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Poeticamente Incorreta

Escrevi alguns versos Imitando o poeta Os segredos do universo Na ponta de minha caneta Me vieram mil ideias Fui desenhando em letras Foi uma viagem, um regresso Nos sonhos manuscritos Quando finalmente concluído Os rascunhos me pus amassar Tudo perdeu o sentido Em segundos Como uma catarse Sacudia-se meu mundo Novas erupções acontecia Em meu ser Outras poesias passei escrever Espero que estas sacie Satisfaça os sentidos Senão nunca serei concluído Neste ciclo repetido e vicioso No abuso em esboços Vou seguindo Tentando aquietar esta mente Poeticamente incorreta

-- Adriano Vieira Poemia Crônica

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Os Segredos da Noite

Na noite alguns se perdem Em meios a escombros Na noite alguns se encontram Em meio aos prantos

A noite carrega consigo Os mais sórdidos segredos É cúmplice das mais diversas situações Pra noite não há sim e não

Ela é companheira do trabalhador E assusta aqueles que dela tem pavor

A noite pode ser sua parceira Mas as vezes é noite traiçoeira

-- Ester Alves Versos & Poesias @verdades_empoesias

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Os Olhos do Vitimismo!

Eu vi o que não queria Fechei os olhos pra não ver Presenciei o que jamais imaginaria Me fiz de surda pra não ouvir O que me machucaria

Insisti em uma verdade que era só minha Não havia reciprocidade A não ser a minha

Vesti as vestes do vitimismo De coitada me fiz Andei pelas ruas a vagar Decepção, mágoas, rancor Passou a me acompanhar

Quando volto o olhar para mim Continuo a ver o que não queria Então novamente fecho os olhos para não ver O que as esquinas A televisão A mídia Os jornais Insisti em debater

-- Ester Alves Versos & Poesias @verdades_empoesias

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Meteoro

Elevo os meus olhos para o alto

e posso contemplar a beleza do universo

E ver as estrelas fugazes a abrilhantar

Chapiscando o azul do céu

Olhar para esses corpos celestes

Que atingem a atmosfera terrestre

As chuvas de meteoros nos mostra

A imensa beleza visual

Que os fragmentos deste fenômeno

Causam afinal...

Ester Alves Versos & Poesias

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Mary Triz

Era conhecido Aquele estranho

Não tinha gosto

Aquele sabor de beijo

Não tinha rosto

Naquela face

Tinha vontade

Mas sem desejo

Não tinha prazer

Naquele gozo

Tinha preço Mas não tinha valor

Tinha perfomance e atuação de canastrão

Mary’atriz mero ator

Apagam as luzes

Para o espetáculo

Olhos fechados

Para suportar

- Tomara que esteja cansado

Seja rápido meu atuar

“Onde se ganha o pão Não se come a carne”

Não se aplica nesta profissão

Nas bordas dos bordeis da vida

Nas avenidas da ilusão

Adriano Poemia Crônica

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Crescimento

Deixar de viver o passado significa crescer

O que passou, passou

Não vale retroceder

É necessário viver o presente

Crescer significa olhar atrás e seguir em frente

A secta não aponta atrás,

Aponta em frente

A vida nos ensina há não desistir

Seguir em frente e persistir

A cada degrau uma Vitória

A gente não fica pela história

O objecto não é recuar é avançar

Não se cresce voltando atrás

É necessário pisar os degraus, ser capaz

Poeta Menor_23 31/03#poetaindependente#poemadaboa#poesiadaboa#posiangolana#poemangolano#poetamenor

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Mátir herege @well.poemas

Sou um incendiário

Incendiando o meu diário

Sofro e isso é diário

Quem dera fosse o contrário

Não queria-me sentir tão solitário

Às vezes acho que não vou chegar aos trinta

Sou três cartas sem valor; uma trinca

Trinca de carta coringa.

Dou risada feitoCoringa

Enquanto eles aplicam mais uma seringa

Querem-me ver amarrado

E eu uso correntes no pulso

Para lembrar do dia em que fui acorrentado

Acorrentado a esses padrões

E acorrentado pelos meus demônios

Apanho dos meus heterônimos

Fiz poemas com os meus personagens anônimos.

Tenho tantas personalidades que me perco

E a minha mãe ama todas elas Mãe,

faz tanto tempo que não te abraço

Sou inseguro, sempre vejo o abraço

Como oportunidade de te enfiarem uma faca no braço

Mãe, tenho o seu traço

Sensível e caço

Inseguro e faço

De tudo para manter-me vivo

Morro nessa poesia para ver se sobrevivo.

Escrever é sobre se sentir vivo

Cansei de brincar de morto-vivo

A minha mente prega peças

Estou disposto a fazer um teatro

Eu sou o protagonista e o vilão

E às vezes-me vejo como um figurante

Sou um livro empoeirado na estante

Ninguém se importa e ninguém me lê

Sempre quis ser um herói desde pequeno

Sou um homem invisível que não se vê.

Cansei de pedir para entender-me

Essas lágrimas caem e eu vou beber

Garganta seca e hidrato-me do meu sofrimento

Aprendi a ser a minha fonte de alimento

Preciso-me manter de pé

Não sou cabeça de vento.

Dentro da minha mente um crânio pensante

Até os meus ossos tem rimas escritas

Isso não é idade da pedra

Mas sou arte rupestre

Tenho tantos personagens

Uma hora moleque e na outra cabra-da-peste

Uma hora poeta fajuto e na outra thebest.

Me sinto uma besta enjaulada

Preso a algumas folhas

A minha cela sempre foi o caderno

A fechadura abri com a tampa de uma caneta

A caneta usei para escrever na parede

Quem for o próximo a ser preso

Pelo menos vai ficar entretido

Poemas na parede que soam como um labirinto

No caça-palavras caço palavras

E com o sangue delas me pinto.

Canetando e rindo

Sofrendo e sorrindo

Sou mais um detento recém liberto

E ás vezes desejo voltar ao caderno

Me acostumei com a comida da cadeia

Já me acostumei com a ideia da cadeira elétrica

Rimas que quebram a atual estética

Sou um poeta sem técnica

Rimo sem métrica definida

Ninguém pode prever a minha vida.

Me sinto preso mesmo liberto

A caneta me cura e me fere

Meu merthiolarte;me cura e arde

A arte é a minha voz no silêncio

Mas também é um grito de socorro

Não sei se termino esse poema

Ou se só corro.

Quebrando palavras e quebrando meus punhos

Invadindo mentes e mundos

Mãos imundas querendo limpar umas almas

Sou imperfeito e refém desse dogma

Ninguém muda as regras e eu me destruo

Estou nu e entregue

O primeiro mártir herege.

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Aqueles Lá

Aqueles lá de cima? É, somos eles sim! Aqueles que construíram as metrópoles Como São Paulo e o Rio Os que lutaram contra império português A revolta dos Malês, conjuração baiana, Somos filhos de Palmares, dançando uma ciranda Em plena insurreição pernambucana É esses povos que somos. Aqueles que pulam carnaval mesmo, Os filhos de Ghandi em seu afoxé, Ouvindo olodum no pelourinho Os que brincam nas ladeiras de Olinda, Que se divertem com o boi no maranhão, Sim, nós celebramos a vida!

Somos aqueles Com as melhores educação, Da terra da professora Lydia Hortélio, Nise da Silveira, do professor Paulo freire E de tantos outros mestres, professores Que são a linha de frente na transformação do país É esse povo que somos.

Somos aqueles povos mesmo. Como Jorge amado, Carlos Marighela, Gregório de Matos, Ariano Suassuna, Manoel bandeira, Augusto dos anjos Terra do poeta patativa do Assaré.

É esse tipo de gente que somos, Baianos, pernambucanos, sergipanos, maranhenses, piauiense, Alagoanos, paraibanos, potiguar, E somos também do Ceará! Somos o povo guerreiro, Então respeita porra, Que temos orgulho do nosso lugar!

-- Luis Alladin Bambá

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Plantei Em Mim

Plantei, nos dias de silêncio e dor, À solidão, minhas frágeis sementes. Nas estações sem chuva, tão carentes, Reguei com os olhos de meu amargor.

Na terra inóspita, todo meu rancor Agonizava, outrora, pacientes, As Ilusões tornavam-se inclementes, Profetizando injúria a meu favor;

Por ver que em mim nascia uma Flor, Trazendo vida ao que não tinha cor, E esperança a minha alma ferida:

Que se tonara o Amor de minha Vida; Que se tornara a minha propria Vida; Que se tornara o meu próprio Amor!

-- ItamarFS @Itamar.fs_escritor

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XIV. “Na escrita, me vejo como alguém que deve exercer esforço irredutível, imaginação fertilmente ativa e criatividade sagaz.”

-- Reflexões e Pensamentos, Rael Rodrigues

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III. “A medida de todas as coisas a serem vividas é definida pela forma que escolhemos e somos induzidos à escolher reagir, pensar e lidar com as coisas. Enquanto a medida de todas as pessoas é definida pelo poder que tiramos de nós ou cedemos à nós, porquanto se deve relativizar e aprender a fazê-lo se quiser viver em prudência e retidão na constante mudança que se vive.”

-- Reflexões e Pensamentos, Rael Rodrigues

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Amor Bandido

Seu amor é bandido Você roubou meu coração Matou minha solidão Sequestrou minha tristeza sem pedir resgate Arrombou a porta de minha alma Levou embora minha tranquilidade Em uma conspiração, tomou minha vida em suas mãos E me prendeu em seus braços para sempre

-- Yohanna Rauber Gulanovski

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Aquarelas dos Sentimentos

Eu marquei minhas dores no papel E quanto mais dolorida Mais colorida ela fica A dor palpita como a batida no meu coração Tristeza é uma tinta natural Ela mistura, mistura, mistura É colocada como uma aquarela Firme até então Mas como um trovão subito O prelúdio das lágrimas A cair pelos sentimentos no papel Misturandone colorindo a dor Que dor linda Vistosa e magnifica O sentimento triste vira uma aquarela E a dor vira uma arte A arte de sentir E no final Penduro o sentimento no meu coração Da lembrança da dor que senti. E toda vez que eu sentir a dor da solidão. Lembrarei da aquarela dos sentimentos.

-- R. F. Bongarten

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Cores

Acredito que a vida é feita da cor que você pintar. Como um arco íris ou uma aquarela com suas cores vibrantes Nossa vida é cheia de cores, uma vida colorida Temos dias amarelos como a cor de um sol Azul como a cor do céu ou verde como as águas do mar Cinza como um dia nebuloso, negro como a escuridão da noite e as vezes branco como a pomba da Paz. Alguém pode chegar e tentar estragar seu dia com uma notícia ruim ou uma crítica construtiva (se é que existe) ao seu respeito Mas você é o maior responsável pelo seu dia, então não permita que ninguém estrague ele,nem mesmo você. Continuidade acreditando que a Vida é da cor que a gente pinta.

-- Ester Alves Versos & Poesias

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Alegria Plantada

Semeie sementes da alegria Que algum dia colherei Que está colheita seja boa Duradoura e significativa Que traz objetivo permanente e sustentável sobre minha vida!

-- Klinsman Yago