giiiianee
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𝑼𝒊𝒂𝒏𝒆
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giiiianee · 6 days ago
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A beleza da mulher e sua fragilidade
A mulher, em sua sutileza, carrega uma beleza que nĂŁo precisa se explicar.
Ela Ă© presença que ecoa — mesmo em silĂȘncio.
Cada marca Ă© uma histĂłria calada,
cada cicatriz, um traço de pincel no corpo do tempo.
Ela Ă© pintura em carne viva.
Mulher, com sua fragilidade, transforma a dor em arte.
É artista do invisível —
escreve com lågrimas, canta com medo, dança mesmo ferida.
Essa é sua força:
converter o trauma em beleza,
o cansaço em poesia.
Do toque dela nascem cançÔes que embalam o mundo,
versos que salvam,
quadros que gritam,
leis que tentam conter o horror que ela conhece desde o berço.
Porque ser mulher Ă© ser esquecida e lembrada ao mesmo tempo:
no poema e no processo.
Na arte e no artigo de lei.
Ela inspira sonatas, romances, manifestos e esculturas.
Mas também precisa do Código Penal pra não morrer.
Porque o mundo a venera em tela —
mas a fere na rua.
Ser mulher Ă© dor:
a gente nasce dela, e muitas vezes morre com ela por dentro.
Cada mulher carrega uma ferida ancestral,
e se for mãe, carrega outras que não são suas —
dores herdadas, dores futuras.
Em dias como hoje, quando a solidĂŁo me aperta o peito
e o mundo parece grande demais para o que sou,
ser mulher pesa.
Pesa como tinta Ășmida numa tela imensa,
como palavra engasgada num poema inacabado.
E ser mulher jovem dĂłi ainda mais,
porque Ă© viver sob o peso do nĂŁo saber:
o medo de falhar,
de nĂŁo bastar,
de nĂŁo se bastar sozinha.
Hoje sinto medo.
E saudade.
E uma vontade funda de me esconder dentro de uma canção,
ou de um quadro antigo onde tudo ainda era inteiro.
Mas sigo.
Como verso que nĂŁo rima,
como lei que ainda nĂŁo protege,
como arte que nĂŁo precisa ser compreendida pra ser sentida.
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giiiianee · 6 days ago
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galleria borghese, roma
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giiiianee · 8 days ago
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VocĂȘ Ă© poesia sĂł com o olhar.
Com ardor, John
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giiiianee · 8 days ago
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O mundo pode acabar a qualquer instante, mas sei que te amei muito mais do que somente um piscar de olhos.
Com ardor, John
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giiiianee · 8 days ago
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Se nĂŁo tem a consistĂȘncia que preciso, nĂŁo posso ceder todos os detalhes do meu coração.
Com ardor, John
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giiiianee · 8 days ago
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giiiianee · 8 days ago
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Sou mulher —
jovem no corpo, antiga na alma.
FrĂĄgil como um segredo sussurrado,
forte como o desejo que te domina.
Sou o vĂ­cio que vocĂȘ implora em silĂȘncio,
o pecado que reza pra cometer.
Sou tua fome mais suja,
teu medo mais excitante.
Sou a pureza que vocĂȘ quer arrastar pro escuro,
a flor que provoca tua vontade de esmagar com os dedos.
Sou o altar onde vocĂȘ quer ajoelhar e pecar,
a boca que abençoa enquanto geme.
Quando amo, sou anjo.
Mas pra aguentar o amor,
viro selvagem.
Te envolvo com as pernas,
te encaro com os olhos acesos,
te domino sem levantar a voz.
Sou tua loucura de madrugada,
tua ruĂ­na preferida.
Tua perdição de pele e perfume.
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giiiianee · 8 days ago
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O Peso do Pouco
Eu vejo o que finge ser sombra,
o gesto, a pausa, a manobra.
VocĂȘ cala, mas quer que eu escute —
o orgulho disfarça, mas grita o chute.
“Olha o que ela me dá sem esforço,
enquanto vocĂȘ me nega o reforço.”
Teu jogo Ă© sujo, teu charme Ă© blefe,
quer me ferir com o que te diverte.
Mas eu nĂŁo sangro por tĂŁo pouco,
nĂŁo me dobro, nĂŁo fico louca.
O que me arde Ă© ter sido cega,
ter te dado algo que ninguém nega.
Era mĂ­nimo, mas era meu.
VocĂȘ tratou como se nĂŁo valeu.
E o que em mim Ă© entrega sagrada,
pra vocĂȘ virou moeda gasta.
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giiiianee · 8 days ago
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Estou aqui, como peças de um quebra-cabeça espalhadas pelo chão de uma casa abandonada.
Tente me montar — quem sabe assim me conheça de verdade.
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giiiianee · 8 days ago
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vocĂȘ me procura porque eu te causo sensaçÔes, nĂŁo sentimentos
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giiiianee · 10 days ago
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Eu deixo por escrito,
como Michelangelo esculpe em mĂĄrmore,
todo amor que sinto —
uma obra crua, incompleta, eterna.
E vocĂȘ, como um silĂȘncio de Cage,
ignora, sem ao menos tentar ouvir.
Mas na hora de provar,
de saciar sua fome e desejo,
aqui estou — como um blues de Bessie Smith,
cheia de medo e vontade,
entregue Ă  mĂșsica do corpo, ao ritmo da pele.
“O amor nĂŁo se vĂȘ com os olhos, mas com a alma.” — Shakespeare
Mesmo assim, eu tĂŽ aqui,
pra vocĂȘ.
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giiiianee · 10 days ago
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Encontros e Desencontros
(para aqueles que se amaram antes da invenção do tempo)
Algumas almas se pertencem desde antes da linguagem.
Antes do fogo. Antes dos deuses aprenderem a nomear o amor.
Elas se buscam através das eras como astros em rota de colisão.
E quando se encontram — mesmo que por um suspiro — o mundo para.
Os véus entre os planos se rasgam.
E o corpo se lembra de algo que a razĂŁo jamais saberĂĄ explicar.
Eu acredito nisso com a fé dos xamãs e das sacerdotisas.
Com a certeza de que já fomos Ísis e Osíris tentando se recompor em meio aos escombros.
Jå fomos Perséfone voltando do submundo para reencontrar Hades nos meses permitidos.
E jĂĄ fomos Orfeu tentando salvar EurĂ­dice, mas nos perdemos com um olhar apressado.
Às vezes, o encontro Ă© breve.
Um olhar demorado entre estranhos, como se a alma dissesse “enfim”.
Uma noite de amor que vibra como um feitiço antigo.
Um riso cĂșmplice em meio ao caos. Um arrepio ao se esbarrar.
E às vezes, o destino permite que dure — uma vida inteira, um casamento, um lar.
Às vezes, não.
E entender que o amor existe, que Ă© mĂștuo, profundo, arrebatador —
mas ainda assim impossível —
é uma dor que atravessa encarnaçÔes.
É saber que vocĂȘ pertence Ă  alma de alguĂ©m, mas nĂŁo ao tempo dela.
É amadurecer como DemĂ©ter, que espera e espera e espera.
É se ver como Eurídice: querendo gritar, mas presa num lugar onde o outro não alcança.
Depois disso, viver é um esforço ritual.
Outros corpos se tornam terra seca.
Outros beijos, sĂł eco.
E a gente finge.
Finge que nĂŁo dĂłi carregar uma metade arrancada.
Que då pra seguir como se não faltasse um pedaço esculpido por mãos divinas.
Mas seguimos.
Com as marcas, com os feitiços mal resolvidos.
Torcendo para que o destino nos entrelace outra vez.
Talvez quando formos menos humanos e mais essĂȘncia.
Menos medo, mais coragem.
Menos carne, mais chama.
E se não for nesta vida —
se as amarras forem muitas, os calendĂĄrios cruĂ©is e os corpos desencontrados —
entĂŁo que sejamos reencontro em outra aurora.
Na prĂłxima existĂȘncia, quando o mundo for mais justo.
Quando o amor nĂŁo precise pedir permissĂŁo.
Te reconhecerei mesmo sem olhos.
Mesmo sem nome.
Serei a mulher da floresta, com olhos de lobo e mĂŁos de cura.
VocĂȘ virĂĄ, de novo, com o mesmo silĂȘncio carregado de promessas.
E ali, enfim, a gente nĂŁo vai precisar partir.
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giiiianee · 13 days ago
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Villa Mimbelli, Livorno, Italy
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giiiianee · 13 days ago
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e enquanto eu era errante pelas incertezas da vida, lĂĄ eu te encontrei.
de ternura demasiada, e de uma presença que trazia paz.
ela nĂŁo tinha pressa, preferia beijos lentos olhares estacionados.
com ela, aprendi a namorar o silĂȘncio.
— Shandy Crispim
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giiiianee · 13 days ago
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o mundo seria uma solidão se tivéssemos medo de conhecer a confusão que existe dentro das pessoas.
— Shandy Crispim
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giiiianee · 14 days ago
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Alexandre Schoenewerk, La jeune Tarentine (𝟣đŸȘđŸ©đŸŁ)
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giiiianee · 15 days ago
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o preço de não ser fraco
eu nunca pude ser fraco com vocĂȘ vocĂȘ sabe disso, nĂŁo adianta esconder. no menor dos vacilos, um desĂąnimo qualquer, era dedo na cara, crĂ­tica nada velada, que eu abaixava a cabeça, preferia nĂŁo responder.
vocĂȘ esperava uma fortaleza, sobre-humano, inabalĂĄvel. sem defeitos, sem medos, sem nenhuma fraqueza palpĂĄvel.
eu não cumpria meu papel de homem, certo? arcar com toda a obrigação financeira, tolerar sua família intoleråvel, seus amigos idiotas, jogar pra baixo do tapete toda a sujeira
ciĂșme, tesĂŁo e felicidade, e, por algum motivo, empatia por gente imbecil. foi sĂł o que vocĂȘ me concedeu queria um homem que nunca existiu eu explodi, vomitei sentimentos, e, bom, vocĂȘ partiu.
09/06/2025 – 13:10
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