Text
Resenha - Dunkirk
Título: Dunkirk
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Fionn Whitehed, Harry Styles, Tom Glynn-Carney, Jack Lowden, Aneurin Barnand, James D’Arcy, Barry Keoghan, Cillian Murphy, Tom Hardy, Mark Rylance
Duração: 1h 47min
Dunkirk, filme vencedor de três estatuetas do Oscar, retrata a evacuação de soldados ingleses de uma zona cercada por tropas inimigas durante a Segunda Guerra Mundial, conhecida como Operação Dínamo. O longa, que tem de tudo para ser mais um clichê de guerra, surpreende ao sair do básico e mostrar o desespero dos jovens e trazer à tona o lado desumano e traumatizante do conflito, como afirma Alex (Harry Styles), “A sobrevivência não é justa”.
A estrutura do filme não é linear e é dividida em três partes: vivemos o conflito no molhe por um dia, em alto mar por uma semana e no ar por uma hora.
Nos primeiros momentos do filme, acompanhamos Tommy (Fionn Whitehead) tentando não ser atingido por balas disparadas por inimigos. Ao chegar no molhe, a narrativa de suspense e espera se faz presente, uma vez que os soldados se vêm sem esperança pelo simples fato de estarem encurralados e não terem por onde fugir. A fotografia azulada e seus planos fechados afirmam e transparecem o sufoco e desespero.
O protagonista no mar é um pequeno barco, o “Moonstone”, onde acompanhamos Sr. Dawson (Mark Rylance) em sua busca incessável para resgatar os jovens soldados de Dunquerque. A fotografia aberta e viva dá enfoque ao oceano e ao tamanho do conflito, nos fazendo duvidar da capacidade do “Moonstone” comparado ao tamanho das demais ameaças que os cercam.
Por fim, o ar. Conflitos aéreos arrebatadores dificultam a vida de todos os pilotos, até que o último sobreviver, Farrier (Tom Hardy) consegue abater o último Heinkel antes de chegar ao molhe. A fotografia e os cortes, que demonstram as consequências em terra firme, tornam as cenas de tirar o fôlego.
A música, incessante durante os 107 minutos de filme, se torna uma personagem. Hans Zimmer, compositor da trilha sonora, provoca tensão mesmo quando a cena não expressa tal reação. O exagero sonoro faz com que a condução via música sobressaia, até mesmo, as imagens.
Não acompanhamos a trajetória de um só personagem, portanto, não há um protagonista: a situação é o foco. Nolan faz com que cada personagem participe de um extenso discurso de exaltação da sobrevivência; precisam transmitir, de maneira rápida, uma mensagem que faça o público refletir sobre os verdadeiros problemas da guerra: os traumas por ela deixados. Nas frases simples, fazendo o uso de palavras enxutas, é muito dito sem dizer quase nada.
O diretor utiliza de todos os recursos para envolver o público, desde a escolha de um elenco impecável, - que representa perfeitamente bem a angústia dos soldados, seus dramas, o heroísmo de alguns, covardia de outros - até a montagem, trilha sonora, fotografia e edição perfeitos. O longa deixa de lado a romantização presente em filmes de guerra, o que o faz parecer mais uma espécie de documentário. Dunkirk é uma experiência imersiva – você se sente afogar, escuta bombas ao seu lado e se desespera como milhares de soldados o fizeram. Título: DunkirkDireção: Christopher NolanElenco: Fionn Whitehed, Harry Styles, Tom Glynn-Carney, Jack Lowden, Aneurin Barnand, James D’Arcy, Barry Keoghan, Cillian Murphy, Tom Hardy, Mark RylanceDuração: 1h 47min Dunkirk, filme vencedor de três estatuetas do Oscar, retrata a evacuação de soldados ingleses de uma zona cercada por tropas inimigas durante a Segunda Guerra Mundial, conhecida como Operação Dínamo. O longa, que tem de tudo para ser mais um clichê de guerra, surpreende ao sair do básico e mostrar o desespero dos jovens e trazer à tona o lado desumano e traumatizante do conflito, como afirma Alex (Harry Styles), “A sobrevivência não é justa”.A estrutura do filme não é linear e é dividida em três partes: vivemos o conflito no molhe por um dia, em alto mar por uma semana e no ar por uma hora. Nos primeiros momentos do filme, acompanhamos Tommy (Fionn Whitehead) tentando não ser atingido por balas disparadas por inimigos. Ao chegar no molhe, a narrativa de suspense e espera se faz presente, uma vez que os soldados se vêm sem esperança pelo simples fato de estarem encurralados e não terem por onde fugir. A fotografia azulada e seus planos fechados afirmam e transparecem o sufoco e desespero. O protagonista no mar é um pequeno barco, o “Moonstone”, onde acompanhamos Sr. Dawson (Mark Rylance) em sua busca incessável para resgatar os jovens soldados de Dunquerque. A fotografia aberta e viva dá enfoque ao oceano e ao tamanho do conflito, nos fazendo duvidar da capacidade do “Moonstone” comparado ao tamanho das demais ameaças que os cercam.Por fim, o ar. Conflitos aéreos arrebatadores dificultam a vida de todos os pilotos, até que o último sobreviver, Farrier (Tom Hardy) consegue abater o último Heinkel antes de chegar ao molhe. A fotografia e os cortes, que demonstram as consequências em terra firme, tornam as cenas de tirar o fôlego. A música, incessante durante os 107 minutos de filme, se torna uma personagem. Hans Zimmer, compositor da trilha sonora, provoca tensão mesmo quando a cena não expressa tal reação. O exagero sonoro faz com que a condução via música sobressaia, até mesmo, as imagens. Não acompanhamos a trajetória de um só personagem, portanto, não há um protagonista: a situação é o foco. Nolan faz com que cada personagem participe de um extenso discurso de exaltação da sobrevivência; precisam transmitir, de maneira rápida, uma mensagem que faça o público refletir sobre os verdadeiros problemas da guerra: os traumas por ela deixados. Nas frases simples, fazendo o uso de palavras enxutas, é muito dito sem dizer quase nada. O diretor utiliza de todos os recursos para envolver o público, desde a escolha de um elenco impecável, - que representa perfeitamente bem a angústia dos soldados, seus dramas, o heroísmo de alguns, covardia de outros - até a montagem, trilha sonora, fotografia e edição perfeitos. O longa deixa de lado a romantização presente em filmes de guerra, o que o faz parecer mais uma espécie de documentário. Dunkirk é uma experiência imersiva – você se sente afogar, escuta bombas ao seu lado e se desespera como milhares de soldados o fizeram.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Maio de 68 – a revolução sem arrependimento
Há 50 anos, jovens se revoltavam contra todo o sistema em que estavam inseridos: eles representavam a mudança; seus pais, o conservadorismo. Maio de 68 perdura até os dias de hoje – uma revolução nunca foi tão atual.
Juventude, ruptura, rebeldia e liberdade: essas palavras sintetizam tudo que Maio de 68 representou. A revolta estudantil-operária que iniciou em Paris – e gradativamente, paralisou a França -levou milhares de pessoas às ruas para reivindicar a revisão dos costumes através de lutas políticas, obras filosóficas e a euforia juvenil.
No dia 2 de maio de 1968, a administração da Universidade de Paris decidiu fechar a escola e ameaçou expulsar alunos acusados de liderar movimentos contra a instituição. As medidas provocaram uma reação imediata em alunos da renomada universidade Sorbonne, que decidiram sair para protestar no dia seguinte sob comando de Daniel Cohn-Bendit.
O governo reagiu de forma violenta, e durante vários dias, as ruas de Paris viraram cenário de batalha. A brutalidade aumentou ainda mais quando o Partido Comunista Francês anunciou apoio aos universitários e um sindicato influente convocou uma greve geral para o dia 13.
No entanto, o mês não é um marco importante somente para a política, é também o ponto inicial para uma revolução sexual e de gênero que persiste até hoje: mulheres proclamavam pelos seus direitos.
Meu corpo, minhas regras
Nas décadas anteriores à Maio de 68, mulheres já começavam a ter relações sexuais mais cedo; a maior preocupação das feministas era o acesso à métodos contraceptivos. Mesmo assim, levou algum tempo para que se permitisse o uso e que mulheres tivessem acesso a contracepção.
“Gozem sem impedimentos”, “Quanto mais eu faço amor, mais eu tenho vontade de fazer a revolução. Quanto mais eu faço a revolução, mais eu tenho vontade de fazer amor” foram alguns dos slogans usados durante o mês de luta. Nem todas fazem sexo extraconjugal, mas todas lutam pelo direito de fazê-lo.
Se feministas falavam da legalização do aborto ou questões relativas à estupro, poucos homens pareciam de interessar: a única questão que infligia ambos e dizia a respeito da liberdade da mulher era a proibição de meninas e meninos dividirem dormitórios nas universidades. As jovens lutavam por uma verdadeira autonomia sobre seus corpos, queriam usufruir do direito de decidirem por si próprias.
No entanto, ainda se acreditava num casamento formal: igreja, prefeitura, todos os trâmites precisavam ser seguidos. Essa mentalidade foi mudando gradativamente, e números comprovam isso: em 68, existiam apenas 6% das crianças nascidas fora do casamento. Em 2015, o número pulou para 60%.
O legado de 68
Sem Maio de 68, manifestações em defesa dos direitos das mulheres não teriam as tamanhas proporções que tem atualmente – mesmo que o movimento feminista existisse antes, foi nesse período que se intensificou, e atualmente, se organizou.
Em um artigo à Revista Cult, o sociólogo Elísio Estanque afirma que o movimento de 68 se faz presente conforme surgem “perversões no sistema social que reforçam as injustiças e acentuam as desigualdades.” Atuante na Universidade de Coimbra, afirma que, conforme democracias mostram suas fraquezas – o que acontece no Brasil-, é importante assumir a lição dos rebeldes que “buscam novos caminhos para um mundo mais justo, fraterno e equilibrado”.
Simultaneamente, vemos avanços e o conservadorismo voltando à tona. Maio de 68 deu vida ao conceito de contracultura, ou seja, uma contestação dos padrões estabelecidos. Nos próximos meses, será notável se a herança de 68 continua viva: nas eleições. De um lado veremos os simpatizantes do movimento que luta por uma sociedade mais justa, de outro, tudo que os rebeldes lutavam contra.
Como diria uma frase comum durante 68, “soyons optimistes, laissez le pessimisme pour des jours meilleurs”, em português, ““sejamos otimistas, deixemos o pessimismo para dias melhores”.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Vingadores: Guerra Infinita
Apesar do título ser Guerra Infinita, o filme não foi baseado no mesmo das HQs, mas sim em “Desafio Infinito”, escrito por Jim Tarling e desenhado por George Pérez, de 1991. Logo no início do quadrinho, Thanos já se encontra com a posse da manopla do Infinito e todas as joias, entretanto, diferente da obra cinematográfica, o vilão não invade a Terra diretamente, o que acaba fazendo com que os heróis precisem ir até ele. Apesar da crueldade, a história original diz que tudo que o Titã faz nos quadrinhos não é exterminar metade da população por preocupações sociais, mas tudo é para impressionar seu par romântico: a personificação da morte. Mas a mesma não se interessa por ele, o que deixa o Titã fora de si.
O roteiro de “Vingadores: Guerra Infinita”, feito por Christopher Markus e Stephen McFeely, é surpreendente por colocar um vilão como protagonista. Thanos (Josh Brolin), é um personagem disciplinado, mas também transparece suas inseguranças, seu único objetivo é obter todas as joias do universo para matar metade da população e assim, conseguir um equilíbrio – o que o revela adepto do positivismo. Para derrotar o Titã, os heróis se dividem em equipes: parte em Wakanda para proteger o Visão (Paul Bettany) com a Joia da Mente. Homem de Ferro (Robert Downey Jr), Homem Aranha (Tom Holland), Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e os Guardiões da Galáxia tentam manter a luta com Thanos no espaço. Porém, Thor (Chris Hemsworth) é a peça principal do quebra-cabeça.
Até a Marvel Cinematic Universe está sujeita à erros que ficam evidentes, como quando Thanos alega ter deixado metade da população viva, algo que foi mostrado em flashbacks do filme. Entretanto, tal revelação contradiz o dossiê de Gamora (Zoë Saldaña) mostrado em Guardiões da Galáxia, que dizia que ela era "a última sobrevivente do povo Zehoberi".
Outros erros foram consertados no longa: ficou claro que Homem Aranha: De Volta ao Lar só ocorre quatro anos depois de Os Vingadores, assim como Capitão América: Guerra Civil acontece dois anos antes de Vingadores 3. A linha do tempo do Universo Cinematográfico Marvel não é linear. Isso pode ser explicado pelo fato de que os fatos ocorridos em um filme nem sempre ocorrem no mesmo ano do lançamento: Capitão América: O Primeiro Vingador é o primeiro em ordem cronológica, lançado em 2011, porém remete ao ano de 1940.
O novo longa foi dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo e produzido pelos estúdios da Marvel. Segundo especulações, pode ter sido o mais caro já feito, com orçamento que girou em torno de 400 milhões de dólares. A produção se voltou em dividi-lo em três atos: a ameaça iminente do Thanos, o reencontro dos heróis e o combate, onde entra a parte de maior ação. A mesma ação é proveniente do roteiro e construída com eficiência pela montagem de Jeffrey Ford e Matthew Schmidt.
A presença de novos e tecnológicos trajes e a magia da maquiagem artística são fundamentais para o desenvolvimento do filme: muitos heróis passaram por alterações e suas vestimentas obtiveram significados essenciais para maior compreensão do personagem. O Homem-Aranha é um exemplo, sua nova armadura, A Aranha de Ferro, conta com braços mecânicos de aranha, que saem das costas e são capazes de agarrar objetos e olhar ao redor por meio de câmeras. Capitão América (Chris Evans) em oposição ao uniforme brilhante que usava, tem um traje todo preto e azul escuro. Homem de Ferro apresenta um traje repleto de nanobots que se ajustam em seu corpo ao apertar um botão e também são capazes de formar escudos, espadas e propulsores a jato. A aparência de Thor é modificada pelo novo corte de cabelo e a presença de um olho castanho, colocado no local onde tinha perdido o seu, após o filme Thor: Ragnarok. A personagem Viúva Negra (Scarlett Johansson) aparece nas telas com uma aparência militar.
A atriz Zoe Saldana retratou a importância da maquiagem para o seu papel e alegou que a preparação durava cerca de 4 horas. O personagem Visão, extremamente fundamental para o novo filme, também utiliza de maquiagem artística para a melhor performance em suas cenas.
Durante o longa, os elementos clássicos da franquia Marvel não podiam faltar, como a aparição de Stan Lee, criador da maioria dos heróis.
Segundo Joe Russo, Tom Holland improvisou uma das cenas mais importantes do filme, a morte do Homem Aranha: “Eu apenas disse para o Tom que o Peter não queria morrer, então ele pegou essa pequena informação e transformou naquela cena incrível”. Surpreendendo todos e trazendo à tona uma das partes mais tocantes – e comentadas – do longa, que começa com um plano médio, onde Peter Parker suplica pela sua vida nos braços de Tony Stark, em seguida passa para um close, momento em que o jovem pede desculpas e desintegra, a cena se encerra com o milionário sozinho em um Plano Americano. Falas como “Não estou me sentindo bem”, “Não quero ir embora” e “Me desculpe” foram criadas pelo britânico.
Em comparação com os outros filmes da Marvel, incluindo os antigos filmes da franquia Vingadores, é possível perceber a evolução da computação gráfica. O vilão Thanos por exemplo, é reflexo disso, já que seu desenvolvimento por completo é graças a "magia" do cinema. É notável também a evolução na edição do herói Hulk (Mark Ruffalo) desde seu filme solo, que não tem uma participação assídua no filme, com intuito de deixar o poder de Thanos e dos outros heróis em evidência.
É interessante ressaltar a importância da Chroma Key para compor os cenários do filme, que inclusive teve uma de suas cenas situada no Brasil, mais especificamente no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Nenhum ator teve de vir ao Brasil, apenas a equipe técnica veio ao local para torná-lo Vormir, planeta onde a joia da alma está localizada, é lá também que Thanos encontra Gamora no final do filme, uma teoria que foi confirmada pelos produtores do filme. Outra teoria de fãs que está fazendo muito sucesso é que a Capitã Marvel irá salvar os Vingadores no quarto filme da franquia.
“Vingadores: Guerra Infinita” se tornou a maior estreia do cinema na história, totalizando US$ 630 milhões arrecadados em seu primeiro fim de semana. Além disso, o mais recente filme da Marvel se tornou a maior estreia da história do Brasil, com um lucro de, aproximadamente, R$ 65,3 milhões.
O filme também se tornou a maior bilheteria da Marvel com US$ 1,7 bilhão acumulado até o momento, sendo o mais veloz filme a entrar no Clube do Bilhão em toda a história.
Por: Ana Beatriz Carvalho Dias, Julia Marto de Melo, Sabrina Damas, Sâmara Morales e Zeinab Karnib
0 notes
Text
RESENHA: Quem é você, Alasca?
Green, John. Quem é você, Alasca? São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010
O livro começa lento, o melhor está guardado para o final. John Green, com sua escrita leve e suave, expressa uma forte carga emocional inserida nos mínimos detalhes e mostra as mudanças que as pessoas, e os laços com elas construídas, podem ter em nossas vidas.
O romance pode ser resumido com a frase escrita na capa: “O primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras”. Quem é você, Alasca? gira em torno de Miles Halter. Ele é o típico nerd-loser sem amigos, seu hobby é colecionar as últimas palavras das pessoas – o que explicaria sua obsessão por biografias. Halter decide se mudar para Culver Creek, ex-escola de seu pai, em busca de seu “grande talvez”: diversão, garotas e amigos.
Chegando no colégio interno Miles faz amizade com seu colega de quarto, Chip Martin - conhecido como Capitão -, Takumi - seu fiel escudeiro - e Alasca Young - uma garota sensual, destemida e intrigante - por quem logo se apaixona, mas há um empecilho entre eles: a jovem é comprometida.
Conforme o livro avança, as personagens se desenvolvem, e em meio a cigarros, bebidas, sexo, trotes de escola, novas descobertas e interesses amorosos, Gordo – apelido dado por Capitão à Miles – se vê levando uma vida mais empolgante do que já havia imaginado em seus sonhos mais malucos.
Ao querer se aventurar e conhecer a enigmática Alasca Young, Halter nota que a estudante o aproximava, cada vez mais, de seu “grande talvez” – ela era o seu “grande talvez”. Quando vê seu coração abocanhado, e se enxerga sem saída neste labirinto, decide lutar pelo seu amor – decide tentar desvendar cada um de seus mistérios, o problema é que: nem sequer Alasca conhece a si mesma e à seus demônios.
A obra de John Green - autor de outros títulos famosos, como “A Culpa é das Estrelas” - tem de tudo para ser mais um clichê adolescente, mas um acontecimento muda todo o seu rumo: Alasca morre em uma batida de carro – uns enxergam como um acidente, outros como suicídio, - mostrando como as personagens lidam, cada um de sua maneira, com as suas consequências dessa perda. O autor traz à tona, de maneira suave e profunda, um tema extremamente atual: depressão. Nas passagens de texto e diálogos entre personagens, se encontram as peças chaves para a interpretação do livro, e que provocam uma gigante reflexão naqueles que absorvem a mensagem que deseja-se passar.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Colagem 2 - Maio 68

Feita no Photoshop.
Por: Zeinab Bazzi
1 note
·
View note
Text
Colagem - Maio 68

Feita no Photoshop.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Nas passarelas do preço acessível
Com peças baratas e bonitas, o tradicional bairro do Brás, localizado na região central de São Paulo, está reinventando a moda paulista.
O Brás se tornou ponto de referência quando o assunto é moda. Pessoas do Brasil todo vêm ao bairro com o intuito de comprar as peças desejadas de cada estação – seja para reinventar o guarda roupa, seja para revender – e cumprem sua missão sem grandes dificuldades.
Em um levantamento feito pela revista Veja, o bairro recebe, em suas 5500 lojas, 100.000 pessoas diariamente. Mas qual o segredo desse sucesso? De acordo com a estilista Erika Jun: “O Brás tem o poder de tornar a roupa muito acessível, aquela roupa que a menina da periferia vê a Anitta usando e quer. Onde você compra uma calça de 30 reais? Ele possibilita uma moda igual à todos”
A variedade de produtos que o bairro oferece é gigantesca. A maioria das lojas são adeptas da tendência fast-fashion, na qual, semanalmente são lançadas novas coleções. Espera-se que os clientes retornem às lojas com maior frequência e exigência. “Chegou num ponto em que fomos obrigados à ceder, a moda está em constante transformação, ninguém quer estar vestido da mesma maneira. Há algum tempo, era mais conceito, hoje em dia há mais variedade”, diz Neuza Bitencourt, comerciante do bairro há 10 anos.
Marcas como Mango, Zara, Amaro e Berska, servem de inspiração para as lojas do Brás – é possível encontrar modelos similares com valores mais em conta. “O Brás existe de uma forma que outros bairros não podem ter como parâmetro”, afirma Petrina Souza, dona de loja no Jardim França.
A qualidade das peças encontradas em lojas de shopping é a mesma que se vê em boxes do Brás. “Faturamos pela quantidade. Enquanto uma loja de shopping faz 50 peças de um modelo, lucrando 300% em cima de cada, nós fazemos 300 peças lucrando 30%”, explica o empresário Ali Bachar.
“Com 100 reais, a gente reforma nosso guarda roupa e se veste igual ao pessoal da TV”, explica Juliana Mascarelli. Os lojistas do bairro, que já oferecem preços baixos, costumam fazer promoções mensalmente. Para atestar isso, basta andar na Rua Oriente e ver peças com descontos de até 30%.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Ep. piloto de Black Mirror
Sinopse:
“Ameba”, episódio piloto da quinta temporada de Black Mirror, acontece em 2070. Devido inúmeras guerras, os países deixam de existir e tudo que restou foram três ilhas, onde a população sobrevivente se divide de maneira que os ricos vivam na ilha maior e esbanjem privilégios, a classe média viva em uma ilha menor e trabalhando para manter seus direitos e os pobres vivendo em uma ilha pequena e sendo submetidos à condições subumanas.
Nelson (Will Smith) é um trabalhador rural, nascido e criado na ilha dos pobres, que vive com seus pais Washington (Morgan Freeman) e Maria Dolores (Viola Davis). O rapaz passou a vida questionando o motivo de todos ao seu redor levarem uma vida tão árdua e injusta, alegando que estes serviam somente para trabalhar até morrer. Ainda criança, dizia aos seus pais que iria navegar por além dos mares que banhavam sua pequena ilha e acabar com a hierarquia criada pelos mais poderosos, mas seus pais o diziam que se o fizesse, jamais voltaria pois a água estava repleta de bichos que o comeriam vivo.
Na véspera do aniversário de 25 anos de seu filho, Washington é convocado para ser uma das cobaias no mais novo tratamento de Febre Amarela promovido pela classe alta, sem ter outra saída, ele aceita. Tudo é televisionado e em uma das etapas, onde injetavam vacinas em seu cérebro, Washington não resiste e falece em rede nacional.
Então, Nelson se vê sem apoio e deslocado da realidade vivida por todos a sua volta. Um conflito interno é criado, pois parte de si quer e entende que precisa tomar partido e dar início a revolução que pode solucionar muitos problemas. Entretanto, um instinto o faz pensar constantemente em desistir, já que as lendas sobre os perigos existentes em atravessar o mar e a pressão por parte de seus amigos o cerca. Após resistir bravamente ao seu instinto e eticamente tomar a decisão de que a revolução deve ser iniciada o personagem da início a prática de seus ideais.
Nelson começa a planejar tudo, no entanto não existia base alguma pelo fato de ninguém nunca ter voltado ou concluído a viagem. O homem então sabe que irá se jogar no desconhecido assim como muitos antes dele mas com o intuito de fazer diferente. Existiam inúmeras histórias, que em alguns momentos se assemelhavam com lendas, por ninguém saber sua veracidade que através de jangadas, seria mais simples o percurso. Decide então começar a roubar pedaços de madeira diariamente, levava para sua casa quantidades pequenas, para que passasse despercebido.
O jovem passou meses sem dormir, sua única meta era ir à alto mar. Após meses de trabalho, Nelson constrói sua jangada e se prepara para a viagem.
Nelson se vê orgulhoso e realizado com seu feito, mas um dilema vem à tona: o que dizer para sua mãe, que sempre batalhou por ele? Ele não sabia quando voltar, e nem se iria voltar.
Necessitava do dinheiro de seu trabalho para sustentar sua mãe, a viúva não conseguiria pagar todos os impostos abusivos somente com seu salário de cozinheira. Faltar tanto tempo no trabalho, resultaria em sua demissão.
Decide então fingir estar doente, assim poderia enganar a todos. Alega estar gripado, e em sua ilha a gripe era sinônimo de morte, já que não se tinha acesso à medicamentos. Seus amigos e sua mãe se comovem e Nelson diz que a única forma de se salvar, seria indo à ilha da classe média e se tratar ali, todos o apoiam. No dia seguinte, a personagem inicia sua jornada.
Ao entrar em alto mar, Nelson percebe que não haviam monstros marinhos - como lhe foi dito a vida toda. Tudo não passava de uma farsa, uma criação social, mas por que alguém faria isso? Sua cabeça se enche de dúvidas. Mas seu foco era diferente, sua meta era acabar com o sistema.
Após uma semana de viagem, Nelson se aproxima de uma extensão de terra onde se vê realizado, a ilha dos ricos estava na sua frente, o corpo de seu pai estava ali. Mas ao chegar na península, nota que aquela era a moradia da classe média. Angustiado, pensa em voltar à sua casa, mas sua consciência o diz que o certo a se fazer é descer e tentar difundir suas ideias para mais pessoas.
Um misto de sentimentos toma conta dele. Ao mesmo tempo em que Nelson está assustado com a realidade da ilha da classe média, estava também deslumbrado com a beleza a suposta riqueza ali presente. Sem nem perceber, um pouco perdido, Nelson esbarra com um casal. Enzo (Ezra Miller) e Valentina (Emma Watson), que estavam voltando do mercado e com a colisão derrubam todas as suas compras. Envergonhado com a situação, mas sempre muito educado, o jovem os ajuda a recolher o que caiu no chão. O casal nota que Nelson parecia estar perdido, e o convida para ir em sua casa. Ao chegar ali, o jovem percebe que a prateleira estava repleta de livros sobre desigualdade e a vida dos pobres. O rapaz enxerga uma oportunidade de ter aliados, ou de ser entregue. Mais um dilema o cerca.
Depois de muita conversa, Nelson conta tudo para eles, explica o seu plano e o motivo de tamanha revolta. Primeiramente, acha que o casal o entregará mas em um segundo momento, faz aliados nessa luta.
O casal hospeda Nelson em sua casa, onde ele começa a ter acesso à livros que falam sobre a sociedade e sobre a divisão das ilhas, e enxerga que tudo que se é pregado sobre os mares e sua origem é montado para atender aos interesses dos ricos.
Enzo e Valentina começam a levar o jovem para encontros com revolucionários assim como eles. No início, ele era tratado com um pouco de desconfiança - essa existia por conta de uma visão distorcida que os foi pregado desde sempre, mas com o tempo, Nelson passa a ser tratado como um deles.
O rapaz consegue então o apoio de muitos deles e suas ideias já caem na boca de todos, mas isso não agrada à toda classe média: os grandes chefões da ilha se unem e passam a ameaçar e persegui-lo. Chega então o momento onde Nelson se vê obrigado à fugir e ir para a ilha dos ricos - atingindo assim o seu objetivo. Junta suas coisas, recolhe tudo que vê como necessário: livros, documentos que provem o falho sistema e a falsa raça superior e parte em busca da justiça.
Depois de uma semana no caminho, Nelson finalmente chega à ilha dos ricos e se espanta com tamanha grandeza e tecnologia: tudo era desenvolvido e bonito, ao contrário de sua terra natal. Para seu espanto, os portões foram abertos, permitindo a sua entrada e os seguranças pediram para que ele o acompanhasse para um local misterioso.
Ao chegar no lugar – um escritório chique repleto de bebidas chiques – foi recepcionado por Thomas (Jack Lowden). Estranha ser bem recepcionado pelo secretário do presidente (assim estava escrito em seu crachá). Sem mais delongas, o senhor diz que ficou sabendo sobre sua ideia de revolução e o faz uma proposta: vir morar na ilha dos ricos e usufruir de todos os privilégios. Nelson recusa e ao se levantar para sair do local, as portas se fecharam e impediram sua fuga.
Após dias mantido em cárcere, a porta se abre e Sr. Rump (Tom Hardy), o presidente, entra na sala e pede para que tenha uma conversa em particular com Nelson. O presidente mostra um vídeo para o rapaz: sua mãe sendo espancada, a única forma de fazer a tortura parar seria cedendo às exigências dos ricos: abrir mão de seus ideais, morar na grande ilha e tomar uma pílula secreta.
Mais um obstáculo entra no caminho de Nelson, abrir mão de sua liberdade em prol de sua família ou lutar pelo que acredita ser correto? Ambas as opções exigiriam grande coragem e braveza, e tudo que ele não desejava era ser visto como um covarde.
Duas semanas se passaram, Nelson continuava sendo um fantoche na mão de Sr. Rump: diariamente pessoas por ele queridas eram espancadas. No fim do 15º dia, o jovem pede para conversar com o presidente: aceita às condições por ele impostas, abriria mão de tudo que lutava mas em troca, sua família deveria ser deixada em paz.
Nelson se torna então o mais novo integrante da ilha dos ricos, toma a pílula que o fez esquecer de tudo e de todos (não se recordava de nada relacionado ao seu passado). Havia se tornado uma nova pessoa, que estava construindo novas memórias diariamente.
Sua mãe foi morta, e para todos da ilha dos pobres, Nelson havia morrido também – afinal, não se tinha noticia alguma dele.
Depois de anos, Nelson se casou e teve três filhos. Criou todos como um rico, extorquindo e judiando dos mais pobres, daqueles que são o que um dia ele já foi.
Notícia:
Lançada em fevereiro de 2018, mais uma temporada de Black Mirror chega às telas. Com o intuito de comover as pessoas com problemas que se assemelham a realidade já vivida, a nova temporada promete trazer mais questionamentos sobre a modernidade, tecnologia e sobre os rumos da sociedade em que vivemos.
Assim como todos os capítulos da série, o problema em questão é aumentado em proporções inimagináveis aos nossos olhos. A história se passa em um conjunto de arquipélagos, os únicos restantes após uma guerra que destruiu os outros países
O episódio piloto da quinta temporada desenvolve uma problemática atual: desigualdade social. No entanto, volta às raízes de teorias filosóficas e suas relações com o problema para uma explicação ampla e detalhada do caminho percorrido século após século.
No início, é mostrada a divisão da sociedade por conta de sua condição econômica, onde fica claro o conceito de Karl Marx. O filósofo diz em sua teoria que a realidade e a história da humanidade é a história da luta entre classes. Esta luta entre classes está explícita pelo fato de que Nelson, julgado pobre, busca melhoria do sistema e tem de passar por desafios, físicos e psicológicos, ao encontrar a realidade da classe média e também da classe rica.
A ideia de Émile Durkheim também é perceptível no episódio, uma vez que ele diz que a sociedade é semelhante a um corpo vivo, em cada órgão há uma função. A teoria é aplicada de forma que cada ilha tenha a sua função social: os pobres sustentavam a classe média, a classe média trabalhava para manter os ricos e os ricos usufruíam de tudo. Se uma ilha falhasse, as demais falhariam também.
A teoria de Zygmunt Bauman também é perceptível no decorrer das cenas, o sociólogo defendia a ideia de modernidade liquida, onde se é impossível encontrar um equilíbrio entre a liberdade a a segurança - é necessário abrir mão de uma, para se obter a outra. É exatamente isso que Nelson faz no episódio, abre mão se sua liberdade em prol do bem-estar daqueles que amava.
O positivismo está em em peso, a ideia de que manter a ordem entre as ilhas traria um progresso é a mais pura pratica desta teoria.
A trilha sonora do episódio é simples, mas tocante. Under Pressure, famosa música da banda Queen marca toda a trajetória de Nelson, e a representa maravilhosamente: a música fala sobre estar constantemente sob pressão, e Nelson sempre estava. Cada ilha também tinha uma m��sica que definisse: para os pobres, Daddy Issues da banda The Neighbourhood exemplifica toda a dor e dificuldade por eles vivida; para a classe média, a música Classe Média de Max Gonzaga fala por si só; e para a classe alta, Happy de Pharrell Williams os descreve: felizes com suas futilidades.
Sendo assim, a nova temporada vem para fazer sucesso ainda maior do que as anteriores. Trabalhando novamente problemas do cotidiano social, tem o intuito de fazer com que as pessoas reflitam e tentem mudar. O primeiro episódio, Ameba, até o momento é o mais comentado e melhor avaliado pelo fato de se tratar de um tema tão antigo mas infelizmente ainda tão atual que é a desigualdade social em uma sociedade estratificada, trazendo à tona questões sobre o mundo atual: o que esperar do futuro com as diversas guerras que rodeiam o presente? Os ricos continuaram se tornando cada dia mais ricos e os pobres cada dia mais submissos?
0 notes
Text
Pauta jornalistica
Ana Beatriz Carvalho Dias, Zeinab Karnib; 12/03/2017; Morte de Givenchy, Moda, Alta Costura; AFP, G1, Istoé, OGlobo, Estadão Tema Como a morte de Givenchy afeta o mundo da moda? Historico / Sinopse Hubert de Givenchy, estilista francês nascido em 21/02/1927, considerado o responsável pela criação do ¨pretinho básico¨ após ter idealizado o vestido de Audrey Hepburn para o filme ¨Bonequinha de Luxo¨. Ao lado de outros estilistas como Christian Dior e Yves Saint Laurent, redefiniram a moda pós Segunda Guerra Mundial. Os modelos do estilista tiveram e ainda tem grande influência no mundo da moda até hoje: servem de inspiração para vestidos da Rainha Elizabeth, por exemplo. Sua morte significa todo o fim de uma era de moda, ele era o ultimo dos estilistas vivos da era pós 2 GM, pioneiro do estilo clássico. O falecimento de Givenchy significa o estagnamento de inspiração para diversos especialistas de moda ao redor do mundo. Enfoque / Encaminhamento Os rumos do mundo da moda com a morte de um dos maiores pioneiros vivos. Investigação de várias perspectivas do tema, tanto por parte de entusiastas quanto por parte de estilistas. Para a realização da matéria, será necessårio fazer uma pesquisa profunda sobre Hubert de Givenchy e a sua influência em todo o mundo da moda e seu momento histórico. O embasamento sobre a história do estilista será essencial para discussões com especialistas, que poderão falar sobre a abstinência que sua morte trará. Após falar com os especialistas, seria interessante falar com seu companheiro para que este conte sobre sua vida pessoal e a falta que o mesmo faz. Simultaneamente, conversar com fãs da marca a fim de entender o que esperam para o futuro e suas novas coleções. Fontes • AFP – Agence France Presse o Contato: (11) 3141-0851 • Alessandro Michele – Diretor criativo da Gucci o Contato: +39 02 88 0051 • Alexander McQueen – Diretor criativo da Alexander McQueen o Contato: 1 877 220 4587 • Donatella Versace – Diretora criativa da Versace o Contato: +39 02 7609 3565 • Jeremy Scott – Diretor criativo da Moschino o Contato: +61 (0) 475 514 601 ou +61 (3) 9391 2692 Sugestões de Perguntas 1. Qual o maior legado que Givenchy deixou ao mundo da moda? 2. O que esperar da grife agora? Quem irá assumir conseguirá manter o status da marca? 3. O mundo da moda será o mesmo? 4. Podemos esperar uma coleção que o homenageie? 5. Você enxerga alguem capaz de o suceder no cenário de moda atual?
0 notes
Photo

Jamais achei que Taylor Swift pudesse fazer tanto sentido, mas isso foi até te conhecer, e desde então eu a entendo e entendo o fato de todo o resto do mundo estar em branco e preto, mas você sempre em cores vivas: assim é você, trazendo cor por onde passa, sendo a única coisa que faz sentido na vida. Na hora de falar de você, todas as palavras são pouco, todos os sentimentos do mundo são pouco, tudo é vasto, é raso, é fraco; você é amor, você é alegria, você é o frio na barriga, você é todas as borboletas no estômago, você é você e eu sou tão grata por isso. No meio de bilhões de pessoas, me sinto tão sortuda por ter nossas almas conectadas, por amar você e tudo que você é e faz e eu só desejo para que todas as pessoas possam um dia sentir algo tão real e intenso igual tudo que você me faz sentir. Obrigada por estar comigo enquanto trilho o meu caminho, obrigada por ser você, obrigada por me ensinar a viver e a amar, te amo por essa e por outras milhares de coisas.
0 notes
Text
Resenha: The Post - A Guerra Secreta
Com duas merecidas indicações ao Oscar, The Post – A Guerra Secreta vai muito além de um suspense jornalístico, é um clamor por um jornalismo mais profissional e imparcial, que não tenha em mente beneficiar os interesses de terceiros.
O filme estrelado por Meryl Streep e Tom Hanks tem de tudo para ser mais um daqueles filmes que não capta a atenção das pessoas, mas Steven Spielberg faz exatamente o contrário e transforma a obra em uma ação de tirar o fôlego do começo ao fim.
Baseado em fatos reais, The Post fala sobre a difícil decisão de Kay Graham, dona do The Washington Post, interpretada por Streep, em permitir ou não a publicação de arquivos ultrassecretos do governo americano em seu jornal.
A drama começa a desenrolar após o The New York Times publicar os Pentagon Papers, documentos sigilosos que provam que tudo que era passado à população sobre a Guerra do Vietnã não passava de farsa. Incomodado com o fato de seu jornal reportar ao invés de trazer as notícias em primeira mão, Ben Bradlee, editor-executivo do The Washington Post, interpretado por Hanks, corre atrás de mais informações sobre os papeis.
Bradlee consegue acesso aos arquivos, mas em contrapartida, o governo de Nixon vai à corte pedindo pela proibição da divulgação dos mesmos pelo TNYT. Portanto, a publicação dos documentos no Washington Post seria uma jogada extremamente arriscada para um jornal em emergência – Graham temia também que os acionistas da Bolsa de Valores Americana desistissem da compra das ações no jornal, tendo em mente que isso seria um escândalo.
Após diversas idas e vindas, Kay aceita a publicação dos Pentagon Papers em seu jornal, o que primeiramente parece que trará somente prejuízos, mas logo em seguida desencadeia uma rebelião em massa por todo o território norte-americano – todos os jornais publicaram em sua primeira página os mesmos documentos, mostrando uma resistência em prol da liberdade de imprensa.
O governo enxerga essa resistência como um desacato e convoca representantes de todos os jornais à suprema corte, onde se decide que a liberdade de expressão é um principio básico que se deve ser mantido e que jornais são responsáveis por escrever o primeiro rascunho daquilo que poderemos encontrar nos livros de história.
The Post – A Guerra Secreta vai muito além de retratar somente a batalha entre liberdade de imprensa x governo opressor, mas traz à tona discussões atuais, como o papel da mulher na sociedade: primeiramente, todos duvidavam da capacidade de Kay Graham, uma mulher viúva, em ficar à frente da diretoria de um jornal. No fim das contas, se The Washington Post se tornou o que é hoje, é graças à decisão de uma mulher, a primeira mulher no comando da empresa. O filme se encerra com a cena de Kay saindo do tribunal, onde ela é iluminada por uma luz, e mulheres comuns a olham em adoração e abrem caminho para ela passar, a consolidando como um exemplo à ser seguido.
Com The Post, Spielberg traz à tona assuntos extremamente reais, que retratam de maneira indireta o que diversos países, incluindo o Brasil, vivem diariamente.
Ficha Técnica
The Post – A Guerra Secreta
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Meryl Streep, Tom Hanks, Sarah Paulson, Bob Odenkirk, Tracy Letts, Bradley Whitford, Bruce Greenwood, Matthew Rhys, Alison Brie, Carrie Coon, David Cross, Michael Stuhlbarg, Jesse Plemons, Zach Woods, Pat Healy, Deirdre Lovejoy, Philip Casnoff, Ben Livingston, Carolyn McCormick, David Costabile e Dan Bucatinsky.
Duração: 116 min
Distribuidora: Universal
Gênero: Drama
Classificação: 12 Anos
Por: Zeinab Bazzi
0 notes
Text
Gucci flerta com o macabro em sua coleção de inverno 2019
Em seu desfile recente, a grife fala não somente de moda, mas também de questões sociais e mostra que, mais uma vez, veio para ficar.
Se a meta de Alessandro Michele era fazer com que o desfile da Gucci fosse o assunto de fashionistas ao redor do mundo, ele a atingiu. A grife italiana apresentou sua nova coleção de inverno na última quarta-feira (21.02) durante a Milão Fashion Week e ampliou o debate fashion à questões sociais que rodeiam a sociedade contemporânea.
A marca se livrou de uma vez por todas do porão empoeirado, lugar onde estava presa há anos, e transformou a passarela em centro cirúrgico – metáfora às referências culturais que são unificadas - em torno de uma nova e exclusiva leitura, inspirada no manifesto ciborgue, texto da bióloga e filósofa Donna Haraway, de 1984.
“O ciborgue é uma criatura de um mundo pós-gênero”, diz Donna, constatando que Michele, harmoniosamente, desafiou as barreiras existentes ao colocar suas criaturas híbridas – sem sexo e sem origem, seres biologicamente indefinidos – como símbolo da quebra das regras de gênero binárias e a capacidade de se decidir quem quer ser.
Teve de tudo: matrioscas russas, turbantes asiáticos, tweed britânico, xadrez escocês - simbolizando o choque cultural de uma marca que tem o globo a conquistar, - símbolos esportivos sem nexo, o estilo clássico – sobreposições e exuberância em detalhes, - roupas dividas ao meio, capas guarda-pó usadas para proteger peças, logos da Gucci por todo lado, no entanto, todos os holofotes estavam sob as réplicas de cobras, bebês dragões e das próprias cabeças dos modelos usadas como acessório.
A identidade mutante está presente na mistura que cada look traz consigo e Michele enxerga essa libertação do confinamento natural da condição social como algo positivo. “Nós existimos para reproduzir, mas nós superamos isso. Estamos na era pós-humana, com certeza; está em andamento. ” Diz o diretor criativo da marca.
Alessandro constrói a apresentação da coleção como se estivesse dirigindo um filme, uma mistura de Peter-Pan com Frankenstein, onde cada modelo é um personagem com vida e atitudes próprias.
Por: Zeinab Bazzi
0 notes