Um livro que além de estimular o prazer pela leitura dos pequenos, convida a refletir e respeitar as diferenças; mostra que a vida deve ser vivida da mesma forma por todos.
Quando sua alma não deseja se expressar, não insista.
Calar-se não significa ser árido.
Fique em paz com a sua borboleta imóvel.
Apenas permita que o espelho d'água reflita o mosaico de seus jardins.
Harmonize-se com o jardim das sombras.
Solidifique a sua identidade com o jardim das raízes.
Alegre-se com os patamares de sua Fícus em constante amadurecimento.
Amplie a privacidade do seu lar interno com a aparência frágil da estética do jardim de capim.
Perca-se no labirinto clássico de seu ser.
Fortaleça-se com os pedregulhos do rock garden.
Siga pelo lago das pontes. Rumo à fertilidade, entre na trilha das bromélias.
Rebele-se contra os padrões rígidos com a valorização da natureza do jardim inglês, mas mantenha-se firme com os seus sonhos como as coníferas do jardim francês.
Reconcilie-se com o entorno como o jardim japonês.
Aproveite o jardim chinês para estimular a sua imaginação e criatividade.
Vá para longe com os moinhos de vento do jardim alemão.
Perfume-se com as flores do jardim austríaco.
Contemple o jardim arquitetônico do seu psicossoma.
Liberte-se com a livre assimetria do jardim romântico.
Aqueça-se com a lareira do bosque outonal.
Conforte-se com o jardim de orquídeas.
Conecte-se com Deus no belo mirante e perceba que é o sujeito desse jardim autoral.
A obra destina-se a todos que se preocupam com a educação de qualidade dos discentes com autismo e psicose infantil. A proposta é proporcionar aos docentes e à equipe escolar uma reflexão sobre a inclusão destes alunos no ensino regular, sem ter a pretensão de ser um manual de instruções ou uma receita pronta. Com uma visão psicanalítica lacaniana, busca-se focar nas habilidades e competências destes educandos, e não nos aspectos de seus quadros. Deseja-se contribuir para diminuir o preconceito e a discriminação.
Sobre os autores: Gabriela Garcia Ceron: Psicóloga pela UNORP; Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela UNIRP; Psicopedagogia Institucional e Clínica, Neuropsicologia e Psicanálise pelo IBRA; Mestra em Psicologia e Saúde pela FAMERP. José Nathan Fernandes Rocha: Fisioterapeuta pela UNORP; Especialista em Fisioterapia Musculoesquelética pela FAMERP e em Ortopedia e Traumatologia pela FAMERP; Mestre em Psicologia e Saúde pela FAMERP.
CERON, G. G. As contribuições de Donald Woods Winnicott para a psicossomática. 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐏𝐬𝐢𝐜𝐚𝐧𝐚𝐥𝐢́𝐭𝐢𝐜𝐨, 52, n. 2, p. 127-154, 2020.
O artigo salienta que para a psicanálise winnicottiana o conceito de psicossomática é, antes de tudo, saúde, crescimento, amadurecimento, ou seja, é o indivíduo completo. A denotação é maior e complexa do que conflitos psicológicos prejudicando o organismo. Essa visão é ainda um pouco desconhecida tanto por psicanalistas quanto por médicos e educadores que ainda tendem a ver a psicossomática somente pelo ângulo negativo
por mais que tenham compreensão da pessoa como um todo em função do conhecimento do inconsciente e das pulsões.
“Psicossomática envolve, sim, moléstias, mas, quando se abordam afecções
psicossomáticas, geralmente o foco é apenas no processo de interferências
psíquicas no somático e não no contrário” (Ceron, 2020, p.131).