godricvale
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(...) đ˜œđ™đ™đ™‰đ™„đ™‰đ™‚ đ˜Œđ™‰đ™‚đ™€đ™‡đ™Ž đ™đ˜Œđ™‡đ™‡đ™„đ™‰đ™‚ 𝙏𝙃𝙍𝙊𝙐𝙂𝙃 𝙏𝙃𝙀 đ™Žđ™‹đ™„đ™đ˜Œđ™‡ 𝙊𝙁 𝙏𝙄𝙈𝙀.by sunny.
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godricvale · 28 days ago
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astoria nĂŁo se deu ao trabalho de disfarçar o pequeno sorriso que surgiu ao ver a pilha desmoronando atrĂĄs dele. houve um prazer quase silencioso em observar o desconcerto de ronald weasley, aquele homem que, mesmo envolto em reputação heroica e bravatas inconsequentes, ainda tropeçava nas prĂłprias inseguranças com uma frequĂȘncia quase poĂ©tica. nĂŁo disse nada, no entanto. limitou-se a observĂĄ-lo enquanto ele se recompunha, recuperando a postura cĂ­nica de sempre como quem veste uma armadura velha, mas confortĂĄvel. o sarcasmo, claro, veio logo em seguida. previsĂ­vel. defensivo. Ăștil — ah, sim — ela respondeu, a voz escorrendo lentidĂŁo e elegĂąncia — porque tudo que eu mais quero Ă© replicar o tom sensacionalista e moralmente questionĂĄvel da senhora skeeter. ela escreve para arrancar reaçÔes rĂĄpidas. eu escrevo para cavar fundo, Ă s vezes atĂ© onde nem o prĂłprio sujeito estĂĄ disposto a ir. sĂŁo intençÔes diferentes. mĂ©todos, tambĂ©m — ela andou devagar pelo ambiente bagunçado da loja, ignorando os ruĂ­dos mĂĄgicos que escapavam das prateleiras, como se cada objeto fosse apenas parte do cenĂĄrio cuidadosamente montado para sua aparição. seu salto ecoava firme sobre o chĂŁo de madeira antiga, e os olhos dela nĂŁo deixavam os dele por um instante sequer — todos escrevem sobre harry.
continuou, agora com uma calma que quase beirava o desprezo — ele Ă© o escolhido, o sĂ­mbolo, o mĂĄrtir. hĂĄ volumes e volumes dedicados ao garoto que viveu. neville longbottom ganhou sua vez de brilho, como o improvĂĄvel que floresceu em meio ao caos. granger, com sua inteligĂȘncia metĂłdica e impecĂĄvel moralidade, Ă© exaltada em todo cĂ­rculo acadĂȘmico e polĂ­tico que importa. e vocĂȘ? — ela parou perto o suficiente para ser ouvida em sussurro, embora falasse em tom claro — vocĂȘ virou nota de rodapĂ©. “o amigo leal”. “o suporte emocional”. ou pior: o alĂ­vio cĂŽmico. ninguĂ©m se preocupa em perguntar o que restou de vocĂȘ depois de tudo. ninguĂ©m se pergunta quantas vezes vocĂȘ quis sair correndo, ou quantas vezes ficou porque alguĂ©m precisava ficar. — havia algo sĂ©rio em sua expressĂŁo agora, um peso que nĂŁo costumava exibir com facilidade — mas eu me pergunto, ronald. me pergunto todos os dias desde que decidi escrever este livro. e nĂŁo porque quero transformar sua dor em entretenimento, mas porque acho que vocĂȘ tem uma histĂłria que ainda nĂŁo foi contada. e, honestamente, nĂŁo acredito que vocĂȘ nĂŁo queira contĂĄ-la. acredito que esteja sĂł... cansado de nĂŁo ser levado a sĂ©rio — entĂŁo se permitiu um sorriso mais leve, quase indulgente — e Ă© aĂ­ que eu entro —
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desde que decidira que seu prĂłximo livro nĂŁo seria ficção, astoria engatou numa rotina de observaçÔes furtivas e anotaçÔes meticulosas, quase como se caçasse uma criatura rara. e, de certa forma, era exatamente isso que fazia: rastreava ronald weasley por ministĂ©rios, lojas, ruas escondidas do beco diagonal, tentando captar o momento exato em que ele deixava de ser o auror, o ex-herĂłi, o cofundador de uma loja de travessuras e voltava a ser apenas um homem. nunca foi fĂĄcil. ele carregava seus silĂȘncios como armaduras, suas dores como piadas. era, portanto, o protagonista perfeito. o tipo de histĂłria que exigia dela mais do que apenas palavras: exigia coragem. foi por isso que, naquela manhĂŁ abafada de maio, ela nĂŁo hesitou ao subir os degraus da loja dos gĂȘmeos com a mesma determinação com que desafiava editores. o lugar cheirava a pĂłlvora doce e açĂșcar explosivo, e ron estava onde sempre estava quando queria fingir normalidade: atrĂĄs do balcĂŁo, escondido sob pilhas de invençÔes barulhentas. astoria atravessou o espaço sem pedir licença, ignorando o olhar surpreso dos clientes, o tilintar de sininhos encantados e qualquer tentativa de resistĂȘncia. ele nĂŁo a viu chegar, mas sentiu eela fazia questĂŁo disso. — vou escrever sobre vocĂȘ — anunciou, com a voz firme de quem jĂĄ tomara a decisĂŁo muito antes de verbalizĂĄ-la. — e nĂŁo, nĂŁo Ă© um convite. Ă© um aviso.
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godricvale · 29 days ago
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entrou no quarto com a varinha jĂĄ em mĂŁos e as mangas arregaçadas, o semblante tĂŁo inabalĂĄvel quanto a reputação que carregava. ela nĂŁo suspirou, nĂŁo rolou os olhos, mas tambĂ©m nĂŁo fez esforço algum para disfarçar a tensĂŁo que surgiu ao ver draco malfoy coberto de sangue. nĂŁo era a primeira vez que o atendia, para seu prĂłprio desgosto e, pelo andar das coisas, tambĂ©m nĂŁo seria a Ășltima. ainda assim, nada em sua postura sugeria pressa ou gentileza gratuita — vocĂȘ tem um talento notĂĄvel para atrair feitiços letais — comentou, mais como constatação do que crĂ­tica, embora seu olhar nĂŁo disfarçasse o julgamento. aproximou-se com cautela, examinando o corte mais profundo com a eficiĂȘncia clĂ­nica de quem se recusa a se abalar — e para dramatizar. sangrando atĂ© morrer? sinceramente, malfoy — ela ergueu a varinha, começou os encantamentos de contenção e cicatrização com precisĂŁo firme. cada movimento era controlado, objetivo, mas a desconfiança pairava ali, tĂȘnue, entre feitiços e palavras nĂŁo ditas — se tiver feito algo imprudente de novo, Ă© melhor contar agora. nĂŁo gosto de ser pega de surpresa, especialmente com vocĂȘ — o silĂȘncio dele nĂŁo a surpreendeu. malfoy sempre foi hĂĄbil em cultivar mistĂ©rios, envolto em suas expressĂ”es calculadas e frases medidas. mas, Ă  medida que o sangue ia cedendo lugar a uma pele reconstituĂ­da e pĂĄlida demais, hermione sentiu o incĂŽmodo conhecido de quem nĂŁo queria se importar e jĂĄ estava, de algum modo, envolvida — da prĂłxima vez, tenta nĂŁo ser o Ășnico auror a sair do campo de batalha em pedaços, estĂĄ bem? começo a achar que faz isso sĂł pra me irritar.
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desde que retornou da frança como auror hĂĄ dois anos, draco engatou numa rotina semanal cansativa, mas muito simples. receber missĂ”es, executĂĄ-las e acabar arrebentado numa maca algumas horas depois. bem, pelo menos era assim que ronald weasley, seu infeliz parceiro gostava de descrever; draco preferia os termos: lutava incessantemente e triunfava com feridas de batalha. a parte negativa era que, de fato, as maldiçÔes que costumavam o atingir nunca eram simples ou pouco dolosas. muito pelo contrĂĄrio! elas sĂł nĂŁo o haviam matado por muito esforço de malfoy. naquele momento, com o torso ensanguentado e enrijecido, ele temia o momento em que seu tratamento chegasse. afinal, st. mungus parecia prover apenas uma Ășnica opção de atendimento Ă  draco... quando a porta do quarto finalmente se abriu, draco lembrou-se de manter a expressĂŁo a mais plena possĂ­vel, pois tinha uma reputação a zelar. "achei que me deixaria sangrando atĂ© morrer, dessa vez." @godricvale
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godricvale · 29 days ago
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desde que decidira que seu prĂłximo livro nĂŁo seria ficção, astoria engatou numa rotina de observaçÔes furtivas e anotaçÔes meticulosas, quase como se caçasse uma criatura rara. e, de certa forma, era exatamente isso que fazia: rastreava ronald weasley por ministĂ©rios, lojas, ruas escondidas do beco diagonal, tentando captar o momento exato em que ele deixava de ser o auror, o ex-herĂłi, o cofundador de uma loja de travessuras e voltava a ser apenas um homem. nunca foi fĂĄcil. ele carregava seus silĂȘncios como armaduras, suas dores como piadas. era, portanto, o protagonista perfeito. o tipo de histĂłria que exigia dela mais do que apenas palavras: exigia coragem. foi por isso que, naquela manhĂŁ abafada de maio, ela nĂŁo hesitou ao subir os degraus da loja dos gĂȘmeos com a mesma determinação com que desafiava editores. o lugar cheirava a pĂłlvora doce e açĂșcar explosivo, e ron estava onde sempre estava quando queria fingir normalidade: atrĂĄs do balcĂŁo, escondido sob pilhas de invençÔes barulhentas. astoria atravessou o espaço sem pedir licença, ignorando o olhar surpreso dos clientes, o tilintar de sininhos encantados e qualquer tentativa de resistĂȘncia. ele nĂŁo a viu chegar, mas sentiu eela fazia questĂŁo disso. — vou escrever sobre vocĂȘ — anunciou, com a voz firme de quem jĂĄ tomara a decisĂŁo muito antes de verbalizĂĄ-la. — e nĂŁo, nĂŁo Ă© um convite. Ă© um aviso.
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