esse é um dos colegas do papai. O nome dele é Gabreel Cumberbatch.”
“Sim! Desculpe, senhor Gabreel Cumberbatch!” Mesmo pela estranheza dos nome e sobrenome difícil de pronunciar, Charlie fez uma rápida reverência que aprendera com o bisavô na última visita que fizera a ele e à avó junto ao pai. “Não se preocupe, eu vou achar o seu cachorro e vou trazer ele de volta!”
Com isso, Charlie correu em direção ao filhote, que não estava muito longe. Tentava se aproximar aos pouquinhos, agachando-se no chão para chamá-lo com os dedinhos e com palavras gentis, enquanto Oliver o acompanhava com os olhos para que não o perdesse de vista novamente. Sabia que o filho não iria desistir até conseguir ter o cachorro de volta para entregar ao agente. “Acho que o Darth vai fazer um amigo agora, Cumberbatch.” Deu um sorriso breve, entregando um dos picolés para Gabreel e mordendo o outro em sua mão. Provavelmente iria derreter se não fizesse, já que Charlie se ocupara com o cachorro de tal forma que estava encantado, agora que brincando com ele. Pegou a bola de futebol do filho do chão, colocando-a embaixo do outro braço. “Você já conhecia o parque? Eu e ele estamos conhecendo o lugar aos poucos. A mudança pra ele foi um pouco complicada. Morávamos em Quantico e além dos amiguinhos, deixamos os avós maternos e os bisavós dele lá.”
Talvez fosse uma intensa ironia, mas, a falta de compreensão com a qual Gabreel havia sido criado, fizera deve uma das pessoas mais compreensivas que existia, especialmente quando se tratava de crianças. Assim, não demorou até lançar um sorriso tranquilo para o jovenzinho. - Não se preocupe, Charlie, logo mais ele estará de volta. O Darth tem dessas pequenas corridas, mas, ele não vai demorar. Eu tenho certeza. - Disse, ofertando um sorriso gentil e então, assim que o garoto saiu em sua busca pelo pequeno animal a antenção tornou a voltar a Oliver, que tão pouco eram conhecidos mas, que certamente começariam, mesmo que forçadamente a passar bastante tempo juntos. - Eu não moro tão longe daqui, acho que foi um dos primeiros lugares que acabei descobrindo, até por ser um bom ponto de corrida. - Confessou. Cumberbatch entornou os lábios discretamente ao ouvir a confissão e então fitou o asiático. - Mudanças são sempre dificeis, mas, o Charlie me pareceu um garoto bem esperto, se você quer saber, acho que ele logo fará novos amigos e se adaptará mesmo a essa nova rotina e cidade. Mas, e você? Imagino que essa esteja sendo uma mudança complicada para ti também, afinal, deixou seus pais e a vida que conhecia lá.
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Gabreel havia precisado de horas. Não que fosse o mais pontual dos homens todavia, não era de se atrasar. Todavia, naquele dia, a demora fora explicada pelo tempo que gastara cobrindo as tatuagens de todas as maneiras possíveis com o auxilio de alguns profissionais da unidade. Por mais que não fosse um antigo e famoso cidadão da cidade, havia dado plantões e diversas emergências antes do emprego no FBI e, por mais que médicos tenham dificuldades de lembrar dos rostos de todos os seus pacientes, o contrário nem sempre é verdade. Policiais vivem em emergências, caso você nunca tenha notado. Algumas vezes baleados, algumas vezes acompanhando alguma vítima de agressão, outras levando de não tão bom grado, transgressores. Assim, não havia como saber quem o reconheceria ou não, especialmente com características tão...especificas como tatuagens. O tom indiscreto que denunciava o discreto atraso teria feito o mais velho resmungar não fossem as agradáveis feições de Jaden que fizeram o outro lado de Gabreel despertar por ligeiros 15 segundos quando ele lhe abriu um charmoso sorriso de canto antes de arrumar a compostura e passar a mão sobre a placa que comportava seu próprio nome. Winikov. O nome do meio havia sido usado como forma de deixar menos obvio. Afinal Dr. Cumberbatch tornava resultados a pesquisas onlines muito fáceis.
Ele manteve o sorriso, encostando-se na parede, pendendo a cabeça para um dos lados enquanto fitava a mulher, que parecia mais jovem. - Eu acho e acho que voc�� concorda comigo, que mesmo assim se sairia muito bem, Reynolds. - Falou, com o tom de voz que saia aveludado quase que sem querer da garganta do médico.
@misterhanss && @gabecumberbatch
› JADEN ERA MAIS DO que pontual. gostava sempre de chegar adiantada nos lugares combinados para que pudesse marcar presença – além do mais, achava uma tremenda falta de respeito com o tempo alheio qualquer minuto de atraso para além do horário combinado. naquela tarde em específico, seu adiantamento ainda era mais do que necessário, já que era sua apresentação, bem como a de gabreel e de carl, à polícia local como os três novos recrutas. aquela seria a melhor posição que poderiam ficar na cidade; afinal, sendo parte da polícia, poderiam ter em primeira mão acesso aos laboratórios para que gabreel realizasse os testes que precisasse realizar, às cartas anônimas de denúncia que carl precisasse ler, e às salas de interrogatório que jaden utilizaria para falar com famílias que prestassem queixa. ninguém suspeitaria caso os vissem falando juntos eventualmente; eram os três novatos, nada anormal de serem colegas. mesmo depois de se apresentar, conseguir seu novo uniforme e se trocar, percebeu que ainda estava poucos minutos adiantada do horário combinado. ótimo. o secretário lhe indicou para uma pequena sala à esquerda que continha um sofá, um bebedouro e uma outra porta. ele lhe disse que poderia esperar o delegado e seus outros colegas por ali, pois o delegado logo os chamaria para mostrá-los o local onde trabalhariam a partir daquele dia. a psicóloga agradeceu, e, quando ouviu a porta se fechando atrás do rapaz, foi até o espelho que tinha na parede para dar a impressão que a sala era maior do que realmente era. admirou a própria forma: uau, ela era perfeita para aquele trabalho. uma recruta com sua idade e aparência? quem iria desconfiar? o máximo que poderia acontecer era perceberem o quão específicos seus conhecimentos realmente são, por conta da faculdade; mas, sinceramente, ela adorava que os outros percebessem e comentassem sobre suas capacidades. estava arrumando a plaqueta escrito “reynolds” no peito quando a porta pela qual passou antes abriu, passando por ela os dois agentes com o qual dividiria o trabalho.
❛ Achei que vocês não vinham mais. Eu ia ter que passar por tudo isso sozinha? ❜ ›› depois disso, se virou para seu reflexo outra vez, arrumando a gola da blusa do uniforme que já estava impecável.
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agent-ortega:
Ainda que Ortega apreciasse novidade em sua vida, e o emprego como agente do FBI lhe proporcionava justamente isso em cada caso diferente que lhe era designado, a mulher nunca havia se dado conta de que na verdade tinha se acomodado no estado da Califórnia. Depois da morte de seu pai, a garota fora enviada juntamente da mãe para morar em San Diego sob proteção do órgão do governo. Na faculdade, mudou-se para Stanford e após se juntar ao DEA, retornou à San Diego de onde se locomovia ocasionalmente entre México e Estados Unidos. Mudar-se para um estado que ficava há quase um dia de viagem de distância de onde passou, literalmente, toda sua juventude e início da vida adulta a fez lembrar-se da sensação que sentiu quando saiu da Colômbia para a terra do sonho americano. Dessa vez, no entanto, a sensação não lhe causara medo ou introversão. Na realidade, embora a existência daquele resquício de ansiedade quase nostálgica, perguntou-se como não havia feito aquilo antes. Teria realmente passado o restante de sua vida no mesmo lugar se não fosse pela proposta de fazer parte daquele aclamado novo time? Estava feliz de não precisar descobrir e eventualmente se arrepender.
Já havia chegado em Washington há três dias, tempo suficiente para ajeitar o simples apartamento confortavelmente próximo de pontos que lhe eram importantes - o próprio prédio em que trabalharia e locais onde poderia correr em suas manhãs - e tentar explorar o máximo possível das redondezas antes do dia em que seria apresentada ao restante dos agentes com quem começaria a trabalhar posteriormente. Um dos locais que encontrou logo no primeiro dia havia sido um bar bem simples e calmo, diferente dos que costumava frequentar perto de onde até então morava. Liliana não tinha muitos costumes auto destrutivos - não chegava nem mesmo próxima de drogas como cigarro ou mesmo as ilícitas, não exagerava em alimentos não saudáveis e nunca ficava sem se exercitar. Seu único guilty pleasure era o álcool, o qual também nem sempre consumia com exagero. E ali, naquele local, descobriu a melhor Piña Colada de Washington DC sem ao menos precisar provar nenhuma das outras existentes.
O clima ali também era bastante diferente do tropical que estava acostumada, por isso vestia um casaco - claramente destoando do restante dos já nativos que tinham em si roupas simples que a colombiana usaria apenas com pelo menos cinco graus a mais na temperatura. Olhou em volta, seu olhar procurando por algo interessante que pudesse lhe chamar atenção. Ou alguém. Toda aquela emoção de um novo emprego e nova moradia também causava, inevitavelmente, um pouco de tensão. Seria ótimo acalmar-se antes da reunião do dia seguinte. Finalizando seu drink, estava quase desistindo da ideia quando @gabecumberbatch entrou no local. Ortega arqueou as sobrancelhas com a imagem do desconhecido, e quando este ocasionalmente lhe direcionou o olhar não perdeu tempo em oferecer um sorriso interessado. A possibilidade de receber um “não” nunca realmente assustou a latina, o que fez com que em mais alguns minutos ela optasse por se desencostar do balcão e ir até a mesa onde o homem estava. — Se importa se eu me sentar com você? Ou está esperando alguém?
Washigton nunca fora o maior sonho de consumo no quesito moradia de Gabreel. Todavia, ele definitivamente já havia estado em situações muito mais adversas. Tais quais o alojamento da escola militar que havia frequentado. Ou os acampamentos em que era irredutivelmente obrigado por seu pai e avô a frequentar. Ou mesmo as bases militares em que serviu e...Definitivamente era melhor que o acampamento em que havia ficado no Afeganistão. Ainda que o apartamento no vigessimo quinto andar de um prédio de bom tom próximo ao seu novo trabalho não pudesse nem de longe se equiparar a cobertura que habitava em Manhathan nos seus tempos de anestesista, era melhor que muita, mas, muita coisa.
Além do ponto que o local ganhava pelo conforto, havia o extra de ficar próximo a um dos melhores e mais tranquilos bares da cidade, o que acabava por aliviar Cumberbatch já que, embora frequentasse lugares lotados e baladas desgovernadas em seus dias de “caça”, multidões sempre o lembravam caos indiretamente. E em muitas noites, na maioria delas para ser mais objetivo, caos era tudo o que ele não precisava. Precisava todavia, naquela noite, de uma cerveja, na tentativa discretamente desesperada de uma boa noite de sono antes da reunião que teria no dia seguinte. Embora imaginasse que não fosse precisar entrar em campo de imediato, a sensação mista de medo e adrenalina agitavam o homem em casa, que, inegavelmente precisava de algo para se distrair.
E a distração perfeita não demorou a vir. Quando os olhos firmaram no sorriso da bela latina que se aproximara tão objetivamente de si, ele teve a certeza que teria o que precisava, ou ao menos o que esperava naquela noite. Não demorou a levantar do local, arrumando a camiseta preta sem grandes adereços mas, que expunham as tatuagens dos antebraços, e então a cumprimentando com um sorriso de retribuição. Os lábios de Gabreel entortaram ao canto, abrindo um em um riso charmoso e com discretas segundas intenções, e ele não demorou a puxar a cadeira ao seu lado para a moça. - Acredito que quem eu estava esperando, acabou de chegar. E eu ficaria encantado com a sua companhia.
Ainda que Ortega apreciasse novidade em sua vida, e o emprego como agente do FBI lhe proporcionava justamente isso em cada caso diferente que lhe era designado, a mulher nunca havia se dado conta de que na verdade tinha se acomodado no estado da Califórnia. Depois da morte de seu pai, a garota fora enviada juntamente da mãe para morar em San Diego sob proteção do órgão do governo. Na faculdade, mudou-se para Stanford e após se juntar ao DEA, retornou à San Diego de onde se locomovia ocasionalmente entre México e Estados Unidos. Mudar-se para um estado que ficava há quase um dia de viagem de distância de onde passou, literalmente, toda sua juventude e início da vida adulta a fez lembrar-se da sensação que sentiu quando saiu da Colômbia para a terra do sonho americano. Dessa vez, no entanto, a sensação não lhe causara medo ou introversão. Na realidade, embora a existência daquele resquício de ansiedade quase nostálgica, perguntou-se como não havia feito aquilo antes. Teria realmente passado o restante de sua vida no mesmo lugar se não fosse pela proposta de fazer parte daquele aclamado novo time? Estava feliz de não precisar descobrir e eventualmente se arrepender.
Já havia chegado em Washington há três dias, tempo suficiente para ajeitar o simples apartamento confortavelmente próximo de pontos que lhe eram importantes - o próprio prédio em que trabalharia e locais onde poderia correr em suas manhãs - e tentar explorar o máximo possível das redondezas antes do dia em que seria apresentada ao restante dos agentes com quem começaria a trabalhar posteriormente. Um dos locais que encontrou logo no primeiro dia havia sido um bar bem simples e calmo, diferente dos que costumava frequentar perto de onde até então morava. Liliana não tinha muitos costumes auto destrutivos - não chegava nem mesmo próxima de drogas como cigarro ou mesmo as ilícitas, não exagerava em alimentos não saudáveis e nunca ficava sem se exercitar. Seu único guilty pleasure era o álcool, o qual também nem sempre consumia com exagero. E ali, naquele local, descobriu a melhor Piña Colada de Washington DC sem ao menos precisar provar nenhuma das outras existentes.
O clima ali também era bastante diferente do tropical que estava acostumada, por isso vestia um casaco - claramente destoando do restante dos já nativos que tinham em si roupas simples que a colombiana usaria apenas com pelo menos cinco graus a mais na temperatura. Olhou em volta, seu olhar procurando por algo interessante que pudesse lhe chamar atenção. Ou alguém. Toda aquela emoção de um novo emprego e nova moradia também causava, inevitavelmente, um pouco de tensão. Seria ótimo acalmar-se antes da reunião do dia seguinte. Finalizando seu drink, estava quase desistindo da ideia quando @gabecumberbatch entrou no local. Ortega arqueou as sobrancelhas com a imagem do desconhecido, e quando este ocasionalmente lhe direcionou o olhar não perdeu tempo em oferecer um sorriso interessado. A possibilidade de receber um “não” nunca realmente assustou a latina, o que fez com que em mais alguns minutos ela optasse por se desencostar do balcão e ir até a mesa onde o homem estava. — Se importa se eu me sentar com você? Ou está esperando alguém?
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youngxliver:
Fizesse chuva ou Sol, domingo sempre seria o dia de levar Charlie a um lugar diferente. Desde que voltara a trabalhar para o FBI há três anos atrás, a rotina de Oliver tornara-se corrida de tal maneira que o tempo dedicado ao filho diminuíra consideravelmente, levando em consideração que estava sempre em treinamento com agentes e, agora, supervisionando os melhores, não deveria ser muito diferente. O moreno preocupava-se um pouco com isso, sabendo que antes do profissional Oliver Young, ele era pai, e deveria fazê-lo por onde da forma mais perfeita o possível. A ajuda que sua mãe dava durante a semana era como uma benção, levando e trazendo o neto da escola, atividades extracurriculares e ainda permanecendo com ele até que o homem voltasse para o conforto do lar e para o abraço do filho, sempre tão apertado mesmo que com os braços tão finos.
Naquele domingo específico e ensolarado, haviam decidido ir até ao National Mall, visando aproveitarem o dia ao ar livre. Estavam jogando futebol quando Oliver decidira buscar dois sorvetes, pedindo ao filho que ficasse exatamente onde estava fazendo suas embaixadinhas, há apenas uns doze metros dele. Quando Oliver virou-se para voltar com os dois cones doces, Charlie já estava conversando com alguém, desculpando-se da forma mais preocupada que uma criança de oito anos poderia desculpar-se. Já tinha visto tudo. Ele devia ter se animado e chutado a bola forte o suficiente pra ter atingido alguém.
“ — Charlie, o que aconteceu?” Perguntara, apenas por descargo de consciência e para que o filho pudesse se explicar melhor. Não costumava dar correções a ele na frente dos outros, mas com certeza conversariam, mesmo que ele não houvesse feito por mal e fosse tão sensível em relação às outras pessoas e ao respeito para com os demais. “Me desculpe, se houver alguma forma de eu-…” Interrompeu-se, reconhecendo a figura. “Agente?”
Em seus dias de folga, Gabreel tentava manter uma vida normal. Embora normal ainda se baseasse em pesadelos infundados, noites de insônia, sessões semanais de terapia e visitas periódicas a um psiquiatra. Naquele domingo em particular, uma vida normal se baseava simplesmente em ir ao parque, respirar fundo e talvez brincar um pouco com Darth, o pequeno filhote de pelos esbranquiçados que havia adotado há pouco mais de duas semanas e que parecia tão animado sempre que o médico lhe lançava o disco e ele o trazia de volta.
A brincadeira com o pet acabara sendo interrompida pelo impacto de uma bola contra o animal, que acabou correndo assustado e, antes mesmo que o homem pudesse ir atrás, o semblante preocupado de um pequeno garotinho acabou tomando sua visão. Cumberbatch abaixou-se, ficando na altura do garoto para lhe explicar que acidentes como aquele aconteciam e que compreendia que ele não havia feito por mal. Sempre fora tolerante com crianças, talvez, pela falta de tolerância que havia recebido quando mais novo, talvez por simplesmente gostar da forma que viam o mundo. Seus olhos todavia, ergueram-se ao ouvir a voz mais firme, podendo assim, reconhecer o colega de trabalho.
O homem assentiu com a cabeça, “agente”...A palavra ainda era ligeiramente nova para ele, apesar de já fazer quase um ano. Gabreel não havia se formado um agente, era médico, militar, ou qualquer outra coisa parecida, assim....mesmo a palavra já tendo sida proferida várias vezes, ainda lhe soava um tanto como novidade. Ergueu o corpo, evidenciando os um e oitenta e dois de altura e arrumando a postura. - Ei... Young. - Respondeu com tranquilidade. - Está tudo bem...É seu garota? Estavamos justamente conversando que emprevistos acontecem e que o Darth, meu cachorro, deve voltar a qualquer instante, eu vou procurar ele aliás...
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