Nerd, cosplayer e geek esquisitão, ainda assim casou com a mulher mais linda no mundo todo, apesar de não saber muito bem explicar como. Resumidamente, prefere pensar nele mesmo como um bardo urbenauta com delírios de eloqüencia. Vezenquando solta algumas filosofias. Foi diagnosticado como paranóide, sociofóbico e esquizofrênico, porém, sem apresentar riscos para a sociedade então boa. Como deve ter dado para perceber, em descrições de status adora se referir a ele mesmo na terceira pessoa. Disse que quando pensar em algo melhor para postar aqui, atualiza, a menos que venha a tão sonhada invasão antropófaga; Nesse caso ele vai às armas primeiro e atualiza depois.
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Sem PENA dela

(Vai ser depenado, esse Gabo, dias desses) Ohayo, Amados! CWB - (Desquite ou velório) Dentre todos os chatos incentivadores que eu tenho para tocar este puteiro de beira de estrada, talvez, o maior deles seja a minha patroa. E uma coisa assaz interessante me ocorre: nunca zoei com ela aqui. Foi num destes momentos em que ela me gralhava, súbito, me levantei e num rompante de inspiração, vim aqui e escrevi, escrevi, escrevi até sair fumaça dos dedos. Ela, orgulhosa, veio ver qual era o motivo de tanta inspiração. Foi quando, simpaticamente, disse ser sobre ela. Houve um desconfortável silêncio e uma feição granítica percorreu seu semblante preocupado. Seca, perguntou sobre o mote da historinha. Disse. Novo silêncio. Me senti como se tivesse arriado as calças e cagado na frente dela, no meio do tapete da sala. Virou nos calcanhares e saiu. Fui atrás. Perguntei se estava tudo bem e ela respondeu um sim mais seco que paçoca. Daí aconteceu. Me ameaçou, gritou, bateu coisas, arremessou coisas, chorou, rasgou suas vestes e tentou barganhar com sexo. Ameaçou com sexo, com a falta de. Ameaçou meu peruzinho com tesouras, disse que vai retirar minha salvação do inferno, coisas horríveis. Suplicou que iria pegar mal com as pessoas que ela conhece, tentando mirar minha compaixão. Foram tipo os cinco passos do luto de um modo tosco. Sensato, ponderei. E achei que meu casamento vale mais que uma historinha que quase ninguém vai comentar. Por mais engraçada que ela seja. Foda-se. Serei um mártir.
(Existe limite pra essa burrice toda, Gabo?) Bolinha do Palito Verde é uma pessoa engraçada. Nascida num tempo que seria deselegante dizer qual é, teve sua vida completamente mudada quando os missionários cristãos chegaram em suas caravelas no tempo das Cruzadas. Nascida em uma cidade em que o nome é maior que sua extensão territorial, onde o esporte local favorito é odiar a cidade vizinha. Após a chegada de um grupo de freiras missionárias, como já disse antes, teve sua vida mudada ao ouvir as histórias de um novo Salvador. Trocou sua devoção à Tupã por um espelho e o celibato. Daí, resolveu que devia anunciar as boas-novas ao Novo Mundo recém descoberto e entrou na barriga do gigante pássaro de metal. Lá, aprendeu italiano, que ela se recusa a ensinar sem remuneração. Levando em consideração o pavoroso domínio na língua inglesa dela, acho que é um modo de equilibrar as coisas. Sim, seu inglês é pior que o ensinado na pré escola. E não ensinam inglês no pré, então…
Entretanto, foi seu italiano que a jogou no caminho da Xuxua, em Tatatatuba, litoral paulista. Lembro-me de que ao ouvir falar pela primeira vez na Xuxua pensei em um Dollynho feminino, o retardado. Mas daí foi-se tudo explicado e eu fingi que entendi e ficou por isso mesmo. Porém, que fique registrado quê. A Xuxua é uma das pessoas mais fantásticas que eu conheci neste mundão porco que vivemos. Uma pessoa inerentemente boa, engraçada e com um coração gigante. E me lembrei dessa pois ela comentou um post meu, e agora eu sei que ela lê, então lá vai uma nossa, com carinho, para minha leitora de número onze: Xuxua, a ingênua, nos convidara - Bolinha do Palito Verde e eu - para passar uns dias em seu apartamento. Fomos, pois não somos de perder uma boca livre. Xuxua, desapegada, nos deixou com as chaves de seu castelo e foi ter com seus afazeres. Fiquei encarregado de fazer o jantar, bem minha cara mesmo. Decidi-me por fazer um belo frango assado esquecendo-me com quem era casado. Bolinha do Palito verde tem um problema seríssimo com frango assado. Minha doce esposa, que não masca chiclete sem usar as talheres adequadas, ao se ver cara a cara com uma penosa ao forno perde a compostura, esquece quem é seu Deus e ataca. Tenho mais dois causos HI-LÁ-RI-OS sobre. Já a vi destrinchar um franguinho com as mãos nuas, vociferando, rosnando e babando de modo primitivo. Foi terrível. Se vocês pedirem com jeitinho e ela não em matar ao ler isso, eu conto essas daí.
(Benhê.. a gente trouxe o martelo?) Então: ao me ver temperando o frango Bolinha do Palito Verde começou a rodear a cozinha, murmurando, impaciente. Pisando em ovos, sutilmente sugeri que ela fosse caçar o que fazer e rapasse da cozinha. Ela assentiu e, bufando como uma onça, foi-se ao banho. Dois minutos depois ouvi um barulho e julguei ter sido um caminhão de explosivos sendo detonado em um ataque terrorista. Doze segundo depois, lívida, chegou na janelinha da cozinha a Bolinha do Palito Verde e disse que precisávamos conversar; ao dizer isso, em câmera lenta, subiu o braço, que na mão segurava a maçaneta da porta do banheiro junto com o caixilho da porta, um pedaço da parede, fiação elétrica, tubulações de gás, encanamento de água e a vizinha do 309 pendurada ao fio do telefone com cara de assustada. O Síndico interfonou e pediu para que evacuássemos o prédio, fomos todos para a rua, gente com touca de banho, pijama, todos correndo carregando gatos e fotos e documentos; apareceu a militar, a civil, os bombeiros, a guarda municipal, a defesa nacional e a Patrulha Canina. Juntou curioso de tudo que foi lado, vieram o Corta pra Mim (RIP), o Gugu e a rede Globo filmar, foi um circo. Bolinha do Palito Verde andava em círculos com as mãos na cabeça repetindo sem parar A-Xuxua-Me-Mata como um mantra. É LÓGICO QUE EU ESTAVA ME DIVERTINDO COM AQUELA SITUAÇÃO. Este tipo de catástrofe se espera sempre que venha de mim, não da Rainha Elisabeth II da Santidade que é minha esposa. Se fosse eu, ela não perdoaria. Entretanto, meu coração de manteiga se compadeceu um tiquinho dela e sugeri até mesmo assumir a bronca com a Xuxua, afinal, como acabei de dizer, as pessoas tendem a esperar secretamente este tipo de coisa feitas pelo Gabo e ficam agradavelmente surpresas quando não acontece nada de ruim.

(Então Xuxua, esse é o seu novo buraco negro) E a Xuxua chegou. Bolinha do Palito Verde quase teve uma síncope, mas foi de encontro seu destino. Chamou Xuxua na Chicha e mostrou aquilo que restara de seu lar. Xuxua olhou para ela, para mim, para aquela fenda no tempo que havia na parede de casa e partiu uma gargalhada. Bolinha, que é sempre comedida e fina e educada e na hora do cu não passava uma agulha riu amarelo e eu que pensei que a Xuxua havia ficado louca ao ver aquela destruição que faria inveja aos bombardeios nazistas em Londres na Segunda Guerra ri também, até que a Xuxua disse que aquilo não era nada e pela manhã o seu Zé consertaria, era pra Bolinha parar de frescura e pra gente ir logo comer o frango. E fomos. E pela primeira vez desde casado vi a Bolinha comer frango assado educadamente, inclusive levantando o dedinho quando.

(Gente, chegamos! - Bolinha, ao visitar alguém) É isso, Amados. Espero viver para poder postar aqui novamente. E não se esqueçam - se vocês tiverem um imóvel para pôr abaixo, os nossos precinhos são camaradas. Um frango assado, e nem precisa ter farofa. Sabendo de seu destino, abraçando-o e serene, Gabo. (Pai nosso que estais no..)
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Meu primo Tôta
(”Mais eu do que eu nisso aí só se eu fosse o eu do outro eu” Van Damme, usando sua lógica vandâmmnica sobre o estilo de luta de meu primo Tôta) Ohayo, Amados! Nesses dias aí, (mentira, fazem uns dois anos já - mals aê) recebi um telefonema. Vários, aliás, aos quais eu não atendi porque sou relapso para estar e andar com um celular o tempo todo. Daí, recebi um pito de mamãe, que me disse que a vovó disse para ela que era o primo Tôta me querendo e era para eu atender a porra do telefone. Uai, o primo Tôta? Tá vivo ainda? Estava. Disse: “ - Então, primo, Beleza?” Sim, cara. Sempre de bom humor. E você?. Papo vai, papo vem, ele me disse que fazia tempo que eu não postava nada. Isso significa que agora, sabendo que ele lê, eu posso orgulhosamente dizer que entrei na casa dos cinco leitores. Me senti lisonjeado. Daí ele me perguntou se eu não tinha interesse em mudar de mídia. Largar o blog e fazer a parada pelo Youtube, que, sabemos, é o futuro e talz. Me fiz um pouco de tímido, mas todos sabemos que daria certo. Sou lindo, engraçado e carismático, isso todos nós sabemos. Só nunca entrei nessa pois não quero que a Globo me descubra, afinal, seria deselegante recusar um papel de galã na novela das dez. Novela é coisa de baitola. Daí lembrei que o Tôta gostava de novela. E ao lembrar das baitolices do Tôta lembrei também que ele ainda estava tagarelando no outro lado da linha e resolvi dar um pouco de atenção para ele, coitado. Voltei dos meus devaneios e soltei uns hummms, para mostrar que ainda estava ali. MPT: Então, primo... Eu: hmmmnnmmmm Súbito, ele sapecou: MPT: “- E você nunca contou uma das nossas no blog” Eu: Opa! Meu primo Tôta estava coberto de razão! Cara, você está certo. E isso é inadmissível, aliás. Não sei se ele leu o blog certo, a besta… já que todos que aparecem aqui são para passar vergonha. Muita. Entretanto, não sou homem de deixar os sonhos das pessoas se esfumaçarem, então.. HAHAHAHAHAHAHAHA A história com o meu Primo Tôta começou desde muito cedo. Nascido em CWB, foi-se infante para os confins de algum lugar perdido no cu do nordeste, o qual não lembro do nome agora. Chamarei, portanto de Calangópolis. Acontece que aos nossos dez anos de idade, ele retornou à nossa terra natal. Isso faz dele um retirante, mas não daqueles com chinelo de couro de bode e essas coisas não. Veio, sim, com o indefectível sotaque e uma predileção por manteiga de garrafa, dendê e cuscuz, e o estranho disso tudo é que um cabra que cresceu comendo uma dieta de farinha e cuscuz não saiba fazer um cuscuz decente. Coisas da vida.

(Meu primo Tôta fotografando o possante na viagem de volta) Mesmo depois de soltar toda essa torrente dos estereótipos mais preconceituosos possíveis, e faço isso não por preconceito, mas por que estereótipos funcionam, saibam que ele tinha mais escondido dentro dele. Ah, sempre tem. Sabe-se Deus como, ele trouxe de Calangópolis junto com sua pexêra e algumas rapaduras, uma estranha obsessão pelo Van Damme e esses outros caras. Acho que ele deve ter visto filmes como os Punhos do Dragão, Olhos do Tigre, Garras da Garça, Bigodes do Gato, Bico do Pelicano ou Tango & Cash umas 287 vezes. Cada. Quanto mais tosco o filme ou pior nome este filme tivesse, mais ele se interessava, locava e assistia. Acho que nem são mais produzidos filmes assim pelo motivo simples de não existirem mais combinações possíveis entre partes corporais e animais para batizá-los.

(Programação sempre instrutiva para crianças como o Tôta) Meu primo Tôta, mais conhecido por Garoto La Bamba, era tão aficionado que não bastava somente assistir, tinha que reproduzir toda aquela marmelada, e sobrava para o coitado do Gabo a infame tarefa de acompanhá-lo nessas pataquadas. E quando não estávamos nos perdendo com dezenas de caranguejos no centro da cidade, ou pauleando tanto a Fumbica do Jão (uma Garelli preta toda esbosteada) que perdemos o perú de natal, passávamos tardes inteiras com uma câmera à tiracolo fazendo vídeos do meu primo Tôta tentando dar golpes giratórios em galhos de árvores, os quais ele errava miseravelmente, malsucedidos espacates em cadeiras na sala de casa ou golpes mortais em tábuas de madeira podre. Ah, mas que merda eram nossos dias.
(#SQN) Talvez esperançosos em que ele fosse um novo Bruce Lee, talvez para que ele parasse de encher o saco com essa história de luta em casa, resolveram colocá-lo em uma escola de artes marciais. T-aek-ond-ô - ou seja lá como for que se escreve essa porra - foi o escolhido e o meu pequeno e jovem e inocente Primo Tôta ia faceiro com seu quimono dia sim, dia não. Quando parecia que havia me livrado da sina de ter que vê-lo dar frustrados golpes letais na flora local, aconteceu. Fui convidado para vê-lo na cerimônia de troca do Dan, a famosa troca da Faixa.
(A Escola MPT fazendo pupilos mundo afora) Era uma preguiçosa tarde de sábado. Quente, abafada. Eu usava uma camiseta cheia de pequenos dinossauros no dia, e pela noite fiquei gripado por ter saído de casa com o cabelo molhado. Engraçado, isso. Dificilmente lembro do meu almoço de anteontem mas consigo me lembrar perfeitamente de um fiasco com mais de vinte anos! Pois bem. Chegamos no dojô e nos sentamos. Meu primo Tôta foi-se ao encontro de seu Sensei e a cerimônia começou. A fantasia de um sensei com longa barba branca, fala mansa e muito sábio caiu por terra. Era um sociopata. Aos gritos mandou que entrassem em fila. Rapidamente prostraram-se, os alunos, em três ou quatro filas com cerca de dez cabeças em cada uma. Ao comando do sensei eles respondiam com uma palavra de ataque. Era um não mais acabar de Ki-iiiáaaas! e hy-iiôuuus! coreografados enquanto se golpeava o nada. Todos aplaudiram efusivamente. Não contente, o sensei pegou uma vara e começou a golpear os alunos com ela. Gritava: “Gostam disso?” e eles respondiam que sim. Eles chamam esta arte marcial de Ta-ekon-dô, mas eu entendo isso como casamento. Não satisfeito em surrar as crianças na frente de seus familiares ele foi além. Botou todos eles deitados de costas no tatame e disse que iria mostrar para todos os presentes como ele havia feito de seus filhos lutadores durões. Passaria pisando na barriga de cada um. Daí, aconteceu.
(Era uma vez um dojô) Ao chegar no meu primo Tôta, que estava com a barriga retesada, de tanto fazer esforço, o gás saiu. Foi um peido de respeito. O ginásio, lotado, foi tomado por um silêncio desconfortante. O peido parecia interminável. Foi um peido tão longo que só perdia para o Hino Nacional. Mas na sua versão completa, pois na versão curta o peido ganhava com vantagem. Acreditem em mim, era um cu afinado em Lá Bemol, sim senhor! Só o peido, por si, deveria ganhar uma faixa e subir de nível. Constrangido, meu primo Tôta se levantou e nos olhou. Vovó me fez prometer que não riria, mas já era tarde. Acenei positivamente e quando vi que ele já não nos olhava mais gargalhei por quase quarenta minutos. Meu primo Tôta, enfim, ganhara sua faixa. De qualquer maneira ele teria saído com uma faixa de lá, fosse na cintura, fosse nos fundilhos. Desnecessário dizer que ele nunca mais voltou naquele dojô, entretanto, não abandonou as artes marciais. Foi questão de tempo para o Jackie Chan que há dentro dele aflorar novamente. Hoje meu primo Tôta está enveredado pelo caminho sedutor do MMA, o que não me amedronta. Levando em consideração a forma com que ele chutava os galhos de árvore quando criança, só mesmo um milagre para eu não conseguir fugir dele quando ele ler este post. Mas só por garantia vou treinar uma voadoras por aqui. Só por garantia, claro.
(Pode vir, Tôta. Tô preparado pra te encarar em pé de igualdade no mesmo arte marcial style que você) É isso, amados; Sintam-se beijados e abraçados nesta tarde quentíssima de quarta-feira. No corner verde, Gabo (A voadeira mais alta que já deu não passou de dez centímetros de altura. Entretanto já correu cinco quilômetros, então, acha que está ready para o fight)
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Eu, pai.
Ohayo, Amados! (Pois nem Isaac Asimov podia prever essa) - Está uma madrugada fria hoje, coisa de sete graus célsius. O relógio acusa quatro e doze da matina e ainda estou aqui na sala de casa para não atrapalhar o sono de sua mãe, notebook no colo, redigindo umas linhas sobre tudo que está acontecendo na minha vida atualmente. Ando meio insone e penso que me ocupar de algo produtivo possa ajudar. Não que vir aqui escrever bobagens possa realmente ajudar em algo ou até mesmo ser produtivo, mas é bom me iludir quê. - Nota: E aproveito para fazer este registro histórico de como foi descobrir que serei seu pai

(Não adianta espernear pois vai todo mundo na missa) Quando tiver idade para ler isso e entender toda esta torrente de bobagens que sai da cabeça de papai - pois eu me decidi que papai é como quero ser chamado, após a chata da mamãe decidir que Lorde Supremo Benevolente e Lindo Papai soava muito arrogante de minha parte, ainda que seja a mais pura verdade - pode ser que eu tenha alzheimer e não me lembre dos detalhes, ou ainda posso não estar mais aqui, o que não é de admirar, pois já fazem quatro dias que não durmo. Estou com umas olheiras terríveis. Bom para você que terá um panda como pai. Gordo, olheiras, manchas pretas pelo corpo devido aos castigos que mamãe impõem diariamente ao papai. Só me falta começar a comer broto de bambú para. - Nota: Papai pode ser mui dramático às vezes
(As deliciosas noites de Papai após saber de você)
Sim, Zigoto. Estou sem dormir de preocupação. De ansiedade. De medo, cagão que sou com essas coisas. E Zigoto é como papai te chama, provisoria e carinhosamente, para não influenciar na sua divisão celular. E ainda, foda-se, é o que você é. Gametas viram zigotos que viram embriões que viram bebês. Você aprenderá sobre isso em biologia, espero. - Nota: Papai é um bobo o tempo todo Ah é, estou aqui para digressar sobre como foi descobrir que seria pai. Pois bem, estou logo avisando que não foi nada de mais. A gente pensa que vai chorar, gritar, tomar a esposa no colo e beijá-la com lascívia e ser preso por atentado violento ao pudor mas não, desculpe por te desapontar. Foi assim: Papai estava no carro esperando a mamãe, que como sempre, estava atrasada. Sua mãe é uma coisa complicada no que tange horários, mas isso você já sabe. Espero que você não seja assim, ao nascer. Não peço que tenha minha precisão germânica, ou uma pontualidade britânica, só peço que não tenha a infame moleza clevelândica de sua mãe. Dois dela eu não sei se aguento. Pois bem, impaciente, ouvindo a BandNews FM, a Laura me dizia que a mínima seria de nove e a máxima de dezenove graus célsius. Quando estava preparado para ir tirar a mamãe pelos tornozelos de dentro de casa, ela irrompeu pela porta da garagem, uma caixinha à tiracolo, e sentou-se no carro. Estendeu a caixinha para mim e ficou me olhando com uma cara de quem acabou de comer uma barra de chocolate escondido, que era aquilo que ela realmente estava fazendo dentro de casa, diga-se. Abri a caixinha e vi um bastonete com a ponta azul e duas linhas verticais. Olhei para ela e quando ia perguntar ‘que porra é essa’ me veio como um chute no saco. É claro que eu sabia o que era e para que servia, só não conseguia processar o como. Automaticamente desviei os olhos para minhas mãos, que é sintoma primário de que estou constrangido. Emocionado, a primeiríssima coisa que veio na minha cabeça quando eu descobri que seria pai, foi uma canção de dois palhaços chamados Atchim e Espirro, que eu gostava quando criança, sobre um macaco que vai ter um filho. Sim, eu sei que você esperava algo mais romântico da minha parte mas é o que tem para hoje, pode rir. - Outra Nota: Bobo? Na verdade o papai é um retardado o tempo todo Não obstante eu estar com pensamentos sobre macacos e sua primogênita prole vindoura, dei um tapa na emoção, (pois sou um homem desprovido de sentimentos) e bati partida no carro. Silenciosamente ganhei a rua e fomos para o trabalho. Sua mãe deveria estar pensando que eu estava planejando pular fora, com o carro em movimento, e fugir para o Paraguai ser muambeiro. Ou que eu estava tendo um derrame cerebral. Ou inventando uma nova amante imaginária para mim. Ou, conhecendo ela, o mais certeiro é que ela estava pensando em Jesus, sei lá. Só sei que minha cabeça alçou vôos mais longínquos. Até hoje eu não contei para ninguém aquilo que realmente aconteceu dentro dos recônditos de minha perturbada psique, mas papai te deve essa. Segure essas fraldas aí e apenas leia; - Mais uma nota: Se te pegar rindo da minha cara, te coloco de castigo. Ainda sou seu pai, me respeite - Nota da nota: Pelas costas eu deixo rir
(”Gabo, tô prenhe” - Mamãe) Não sei como não causei um acidente naquele dia, de tão chocado fiquei com a revelação. Acho que nem se a mamãe tivesse me dito que tinha um pinto e de noite eu iria me ver com ela, eu teria ficado tão chocado. Logicamente eu fiquei feliz, acho que nunca fiquei tão feliz na vida como quando eu recebi a notícia - nem com o fato de sua não ter realmente um pinto - mas acontece que eu nunca consigo adormecer minha mente. Enquanto guiava e cantarolava a dita canção sobre os macacos, de soslaio analisava a barriga da mamãe. Foi aí que me dei conta de que ali dentro havia uma fodida divisão celular e entrei em pânico. Em meu devaneio, dentro da barriga da mamãe havia uma giroflex vermelha e uma sirene daquelas de alerta de ataque aéreo tocando intermitentemente, e as células corriam, em pânico, para todos os lados; trombando, gritando, carregando células feridas e tentando apagar incêndios e evitar saques no mercadinho que imaginei existir nas tripas de sua mãe.Depois me dei conta do ridículo da ideia e tentei me lembrar das já citadas aulas de biologia, seu velho pai sempre foi conhecido por ser um homem sensato. E lindo. Pois bem, ao pensar nas aulas de biologia que eu tive quando adolescente, a coisa degringolou novamente. Aprendi que metade do seu ácido desoxirribonucleico, ou seja, seu DNA, viria de mim e metade de sua mãe. Simples assim. E na hora do devaneio me sapecou na cabeça aquele quadro com os cachorros jogando pôker:

(- “Cubro seus olhos e aposto meus cabelos”; - “Mostra!” - “Estava blefando. Leva. Jogão esse, o seu”.) Não é um bicho de sete cabeças, enfim. Sentia-me um Charles Darwin novamente. Daí me lembrei de uma crônica escrita pelo fantástico Luís Fernando Veríssimo que dizia algo como embriões humanos até certa altura do campeonato serem idênticos com o de peixes, o que me fez murchar o sorriso interno sob o peso inflexível de uma cena em que na maternidade, a enfermeira diria “parabéns, é um tubarão lixa”. Levando em consideração que os narizes de mamãe e papai não são bem um exemplo para pequeno, calcule o desconforto. Tentei retomar a linha de pensamento de outrora, aquela linha segura de que meus genes e de sua mãe brigariam entre si para ver quais eram recessivos e determinantes para que não tivéssemos um atum para criar, quando veio a segunda viagem do dia: Era um daqueles finais de tarde com o céu vermelho. De clima abafado, silencioso, lúgubre, duas tropas fitavam-se em busca do menor sinal de dúvida. Meus genes estavam em formação de batalha de um lado da colina, fitando os genes de sua mãe que prostravam-se também em posição de ataque no platô em frente. Enquanto meus genes estavam com uma pintura azul na cara tais como William Wallaces microscópicos e usavam elmos vikings & machados de duas mãos, os de sua mãe estavam vestidos como Templários que empunhavam uma bíblia, ancinhos e tochas. Meus genes, após terminarem um bunda-le-lê partiram, gritando, em busca de um valhalla e o que se desenrolou foi uma batalha sangrenta. Enquanto me divertia com esta dantesca cena de carnificina microscópica, imaginava os gritinhos e recomecei a rir. Mais uma nota sobre o papai: Tudo que papai imagina fatalmente terminará em carnificina ou em sacanagem Nota sobre a mamãe: Ela começou a roncar depois de engravidar de você. Está, nesse momento, parecendo uma motosserra no quarto e a Zumbi veio até a sala reclamando somente para se refugiar comigo Enquanto meus genes estavam trazendo armamento químico para o campo de batalha, o sorriso tornou a murchar e, súbito, o pânico voltou. A matemática é implacável nessas horas e ao somar o fato de quê uma célula virariam duas, duas seriam quatro e sucessivamente, me veio um flash na cabeça em que as células começariam e se replicar desordenadamente até que do nada, como em Alien - o Oitavo Passageiro, a barriga de mamãe explodiria e você pularia para fora direto em meu colo, onde não pararia de crescer e ficaria grande como o Godzilla e destruiria o planeta terra. É lógico que não seria tão rápido assim, essas coisas levam meses e papai e mamãe são baixotes (ela sendo bem menor que eu) mas repito: papai estava apenas em pânico. - Sim, mais notinhas sobre o papai: Ele assiste filmes demais!

(É, eu sei que isso é uma referência a Caça Fantasmas e não tem nada a ver com minha viagem mas... castigo, lembre-se) Depois disso, me perdi dos pensamentos e, quando isso acontece, pode ter certeza de que invariavelmente eu estou pensando em carros de arrancada. Funciona assim: - Imagine uma sala totalmente branca e coloque um monobloco qualquer que você queira montar lá dentro. - Imagine a mecânica sendo montada, escolha o r/l das bielas, a graduação dos comandos de válvula, lobe center adequado para aspro ou turbo, arrombe os dutos do cabeçote, faça a escolha correta da turbina, escolha os formatos e tamanho das garrafas de nitro.. as opções são infinitas! - Alivie o monobloco, faça a rollcage, enfim, divirta-se. O engraçado é que nesta garagem sem limites de grana, tempo e totalmente asséptica onde eu me refugio das agruras do mundo desde pequeno, pela primeira vez não estava lá sozinho. - Another daddy’s note: Ele gosta mais de drag cars que de pizza. E olha que ele gosta de pizza mais que de qualquer coisa no mundo.

(Acrescente +45psi de fofura!) Nisso, fui sequestrado de meus delírios automotivos pela mamãe quando me disse que o teste que ela fez não era confiável, estava vencido, e fomos fazer um exame de sangue. Sua mãe, claro. Sou somente o motorista da Miss Daisy. Isso eram, lembre-se, sete e meia da manhã. O Dito exame sairia somente às 16h30. Foi o dia mais longo da minha vida. Não me aguentando de curiosidade resolvi dar uma olhada no resultado pela internet mesmo. O que é internet? Algo que você não vai conhecer, Zigoto. Pois bem, ao acessar o site do laboratório e fazer o login haviam dois botões na interface que diziam: ( ) ver o resultado ( ) voltar ao início Oba! Ainda havia uma chance! Se eu voltasse ao menu sua mãe não estaria grávida e eu poderia muda meu nome para Pablo Hernandes e partir para o Paraguai no primeiro ônibus que saísse da rodoviária. Devo ter ficado por uns bons dez minutos olhando para os botões do mouse, a um clique de mudar toda a minha vida. Na minha cabeça (ah, essa minha cabeçona) só vinham aqueles resultados de exame de DNA que o programa do Ratinho fazia no programa dele. Meu medo era de que se sua mãe estivesse grávida apareceria do nada uma equipe de filmagem, um microfone sairia voando pelo monitor e pessoas rolariam no chão, lutando. Isso me fez rir. E criar coragem. Abri o arquivo. Pequeno interlúdio em forma de flashback, um alívio cômico só pra fazer um charme na hora de maior tensão da história: Deixo registradas estes singelos gifs que exemplificam o modo como você foi gerado, Zigoto. Qualquer dúvida que você por ventura possa ter, pergunte para a mamãe que com toda certeza do mundo vai adorar te explicar o quê eles significam.
(Na primeira fez tchan, na segunda faz tchum e na terceira...)
(...seu papai vai para o inferno) - Sim. Outra porcaria de Nota: Papai viu o resultado, foi ao banheiro e de lá fez a dancinha da vitória. Não que ele tivesse dúvidas, afinal, ele é um grande reprodutor... Enfim, estou apenas sendo prolixo, Zigoto. O fato é que pela primeira vez na vida estou me sentindo perdido. Isso é assustador. Não faço a menor ideia de como proceder. Jamais peguei um bebê no colo, logo eu que sou o maior desastrado do mundo. Já tive pesadelos em que te derrubo ao tentar de embalar. Logicamente eu te peguei antes da segunda quicada no chão, mas isso não foi consolo. Sou provavelmente a pessoa menos indicada no mundo para lidar com coisas delicadas. Não sou um bom exemplo para ninguém, nunca fui. Como, em nome de Deus eu terei moral para te disciplinar quando eu mesmo sou um incorrigível? Nunca fui um bom filho, um bom amigo e nem me considero um bom marido. O que me faz pensar que serei um bom pai? Saberei dizer sim na hora certa ou pior, negar algo para você? Não consigo me impor nem na hora de pegar a batatinha frita, caralho. Não poderei mais usar de tantos palavrões, claro. Logo eu que faço um estivador corar com meu chulo vocábulo. Ter você em minha vida fará me encarar como um alguém falho, falível (por mais que eu não goste de pensar nestes aspectos torpes de minha personalidade) e pela primeira vez, mortal. Aí me vem o pânico novamente, pois não posso conceber de te largar neste mundo. Quero estar na sua vida, participar dela, goste você disso ou não. Nunca levei nada adiante na minha própria vida, abandonei tudo que comecei menos a dita própria, que optei por levar nas coxas, porcamente. E agora tenho que zelar por um pedacinho meu que não tem culpa de seu pai tosco ser tão irresponsável assim. Estou te encarando como um recomeço, como um pedaço de mim que eu ainda não decepcionei, como um legado com o qual eu não fodi miseravelmente. Entretanto, posso te garantir uma coisa, e ouça com atenção que eu não sou de repetir as coisas várias vezes: Papai já te ama. E acho que isso vai me fazer ser mais Salomão do que Herodes para você. Ainda que pesem contra o papai a total, completa e ridícula inabilidade com crianças me sobra determinação: Seu velho e tolo pai está estudando horrores, vendo vídeos e agendando cursos para saber como se faz para dar banho e comida - fraldas nem a pau, você terá mãe para isso oras!! - Tenho tantos planos! Irei lhe ensinar valores. Se você, doce nascer homem vou te ensinar a ser homem desde pequeno, a respeitar as mulheres e o valor do trabalho honesto. Caso seja a minha menina, lhe mostrarei com amor e gentileza que você tem que se valorizar e não escolher uma vida fútil e vulgar. Independente o sexo que você nascer, vou te passar caráter! Vou te ouvir, sempre. Jamais vou lhe impor nada, porém vou te mostrar com carinho tudo aquilo que eu amo e me faz ser quem eu sou. Saiba que faremos longas caminhadas na mata, teremos uma carcaça podre de automóvel para restaurarmos juntos no quintal de casa aos finais de semana, ainda que sob protestos de mamãe. Redescobrirei desenhos animados da minha época, te mostrarei tokusatsus! Meu Deus, poderei ver Dragon Ball e o Ninja Jiraya novamente! Jogaremos videogame juntos e se você se comportar direitinho durante o dia até deixo você ser o Mario algumas vezes, ficando eu com o Luigi. Se não se comportar vai jogar com o Toad. Te lerei gibis, ou melhor, te ensinarei a ler com gibis, como eu mesmo aprendi. Brincaremos na lama, andaremos de bicicleta. Só peço a Deus para que você não se arrebente o tanto quanto o papai se arrebentou nesse troço, pulando valetas e em pistas de MotoX. Ensinarei-te tudo que sei sobre mecânica, comédia nonsense, nerdices e coisas geek. Vou te mostrar todo um mundo de sons e experiências sonoras musicais. Lhe presentearei com literatura, livros com os quais eu me afirmei como pessoa lendo. Assistiremos clássicos do cinema, os quais a sua mãe detesta assistir comigo. E assistiremos corrida de automóveis, motos, caminhão, de qualquer coisa. Passarei horas vendo vídeos de carro contigo, leremos as revistas de preparação automotiva juntos quando o papai chegar em casa. Farei minhas famigeradas e infames mágicas, faremos piquenique e acampamentos, ainda que na sala de casa ou no quintal. Vou cuidar de seus dodóis e dar beijinhos para sarar. Contarei historinhas todas as noites juntas com um beijo de boa noite. Ensinar-te-ei mesóclises para que possas usar em textões como este, fica charmoso. Te levarei de carro nas festas e depois irei de madrugada te buscar. Vou te ensinar a dirigir e, principalmente, a arrancar no sinal com o giro no tempo certo para ter todo o torque disponível. Vamos pular nos sofás, fazer guerrinhas de travesseiro e implicar com a mamãe até ela correr atrás da gente com o cinto. Daí papai vai te proteger. E se não puder proteger papai vai te consolar. Papai vai te aconselhar, ser um ombro para você não importando as dificuldades. Te ensinarei que o diálogo resolve tudo, sempre. E te ensinarei a ser sapeca com diabruras saudáveis e respeitosas. Sempre te darei apelidos bobos e espero que implique o tempo todo comigo, sentaremos e implicaremos e riremos um da cara do outro, mas com respeito. Sonho com o dia que nos fantasiaremos de índio e, na madrugada, tiraremos a mamãe amarrada da cama para fazer uma oferenda para o deus sol na cozinha. E por falar em cozinha, vou te ensinar tudo que sei de culinária, vamos zonear com a cozinha sempre que der um tempinho, juntos. Por todo o sempre. Acabei de olhar no relógio e já está quase na hora de mamãe acordar, melhor ir para a cama fingir que dormi, ainda que pouco. Não é um bom momento para deixá-la preocupada. Aproveito e te dou um beijinho de bom dia.
(Papai e mamãe sendo flagrados ao descobrir você)
(Papai e mamãe sendo flagrados ao pensar em como fazer daqui pra frente) Enfim, seja bem vindo, Zigoto. Papai não faz a mínima ideia de como ser um pai, vai acertar algumas vezes e errar outras tantas mais.. mas te promete que vai se divertir descobrindo como ser um. (Finalmente) A última nota: Papai está todo emocionado fantasiando, mas pode ser que você deteste tudo o que ele mais ama e tem para te ensinar e desdenhe disso tudo na cara dele. Olha, Zigoto. Daí eu te dou pra adoção e começo tudo novamente. Cagado de medo, Gabo. (Parabéns pro papai, parabéns pro papai. Prepara o charuto que a festa tá demais, parabéns pro papai!)
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Véia, Sui Generis
Ahn.. oi? É, hmm.. oi! Isso. Oi! Pronto. Decidido o cumprimento. Alguém ainda vem aqui? Bom, acho que sim, levando em consideração que o contador de visitas está mais alto do quê da última vez em que estive aqui e efetivamente postei. Engraçado isso, postar. Há. Eu posto, tú postas, ele posta. Mentira; eu não posto mais, admito. Não devo nem lembrar mais como se faz isso. Vejamos: B mais A, fica Ba. Fácil. L com A, La. Pff. Bom, agora complica um pouquinho. Ba, junto com La fica... hmmm.. ahnn.. Bola! Não! Para tudo! Dãa... Ba com La vira Bolo, é lógico! Sim senhor, Bobo! Já posso até mesmo prestar o Enem! E agora que já comprovamos que meu nível intelectual está nos mesmos patamares de outrora, vamos direto ao conto de hoje. (Ou vai dizer que você espera mesmo que eu me desculpe por sumir assim, por quase um ano sem mais aquela?! SE LIGUE TROUXÃO(ONA)) Ohayo, Amados! Todos nós vamos, fatalmente, ter de nos deparar com a maioridade. Nada contra, claro. Ou a sua ou a de alguém, um dia nos vemos cara a cara com elas, as implicações inerentes à terceira idade. Inicio esta pequena digressão cravando: não tenho preconceito nenhum contra os idosos, e tudo aquilo que disser a partir de agora era pra ser levemente cômico e não ofensivo. E quem se ofender, sempre é bom lembrar: Foda-se, antes que me esqueça. Então: nada tenho contra a velhice. O problema são os perigosos subgêneros presentes na melhor idade. Tomemos por exemplo as Idosas. Idosas podem ser divididas em três subgêneros básicos:
Vovó: aquela senhorinha bondosa e sorridente que vive fazendo quitutes para as crianças, contando historinhas e fazendo crochê. Peruas: são as idosas que querem ser meninas, se pintam, vão nos bailes, viajam, enfim, vivem. Vovós são a menor das castas, pois só existem na cabeça do Monteiro Lobato e ninguém mais lê ML, infelizmente. Peruas ainda existem porém em número reduzidíssimo, afinal, quem pode vivir la vida loca com a aposentadoria que a previdência dá para eles hoje em dia? O que nos joga diretamente no terceiro e mais obscuro gênero das velhinhas: As Véias. Véias são a antítese das vovós. São maldosas. Vestem-se mal. São irritantes. Véias são aquelas senhoras que criam caso por tudo. Fazem barracos em filas. Véias são facilmente reconhecidas por reclamar de absolutamente tudo, o tempo todo. São as Véias as que ficam no seu ouvido nas viagens de ônibus falando de doença sem parar. Sempre com suas sacolinhas de mercado com remédio e guarda-chuva (guar dachuva, guarddachuvva, guardachuva) à tiracolo fomentando o ódio e torrando seu saco, puxando assuntos ridículos ou falando de Jesus Cristo num loop infinito, independente se você está ouvindo ou não, Ah sim, as Véias só querem falar. O Pior é que nem nós, homens, nos vemos livres deste destino, porém, como sempre fomos mais simples que as mulheres em tudo, reduzimos nossos gêneros para apenas dois. Idosos ou ficam sem-vergonha e sem noção, ou ficamos chatos. Ponto final. Um bom idoso não foge muito a regra. Caso não torne-se um assanhado irritante acaba descambando para, veja só, virar uma Véia. Pois sim, Véias transcendem gêneros e eu mesmo estou meio Véia vezenquando. Sempre quis ser um Velho Tarado, mas o azar não será meu, e sim da Bolinha Palito Verde que vai me aguentar. Eu terei de encarar uma perua nela, enquanto ela vai ter de arcar com o Véia Assanhado do LoriGabo. Entenderam a equação? Não é a idade, é a postura que faz de você uma Véia. Dito isso, posso lascar: Odeio Véias. Dias atrás estava no ônibus sentadinho em um banco cinza. Todos sabem que bancos amarelos são os preferenciais e devem ser oferecidos para idosos, deficientes e talz mas misteriosamente quem senta neles adormece imediatamente e acabam não vendo os ditos preferenciáveis. Sobra daí para os trouxas com coração de manteiga como o Gabo ceder seu lugarzinho para eles. Neste referido dia estava muito calor, estava fatigado e havia andado um monte debaixo do sol e meus tornozelos fodidos me matavam, mas ao ver uma Véia embarcando ainda assim eu levantei, sorri e ofereci o lugar. Pra ser sincero não tinha como não vê-la, pois a abençoada devia pesar uns 180kg, no mínimo. A Véia, sendo Véia, disse que não precisava pois ia descer logo adiante. Ficou fazendo aquele cu doce típico e característico, o qual como de praxe eu ignorei e tornei a sentar antes que roubassem meu lugar. O ônibus arrancou e, claro, a Véia sendo a Véia que deve ser, se estabacou. Quando foi ao chão já segurou a perna e começou a gritar de dor, como reza a cartilha básica das Véias. Todos imediatamente se viraram e me olharam feio, jogando a culpa da fratura naquela Véia sefazendina do capeta nas minhas costas. Súbito, me levantei e fui acudir a bendita da Véia antes que as turbas entrassem na próxima estação tubo e a pisoteassem. Lembrem-se, minha suspeita era de que ela pesava uns 180kg, o qual pude comprovar na prática. Fiquei numa posição ridícula, agachado atrás da Véia e aí a catástrofe aconteceu. Todos sabemos que não se deve erguer peso com as costas e sim com as pernas, mas se eu não colocasse todo meu corpo na hercúlea tarefa de mover aquele monte de banha jamais conseguiria movê-la por um centímetro que fosse. Sou um ser humano, não um munck da Passaúra. Foi na terceira tentativa. Sempre é na terceira. Abraçado de conchinha na Véia, mãos perdidas debaixo de camadas de banha, teta caída e camisas de tricô, botei todo meu esforço pra fora. Junto com um peido fantástico, claro. - Pausa para rir da minha cara. Na hora eu queria morrer. Queria encher a Véia de bicudas. Minha única opção era a de continuar o trabalho pelo pouco que me restava de dignidade. Rezei para todos os santos para não fosse um peido e sim para que apenas minha calça tivesse rasgado, logo eu que aboli as cuecas em 2006, mas não era minha calça, infelizmente. Daí torci loucamente para que ninguém tivesse reparado, assim poderia comentar depois na maior cara de pau que havia explodido um caminhão de gás na rua, sei lá, mas todos foram bem discretos e educados e não fizeram alarde. Assim sendo, eu fingi que não fui eu, eles fingiram que não ouviram e todos nós fingimos que não fedeu. Não tinha como não ter reparado naquele peido, de tão alto. Se alguém tivesse uma bandeira na hora eu a teria desfraldado na certa. Houve uma pequena comoção após este fiasco, talvez por medo dos populares de que se eu continuasse tentando levantar a Véia sozinha eu me cagaria todo. O brasileiro se solidariza nestes momentos. Afinal, três caras me deram suporte, rostos meio virados por causa do cheiro, e colocamos a dita em pé. Depois de tudo isso ela - veja só como Véias são coisa do capeta - resolveu aceitar o banco que eu ofereci outrora. Se ajeitou, me olhou e, constrangida, decidiu que devia puxar papo comigo, como que pra me compensar pelo fiasco; exatamente isso. Começou a falar da última operação que ela teve que fazer, sacando inclusive um raio x sabe-se lá de onde. A viagem foi longa, mas ao menos abriu-se uma clareira ao redor do peidorreiro aqui, o que foi bom, pois se tem uma coisa de eu odeio mais que Véias são pessoas encostando ou pegando em mim. Detesta Véias mas se amarra numa macro, Gabo (Jamais entrará num ônibus da Nissei. #Fato)
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Ohayo, Amados! O fim de uma era, este.
Jamais pensei ter que fazer isso, galera. Infelizmente terei que sair daqui deste puteiro de beira de estrada que tanto nos divertiu. Que já tanto me divertiu nestes últimos anos. Se tem algo que a cultura pop me ensinou é que temos de saber a hora de parar. Darth Vader soube a hora de acabar com o Império. George R. R. Martin soube a hora de deixar os outros fazerem o trabalho dele, aquele preguiçoso. Até mesmo o Andy soube a hora de deixar seus brinquedos para trás. E é sobre isso que este post se trata, saber deixar para trás. Pô, não se pode nem ficar uns meses sem postar que quando voltamos está tudo zoneado. Houveram algumas mudanças nas postagens daqui e não deixam mais anexar várias fotos intercaladas com vários fragmentos de textos, quais vocês já se habituaram no modus operandi das bobagens que eu escrevo e vocês parecem tanto gostar. Gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente divulgaram, leram, comentaram, incentivaram, sugeriram, reclamaram, exigiram e fizeram saporra acontecer. De legado eu deixo as histórias escritas em toda sua evolução, desde simples textos corridos até megalômanas coisas com fotos, gifs, músicas nerds. E a A.R.R.E.G.A. Mas podem tirar seus véus pretos de viúva. Se o Tumblr vai virar um mausoléu de cultura pop ligeiramente cômica e meio brega & kitsch eu voltarei com tudo, pois como piolho eu estou sempre por aí, à espreita para azucrinar suas cabecinhas. É com imenso prazer que anuncio aqui o novo mocó do seu escriba barbudo preferido: gabozen.livejournal.com E lá o choro é livre. Sabem o que fazer. Obrigado. (Menos ao tumblr pois esse eu quero mais é que se foda) Me sentindo como o Gandalf indo até Mordor, Gabo. (Vocês vão ter que me engolir, POHA)
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Mas que merda!

Konbanwa Amados!
E lá estava eu, algum tempo atrás, em uma budega deadline perdida no cu do mundo em busca de comida. Havia saído para dar um singelo rolê com o Macaco e só pra variar acabamos por nos perder em mais um daqueles memoráveis rolês errados que a gente dava vezenquando. Avistamos um decrépito boteco azul que parecia ter saído direto de uma produção de barata. Apesar disso juntamos forças e trotamos até lá, afinal, estar varado de fome é uma coisa. Agora, ser visto correndo em direção um botequim de quinta categoria que mais parecia um banheiro público era deveras deselegante. O lugar era tão zoado que o dono ficava com um pedaço de pau na porta tocando os cachorros sarnentos e vadios que ficavam na rua… direto pra dentro do boteco! Mas eu estava roxo de fome e quando estamos roxos de fome até mesmo coisas singelas como cólera, salmonela, sarna e/ ou higiene básica e bom senso viram confete burguês. Quem nunca?
Entramos e passamos por uma mesa de sinuca com um buraco no meio e que servia de apoio para um balde que julguei ser para colher água da chuva. Ou vômito, vai saber. Sentei numa banqueta de madeira que estava no balcão. A banqueta tinha uma perna torta e a impressão que dava era que mais cedo ou mais tarde ela cederia ao meu peso e eu cairia para a esquerda por sobre o Macaco, que não estava em melhor situação que a minha. A banqueta dele só tinha a armação das pernas, não tinha assento, que fora arrancada há muito. Só que o espírito de porco que tirou o assento deixou os pregos, então calcule a situação. Ele sugeriu trocarmos e eu mandei-o tomar no cu: eu já estava afeiçoado à minha cadeira manquitola e quase um expert na arte de me equilibrar naquela porra. Enquanto discutíamos o dono entrou e com todo o desdém do mundo perguntou se queríamos um trago de alguma coisa. Ou perguntou se queríamos comer. Ou se éramos testemunhas de Jeová. Jamais saberemos, pois ele apenas grunhiu algo ininteligível por entre uma boca com um palito de dentes dentro. Perguntamos se ele tinha alguma coisa para comer e ele grunhiu novamente e sumiu por uma porta adjacente ao balcão. Lógico que começamos a rir, mas o esquisitão voltou com uma mulher a tiracolo e, porra, era definitivamente a mulher mais feia que eu já tinha visto na vida. Ele grunhiu uma terceira e derradeira vez e quem assumiu as rédeas da situação dali para frente foi a belzebéia.
Tornamos a perguntar se eles serviam comida e como resposta houve um sorriso. A belzebéia se empertigou toda e com um olhar cheio de honra disse que não queria se gabar, mas eles tinham a (infame) reputação de servir sanduíches do tamanho das nossas cabeças. Levando em consideração que nunca encontro bonés que me sirvam devido ao diâmetro descomunal da minha cabeçona, comecei a ponderar se aquilo era realmente uma boa ideia, mas o morto de fome do Macaco já havia encomendado logo dois, um para cada, e completos, ainda por cima. Foi a minha vez de grunhir.
Enquanto estávamos sob a implacável vigilância do grunhidor, recomeçamos a bater papo do ponto de onde ele fora interrompido. O Macaco falava e eu olhava ao redor. Havia no balcão uns potes com uma água verde arroxeada e ovos cozidos empalados em espetinhos, uns potes de rolmopps (HEY, RUI!!!) e umas garrafas de bebidas com algo que pareciam ser cebola, alho, gengibre e testículos humanos dentro. Não vou mentir. Senti-me ligeiramente desconfortável ao ver aquela última garrafa. Com o cotovelo, sutilmente cutuquei a besta do meu amigo nas costelas e apontei com o nariz aquelas garrafas. Macaco, que não se intimida com quase nada, calou. À direita, como que tapando a nossa saída, estava o grunhidor nos olhando por sobre aqueles olhos assimétricos e eu reparei que no jaleco dele havia sangue seco. Fodeu, pensei.

(A compota era mais ou menos assim)
O Grunhidor foi até o balcão sem tirar os olhos da gente e se serviu de um trago em um copo sujo. Por sorte não foi da garrafa com os testículos dentro. Ah, não. Daquela garrafa ele preferiu NOS servir em dois copos igualmente sujos. Que situação. Acho que devia ser de alguma safra especial, sei lá. Tivemos que beber, por motivos óbvios. Não quero falar sobre isso. Até que irrompeu pela portinhola torta a belzebéia munida de dois pratos abarrotados de gororoba. Serviu-nos e sorriu novamente. Exclamei um hmmmmmmm quando na verdade queria era dar um grito de dor; aquela porcaria era realmente do tamanho da nossa cabeça. Eu mandava meu corpo desmaiar, correr dali ou explodir e ele teimava em me desobedecer. Ignorando o fato de eu ter um sistema digestivo ligeiramente instável, fui obrigado a comer todos os cinco quilos daquele ataque cardíaco. Sentia minhas artérias entupindo bem ali, numa banqueta torta dentro de um botequim no cu do mundo. Não havia nem como jogar um pouco pelo ombro e alegar ser para o santo; haja santo pra tanta comida. Se fossem crianças africanas usadas na desculpa poderia ser que colasse, mas com ressalvas. E a coisa fica pior. Sempre fica quando acontece comigo. Comemos até não mais poder, pagamos e fomos embora dali rapidinho. Nos despedidos e fomos cada qual para casa. E é aqui que a história fica realmente interessante pra vocês e vergonhosa para mim. Ao descer do ônibus e caminhar para casa ouvi um ribombar de trovão. Escrutinei o céu em busca de chuva, mas ele se mostrava limpo e estrelado. Aí, o barulho de trovão virou um retinir de tambores africanos, os quais culminaram em outro trovão. Fui me dar conta do que era aquele barulho quando eu ouvi um ruído horrível de porta mal azeitada e que lembrava um portão do inferno sendo aberto num filmeco de terror trash. Ao olhar para baixo, vi ondulações na minha barriga e liguei os pontinhos: vai dar merda. Literalmente.

(Quase isso... só que mais nojento)
Aos fracos e nojentinhos, parem a leitura por aqui.
Meu primeiro ímpeto foi o de chamar a Sigourney Weaver. Como isso não é possível, afinal, todos sabemos o que aconteceu com a Ripley, resolvi ir para casa o mais rápido possível. Rápido, claro, era apenas uma fantasia pós adolescente, pois quem já tentou caminhar enquanto a marmota estava quase fora do buraco sabe como é. Eu morava exatamente na rua oposta ao ponto de ônibus e não havia terreno entre a minha casa e a rua de cima. Será moleza, pensei. Ledo engano. Meu quintal tinha mais de quarenta metros de comprimento para atravessar, sem contar o terreno baldio que tinha mais trinta. Ensaiei aquela corridinha que damos com a bunda dura e pernas sem dobrar que os que estão se cagando sempre fazem e encarei aqueles setenta metros como se fosse o deserto do Saara. Quanto mais perto de casa, mais dolorida ficava a minha barriga. Parece que nosso cu reconhece nossa casa. Eu podia jurar que acabaria fazendo cocô nas calças, mas fui tomado por uma bravura desconhecida por mim e jurei por tudo que não passaria por aquele fiasco. A cada passo que eu dava, dava junto uma agachadinha. Eu suava frio e tinha cólicas horríveis. Venci o quintal baldio e ganhei o meu próprio terreno, o que me deu novo fôlego. Minha cadelinha, a charmosa Chewbacca, foi me receber com festa. Não conseguia nem espantá-la que pulava em mim e me lambia, como que em apoio e suporte. Tudo que eu fosse falar saía como um ff-fff-fuuuff-fppffff sofrido. Agarrei-me ao muro do vizinho e tentava respirar como uma grávida ao parir, entrecortado, estilo cachorrinho. Minha cabeça zunia, eu suava frio. Eu avançava milímetros de cada vez naquele ritual: passinho microscópico, agarrar no muro, agachar ao chão, gemer, tremer, levantar, outro passinho microscópico, agarrar no muro, agachar…
(Assim que eu me senti voltando pra casa)
Andava, portanto, centímetro após centímetro. Na real, andar era um eufemismo. Cada passo que dava sem me cagar já era uma conquista, mas eu estava determinado a chegar em meu banheiro. O Capiroto me tentava: “rapaz, está escuro, o terreno é seu e você está quase tendo um nó nas tripas. Ninguém está olhando mesmo. Se alivie ai, foda-se” ele dizia no meu ouvido. Eu espantava o espectro do fiasco com um tapa e avançava como podia. Aquilo estava ridículo. Aqueles quarenta metros se traduziram em minutos. Não sentia minhas pernas. Não conseguia respirar. Levei mais de quarenta minutos para vencer meu quintal. Até mesmo aquela traíra da Chewie me abandonou, cansou-se, acabou desinteressada naquela pataquada e foi embora dormir. Ao chegar na porta de casa fui tomado por uma euforia primal. Estava a menos de seis metros do trono de porcelana onde expiaria meus pecados. Somente uma porta nos separava, a mim e ao meu cu, do alívio. Feliz, comecei a apalpar meus bolsos em busca de um pequeno molho de chaves com um chaveiro de biela & pistão, mas para meu pânico, nada. Foi aí que eu me dei conta que em todo aquele agacha/ levanta pelo quintal, havia perdido a chave de casa.
(Cadê saporra de chave?)
Eu chorei. Juro. Desconsolado. Era muita cagada para um dia só. Fiz a volta nos calcanhares e me lancei terreno acima atrás da porcaria do molho de chaves. Recusava a desistir. Tão perto, mas tão longe. Retomei uma oração e comecei a caminhar aqueles passos microscópicos novamente. Jurei pra Deus que se me safasse nunca mais leria gibi na vida. Entoei um mantra. Amaldiçoei a belzebéia até sua nona geração - que todos fossem feios como ela. Fui e voltei procurando a porra das chaves e nada. Aí, ao olhar para a Chewie na porta de casa, vi que algo brilhava perto da cabeça dela. Sim. A filha da puta da cadela havia pego as chaves e levado embora. Na hora eu quase tive um treco. Quase uma hora havia se passado naquela busca e a porcaria da chave estava o tempo todo ao lado da porta. Abri-a e finalmente entrei em casa. Como já disse antes, o cu reconhece, e ao reconhecer foi como se ele tivesse despertado. Toda aquela dor e sofrimento que havia passado foram um treino para a verdadeira dor que eu estava por sentir.

(Chewie, puxe a descarga pra mim)
A dor me lançou ao chão de joelhos. Não conseguia mais me levantar e fui daquele jeito, de gatinhas, para o banheiro. Ao chegar reparei que o vaso sorria para mim, estava iluminado e anjos cantavam. Agarrei-me ao bidê e tentei levantar. Qualquer passo em falso e eu colocaria tudo para fora e teria sofrido tudo aquilo à toa. Me concentrava enquanto tentava não me esforçar muito. A barriga rugia e mais parecia um avião quebrando a barreira do som em uma espécie de sonic boom escatológico. Não havia mais forças em mim, estava exausto. Não conseguia nem desafivelar o cinto da calça. Não iria me entregar assim, sem luta. Tão perto. Depois de tanto sofrimento. Finalmente venci o cinto e abaixei a calça. Não deu nem tempo dela chegar ao joelho e aquilo tudo, como um trem sem freio, começou a descer enquanto eu me sentava ao vaso. Uma cachoeira, e das feias. Eu ria, aliviado. Em todos os sentidos. Devo ter ficado ali pelas próximas duas horas, só de raiva. Quando me dei por satisfeito ao terminar aquela oferta ao deus da porcelana, estendi o braço para pegar um pouco de papel. E como a vida é uma caixinha de surpresas, sim! Não havia papel higiênico. Fui até o quarto naquele passinho, perna aberta e calça nos calcanhares e, claro, lá não tinha papel também. É claro que não teria, senão qual a graça? Lembrei-me da cantiga que cantava quando criança e usei jornal. Não foi nem de longe a pior coisa a qual me submeti no dia. Levantei e dei uma espiada, como todo mundo faz, e devido àquela obscena quantidade de matéria dentro do vaso tive que dar descarga três vezes antes de ir tomar meu banho. Só que as descargas esvaziaram a caixa d’água e estávamos sem água naquele dia, por obras na tubulação da rua e que é sempre feita de madrugada para evitar contratempos. Fui dormir emburrado, sem banho e com 100% de certeza absoluta e convicta que jamais passaria por aquilo novamente. Mas umas semanas depois, fiquei sabendo que existia um lugar onde vendiam um pastel que pesava quase meio quilo e decidi que devia experimentar antes de morrer. E lá estava eu, algum tempo atrás, em uma pastelaria deadline perdida no cu do mundo em busca de um pastel que tinha a infame reputação de ser do tamanho da minha cabeça, quando…

(O que eu vi quando olhei pro troninho)
(Atualizando: Deu pau nesta merda de browser e não consegui anexar as fotinhos que vocês tanto gostam. Azar o de vocês. Conseguindo inserir, eu insiro. Ou não, sei lá. Vai que dá preguicinha. Ao menos a história vocês tem, se contentem com o que tem, sanguessugas.)

(Eu acho que da para resumir o post com essa imagem)
É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta fatigante tarde de segunda-feira.
Prevendo que será zoado,
Gabo.
(Que adora uma bela história de cagadas)
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Run to the hills, run for your lifes!

(BECAUSE I'M BACK, BITCHES!)
Konbanwa, Amados! Sim! Após um sabático período de reclusão tibetana eu estou de volta com o tumblr mais cretino, infame e pretensioso de todos. Podem acabar com a choradeira e tirar seus véus pretos, viúvas do Gabo, e preparem-se para mais uma sorte de esculhambações nonsenses sem fim nesta escumalha de baboseiras que é este antro de perdição com palavrinhas difíceis.

(É.. eu andei muito ocupado nestes últimos tempos)
O Gato é velho habituée destas plagas; sempre com um fiasco inacreditável, sempre te deixando chocado, mas ele é assim mesmo. Acostume-se ou não, o importante é sempre esperar pelo inesperado e quando não acontecer nada, ficar agradavelmente surpreso.
Em todas as incursões que ele fazia pelo obscuro reino da carpintaria, construção civil ou jardinagem ele sempre recorria aos poderes cósmicos da gambiarra, descambando sempre para o ocasional quebra-quebra de praxe. Aprendi muito da arte de procrastinar nestes campos por sempre temer o caos que ele armava. Tirando aquela em que ele quase me matou com o martelo (está por aí nos arquivo, procurem, preguiçosos) houveram inúmeras outras, igualmente folclóricas, uma a qual eu narro agora atendendo aos pedidos da nora dele, que embora de modo velado, foi eleita pelo próprio o novo tesão-do-sogro - as quais ele nega enfaticamente que sejam, ela a sua nova paixão e a história verdadeira, seja pelo fato de, segundo ele, ela ser corintiana e da história ser mentira, pois ele jamais admitiria o desgosto e o fiasco. Ela escolheu a dedo e manda nessa porra. Se fodeu, lascou Gato.

(Gabo quando se vê cara a cara com a carpintaria)
Ao casar, Gato resolveu construir sua casinha. Algo pequeno, que era condizente a um casal sem filhos, porém, com pretensões de ampliar quando da prole. E a criançada veio, a casa ficou pequena enquanto a porra ficava séria. Juntaram seu dinheirinho como deu e, glorias, deu inicio a ampliação do imóvel. Como sempre, era eu o escolhido para ser grumete; carregava peso, segurava ferramentas, perdia outras tantas, fazia piadinhas oportunas e engraçadas e tentava não ser assassinado quando ele entrava em modo irascível. Cauteloso, só assistia e depois anotava, que era para não esquecer e depois usar aqui no blog.
No dia em questão ele resolveu forrar um dos quartos. Carreguei as ripas, perdi uns pregos e o esquadro, essas coisas de quem estava de saco cheíssimo e queria apenas jogar um pouco de vídeo game naquela preguiçosa tarde de sábado. Gato estava munido de um serrote daqueles antigos e que era puta torto. Haviam, tipo, uns dez ou quinze graus de envergadura. Para os novinhos, a saberem: crianças inocentes, antigamente, bem antes da automação, ferramentas como serrotes eram totalmente manuais e em que se fazia necessário usar alguns dotes os quais eu duvido que ele tivesse. Eu tenho certeza absoluta que eu não o tenho. Se a construção civil dependesse apenas de mim, todos nós moraríamos em árvores.

(Mais uma obra da empreiteira A.R.R.E.G.A. LTDA)
Enfim, pôs-se ao roc-roc-roc. Hipnótico, o ruído. Ele segurava a madeira com o pé, o serrote com uma mão e um inseparável cigarro com a outra. Não obstante aqueles circenses malabarismos que fariam inveja pra um macaco, o fiadaputa brigava comigo no momento em questão e enquanto ele trabalhava em um nó de madeira particularmente difícil, vi que o serrote dobrou. Ali, eu soube que daria merda, mas não falei nada por já ter aprendido há muito a ficar quieto para que não sobrasse para mim e para, quem sabe, ver um pouquinho de sangue, afinal, eu sou um tremendo de um filho da puta às vezes. Mesmo se quisesse dizer, nem daria tempo, pois com um tóoooooing (levando em consideração que onomatopeias não saem de ferramentas) o serrote pulou como um gato (há!) pelo nó e, adivinhem, encontrou o caminho para a mão do Gato.

(Gato dando duro na obra) Só quem conhece o Gato sabe como é quando ele se machuca. É realmente um acontecimento ímpar na vida, único. Coisas voam, coisas são quebradas e toda sorte de palavrões são proferidos. Como já esperado, segurando a mão recém cortada ele pulava, urrava, praguejava. Eu fazia a minha parte e tentava não rir na cara dele, que é conhecido por ser mui dramático quando destas situações. O serrote, coitado, foi parar no quintal; a ripa do forro virou palito de dente. Eu, que de trouxa só tenho a cara e o jeito de andar, ao ver o destino das ferramentas abaixei os olhos para os pés enquanto tentava manter o controle mordendo furiosamente as bochechas por dentro.

(Só pra ver se aliviam ele de terminar o trampo)
Temendo o pior, e a muito custo, consegui me controlar. Mas foi por pouco tempo, como se verá adiante.
Depois de conter a sua ira e ver que não adiantaria criar caso e fazer cu doce, afinal o telhado não se forraria sozinho, resolveu que deveria tirar aquele bico da cara e voltar ao trabalho. Negou-se ao luxo de fazer um curativo, machão, teimoso, e me mandou buscar o serrote e mais uma ripa e, obstinado e completamente putíssimo, mediu o tamanho que precisava de madeira e (re)começou a serrar. Claro que era uma péssima ideia, claro que ia dar bosta. Se calmo e ponderado ele faz cagada, imagine então quando cego de raiva – e dor. Lá pela quarta passada de serrote havia novamente o seu algoz, o nó da madeira. Sim, aconteceu novamente.

(Jesus chorou. Literalmente) Parecia um flashback, daqueles em câmera lenta. O serrote dobrou, pulou, saiu uma onomatopeia mental na minha cabeça, pois eu sou um retardado, e novamente, foi de encontro à sua nova amiga, a mão do Gato, que já andavam muito íntimas nesta altura do campeonato. Fez-se um novo corte, por cima do corte antigo, em forma de xis. O Gato não mediu esforços neste seu novo showzinho.
O serrote desta vez foi parar na rua. Os moveis foram tombados. Não sobrou ferramenta na caixa de ferramentas. Ele urrava, praguejava, ofendia, maldizia, xingava, amaldiçoava e soltava palavrões como se fosse uma gatlin gun de baixo calão. Eu estava chocado, jamais havia visto um acesso tão ridículo de raiva. O Gato era um furacão de dor. Até que ele começou a arrancar ripa por ripa das que havíamos passado o sábado pregando. Ele se pendurava nas ripas e puxava para baixo até sair, mas de onde eu estava assistindo, ele parecer um porco pendurado no açougue. Aquilo só seria mais vergonhoso se ele estivesse pelado.

(Gabo, eu sou seu Mestre de Obras) Depois disso as coisas se tornam um pouco nebulosas para mim. A Dona Gato fez um carnaval com aquilo, eu dei o fora dali de fininho pois de bobo - lembrem-se - só tenho a cara e o modo de andar. Não me vi livre daquela sanha de destruição e palavrões tão cedo, mas ao menos pude jogar video game naquela preguiçosa tarde de sábado que era aquilo que eu mais queria estar fazendo depois de ver meu trabalho, literalmente, voar pela janela.
(O gato surtou de novo... CORRE NEGADA!!!!!!) É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta abafadíssima tarde de terça feira. Empreiteiro, Gabo. (Que reconhece o som de uma caixa de ferramentas sendo aberta a quatorze quarteirões de distância e treme todo quando)
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A penca dos Bananas
(Bananas, uní-vos!) Ohayo, Amados!
Pão e circo para o povo. Foi o Imperador Romano Vespasiano que a proferiu quando da construção do Grande Coliseu. Essa frase foi dita na Roma Antiga, isso já há muito tempo atrás. (Atualizando: Acabei de dar um google e "lembrei" que isso foi em 70 d.C)
Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. (Mateus 22:21) foi dito por um cara barbudo muito bem-relacionado com O Cara.
A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena (Seu Madruga; 02/ 09/ 1923 - 09/ 08/ 1988); Meu ódio é o veneno que eu tomo querendo que o outro morra (Ódio; Luxúria) dentre outras pérolas contemporâneas da (sub)cultura pop, sobre o post de hoje.
Mas aí você me pergunta: e daí? Pois bem.. recebi por inbox uma mensagem que dizia o seguinte:
Recebeu uma pergunta de Anônimo
"faz tempo que tu nao zoa o Dooley , curti aquela sobre ele no onibus, imagino q ele tenha mais historias zoadas"
Sim, ele tem. Sim, eu vou contar agora. Afinal, aquilo que é do meu Lindo e Doce Projeto de Devoção Eterna e o de Deus eu já separei, o pão, a padaria mais próxima da sua casa pode te dar, mas meu povo clama pelo circo e é exatamente isso que eu vou fazer agora: Seu Madruga era um gênio mas eu prefiro envenenar minha alma e comer o Dooleyzinho frio pois se é para tomar este veneno e morrer, ao menos eu vou me divertir muito até isso acontecer. Não é nada inteligente me ameaçar por facebook, menino Dooley. Eu te amo seu veadinho.

(Menino Dooley se fazendo de trouxa pelo Facebook mas me ofendendo depois por inbox) Todos aqui sabem que o Menino Dooley é o lambe-lambe favorito deste tumblr; faz de tudo sem reclamar e em regime de escravidão. Cria desde alguns memes, faz massagens em mim e leva meu cachorro para passear. Se não leva ainda, tá esperando o quê? Ele vai até mesmo cavoucar, levantar e averiguar histórias e inventar outro tanto delas depois, aquele cretinozinho de cabelo ruim. Quase sempre é zoado, serve como minha bonequinha de testes e tem gostos exóticos para várias coisas. Essa parte é melhor deixar quieto. De certezas, sei que ele vai dizer-que-adorou mas vai me odiar para o resto da vida e eu não ligo. Se ficar fazendo manha eu conto outras mais, afinal, ele sabe que vai pular comigo mais cedo ou mais tarde.

(Ah, piazada.. deveriam ter dado cabo de mim enquanto podiam)
Menino Dooley, dentre outras características que temos em comum herdou a de ser um Banana. Não pode ver menina brava que se mija todo, deita no chão e oferece a barriga para ela coçar. Foi daí que eu, gênio, tirei o apelido de Dooley. Sou suspeito para falar de mulher brava, levando em consideração que eu também me amarro em uma. Meu Lindo Motivo de Obsessão que o diga, ela bem sabe o poder que aquele lindo, obsceno, delirantemente hipnótico cenho franzido dela exerce em mim. O fascínio daquela mão na cintura quando está me fuzilando com seu olhar pétreo. O maior motivo de eu passar horas amolando-a é justamente para ver esta carinha linda que ela faz quando. Não consigo segurar. Chega a ser ridículo. Me desconstrói. Ela pode conseguir o que quiser de mim fazendo aquela expressão em particular.
(Gabo, quando a Moça do Sorriso Mais Lindo do Mundo faz cara de brava)
Porém não são das minhas taras e problemas e desvios sexuais que estamos tratando hoje e sim das do Duendinho. Ele cometeu o maior erro da breve vida infanto juvenil dele quando me contou que havia descolado uma namoradinha de hora-do-recreio na creche em que ambos estudavam. Bem o tipinho de creche mesmo, isso de arrumar uma namoradinha pra chamar de sua e andar de mãos dadas pelos intervalos enquanto vai-se descobrindo sua sexualidade e pervertendo os bons costumes colocando pânico nos pais que a cada dia se veem no dilema de ter que educar seus filhos nesta sociedade que acha pornografia tudo bem contanto que ela esteja na televisão, em novela, no carnaval, nos funks. Ah, que época de merda esta em que vivemos. Dúvidas existenciais e antropológicas à parte, o fato é: ele se amarra numa bad grrrl. E como diz o ditado da sabedoria popular de que quem procura, acha, ele encontrou; a namorada dele era brava. Muito brava. Daquelas que nós, Bananas, nos amarramos.

(Dava dó vê-lo ir sentar na cama quando de castigo)
A namoradinha dele era tão violenta que o surrava praticamente todos os dias o que fazia a mãe dele ir regularmente na creche buscá-lo todo cheio de dodóis na diretoria. Na volta para casa ela fazia pão com nutella & batata palha com salaminho rosa para ele na esperança que o veadinho se sentisse melhor. Houve uma vez, clássica no folclore da piazada, onde em uma festa ele estava a trocar torpedos com a menina e eu sugeri que ele implicasse com ela por mim, afinal, eu aporrinho todo mundo e não tô nem aí, chato que sou. Ele assentiu e enviou o torpedo. Como resposta ela o colocou de castigo sentado na cama. Via SMS. Juro por Deus. Aos que viram a dantesca cena se manifestem pelo inbox já que ele vai chiar e dizer que não foi bem assim. Mas é um Banana este meu pupilo.

(Tadinho. Nem imagina que estou escrevendo horrores sobre ele)
Reza a lenda que uma vez ele estava em um evento ao lado de sua algoz amorosa. A tudo ele apanhava, levando petelecos safanões cutucadas pisões tapas socos cocos e toda sorte de injúrias físicas. Aí, aconteceu. Apareceu uma menina onde eles estavam e começou a se trocar para uma apresentação. Despudorada como toda criança de seis anos de idade ela não pensou duas vezes e arrancou a roupa na frente dos dois. O problema foi que a guria era treta antiga do Duendinho, tal que fatalmente despertava o ciúme e, óbvio, a ira colérica da namorada dele. Ela rosnava: "Se olhar eu te mato" e ele louquinho de vontade de olhar, também por motivos óbvios. Trocar de roupa para a menina era uma logística muito complicada. Precisava ficar nua em pelo para poder colocar roupas novas. O Duendinho quis sair do recinto, cauteloso, e era obrigado a ficar. Não podia olhar mas era obrigado a ficar. Mulheres definitivamente já nascem complicadas.

(A minha é fácil de compreender: Basta dizer 'sim, querida' para tudo)
Ao terminar aquele infanto-strip-tease-mirim a destruidora de lares foi embora. A briga teve de ser apartada pela diretora, dois zeladores e quatro pais membros da APM (Associação de Pais e Mestres) enquanto o menino Dooley teve que ser acudido por mais nove crianças, a enfermeira da creche e a merendeira. Depois cometeu o deslize de me contar e eu jurei segredo. Sou péssimo em guardar segredos, cara. Esqueci de te contar isso no dia. Mal aí.
Eu implico, tiro sarro, conto para todo mundo mas o fato é que nós, da casta dos Bananas somos uns incorrigíveis. Adeptos do golfinhismo, sujeitos durões que se derretem diante um biquinho emputecido, um olhar cínico, um sorrisinho desdenhoso. Essencialmente amamos e respeitamos as mulheres como seres humanos e damos amor e carinho, altruístas e abnegados, sem nem esperar isso de volta. Pelo contrário. Uns tapas fazem bem vezenquando. E não vejo problema nenhum nisso.

(O início de tudo, desde tempos imemoriais) O bundudinho foi um oferecimento para a Tati. E isso de gostar de tomar uns tapinhas era uma piada. Aos carolas de plantão que adoram ficar tecendo conjecturas sobre minha frágil e incompreensiva psique, não percam tempo me analisando ou tentando descobrir o quê-foi-que-eu-quis-dizer-com-isso-e-com-aquilo pois eu muito provavelmente não quis dizer era nada; falo demais e depois nem lembro. Este blog é um esforço satírico coroado por referências às pessoas que me são caras e sentem-se de certo modo (distorcido, mas vai entender) honradas com a mais alta honraria: a de ser figurante em meu coração. E vão à merda se quiserem me julgar. E isso de gostar de levar uns tapas era uma brincadeira. Capaz. Onde já se viu eu gostar de tomar uns colas de garotas bravas. Pfffff. Olha bem pra minha cara, se eu sou homem de gostar de levar uns tapinhas. Ou se eu lá tenho perfil e porte a ponto de gostar um pouquinho só que seja de ver aquela carinha linda que ela faz quando com a mão na cintura me repreendendo por falar abobrinhas enquanto retorce o lábio inferior e bufa pelo nariz e eu começo a ficar cada vez mais...
Perdão. Eu divago assim as vezes.
Meu Deus. Definitivamente sou um Banana.
Ouvindo: Meet the Foetus - Brody Dalle. (Pois sou um Banana. Mas sou um daqueles que gosta de viver perigosamente)
É isso Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta abafadíssima manhã de segunda-feira.
Com leves tendências masôs,
Gabo.
E novamente à Liga da Decência e Moralidade AntiGabo e carolas de plantão. Sado é quem bate, Maso é quem apanha - haueahuehuaehuaheuaeu
(Por mais que provoque o tempo todo ainda não conseguiu tomar uns tapas e está começando a perceber qual é seu papel nessa relação)
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A função do Ornitorrinco
(Já tive que ouvir sobre esse filme um milhão e meio de vezes) Ohayo, Amados! Sim! Após um breve e merecido período de descanso para meu cérebro desenvolvido resolvi dar as caras por aqui. "Foi pras fazendas" vocês me perguntam. Não. Eu só moro longe pra caramba mesmo. E como recebi inúmeras mensagens (três, na verdade) implorando para que eu voltasse a escrever, aqui estou eu para cumprir o combinado. Se não quiserem ler aquela coisa cor-de-rosa cheia de melô de corno sugiro que voltem no próximo post. Hoje é dia de babar o ovo da mulher da minha vida, a única, a linda, inteligente engraçada elegante charmosa cabeça-dura #01 no meu coração, e dona do Sorriso Mais Lindo do Mundo, a inigualável Aline; minha namorada, minha vida meu céu meu mundo meu tudo. Meu Amor. Aplausos para ela, plz.

(Tire os zóio de cima da minha nêga, rapá!) A conheci de um modo extremamente peculiar. Aos que não conhecem a história, aqui vai ela com todos os sórdidos detalhes. Aos que bravamente resistirem a tanta melação, prometo uma surpresinha no final do post daquelas que somente eu posso proporcionar. Estava caminhando tranquilamente pela rua enquanto distraidamente tentava bolar uma cura para o câncer quando avistei uma enorme pira levantar em uma bola negra de calor e destruição. Haviam fagulhas de fogo rodopiando pelos céus e crepitando em minha frente havia um orfanato. Da janela vi uma professora gritando por ajuda em nome de toda uma classe de pequenos órfãos desafortunados. Corri em direção àquela hecatombe em resgate aos pobres coitadinhos. Abri a porta do orfanato com um chute certeiro e fui recebido com uma lufada demoníaca de calor e catástrofe. Abri caminho por entre o fogo e cheguei à porta da sala onde estava aquela turminha. Novamente me lancei contra a porta e ao arrombá-la vi uma cena chocante. A Linda e Corajosa Professorinha estava presa debaixo de uma viga em chamas e implorou para que eu tirasse as crianças dali e a deixasse, mas fizesse o impossível para que nenhum de seus lindos alunos sofresse. Tomado de bravura aleguei que não sairia dali sem ela e a retirei dos escombros, tomando-a em meus braços chamuscados. Por um breve momento, eu, com minha visão periférica, a vi ali em meu colo e não consegui deixar de reparar naquele Exuberante Sorriso Mais Lindo do Mundo Todo e, por mais que a fumaça fosse densa e sufocante, o frescor daquele doce perfume dela. As crianças se penduraram à tiracolo em meus braços, pernas e pescoço e saímos dali enquanto a sala de aula explodia às nossas costas. Os bombeiros chegaram e eu corria porta afora quando a escola ruiu sobre nossas cabeças. Uma comoção foi gerada na calçada onde os curiosos a tudo acompanhavam. E de dentro da fumaça dos escombros saímos todos, seguros, e sob uma salva de aplausos. Coloquei a Linda Professorinha no gramado que havia no jardim do orfanato e ela não respirava, desfalecida. Gritando desesperado, rasguei minhas vestes e iniciei uma massagem cardíaca nela enquanto instruía um paramédico a como proceder em um processo de transfusão de sangue de meu sangue para ela. - "Tire tudo o que precisar nem que não me sobre nada", eu dizia em prantos - Momentos depois ela acordou e me perguntou, tossindo, o que estava acontecendo. Depois me disse que não era para tanto, afinal, ela só estava tirando um cochilo pois é uma preguicinha. E sorriu para mim novamente, o que selou meu destino pois eu já estava apaixonado por aquela Doce e Linda Professorinha Dona do Sorriso Mais Lindo do Mundo Todo. Disse para ela que relacionamentos que começam sob fortes emoções não sobrevivem muito tempo e ela me agarrou, a safadinha. Desde então eu tenho dado uns pegas nela e nas outras nove namoradas que eu mantenho pelo mundo, mas deixo claro que é com ela que eu vou me casar um dia daqui a muitos e incontáveis anos. Pois eu não sou homem de uma mulher só. Capaz. Devido a enorme semelhança desta história com a música My Hero (Foo Fighters) e os finais dos Filmes Superman (1978) e com o de Velocidade Máxima (Speed, 1995) devo salientar que são apenas felizes coincidências, não inspiraram em nada o modo como eu me lembro dos fatos. Meu Doce Projeto de Devoção Eterna sempre diverge comigo em alguns pontos quando conto sobre mas ela sabe como tudo realmente aconteceu e o blog é meu, então, é a minha versão que será apresentada e ponto final.

(Uma foto tirada no dia por um fotógrafo anônimo - Fonte Reuters - que corrobora minha história) Bom galera. Sem zoeira agora - por mais que a zoeira never ends - afinal, eu posso brincar com ela e aporrinhá-la o tempo todo mas eu nunca brinco quando falo sobre ela. Ela é importante demais para mim. Eu estava numa de horror. Na pior. Na merda mais fedorenta de todas. No meu poço sem fundo, vejam só, havia um fundo cheio de areia movediça. E quis um destino zombeteiro que nossos caminhos se cruzassem e graças meu charme incontestável de garoto barbudo junto um xaveco mequetrefe me garantiram que ao cruzar os olhos com os meus ela me desejasse e dissesse que sim. Não sei como, só sei que ela disse sim e eu que de besta só tenho a cara não fui louco de contestar. Fui arrebatado desde o início por este sentimento confuso que os românticos teimam em chamar de amor; a princípio eu, mefazendão, dizia ser gases. Ela aos poucos foi me fazendo perceber o quanto a amava apenas usando de seu estoque de amor, compreensão, amizade, felicidade, companheirismo e aquele seu Hipnótico Sorriso Mais Lindo de Todos. A ânsia, aquela necessidade dela foi me consumindo. Minha vida estava devotada àquela mulher maravilhosa, esplêndida, cândida, pura, perfeita. Com ela tudo é válido, ao lado dela tudo é perfeito. Eu até mesmo brinco dizendo que isso não é amor; Ou ela perdeu uma aposta, ou está se punindo. Ou então está desgostosa da vida e largou mão de tudo. Ela alega que isso chama-se merecimento e um merece ao outro. Somos diametralmente diferentes. Jamais isso vai dar certo. Funciona, porém, às mil maravilhas pois tudo que eu preciso encontro nela e tudo que falta nela ela tem em mim. Somos um casal totalmente errado, mas alegam aos quatro ventos que somos o casal mais lindo da face da terra. Só se corresponder na proporção 89% ela e 11% eu, afinal, não sou de se jogar totalmente fora não.

(Sou o homem mais rabudo que já existiu nesse mundo)
Minha Amada é uma pessoa de vários nomes. Mulher-Maravilha. Cretina. Menuda. Bolinha. Königin. Cabeçuda. Elefantinha. Coração. Meu Doce Projeto de Devoção Eterna. Preguicinha. Gatona. Ling. Tati. Ôta. Mulher (Mú-lheeeeeeer - usado sempre em tom grave e seguido de repreensão reticente). Opaleira Suja. Platôa. Safad-jinha. Amo a cada uma destas suas vertentes e aprendi a não mais viver sem elas. Te quero, te desejo, te amo. Preciso de você assim como precisa de mim. Ao menos acho que precise. Se não precisar, separe, oras. Prometo que aquilo que venho guardando há anos é seu, sempre será. Quero te fazer feliz em sua plenitude: seja como menina, como amiga, como minha mulher. Apenas te fazer feliz, te mimar, dar amor e muita, mas MUITA compreensão, pois eu tenho que ter um saco do tamanho de um trem pra te aguentar sua chata. Sou um homem difícil de lidar, sei disso. Te chamo chata mas este título é meu. Preciso de seu colo, de seu sorriso, ah, aquele Doce e Diáfano Sorriso Mais Lindo do Mundo Todo Em Todos Os Tempos. Ao nos juntar, Deus sorriu e foi beber uma cerveja pois sabia que havia feito tudo certo. Foi pelas Suas mãos que nos juntamos e com toda-fé-que-move-montanhas você se apaixonou por mim. Isso deve ter sido mais difícil pra Ele fazer do que criar, sei lá, o Ornitorrinco. Ele realmente Se empenhou... naquilo. E assim como ninguém nunca vai entender o ornitorrinco, ninguém jamais vai entender o que é e aquilo que o nosso amor significa para a gente. Sou grato a ti por me chamar de Escolhido. Deveria mesmo ser agradecido pois jamais teria cacife para conseguir sua atenção se você assim não o quisesse. Mas te agradeço não só por isso mas pelas mudanças radicais que tem feito em minha vida, Meu Amor Maior. Eu amo você e jamais vou te abandonar. Até mesmo que se eu te abandonar eu tomo um raio na cabeça para aprender a não desdenhar dos presentes Dele.
(Pois o menino Dooley não vai poder colocar os Golfinhos dele neste post. Em respeito ao meu Duendinho de Cabelo Ruim, aqui está) "Mas onde diabos está a zoeira", vocês bradam enquanto pegam suas tochas e ancinhos. Calma! Não é pelo fato de quê ela é meu Projeto de Obsessão que não vai passar vergonha aqui. Vai sim senhora! Primeiro a gente alisa e depois dá uns colas. É com orgulho que narro uma vergonheirazinha básica de nosso folclore namorital repleto de vergonheiras.

(Como é? Eu li direito? Cara... você vai morrer)
Já estávamos ambos desesperadamente apaixonados um pelo outro. Era somente questão de tempo para admitimos isso. Então, veio mais um dos nossos fortuitos encontros e eu, todo errado e mais louco que o Padre do Balão falava bobagens pelos cotovelos. Grande novidade, vocês dizem. Mas na hora eu estava realmente consternado e envergonhado e temeroso de fazer besteira, colocando tudo a perder. Foi dureza. Então: Havíamos ido passear e entramos em um shopping, afinal, eu sou um banana e sempre acabo sendo coagido a ir em shoppings. Sentamos em uma pequena plaza e ficamos de namorico. Haviam alguns chineses implacáveis que não davam folga e eu louco de vontade em finalmente dar uns beijos naquela gatérrima da minha então affair. Omitindo grande parte da história pois eu não tenho porquê ficar devassando nossa intimidade (aos curiosos, se quiserem em mando por e-mail mas não contem nada para ela) eu havia acabado de fazer aquilo que ninguém poderia fazer pela gente, ainda que estivéssemos sob o crivo dos olhares curiosos e raivosos e fechadinhos de chineses descontentes com aquela pouca vergonha pública.
(Fui nas carnes sem dó) Ela, zonza devido ao meu beijo ruim resolveu ir ao banheiro dar uma desbaratinada. Ela é mestre na arte de ir ao banheiro vomitar e chorar compulsivamente abraçada em alguma saboneteira quando sob fortes emoções. Por conhecer bem meu Amor Maior, sei que ela está gargalhando com a mão na boca ao ler isso, e totalmente vermelha pois sabe onde eu quero chegar. Ótimo. Te Amo, Coração. Espero que esteja fazendo aquela cara de "estou puta com você, mocinho" pois você fica linda demais quando. O banheiro mais próximo ficava dentro do hall de um Cinemark. Pedi licença para a moça dos óculos 3D e disse que a minha mulher precisava usar o banheiro e não dava tempo de procurar outro, se poderíamos usar o deles. A moça assentiu e eu abri a cancela para a minha Gatona - pois eu já estava intimamente estudando alegar o usucapião - e entramos. De mãos dadas ela ia me puxando em direção ao banheiro e eu fui junto. Brequei na porta e sugeri que aquele não seria um banheiro unissex, ela riu, ainda zonza e apaixonada - pois eu causo isso na mulherada - e foi entrando enquanto eu também zonzo e apaixonado fiquei esperando bonitinho na porta com a bolsa dela. Olhei todo orgulhoso em volta, uau, que mulher! que beijo! que situação bizarra eu com uma bolsa feminina na porta de um banheiro! e resolvi ir estudar um pôster de filme na esperança que a moça parasse de me seguir com os olhos desconfiada que eu fosse aprontar alguma idiotice.

(Mal sabe ela que não serei eu a aprontar alguma) Enquanto eu tentava passar uma boa impressão e esconder a minha cara de retardado por ter acabado de dar uns pegas numa gata daquela, aconteceu. Alguma coisa caiu e espatifou, fazendo grande barulho. Na hora, me sentindo culpado e inventando uma desculpa esfarrapada qualquer eu me virei nos calcanhares para a moça dos óculos que já me olhava, reprovadora. Novo barulho de coisa sendo destruída e percebemos que vinha do banheiro feminino. Olhamos ao mesmo tempo para a porta e fiquei apreensivo. Vai que ela está tentando se matar, por desgosto, lá dentro? Vai que um clã de ninjas está raptando minha quase namorada? Vai que está rolando um tipo de clube da luta feminino no banheiro? Dúvidas. A moça do quiosque dos óculos 3D me perguntou se eu estava ouvindo aquilo ou ela estava ficando louca. Eu assenti e disse também estar ouvindo, salientando o fato de que eu não tinha absolutamente nada a ver com o ocorrido. Preocupado, pedi para ela gentilmente ir dar uma olhada e ela disse que não podia largar o posto dela, claramente querendo dizer que não ia lá nem a pau pois não era besta de se meter naquele banzé. Me aproximei da porta do banheiro e antes de esboçar um chamado, aconteceu.


(Depois do ocorrido fomos às compras ver uns vestidinhos) Quando fui à porta chamar por meu novíssimo Doce Motivo de Obsessão ouvi claramente uma motossera (moto-serra, motoçerra, mo tosserra, motoss sserra - maldito acordo ortográfico!) sendo ligada dentro daquela provável câmara de torturas. Entrei em pânico. Juro por tudo que há de bom na minha coleção de gibis que fora ligada uma motosserra no banheiro. Olhei para a moça dos óculos 3D que estava atônita, olhos esbugalhados, chamando ajuda pelo walkie talkie dela. Tomado pelos instintos de preservação à mulher que eu amava - e dizia que não amava coisa nenhuma mas era sempre por charminho - resolvi entrar no banheiro. Avisei a moça que eu iria entrar no banheiro e que se explodisse o resto, saí correndo e pulei o cordão de segurança. Ao chegar na porta meu Doce Sentido de Vida saiu do banheiro, feliz e sorridente e apaixonada e linda com aquele Sorriso Mais Lindo do Mundo Todo. Perguntei sobre o ocorrido e ela disse que não sabia de nada e eu estava ficando louco. A moça do óculos 3D, de boca aberta, a tudo olhava e pensava que era alguma brincadeira. Peguei meu Projeto de Devoção Eterna e saí dali rapidinho pois a porra ir ficar séria, afinal, os seguranças estavam a caminho. Rindo, andando de mãos dadas contei para ela, que envergonhada desmentia a tudo. Passamos pela moça dos óculos 3D, pela turba de chineses voyeurs, pelas escadas rolantes e lembro que pouco depois ela quis bater em algumas punks sujas. Ah, ciumeira! Cada segundo mais apaixonado, fomos em direção ao nosso destino, pedi ela em namoro naquele dia e isso fazem quase seis meses já. Pedi também para que no nosso próximo encontro ela deixasse as ferramentas de carpintaria em casa e ela meio que levou isso como uma ofensa pessoal. Até hoje ela não me explicou direito de onde vieram os ruídos ou de onde ela tirou a motosserra e nem para quais propósitos ela estava com uma motosserra num encontro. Tenho cá minhas teorias mas isso sempre vai ficar no terreno das especulações. Onde isso vai parar eu não sei. Penso eu que em casamento, contas, crianças, caras de reprovação pelas minhas bobagens, tudo isso regado com amor este nosso amor louco, incompreensível, bobo, somente nosso e sinto-me relaxado, confiante, certo disso como nunca antes estive certo de mais nada na minha vida. Só sei que me divirto muito, amo mais que tudo esta mulher cabeça dura, esta menina, esta moleca, esta mulher completa, feita - amo-te além da compreensão humana - e agradeço a Deus por ter jogado a Gata na minha. Naquele fatídico dia eu pedi se ela deixava eu cuidar dela e ela assentiu. Hoje eu posso dizer que sou um homem completo, feliz em minha plenitude por te ter na minha vida e poder te chamar de Vida da Minha Vida pois é você quem sopra isso em meus pulmões. Eu sinceramente ainda não sei qual é a do Ornitorrinco ou se posso confiar cegamente em sua mania peculiar de entrar na geladeira, mas vou arriscar: posso te garantir que independente daquilo que vier acontecer eu vou adorar cada minuto que passar te fazendo ficar a cada dia mais apaixonada por mim, como se isso fosse difícil, afinal, sou um pão-doce. Amo você, Aline. Você é tudo para mim.

(O Bardo, a Motosserra e o Sorriso Mais Lindo do Mundo - pois as gatas sempre acabam com os esquisitos. Ânimo, feiosos. Acreditem) É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta abafadíssima manhã de quarta-feira. Jogando com a sorte, Gabo. (Tô fazendo aquela carinha da Sessão de Beijinhos como desculpa por te fazer passar vergonha, Coração. Não me odeie. Gaste seu tempo livre me amando)
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Resoluções de Ano Novo e retrospectiva do Ano Este

(Dei duro aqui neste ano, pra vocês, que merecem) Ohayo, Amados! Ano passado eu escrevi aqui, mesma época do ano, resoluções de ano novo e também fiz algumas predições as quais eu confronto agora:
"Enfim, o mundo não terminou tal como eu secretamente esperava, e sendo assim nada mais resta do que seguir adiante. 2012 não ficará na minha memória como um daqueles anos inesquecíveis, aqueles cheios de conquistas, realizações, alegrias, feitos gigantescos e tudo mais que as pessoas costumam listar como realizados e/ou realizáveis. Muito pelo contrário, aliás. Já não espero nada mais disso também nesta segunda e última metade da esquisita corrida da vida, pois paranoia à parte eu já estou quase lá na metade, e estou cônscio disso. Sem listas e balanços, já que a maior parte do ano foi apenas uma luta insana para sobreviver às más notícias. Olhando para estes últimos 12 meses, não encontro nada que, rigorosamente, tenha feito que seja digno de nota para espalhar aos quatro cantos. (...) E só. O negócio é estabelecer metas breves e fáceis de cumprir, e é o que ando fazendo ultimamente." Credo. Quanta merda. Amados, o mundo funciona de maneiras estranhas. Ele gira, enfim, e você morde o linguão. O mundo ainda não acabou, 2013 foi uma merda igualmente o funesto ano de 2012, mas houve uma luz no final do meu túnel; um anjo em forma de mulher veio do nada e fez tudo valer a pena, virou tudo de ponta cabeça, deu sentido em minha vida e me faz o homem mais feliz do mundo. Agora, tudo é flores, cores, sons e amor. Amo você, Aline. Muito obrigado por segurar a minha mão e deixar a porta aberta pra sala não ficar tão escura enquanto eu procurava o interruptor.

(Enquanto ele começa esta melô de corno eu vou é pegar onda) Não, Coringa. O post definitivo sobre a Mulher da Minha Vida será o primeiro do ano que vem, um ano novo e cheio de esperança, pode voltar e guardar seu Bat-Repelente de Tubarões. Preparei uma surpresa para vocês no post de hoje, meus lindos leitores. Existe uma ferramenta no Google chamada Google Analytics que serve para analisar páginas da net. E como esse puteiro de beira de estrada é feito por e para vocês, decidi agradecer a cada um por terem feito parte desta maneira contundente, opinando, brigando, sugerindo, comentando e divulgando. Farei um post megalômano, com gráficos em forma de pizza e talz pois vocês merecem seus fofos.

(Foram horas intermináveis de pesquisa pra chegar a estes números, quem avacalhar vai sofrer retaliações) Chegamos à postagem de número 60 e a 250 comentários publicados. na verdade, já passou. Este é o post 63 e já estamos em 288 comentários. Considerando que o blog estreou para o mundo no dia 5 de abril de 2011, são 4,8 posts por mês. Podem me acusar de tudo, menos de não trabalhar. Cada post recebe, em média, 7 comentários. O pico de audiência aconteceu em 3 de outubro deste ano. Não sei o que aconteceu em 3 de outubro. Mentira. Foi a história do sutiã, que chegou a 238 pageviews. Seus porras cretinos. O post em que o blog foi mais abandonado por todos foi 25 de dezembro de 2012, com 3 páginas vistas. Suponho que era Natal. A média/ post fica entre 85 e 120 pageviews/ post. O conto mais reblogado do ano foi o do Menino Dooley sendo estuprado pelo velhinho no ônibus, com seis reblogadas.
Não sei é muito ou se é pouco. Mas me divirto por estas bandas. __________ Desde que foram instauradas as mudanças físicas houve uma sensível revolução de números. Começado no post de número 40, conseguimos chegar, juntos, às 2.200 visitas, emplaquei 12 seguidores, foram colocadas as fotos engraçadas com legendas engraçadinhas - o que me dá uma puta baita dor de cabeça, vocês nem sabem como - recebi vários pedidos de músicas que chegaram à playlist - que havia começado com apenas doze músicas e está com 58, graças suas participações e pedidos, obrigado. Para quem adorava a piadinha de que tinha somente dois leitores, surpresa pouca é bobagem. __________ Foi aberto o canal de mensagens e de envio de material pelo próprio tumblr, os quais eu batizei de Serviço de Atendimento aos Cretinos e de Vomitódromo, respectivamente. __________ A pessoa mais participativa neste ano foi a chata da Choquito, responsável por quase três comentários por post, e no mínimo duas ligações. O mais empenhado pelas causas do blog foi o Menino Dooley, que deu o sangue sempre conseguindo furos jornalísticos e fazendo os memes que eu vivo postando aqui. A pessoa que mais comentou os posts de forma construtiva foi a Mamãe Noell, com uma média de duas mensagens fofas por postagem. ___________ A mensagem mais linda que eu recebi neste ano e guardei para usar neste post foi enviada pelo meu Doce Projeto de Devoção Eterna, a minha Mulher Maravilha, Aline: "Meu doce Bolinho de arroz, nunca em toda a minha vida me senti feliz neste nível. Você bem sabe e faço questão de tornar público, que você me devolveu a felicidade, há quanto tempo eu não sabia mais o que era sorrir novamente de coração, a me sentir segura e protegida, enfim numa palavra: amada! Você é incrível e eu te amo. Vou dedicar a minha vida em te fazer feliz, enquanto eu puder. EU AMO VOCÊ GABRIEL!!!" E quem me zoar pela parada do Bolinho de Arroz eu aviso de antemão que vou me vingar. Eu amo você Aline e farei de minha vida apenas te cuidar e te amar. Suas necessidades são minhas prioridades e estou sempre juntinho. Seremos felizes, Königin. Sabemos disso como sabemos que o sol ama o dia. ___________ A banda que eu mais ouvi enquanto falava asneiras para vocês foi, e eu morro agora, The Distillers, com ao menos quatro músicas por postagem. Sinto o tapa na cara, mas não posso fazer nada, ela era meu tesão de adolescência quando eu nem sonhava em te conhecer. ___________ Dado interessante: 88% de vocês leem o blog em seus computadores. Os que acessam com tablets são apenas 7,2% e aqueles que têm saco para ler no celular estão na casa de 4,8%. ___________
Por fim, uma surpresa: Eu achava que o público aqui era esmagadoramente masculino. Não é, felizmente. Os homens representam 45,85% da audiência, contra 51,15% de mulheres, todas atraídas, evidentemente, pela minha beleza estonteante.

(Eu sei que prometi um gráfico em forma de pizza mas estou com preguiça de fazer um no Word. Foda-se. Ferre-se) Então, Amados. Se chegamos a este patamar de subcelebridades foi graças a vocês que participaram. A cada um que opinou, sugeriu, aporrinhou, riu junto, enfim, fez-se presente em mais este ano aqui no blog, nosso muito obrigado. Espero que vocês tenham se divertido lendo o tanto que eu me diverti escrevendo este monturo de caca fumegante e bobagens sem fim. Saibam que este tumblr é, com todo o amor e carinho, feito muitas vezes por e sempre para vocês. Tenho os melhores leitores do mundo. A melhor namorada do mundo. Os melhores amigos do mundo, os melhores parentes do mundo. Sou um homem de sorte, enfim. Continuando o post de dezembro do ano passado, já acima citado, aquele cheio de merda nonsense, eu escrevi ainda: "Neste ano de 2013 estar presente na vida de cada um de vocês num modo mais contundente e cada vez mais fazê-los rir da minha cara nos posts toscos e mal escritos que só vêem neste igualmente tosco Tumblr. Sorte à todos. Amo vocês" Mude o ano, mudam-se as estações mas saibam que isso não vai mudar. É isso aí, Amados. Sintam-se beijados e abraçados neste lindo e apaixonado final de ano. Sentem no colo do pai natal e sejam felizes como der, pois a vida é maravilhosa e deve ser levada com bom humor e, não menos importante, amor. Sorte à todos. Amo vocês. Hohoho, Gabo (I wish you a merry xmas and a happy new year) #AmoAline
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Typ 2 - uma paixão eterna.

Final de ano é sempre sinônimo de natal, contas, Show do Roberto Carlos e mais contas. Este final de ano será um pouco mais triste que de costume, em decorrência da descontinuação de uma velha senhora qual eu amarei eternamente. Me amarro numa macro, mas agora falo de um carro. Você fará falta, Kombi. Duvido aqui quem não tenha uma história para contar que tenha passado com uma Kombi, qualquer coisa. Nem só eu, que sou tarado em aircooleds que tenho lembranças desta velha guerreira urbana. Quem aqui com mais de vinte anos nunca correu atrás de uma destas simpáticas furgonetes com vasilhames de vidro na mão para trocar por salgadinho quando criança? Ou nunca tomou um caldo de cana moído diretamente da traseira de uma Kombi? Ou nunca fora ao colégio em uma delas, ou então comprado pamonha, cocada, visto na rua como uma ambulância e toda sorte de trabalhos - pois ela era das trabalhadoras, sem frescuras - fosse ele os Correios, o açougue, o mercadinho da vila, com ou sem uma corneta no teto vendendo com estridência qualquer coisa, desde louças e cobertores, amoladores de faca e homens do ferro-velho comprando latinhas de alumínio, vendedores de frutas, ovos e hot-dogs. Ah, seu projeto durou. Foram 56 anos de produção quase como se não tivessem passado dez. Você viu cada canto deste Brasilzão, robusta, pau pra toda obra, linda. Pois uma Kombi saia-e-blusa de 23 janelinhas com sunroof, um jogo de Empi, safari windows e baixa dificilmente é superada. Chama atenção, por mais velha que esteja, está em forma, e é linda. Sonho com o dia em que poderei colocar as mãos numa destas senhoras, abraçar meu Doce Projeto de Devoção Eterna e cair na estrada, somente os três, em direção ao infinito. Serei o homem mais feliz da face da terra. Aquele seu volantão quase que na vertical, o barulho infernal do aircooled, seus bancos que parecem bolachas água e sal. Nada importa. Parece um pãozinho de forma, é dura, desconfortável, defasada tecnologicamente mas e daí? Eu sou tudo isso também. De charme hipnótico, aquela frente em 'V' e bananinhas, claro, pois faz parte do seu show. São inúmeros os motivos para o qual, nostálgico, posso declamar minha adoração pelo segundo projeto da Volkswagen. Não vai adiantar, a decisão foi tomada e não parte de mim. Resta o fardo de ter que resgatar uma da sucata e amá-la como ela merece. E agradecer a Ben Pon por ter tido a brilhante ideia de rabiscar essa caixinha de sapatos num guardanapo e levado isso adiante. Este final de ano, para mim, não terá festival, não terá perú. Este post não terá fotos engraçadas com legendas cretinas. Vá em paz, Kombi. Eu sei que sempre que tiver saudade de ti posso alegar que estou com sede e tomar um caldo de cana em você ou comer um pastel, quem sabe, pois as coisas boas não saem de moda nunca. E um dia eu terei uma e a chamarei carinhosamente de Bolinha, em homenagem às minhas paixões, ambas velhinhas e guerreiras, que sempre me enchem de orgulho.
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Bichael e a Barata

(Cama nada, o negócio era na cozinha) Ohayo, Amados! Essa aqui é impagável. Alguns (muitos) anos atrás, nos idos do meu colegial eu conheci um cara que era um cuzão. Entojado. Chato e de voz anasalada. Tinha um nariz horroroso, aliás. E só pra variar, viramos amigos. Nerd igual, tínhamos os mesmos gostos para quase tudo; fosse literatura, carros, games dentre inúmeras outras coisinhas. Por ter uma tendência visível a um aflorado lado afeminado eu o chamava de Bichael, e somente lembrando que aqui neste tumblr o Gabo não apoia nenhum tipo de discriminação racial, étnica, religiosa e ou qualquer coisa parecida. É sempre em caráter satírico, e eu não tenho culpa se ninguém nunca entende minhas piadas. Então, quando eu falar que alguém era um cuzão ou com tendências ao baitolismo é por quê era mesmo, nada contra, e vão todos os moralistas tomar no cu ao raio que os partam; pois a Menuda está me mudando até mesmo no que tange ao meu palavreado chulo de estivador - e nada contra estivadores, claro. Ah, o que o amor não faz com a gente?

(Ragazza, tu rendi il mio cuore battere più forte)
Então: abrindo um parêntese aqui, que parem as prensas!: Amados, o Gabo tá namorando. É coisa séria e eu amo ela e ela é linda e e e e e eu fico todo adolescente quando falo na minha gata e e e e e *faltando ar aqui, emocionado* que sorriso mais lindo do mundo todo ela tem e ela é completa e me faz feliz e é exatamente tudo aquilo que eu sempre sonhei pedi esperei e agora sou feliz pois Deus me realizou este sonho e e e e e e eu esqueço até mesmo de colocar vírgula quando escrevo sobre esta mulher moleca marota inteligente elegante e engraçadíssima e isso de não colocar vírgula é uma forte tendência ao desespero nato constante no amor mais puro e e e e indica urgência e despreparo e eu quero passar tipo o resto da vida com ela pois eu te amo meu Doce Projeto de Devoção Eterna e sim meu doce projeto de devoção eterna era uma garota e quando passar minha euforia eu escrevo algo que seja minimamente decente e que faça alguma justiça a todo amor que eu tenho por ela mas não sei como dar pois é uma novidade pra mim isso de amar mas é uma coisa gostosa e quero passar o resto da vida com você Königin te amo minha vida.

(Agora que puxei seu saco em público e disse para todos que te amo, faça-me um sanduíche, Mulher) Voltando ao Bichael, pois eu desviei de sua história mas ele é um chato e que se foda ferre esperando o resto do post dele. Minha garota é minha prioridade, porra pô. Numa tarde agradável de sábado - como se sábados conseguissem ser agradáveis - Bichael apareceu em casa jogar um Magic. Enquanto atazanávamos minha Santa Mãe (que deu de me seguir aqui e eu preciso ao menos parecer ser um bom filho para tentar apaziguar as coisas que eu já falei dela) e ríamos de todos, foi batendo aquela fominha. Mamãe fez um bolo de fubá, um refrescante suco de abacaxi e nos chamou para comer. Enrolamos um monte e ela ficou puta conosco então, resolvemos ir lanchar rapidinho pois não é nada sábio deixar mamãe puta com você.

(Vai comer, moleque!) Nos sentamos, cortamos bolo e pães e servimos um pouco de chá. Mas estava calor eu eu vi aquela jarra da suco de abacaxi, com gelo suado e condensado escorrendo e não resisti; peguei minha caneca para sucos - pois o tosco aqui usa canecas para tudo - e sorvi aquela delícia gelada. Bichael, olho gordo, também quis daquele elixir tropical. Levantou-se e pegou um copo no armário, e voltou para a mesa. Ao sentar-se veio sei lá de qual portão do Hades uma barata gorda voando e pousou despreocupadamente dentro do copo recém apanhado. E como ele não viu o ocorrido pegou a jarra e encheu seu copo com suco de abacaxi, antes que alguém pudesse dizer algo. Não que eu não fosse dizer algo em defesa de meu amigo, se me calasse eu seria uma espécie de um desalmado cretino filho da puta malvado, capaz, mas sim: eu sou um desalmado cretino filho da puta safado com mais freqüencia que deveria, então...

(Tá com nojinho, 02?) Ele ergueu seu copo e antes de levá-lo à boca, Gabo, sempre o mais filho da puta canalha de todos até mesmo propôs um brinde ao pobre amigo. Assim eu desviaria a atenção dele para o real conteúdo presente a um palmo de seu nariz. Erguemos os copos e tilintamos à nossa amizade e ele sorveu de um gole só o conteúdo. Lógico que ele fez uma cara estranha pois não é normal haverem corpos estranhos em um lugar onde só deveria ter líquidos, mas teve a decência de não comentar nada, e polido, disse estar uma delícia. Houve uma explosão de risos no recinto. Eu jurei que jamais contaria isso na net, mas como eu trombei com Bichael hoje e ele me lembrou dessa, não podia deixar passar batido. Não tenho culpa se ele é um tarado em baratas, nojento.

(Você é um gênio na arte da comédia moderna, Gabo) É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados. Pois eu pela primeira vez sei qual é a sensação de ser e sentir-se amado em minha plenitude, confortado, preenchido em qualquer poro, exalo assim, o amor. Ela me completa em cada milímetro de meu ser, me faz feliz, desejado, querido, especial. Como te eu amo minha doce Aline. Lamberia uma privada de rodoviária por você, ainda que você fique horrorizada quando sou exagerado assim, mas não posso mudar quem sou. Bolinho de Arroz, Gabo. (Passou a chamar o Bichael de sino-brasileiro depois desta)
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(Chefe Wabutora, o Usuário de óleo do País da Fritura presta reverência às incríveis e lendárias habilidades culinárias do Gabo) Ohayo, Amados! Não sou um gourmet, mas gosto de ter em mãos meus sauces aux fine herbs. Sou letrado na cozinha, pois mais que meus amigos teimem em dizer o contrário. Horas produtivas sábado à noite para mim incluem minhas bitches, uma cozinha e papo nerd enquanto alguma coisa é jogada - videogame, rpg, magic, whatever - e todos bebemos Fanta Uva, pois somos uns bananas. Pessoas consagram as noites de sábado à esbórnia, já a gente, ao mundo curioso da mais alta gastronomia.

(Está na mesa, macacada)
Um belo dia, papai e mamãe decidiram tirar folga do Gabo e como de praxe, resolveram ir para la playa. Eles faziam isso a cada quinze dias que era justamente por saber que eu odeio praia e não me auto-convidaria para ir junto. Era perfeito. No começo eles obrigavam o Guizo a ir junto, a contra-gosto, pois a mamãe tinha que ficar de olho no filhinho. Impensável largar na mão do psicótico porra-louca do Gabo. E nessas minhas semanas de solidão eu fazia o de sempre: andava de cuecas pela casa, ouvia música alto, e apesar de meu infinito conhecimento no que tange as panelas, eu me virava com sanduíches e pizza pedida por telefone. Não cozinho para comer sozinho e tão pouco eu gosto de comer sozinho. Cozinhar é fácil, terapêutico. Penso ser um mix onde corresponde 25% inspiração, 35% transpiração (Eca, seu porco!) e 60% caldo knorr. Eu sei que a proporção está errada mas que se foda, eu odeio matemática.

(Gabo entrando no clima para fazer seus famosos nachos) E houve uma vez que eu resolvi escandalizar. Ao voltar do trabalho passei no mercado e tive desejos de gordices. Fantasiei estar comendo um de meus mais difíceis dishes, o frango crocante. Tomado pelo espírito da Palmirinha, julguei ser uma boa ideia e obstinado, mandei ver. Pra variar, deu bosta. Cheguei em casa, tranquei tudo mais ainda, me despi e acendi o fogão a lenha, pois sou metido. Meu pai nunca me deixava usar o fogão a lenha por motivos óbvios. Na única vez que quase taquei fogo na casa enquanto cozinhava eu estava tentando flambar algumas bananas mas acabei flambando o sofá e o tapete da sala. E isso, essa coisinha pouca fez ele me olhar desconfiado sempre. Só que quando o gato sai, o rato passeia. Enchi uma panelada de óleo de girassol, pois sou fitness e me enfiei de cara no tacho. O fogo prendeu, ficou bonito, e me sentei em frente enquanto o frango marinava no tempero. E ali, olhando a televisão da natureza eu acabei entrando em transe.
(Haverá retaliação por este seu ato deliberado de canibalismo, Gabo) Estava pensando na morte da bezerra enquanto esperava o óleo entrar em combustão, que a receita pede isso. Passaram-se vários minutos e nada. Eu literalmente viajei e esqueci do óleo no fogo. Ao despertar de minha trip entrei em desespero. Pensei #fodeu e histérico, comecei e tramar a melhor desculpa para dar ao papai quando ligasse para dizer que a casa havia torrado até a fundação. Um meteoro caiu, eu diria, e levaria um tapa na nuca. Mas, sorte, não. O óleo não chiava, não borbulhava, não fedia a queimado e as paredes da cozinha não estavam ardendo em chamas. Olhei no relógio e haviam passado gordos 20 minutos. Alguma coisa estava errada. Automaticamente chequei o fogo, que continuava como o inferno. Nisso, fiz o que qualquer pessoa retardada faria: para ver se estava quente, enfiei o dedo na frigideira.

(Cara, eu sou um gênio) Não riam! Eu havia acabado de sair de uma trip regada a Pepsi Cola na Caneca Verde & Lilás e não estava raciocinando direito. Na real, eu nunca raciocino direito mas isso não vem ao caso agora. Meu dedo era uma sirene de dor excruciante, sapecou na hora. Parecia um torresmo. Aquele cheiro de pêlo queimado, bolhas automaticamente levantando e o Gabo, em pânico, fez aquilo que qualquer pessoa na mesma situação bizarra faria. Exatamente isso. Ao se ver com seu dedo em carne viva, tentou aplacar a dor enfiando ele na boca.

(Na boa galera. #Partiu casa do vizinho antes que sobre pra gente) Eu era um furacão de dor. Não sabia se acudia meu dedo ou minha língua, já que o dedo quando foi à língua estava besuntado de óleo fervente. Eu corria em círculos. Ora latejava um, ora o outro e no momento seguinte ambos. Xinguei todo mundo, praguejei, joguei água no fogo e fui deitar, emburrado, pois tem dias que não se pode nem sair da cama. Se eu tivesse ouvido meus sábios conselhos, saberia que não se cozinha para comer sozinho. Ao chegarem de viagem viram aquele microfone de esparadrapos no meu dedo indicador e repararam que eu estava econômico nas minhas palavras. Azedo, não quis dar explicações. Eles tiveram uns dias de folga do meu linguão, eu aprendi minha lição (por ora) e quando me cobraram sobre o almoço que eu bem poderia ter feito, joguei o menu da pizzaria na mesa e fui pro quarto chorar onde é quentinho, puto com o nível infinito de burrice que as vezes este cabeção consegue realizar. Ah, que um dia eu mesmo encho esta cabeçona de tapas.

(Um Gabo colhudo passando perrengue nas viagens seguintes, só de raiva) É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta apaixonadamente realizada e pública manhã de segunda-feira. O Chef #01 da galera, Gabo (Nunca mais fez o frango crocante, pois pegou nojinho)
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Não tenham PENA de mim (Há!)

(Coisas que se aprendem com a mídia: Sempre à espreita, um pássaro raivoso lhe observa) Ohayo, Amados! Como de praxe, só para variar, todo mundo me gralhou pelo meu conto último sobre amor e sentimentos. Como de praxe, só para variar, mando todos à merda. E isso é específico para a Choquito, que só entende a língua do ódio. E tal como é certo o fato do dia ser seguido da noite é o fato de que as pessoas amam odiar o Gabo. E pelo visto não só as pessoas, levando em consideração meu pequeno problema com pássaros. Eu não tenho nada contra, sou até mesmo um dos mais ferrenhos defensores ativistas no que tange a liberdade dos bichinhos, que tem que ser livres, mas eles definitivamente não gostam de mim.

(Tô de olho em você, RAPÁ!) Pássaros. Hitchcock tinha razão. Eles são maus. Bonitinhos, cantantes, alegres. Mas tente andar numa praça de centro numa metrópole qualquer. Faça isso por sua conta e risco. Me refiro às pombas, claro, não consigo ficar bravo com uma Arara, ou com uma Gralha Azul. A treta é com as pombas e com os quero-quero. Belicosos, te perseguem e bicam ou então fazem suas necessidades em bancos, carros, vidraças e até mesmo em você, se der mole. Praças são zonas de guerra, onde qualquer movimento tem de ser estudado e antecipado. Alegria das pastelarias dos chinas e um presente em potencial caso você seja a tosca da Choquito, pombas são na real um ótimo foco de doenças e ladrões de comida, estes pássaros de símbolo da paz para virarem emissários da guerra estão ali, a um bico de distância.

(Notem os olhinhos velhacos desses quero-queros do capeta) Eles estão por toda parte, na espreita, louquinhos de vontade de fazer o mal. Mas servem de desculpa para quando o Gabo apronta mais uma das dele. Daí, os bichinhos odiosos acabam se tornando um excelente álibi. Um belo dia, estava dando rolê no sábado da namorada. E todos sabem que deixar mulher escolher programa é pedir para ir comprar sapato. Como é amplamente alardeado e de conhecimento público há décadas, eu odeio mais que qualquer outra coisa na minha vida ter que ir em sapatarias. Só que um homem faz aquilo que um homem precisa fazer, e eu fiz. Trinta e nove lojas depois, sendo que passamos quase quatro horas em cada loja e eu já estava ligeiramente desconfortável com isso. Aí, aconteceu.

(Atenção, tropas. O alvo de hoje é aquele garoto Charmoso-Barbudo. Ataquem e não façam prisioneiros) Estava com um mochilão de acampar nas costas e paramos em frente uma loja que estava sendo hostilizada pelo movimento pipoca livre. Um oceano de pombas estava na entrada. Lembro que a namorada era daquelas que não podem ver pombas que saíam arrulhando atrás só pra ver a revoada. Divertiu-se à seu modo e entramos naquela que parecia ser a 78º loja do dia. A loja era dessas raras lojas de porta de rua. Hoje em dia estão todas migrando aos shoppings, estranho isso. Pois bem; ao entrar na loja me deparei com uma versão do Muro de Berlim, só que patrocinada pela Adidas. Bem na porta. Quase na calçada. Era uma daquelas promoções doidas de limpa de estoque, e eu pensei que teríamos que escalar aquilo para entrar, quem conseguisse levava uma meia de brinde, sei lá. Ela estava em seu Nirvana, saltitava e me perguntava o que achava desse, dessa, desse, daquele e daquele outro - por mais que o que eu dissesse nunca era ouvido - e experimentava todos, em todas as cores possíveis. E nunca levava nada. Daí caminharíamos para outra loja fazer o exatamente o mesmo, na esperança que houvesse uma reserva de sapatos que ela ainda não tivesse visto em nenhuma outra loja. Ah, mas que merda eram meus sábados.

(Aqui não, neném) E eu caminhava dentro das lojas, bicudo, de um lado para o outro tentando acompanhar o ritmo frenético. Quando chegava ao fundo da loja ela passava como um foguete para a parte da frente. Eu fazia meia-volta e ao tentar chegar na entrada ela passava para o fundo. E numa dessas minhas voltas sem fim eu me virei e não olhei para o lado, esqueci do mochilão e fiz a cagada do dia. Desnecessário dizer que a Muralha da China da Nike que estava na entrada foi pra todos os lados, como um castelinho de cartas de baralho. A loja parou, claro. Era sapato para tudo que é lado. Dentro da loja, na calçada, um avalanche ortopédica. Aquele desmoronamento deve ter durado uns quatro minutos. Juro. Não sei de onde saiu tanto tênis. Parecia que havia tombado uma carreta na porta da loja.

(Peguem o pombo agora!) Houve aquela comoção, todos os vendedores com as mãos na cabeça horrorizados e incrédulos correram acudir, as pessoas riram, a namorada colocou a mão na cara e fingiu não me conhecer por mais que tivéssemos entrado abraçados na loja e as moças do caixa faziam fotos do fuzuê com seus celulares. Logicamente eu me pus a recolher as coisas como dava, pois a culpa da zona era minha e eu limpo minhas cagadas. Não conseguia parar de rir, e a moça que estava ao meu lado me fuzilava com olhos ameaçadores. A cereja do sorvete veio quando eu achei que deveria explicar o inexplicável.

(Vai ficar sem sexo pra aprender a não me fazer passar vergonha) A vendedora espumava de raiva e acho que me enfiaria a caneta no olho, se pudesse. Dizia para eu parar de ajudar, pois já havia feito o suficiente. Eu, rindo até não poder mais, tentei amenizar a situação com o famigerado charme do garoto barbudo. Disse: "Você não viu? Veio uma pomba descontrolada suicida voando a milhão lá da calçada e se arrebentou na pilha de caixas!!" Ela não sabia de ria ou me dava um tabefe. Eu jurava de pé junto que aquilo era coisa de alguma pomba e todos na loja começaram a rir da minha cara de pau. Ao juntarmos todas as caixas ela resolveu me desafiar e, toda senhora de si, carinha de nojinho, perguntou: "Quedêlhe a tal da pomba, guri?" e eu que não fico pra trás sapequei: "Isso eu não sei, mas o chinês da pastelaria ali do outro lado da rua saiu correndo daqui com algo debaixo da camiseta"..

(Escapei da vergonheira e ainda saí por cima! Hell yeah!!)
Consegui me safar da bronca e ser xenófobo, tudo isso ao preço de um par de sapatos que acabei me obrigando a comprar para que meu estabanamento não tenha sido em vão. E para tirar o bico da cara da namorada, claro, que de burro eu não tenho nada.

(Esse aqui é o meu dedo e esse é o meu pulso...) Sem mais. Por enquanto, claro. Mas ultimamente tenho sentido um peso na mão direita. Mó estranho. Desde sexta-feira última. Tem que ver isso aí. Nada que incomode, claro, muito pelo contrário. Só gostaria que isso fosse visível, pois acho que será algo que vai mudar muita coisa. É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta abafada manha de quinta-feira. A resposta mais rápida do sul, Gabo. (Um belo dia ainda apanha de alguma vendedora por destruir a loja)
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O Sorriso Mais Lindo do Mundo

(He Stole the #01 God's Lamb) _____________________________________________________
Ato I - Quando os Sinos Tocam Quando ele viu aquele sorriso pela primeira vez - e isso ficou em sua mente como num vórtice interminável de amor incondicional - ele soube sem a menor sombra de dúvidas que estava diante àquela que seria designada pelos caprichos Divinos a ser a Mulher de Sua Vida. Não sabia o como ou o porquê mas sabia com toda a sua certeza - coisa estranha isso, ter certeza de algo pois fora algo que ele nunca experimentara em toda a sua vida até então - ele soube enfim que era a pessoa certa. Sentia isso como se sente uma onda de calor pelo corpo ao se tomar uma xícara de chá após chegar da rua em um dia frio. Reconfortante, único. Maquinações, engrenagens sendo giradas por alguém, não importa. A única coisa que realmente importava naquele momento era que as coisas finalmente começavam a fazer algum sentido; todo o sentido do mundo, aliás. E também pela primeira vez. Outra primeira vez em um momento em que a única certeza que se podia ter era a de que algo horrível poderia acontecer a qualquer momento. Aquela caixa empoleirada em sua prateleira com o grande quebra-cabeças de sua vida do qual faltava a maior e principal peça, finalmente estava completa. Era hora de montar, então. Ato II - Um Homem Faz Aquilo Que Um Homem Precisa Fazer Perdido, absorto em seus pensamentos e totalmente em pânico, Lucca estava com suas mãos trêmulas a espera daquela que seria seu destino. Em um lugar no qual se sentia deslocado, cercado de pessoas indiferentes a seu total embaraço, parecia que todos riam dele assim mesmo, sentimentos, insegurança, medo e amor. Claro, pois, o amor. Se não fosse por ele Lucca jamais estaria passando por aquilo. Suas mãos trêmulas tentavam disfarçar entrando em seus bolsos, procurando por chaves, moedas, Trident de Canela e por quê não, aquela pequena caixa de veludo que continha nada menos que um par de alianças e, risadas amarelas, brincadeiras com o celular em busca daquilo que seria apenas um 'oi, eu cheguei está onde?' o qual selaria seu destino. E aconteceu. Diante os olhos curiosos e indiferentes e raivosos de mais de cinquenta mil pessoas da grande metrópole onde nem era seu lar, sua zona de conforto, finalmente aconteceu: ali, parada diante seus olhos, ao alcance de suas trêmulas e desajeitadas mãos grandes demais a Mulher de Sua Vida, e aquele indefectível sorriso lindo, o mais lindo do mundo. Seu mundo parou, seu chão faltou e ele soube sem a menor sombra de dúvidas o que fazia ali. Se já não se conhecessem ele diria que sim, se apaixonaria por ela novamente. Em meio a quase uma centena de milhares de pessoas a única que conseguiu chamar sua atenção foi justamente a pessoa que havia roubado de sua vida, sua atenção, seu destino e aquilo que ele julgava seu melhor, o seu coração, a apenas alguns meses atrás. A cada vez que deitasse os olhos naquele olhar apaixonado ele saberia que se reapaixonaria, independente. O nome dela não importa, pode ser Pamela, Mariana, Sofia, Bruna, não vem ao caso. Para ele, aquela moça também trêmula, retesada e tensa tal como ele era a personificação daquilo que ele passou a vida procurando, esperando, pedindo a Deus: Ah, Senhor Misericordioso! Como ela é perfeita. Como ela é linda, elegante, engraçada! Que sorriso esfuziante! Aquela que foi durante longuíssimos meses sua musa, sua bella donna, mote de seu amor reprimido e ode à canções poemas cartas e amor puro seria dali para frente somente seu Grande Amor, e foi em direção, ele, de seu destino que desfolhou; para o porto seguro que seria aquele peito plácido onde regozijaria seu sofrimento, expiaria seus pecados e seria completo como um homem-já-feito ou apenas um garoto bobo e sem grandes experiências no que tange o amor. E para ele, Amor era uma palavra que se escrevia em cinco letras. Ato III - As Coisas Boas Esperam Pelas Pessoas Resolveram sair dali, Lucca e aquela que era O Grande Amor de Sua Vida. Para onde? Ninguém sabia, que fosse às entranhas da grande metrópole, ao raio que os partisse, enfim, contanto que estivessem juntos. Aquele amor era tão puro que até mesmo as pessoas raivosas da grande metrópole não conseguiam deixar de sorrir e pensar que ali estava o casal mais lindo do mundo mas isso também não fazia a mínima diferença. Mãos dadas e passos lentos foram em direção ao coração da terra enquanto sincronizavam sua respiração descompassada, seus corações apaixonados em um uma única batida, bailavam seus genes em uma igualmente apaixonada dança na estratosfera. Deus se retirou e foi beber uma cerveja pois sabia que havia feito um bom trabalho e sua Cordeirinha número um estava em boas mãos, como o planejado, e feliz, baixou-se a cortina, diminuiu a luz de ribalta, colocou uma música de fundo e sorrindo, foi cuidar de seus afazeres, pois por ser Deus ele sabe de tudo e sabia que as coisas ali estavam perfeitas. Se alguém dissesse a Lucca que um dia ele estaria assim ele riria. Incapaz de sentir amor ou compaixão, ele seguia sua vida e agora estava ali, indefeso diante o amor que o assaltara. As pessoas sumiram, o mundo ganhou contornos e nuances que Lucca nunca antes vira. As ruas ganharam som, as pessoas congelaram em sua insignificância e ele só pensava em como aquele amor lhe sufocava, em como aquela que estava enlaçada em seus braços lhe fazia tão bem e sentia vontade de chorar, de gritar, de rir, apaixonado completamente. Ato IV - A Urgência Cadenciada de um Simples Pedido Sentados debaixo uma frondosa árvore em um parque qualquer da grande metrópole - que pode ser o Pampulha em Belozonte, ou o Barigüi em Curita, ou o Ibirapuera em Sampa, independente - eles se entregaram àquele amor puro, Lucca e o Grande Amor de Sua Vida. Ele disse: "deixa eu cuidar de você?" e ela respondeu que sim, que deixava. Sua urgência, aquela ânsia do outro seria finalmente aplacada. Suas almas seriam lavadas e eles se amariam até que o maldito relógio dissesse que infelizmente a felicidade não dura para sempre. E foi nesta urgência que Lucca, novamente aos olhos curiosos de mais de centena de milhares de pessoas na grande metrópole pediu em namoro seu Grande Amor. Ato Final: O Sorriso Mais Lindo do Mundo junto ao Olhar Mais Apaixonado de Todos Sentiam-se completos, Lucca e a Mulher de Sua Vida. Eram um só. E era hora de partir, pois ambos ali na grande metrópole estavam longe. Foram apenas poucas horas sob a luz do amor, mas valeu a pena. Sempre vale quando se trata dele, este amor lindo e puro e inocente. Sentados à espera do inevitável trocavam carícias e juras intermináveis de amor. Foi quando tudo fez sentido, por mais que já houvesse essa certeza. Em meio a tanto amor explícito houve algo que mudou o jogo. Pensavam que no baralho só havia o ás de espadas mas o Grande Amor de Lucca baixou o ás de diamantes. Em silêncio, escondido esboçou-se. E parados, suspensos em suas emoções e reminiscências com o triste fim daquele que foi o Melhor Dia Na Vida de Ambos, ou se preferir, o Dia Que Eles Esperaram Pela Vida Toda, Lucca viu finalmente o Sorriso Mais Lindo do Mundo em uma hora em que não era para ter visto, aquele doce Sorriso Mais Lindo do Mundo não foi direcionado a ele e sim ao seu ombro em um abraço final. Foi o Sorriso definitivo. Naquele sorriso ele viu o mais puro amor, o amor que ela sussurrava em silêncio em seu peito, protegida, segura, feliz. E ele não se conteve e balbuciou eu-te-amo-como-eu-te-amo-minha-menina também em silêncio e foram se separando em câmera lenta, ela ao embarque e ele aos seus sonhos com aquela que era a Mulher de Sua Vida, dona de seu destino, senhora de sua felicidade, seu doce projeto de devoção eterna, a dona do Sorriso mais lindo do mundo. Para todo o sempre. ________________________________________________________ Pequeno conto que escrevi para alguém e enviei para um concurso de contos. Como de praxe, o concurso não deu em nada mas eu divulgo pois eu achei que vale a pena a carga de amor presente. Que o Lucca que há em cada um de nós não deixe jamais de experimentar a sensação de ir atrás de seu doce sorriso mais lindo do mundo, onde quer que seja, pois vale a pena. Até mesmo se uma horda de Chineses discordarem, ainda assim vale a pena. Amo vocês. Escriba do cotidiano, Gabo (Que escreve de um modo muito pessoal e ninguém nunca entende nada)
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As cuecas virada do demônio



(Diga Cueca virada três vezes e o Beetlejuice aparece para aprontar altas confusões) Ohayo, Amados! Como venho fazendo habitualmente ao conversar com meu Projeto de Devoção Eterna, acabei falando mais que a boca. Tão certo como eu não tenho a trava na língua é a de que a mamãe Noell vai me ofender homicidamente de modos carinhosos, mas não ligo. Então. Um belo dia eu acabei comentando que ia com certa frequencia na padoca da esquina para comprar cuecas virada. Não sei como se chama pelo resto do país, mas sei que tem gente que conhece como orelha de gato. Que seja, o que importa aqui não é o nome e sim o resultado. A referida guloseima é um pedaço de massa cortado no meio e virado num bodoque, frito, e aí embalado em açúcar, canela, farinha de milho, bicarbonato, areia de parquinho, fubá, cocaína e sei lá mais o quê. Numa destas minhas idas na padoca, acabei por ver que havia um troço que lembrava vagamente cueca virada, mas sem os trecos em pó que todos adoram. Não digo que eu não gosto, mas galera, eu tenho barba. Imagina só o sofrimento. Cai tudo, vira uma meleca e eu odeio este tipo de sujeira. Sem contar que não gosto nem mesmo de comer sonhos por deixar os dedos melecados de açúcar. Sim, eu tenho problema com coisas grudentas. (Quando ele acabar este mimimi todo me avise que eu volto a ler) Desculpem pelo meu desvio da história. Na hora em que eu vi aquilo que era vagamente familiar, minha curiosidade falou mais alto e tive que perguntar. Chamei a atendente minha amiga - e dizer isso foi a pá de cal na história - no canto e perguntei o que era aquele troço. Ela sorrindo falou que era uma experiência para ver se haveria aceitação, era para ser cueca virada, mas sem a melequeira de praxe. Na hora eu ouvi alguns anjos cantando. Meus sonhos de gordices haviam sido atendidos. Não mais andar com a barba cheia daquele anthrax em que empanam as cuecas virada por aí. Disse que se ela fizesse todo dia eu todo dia iria lá para comprar. E é aí que eu sou traído pela minha boca e pelo monstrinho dos olhos verde e azul da ciumeira.

(Meu cérebro veementemente se recusa a entender que tem horas que é melhor ficar de boca fechada) Mulheres tem uma particularidade. Elas entendem somente o que querem, quando isso lhe convém. E o fato de todos os dias ter cueca virada sem açúcar para mim vira o fato de quê a moça da padaria é apaixonada pelo Gabo e a gente vai casar daí eu vou passar o resto da vida comendo a cueca virada dela e não fale mais comigo pois eu vou matar todo mundo e atropelar todo mundo te envenenar e depois tacar fogo no seu cachorro pisar nos seus gibis e marchar sobre os destroços de seus carrinhos dar seu skate para algum exército da salvação furar seu bucho com uma 'pexera' etc. (Sinceros agradecimentos aos anos de treinamento adquiridos junto ao meu fan clube "Meninas que Amam o Gabo!" composto pelas lindas: Nathy!, Carlinha, Gaba, Choquito, Mamãe Noell, Cretina - a Menuda, que no fim é quem conta, e tantas outras doces psicopatas pelas ideias sobre) O pior é que eu nem gosto tanto de cueca virada. E não há a mínima possibilidade de eu ter alguma sombra de relacionamento com a tal da coitada. Mas isso não impede a liga da decência, moralidade e ciumeira de falar. Se eu digo que está calor eu tenho de ouvir "mas e a Eve, onde fica nisso?" ou então se eu comento que puxa, como a batatinha frita está gostosa ela ataca com "tenho certeza que a batata da Eve é melhor, vai lá comer, vai". Teve uma vez que a conversa durou - e eu juro - menos de um minuto para cair na porcaria da cueca virada do demônio. Eu me divirto com isso, claro, mas quero que saibam: eu sou sincero em afirmar que jamais faria nada com ela, a Eve (Chamo pelo apelido sim e azar) e nem com nenhuma outra, pois eu não tenho tempo para xavecos. Preciso dedicar minha vida ao fato de elaborar sem falhas o desenrolar deste meu projeto de devoção eterna, indiferente minha fama e principalmente sem comer cueca virada pelas padarias da vida nunca mais pois eu não sei ficar de boca fechada de mas ainda sim sou um cara sensato. Agora, para o delírio dos cuecas uma seleção de gatas que em algum momento da vida, ou até mesmo furtivamente uma vez ou outra roubaram o coração do Gabo: (Liv Tyler e sua cara de sonsa: fico feliz que você não puxou ao seu pai sua linda)

(Outra sonsa que me deixava doido quando criança)

(Mulher Maravilha, bate em mim que eu te amo!)


(Hmmm.. É difícil vencerem a Elvira, que foi minha primeira Bad Grrrl)
(Esqueçam o que eu disse. A Branca de Neve vestida de Mulher Maravilha ganha até mesmo da Elvira) A minha proibidona #01, a phoderosa Lésbica Aidética e Drogada eu não coloco pois eu não quero dor de cabeça. E já que o papo é cueca virada e este aqui é um lugar para se rir da cara do Gabo, lembrei de uma ótima. Estava visitando a Madrinha, aquela das novenas, e lá estava a Jupreta. Jupreta é uma das pessoas que eu mais tenho carinho na terra, sempre rimos de tudo até ter vontade de vomitar. E neste dia a Jupreta disse que queria ir comprar pão na padaria. Fui à tiracolo para cuidar dela e espantar os marmanjos. Chegando na padoca eu olhei para a estufa e vi meu motivo de dor de cabeça, a tal da cueca virada. Agarrei no cotovelo da Jupreta e comecei a brincar com ela: "Tia, me dá um cueca virada? Puxa vida, ela parece estar uma delícia! Que te custa, vai matar me comprar umazinha? Oras, ela está até mesmo me chamando, veja só. Você sabe que eu tenho problemas com lombrigas e ainda assim vai me negar uma cueca virada sua monstro?" Acontece que meu charme de garoto barbudo funciona até mesmo sem querer e a moça do balcão comovida com o fato, resolveu intervir. Abriu a estufa pegou uma cueca virada e me deu, junto com uma piscadinha de aprovação. Lógico que eu fiquei sem graça. Disse que era uma brincadeira, capaz, mas ela se fez de difícil e eu como não recuso comida duas vezes, agradeci e mandei ver. Na volta a Jupreta disse que nunca mais voltaria na padaria, que nunca havia passado tanta vergonha na vida e contou para a madrinha que deve ter feito uma novena para isso. Hoje nós rimos de mais esta Gabozada, mas eu não quero nem saber, de minha dor de cabeça frita & doce eu só comerei a feita pelas lindas mãos sorridentes refúgio de anéis futuros que amam sovar massa daquela que sabe quem é, não preciso nem dizer. E não é a Eve, antes que venha me encher o saco. É isso, Amados. Sintam-se beijados e abraçados nesta fria manhã de segunda-feira. Encrencado - pois sabe que receberá mensagens raivosas, ameaças de morte e broncas por e-mail, Gabo. (Espera a compreensão de todas as suas lindíssimas detratoras, pois elas sabem que isso tudo foi uma brincadeira assim como eu sei que é uma brincadeira a ciumeira delas. Na maior parte do tempo, claro) "E eu sou homem de uma mulher só, por mais que ninguém acredite nisso. Eu amo você, minha doce Mulher Maravilha do sorriso mais lindo do mundo."
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O Selvagem da Bicicleta

(Gabo, o Evel Knievel da Bicicleta ataca novamente) Ohayo, Amados! Tá ali no arquivo, só pesquisar. Tenho um infame histórico no que tangem as duas rodas. Mas todas as minhas desventuras nunca culminaram em nada mais que algumas luxações, fraturas, contas médicas e dor de cabeça para minha mãe que sempre corria pro hospital comigo. Durante o sermão ela me dizia que o dia que eu tivesse filhos eu ia ver só; pagaria cada centavo daquilo que eu fazia para ela. Penso na coitada da minha futura esposa, que além de ter que correr com as fraturas de minha prole terá que fazer as vezes da minha mãe e correr comigo também, pois eu sou um incorrigível e consigo ser pior que criança. Que fique avisada já, para depois não dizer que não sabia.

(Raras imagens do Gabo dando rolê na praia, provavelmente indo ao Morro do Cristo prometer suas loucuras) Se eu caísse no meio do rolê batia a poeira e a nhaca de sujeira na ferida recém aberta e via se a heroica bicicleta tinha o mínimo para continuar dropando. Não eram alguns dedos quebrados que me fariam voltar para casa mais cedo, o destemido. Ninguém nunca entendeu que para mim a bicicleta era mais que um meio de locomoção, ou um atestado constitucional à liberdade e ao ir e vir. Até mesmo algo simples como uma bike, nas minhas mãos, acaba se tornando arma com um potencial altíssimo de risco para suicídio. Até hoje meu pai me cobra como eu conseguia detonar a bicicleta. Papai, eu andava de bike nos trilhos de trem, pulava pelas rampas da pista de motocross, me jogava em qualquer pirambeira que aparecesse e brincava de tentar atravessas valetas em pulos improvisados. Para ele eu dizia que as coisas de hoje em dia não prestam, que coisa boa era feita antigamente mas não colava muito. Deve ter sido por isso que nunca ganhei uma mini moto ou, desgosto meu, um kart. Vou corrigir isso com os filhos que minha mãe tanto rogou praga.

(Mãe, as minhas filhas não vão pegar sua praga de urubu. E meu coração chora de paixão ao ver esta foto pois queira ou não, minhas filhinhas serão assim - tendo overdoses de amor aqui)
Pois um belo dia ao andar à esmo encontrei uma obra. Estavam asfaltando um trecho particularmente sinuoso que seria uma delícia para fazer um drift touge (GOOGLE IT) mesmo que de bicicleta, por mais estúpido que seja pensar que bicicletas são boas para dôri. Um pouco mais a frente no canteiro de obras estavam cavoucando com máquinas e isso é muito interessante para pessoas perturbadas como eu. O fluxo de caminhões caçamba era pesado, mas notamos um padrão. Saíam a cada cinco minutos e só em um sentido. Era o tempo perfeito para nos arremessarmos curvas abaixo. Eu sempre fiz coisas idiotas tipo vir correndo e me jogar contra placas, ou então brincar de escalar morros de manilhas para esgoto num parkour antes de ser parkour. Mas isso era muita estupidez. E na hora pareceu uma boa ideia, claro, como sempre parecem as ideias mais estúpidas que temos ao ser adolescentes. Passou o último caminhão e fomos em seu encalço. E daí, claro, deu bosta.

(Os heróicos feitos lendários do Gabo sendo honrados com estátuas pela cidade) Era curva para direita, esquerda, esquerda novamente e daí para a direita. Em descida. Curvas cegas. Era uma delícia. Mas eu nem-te-ligo para os freios. Abria a curva, me jogava para a tangência e saía aberto, me sentindo um piloto profissional. A bicicleta chegava a raspar o pé-de-vela no asfalto novinho, arrancando faíscas e fazendo aquele chiado gostoso de coisa sendo destruída. Até que ataquei uma curva bem fechada à esquerda. E no meio dela havia uma pedra do tamanho de um microondas que havia caído do caminhão. Não teve como desviar. Enchi a pedra com a bicicleta, que estancou. Enquanto eu voava, mais uma vez, não me preocupava com o fato de poder morrer, mas sim com a desculpa que daria quando chegasse em casa. Caí de cara no asfalto e tipo, fui uns bons dois metros ralando a cara no chão. Ao ser levantado pelo Bolaxero que estava em pânico e com medo de que eu fosse atropelado que fui notar o tamanho do estrago.

(Mamãe e Papai receberam um destes certa vez no hospital para que eles se animassem e me encarassem como um investimento futuro) Pois aqui neste Tumblr tem humor, romance, drama e um pouco de tensão também. Então.. ao me levantar fizeram aquela cara de putaquelpariu#fodeu e eu sabia ser sério pois não sentia nada na minha cara e também por ver o rio de sangue que se acumulava ao meu redor. Eu sempre encobria minhas fraturas menores como podia para não me encrencar mas aquilo não dava para esconder. Meu lábio superior estava partido e dava para ver a arcada dentária com a boca fechada. Corremos para o pronto socorro, pois se era para aparecer zoado que ao menos aparecesse remendado já. Chegamos ao hospital e a enfermeira disse que só podia me atender se eu chegasse ali com meus pais e/ ou responsáveis. E de responsáveis eles sabiam que não tínhamos era nada.

(Desculpem acabar com suas fantasias mas este tipo de enfermeira que sempre mexeu com sua libido em sua adolescência não existe.)


(Este é o tipo mais provável de enfermeira que você vai acabar topando se não estiver em um desenho ou filme pornô, infelizmente) É claro que existem ótimas profissionais no ramo da enfermagem, longe de mim sequer cogitar o contrário mas não consigo ficar 100% tranquilo com uma profissão que aceita pessoas como a Choquito em seu curso. Pois bem. Tive que ir para casa me esvaindo em sangue. Rezava para que eles ficasse putos com o hospital e não comigo, mas essas coisas só dão certo na minha cabeça mesmo. Corremos de volta para o pronto socorro e remendamos como deu, tirei radiografias dos dentes que, felizmente, estavam bons e não morri. Graças ao um Deus misericordioso e um anjo da guarda dos fortes não ficou nem cicatriz, por mais que eu quisesse uma para ficar com cara de malvado. E eu não aprendi a lição. Ao conseguir resgatar a bicicleta que havia sido confiscada pelos furiosos pais, não tardou para que eu me arrebentasse todo, mas isso fica para outro post.

(É por isso que eu prefiro Carros hoje em dia, são mais seguros que bicicletas) É isso, Amados. Sintam-se Beijados e Abraçados nesta abafadíssima - está calor para cachorro!! - manhã de quinta-feira. Indestrutível, Gabo. (Sugere que a Caloi e a Monark coloquem a mão na consciência e lhe paguem royalties por todo o lucro que deu pra elas até hoje)
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