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Memórias de um celular
Hoje resolvi fazer algo que nunca faço na vida: arrumar minha área de trabalho do notebook. Em princípio era pra otimizar a máquina que está me fazendo passar raiva e assim ganho um tempo até que meu amigo Nardo dê um jeito pra mim.
Em meio aos arquivos, 80% eram sobre trabalho, mas encontrei uma pasta perdida escrita “celular”. Abri e vi a zona que estava. Resolvi separar por pastas de lugares e pessoas que apareciam nas memórias. E então começou uma verdadeira faxina. Não foi apenas uma faxina do notebook, mas na alma, no coração, nas lembranças e, sobretudo, uma sensação de gratidão a todos que por ali passaram.

As fotos eram registros de outubro de 2016 a outubro de 2017, período em que minha vida foi completamente diferente. Quem estava nela sabe. Foi o ano mais difícil, mas também o de maior descoberta. Conheci lugares, sabores (melhor pastel de camarão da vida!), danças e pessoas. Muitas pessoas. E como dizem no Reiki, para cada pessoa existe um ciclo na nossa vida. Retomei algumas amizades antigas que estavam afastadas e ressurgiram em forma de bebês que nasceram, novos ciclos.
Fiz amizades verdadeiras com poucos dias de convívio. Chorei e também sequei lágrimas. Sorri. Debochei. Fui taxada de louca e atraí outras loucas para perto de mim. E nessa virei quase garota do Rio/Nikiti. Duas loucas tentando se reerguer com um reforço na autoestima. Aí teve Tinder, Happn, samba no Vidigal, mototáxi e Carnaval com Vodka, com um enterro no meio, e a primeira vez que precisei tomar soro por conta do excesso (que minha mãe não leia esse parágrafo. Não mostrem pra ela!).

Mas, infelizmente, também vivi algumas desilusões ao perceber que alguns amigos, na verdade, eram apenas conhecidos. Porém, fui recompensada pela descoberta de verdadeiros irmãos e irmãs, alguns que convivo todos os dias no trabalho e outros que estão a quilômetros de distância, em outros estados, e me abraçam frequentemente pelo whatsapp, pelas orações e para os quais eu mando um cheiro em forma de energia enquanto sambo.
Por falar em samba, G-zuis, como sambei nesse período. Também dancei Axé, Funk, virei fã da Anitta (inclusive tem uma pasta só com lembranças dos shows dela. Rsrsrs). E quando saía sozinha para esses meus programas, porque saí muitas vezes sozinha, a amiga que não me acompanhava ficava em casa rezando. Hahahaa... E isso me protegeu muito! Teve rock também. Um ingresso perdido do RIR comprado há meses. Na falta de companhia, a minha foi a única que me importava. E foi uma experiência ótima!

Enfim, este post é para agradecer a cada um que se reconheceu como parte do processo de evolução e amadurecimento e para que eu mesma me lembre de todas esses momentos. Agora abro uma nova página na minha vida. A galeria do celular está quase zerada para que novas experiências, lugares e pessoas sejam registrados para a posteridade.
Quem vamos?
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Não é sobre bunda
Em entrevista ao Bial nesta quinta-feira (15/06), a cantora Anitta mostrou mais uma vez que cantar é apenas uma das suas atividades. Sempre gostei de dançar suas músicas. Já fui a um show da cantora no Rio, sozinha. Fui e voltei de um dia para o outro só para dançar ao som dos sucessos dela. Mas você é fã assim dela, Gabriela? Me tornei.
Além de ser um ritmo que gosto, depois de uma entrevista que a cantora deu também ao Bial, na GNT no ano passado, eu mudei minha forma de vê-la. Antes pensava que era uma cantora divertida, com irreverência e carisma e até uma falta de noção ao lidar com a fama. Mas depois que assisti a essa primeira entrevista, fiquei admirada com o fato de uma menina de vinte e poucos anos administrar de forma efetiva, como empresária a própria carreira, tendo tempo ainda para ser um fenômeno nacional. E ela falou brilhantemente sobre isso durante a conversa. Um dia depois os jornais repercutiram uma pequena fala da artista sobre sua compulsividade por comida e como isso poderia causar “danos” ao seu corpo. Ela havia falado sobre fama, carreira internacional, educação, empoderamento feminino, discriminação e vários outros assuntos. É lastimável que em meio a todas as qualidades de uma mulher visionária, por ser sensual é resumida apenas ao tamanho da bunda que tem. Nesta segunda entrevista, de ontem, agora em rede nacional, Anitta fala de negócios, MKT, mídias sociais, planejamento de divulgação, estratégias de colocação no mercado internacional, entre outros temas. É inclusive analisada por um especialista em MKT, que sugeriu quatro pontos principais da cantora: versatilidade, capacidade de se aliar a outros artistas, assertividade nas divulgações em redes sociais e autenticidade. Perfeita análise. E os jornais repercutiram o que da entrevista? Apenas a parte em que ela falou sobre discriminação e criminalização do funk. A verdade é que as pessoas se recusam a aceitar uma mulher bonita, sensual e de bunda grande como alguém inteligente e capaz de transformar a própria vida com suor, trabalho e visão e não por sorte. Anitta falou sim de um preconceito que ainda precisa vencer, falou da experiência de ter saído de uma favela, das dificuldades, do primeiro estágio, baldeação, economia gerada pelo funk e a transformação do cenário narrado pelo ritmo. Enfim, falaria muito mais ainda sobre isso por aqui. Mas o que quero evidenciar é a necessidade de abrirmos a mente para entender que mulher não é só bunda. Somos mais do que isso. Anitta me representa. Para quem não assistiu à entrevista. https://youtu.be/pFPbfFtjhfE
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Oxigênio
Dia desses ouvi que faço bem às pessoas porque oxigeno a vida alheia. Parei para pensar. É bem verdade que há tempos observo o poder de transformação que existe ao meu redor. Tanto pessoal e, muito mais profissionalmente, já percebi que quando chego em terreno novo logo a observação dá lugar à inquietação. E sem notar ao certo como inicio, estou lá envolvida em projetos novos, quando não propostos por mim, inserida por alguém que identificou na gente o sangue novo, a oxigenação. Tomei isso como uma meta de vida. Oxigenar, mudar, fazer diferente, enxergar além do nariz, garantir leveza a mim e a quem me rodeia. Mas olha, como também já me disseram nessas andanças em busca de respostas, sou dúbia e desequilibrada. Sim. No sentido de que ao mesmo tempo que estou envolvida em processos evolutivos, me pego ainda tão refém do passado e das lembranças. Amo o que é novo. Tendências futurísticas. Previsões. Projeções. Mas também há um espaço reservado em mim para histórias. Revistar passados alheios ou meus, vestuário, comidas, vidas. E então a gente se pega pensando no quanto preza pela liberdade da mudança, do improvável e imprevisto. E isso chega dar um frio na barriga. Coisa boa. Mas também como uma rotina pode ser doce. Dualidade. Será que isso é ser humano?
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Não, agora não
No MBA tenho aprendido muitas técnicas, conceitos e práticas profissionais, mas também algumas que podemos levar para a vida. A última foi sobre saber dizer não e o valor da assertividade. Tenho dificuldade de dizer não até para aquela pessoa que está entregando papel com propaganda na rua. Penso: é só jogar na primeira lixeira, ela (a pessoa) acaba o trabalho, volta pra casa… Mas e quando não tem lixeira por perto? Aí guardo na bolsa, até achar. Foi assim que minha mãe me ensinou. Mas quando não acho vou deixando ali por alguns dias e acabo me esquecendo. Um belo dia faço a limpa na bolsa e não sei de onde vem tanto papel. Aí você faz esse exercício na vida. Quanto de lixo dos outros guardamos conosco por não ter descartado lá atrás? Quantos papéis na mesa, eletrônicos inúteis e sacolas? Quanta energia negativa, retrabalho, falta de amor, até mesmo ou principalmente o amor-próprio. Algo a pensar e colocar em prática. A construir. Esvaziar-se dos outros e encher de si, ou esvaziar-se de tudo. Por que não?
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Estilo blogueiro. ✔Pose ✔️Luz mara ✔️Olhando para o nada Modelo: Fidel (em Em Volta Redonda)
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#igreja #patrimonio #beleza #historia #sulfluminense #barradopirai
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Pra Vida!
Dizem que em algumas tribos xamânicas, se você chegar ao curandeiro se queixando de desânimo, ele irá te fazer 6 perguntas maravilhosas e significativas: 1. Quando você parou de dançar? 2. Quando você parou de cantar? 3. Quando você parou de acreditar? 4. Quando você parou de se encantar pelas histórias? 5. Quando você parou para silenciar? 6. Quando você parou de amar?
Pensemos😊
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Portas se fecham e outras se abrem. Oportunidades. Vida. Amor e cuidado. Criador. É tempo de luz. Prosperidade. Novo. "E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está. e o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar. Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. o fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar."
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Bum, bum, bum... Tim, tim, tim...
Numa sexta-feira corrida e com algumas tarefas no Rio, encontramos um tempinho para dar um pulo no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) e conferir a exposição do Castelo Rá-tim-bum. Foi uma pausa. Um respiro. Uma saudade.
Os cenários recriados trazem a verdade simples de uma produção que completou 20 anos de sua primeira transmissão, num tempo em que o conteúdo falava mais alto que os meios tecnológicos. Tudo muito real, sem maquiagem ou recursos. A riqueza dos detalhes e, principalmente, as boas lembranças fazem da exposição, que em 2014 foi realizada em São Paulo, um verdadeiro sucesso.
O ponto alto para mim, além de ver os roteiros utilizados e parte do processo de produção, foi o quarto da Morgana. Muitos, muitos detalhes que me fizeram voltar no tempo. Adelaiiiiide!
Mas como não se emocionar com o Etevaldo, o ratinho, o quarto do Nino, laboratório, biblioteca e até a mata da Caipora? Quem se lembra?
São mais de 20 espaços, que reavivam um programa de TV aberta - exibido na TV Cultura - que ressalta, sobretudo, costumes e personagens folclóricos brasileiros e quadros educativos. Uma pena que a emissora, uma das principais fomentadoras de conteúdos nacionais e um oásis em meio à cultura comercial no Brasil esteja em crise, e há quem diga, quase fechando as portas.
Vale a pena conferir.
Ps: Levem os filhos!
Serviço: CCBB - Rio de Janeiro Até dia 11/01 - 9h às 20h30min Entrada franca






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