Tumgik
guilhermebose · 10 months
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To (not) Be
Nós somos, mas muitas vezes estamos.
Hoje estive. Não entendo como funciona essa coisa chamada vida. Sei o que sou e o que busco me tornar. Isso é tudo que controlo. Controlamos nossa mente, mas de fato, ela nos controla no fim das contas.
Não controlo o outro, nem o futuro, e infelizmente nem o passado e nem mesmo a influência que isso nos dá no presente. É, às vezes o presente é um pão de queijo de segunda-feira comido numa quinta-feira. É pão de queijo, foi assado, mas tá duro. Coma e você vai parar no pronto socorro odontológico.
O pior é quando nunca se comeu o pão de queijo e essa é a primeira narrativa do padeiro. Você não tem parâmetro de pão de queijo para saber se é o mais saudável de se comer.
Bom, talvez não esteja falando de pães de queijo. A vida não nos dá trégua. Ou você encara isso feito um adulto, ou isso te engole feito fungo no vinho.
A única coisa que decidimos é sobre a atitude que nossa mente impõe sobre nós. Ela está no comando. Sempre esteve.
Hoje sou eu, amanhã não sei. Talvez não me reconheça. Água pingando em pedra uma hora faz o furo.
Não falo de água nem pedra.
- G. Bose (18/11/23)
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guilhermebose · 1 year
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Guerra
Queremos controlar tudo e todos. Se não for assim, não é o certo.
Mas na verdade, a guerra muitas vezes é como um jogo de xadrez ao qual o mesmo jogador guia as duas partes opostas do tabuleiro.
Somos nós contra nós mesmos, mas ainda assim, tendemos a algo. Está em nosso subconsciente.
A realidade é que, não controlamos o mundo. Mal controlamos a nós mesmos, quem dirá traçar as rotas da natureza.
A guerra na verdade é sobre nossos bloqueios.
Bloqueamos nossa mente quanto aos interesses alheios.
Bloqueamos nós de nossas escolhas, e assim, de nossos medos, mas não há ao que temer. É aquela velha história: macieiras darão maçãs.
- G. Bose (11/07/23)
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guilhermebose · 1 year
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Onde a vida acontece?
Será que a vida acontece mesmo em um lugar?
Talvez a pergunta não seja exatamente essa. A vida vai além.
A vida acontece tal qual o ser humano é.
O ser humano é aquilo que busca ser, e não tão somente um momento em específico.
Mudamos a todo tempo, e com isso, já não somos o mesmo de ontem.
As árvores crescem, fincam suas raízes, dão frutos, mas não é só isso.
O tempo as modificam, assim como tudo na natureza.
Um dia, uma semana, um mês, um ano. Todos são compostos de segundo após segundo, e basta olhar um ano atrás para perceber que, já não se é o mesmo.
A vida acontece no momento do olhar ao céu pela manhã, em um abraço, em uma cena de um pai ensinando a filha a andar de bicicleta, e com isso, o lugar é apenas o instante.
O tempo não volta, e como era mesmo a música que se escutava na viagem do trabalho para casa?
A vida está sempre ali para se viver, mas acostumamos a deixar os detalhes de lado.
Os livros estão lá, basta abri-los, os sons estão por aí, basta escuta-los. Mesmo no verão, o vento está em constante movimento, aliás, essa seria a descrição do que é o vento, e dessa forma, descreve-se a vida.
A vida não acontece em lugares específicos ao qual não nos encontramos. Acontece no momento em que nos permitimos viver.
Respirar é tão natural, mas sinta o ar, infle os pulmões... pronto, isso é a vida.
Abra os olhos e enxergue a lua. Se for de dia, olhe os detalhes da natureza... tudo o que a luz toca, reverbera em nós.
A vida nos dá a todo instante oportunidades de vivê-la. Cabe a nós enxergar onde a vida acontece.
- G. Bose (10/07/23)
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guilhermebose · 1 year
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Paradoxo
Olhei o chão, e estava molhado com algumas gotas que caíam do céu.
Eram poucas gotas, mas o suficiente para me chamar a atenção. Eu tinha 6 anos, e queria sempre saber o motivo de tudo.
A vida ao meu redor parecia durar para sempre e os momentos de alegria, pareciam não ter fim.
Os anos se passaram, cresci, me formei, arrumei um emprego, fiz essas coisas da lista que todo adulto beirando os 30 faz, exceto me casar, formar uma família e ter filhos.
Mas nesse momento, dormi. Simplesmente assisti um filme, tirei a roupa como de costume e deitei-me na cama.
Tive um momento de transe ao qual não sabia o que já era sonho e o que eram lembranças da minha consciência.
Me veio a cena calçando meu tênis sozinho pela primeira vez para ir ao shopping, com uma ponta do cadarço maior do que a outra. Eu estava feliz, e tinha acabado de aprender a amarrar os cadarços com meus pais. Tudo era motivo pra isso, e isso era motivo de felicidade.
Me veio a cena subindo no skate e meu pai me acompanhando. Eu caí, e ele estava lá. Era o homem mais forte do mundo e segurava meu braço para que eu acompanhasse o skate sem cair. Eu estava feliz, e tinha aprendido a andar de skate. Tudo era motivo pra isso, e isso era motivo de felicidade.
Me veio a cena de ir ao trabalho da minha mãe. Foi tão incrível, porque ela me arrumava sempre canetas e um bloco imenso de papéis. Eu passava o dia inteiro querendo desenhar. Estava aprendendo a desenhar as pessoas da minha família. Desenhava tudo igual. Tanto o papai, a mamãe, vovô, vovó, era tudo corpo de palito, e cabeça circular. Quem via não sabia diferenciar minha mãe da minha avó. Só as diferenciavam do meu pai e da minha mãe porquê tinham cabelos de macarrão. Eu estava feliz e desenhava. Tudo era motivo pra isso, e isso era motivo de felicidade.
Me veio a cena de eu estar na rua, sim, a rua que estava seca ao qual falei. Naquele dia, um homem passou vendendo brinquedos de fazer bolhas de sabão. Meu avô comprou pra mim sorrindo. Meu pai estava do lado. Ele ficou sem jeito e eu fiquei feliz. Eu estava feliz, e fazia bolhas de sabão. Tudo era motivo pra isso, e isso era motivo de felicidade.
Eu estava sonhando… revisitando alguns momentos. Na minha cabeça consciente era um sonho, mas meu corpo ficou leve, de repente. Entrei em uma espécie de viagem expansiva. Revi todos esses momentos como se eu estivesse em um plano de cima e cada momento desses me emocionou. Meu pai tinha o cabelo bem pretinho, minha mãe era super novinha, meu avô tinha tinha um porte físico atlético, e eu tinha o cabelo amarelo e dentes de leite.
Eram lembranças, e não sonhos. Era tão real, eu me emocionei bastante em vê-los. Havia tempos que não me emocionava, e com isso, em cada viagem, derramei algumas lágrimas.
A gravidade fazia com que as lágrimas dos meus olhos fossem puxadas para o chão. De repente eu me observei: eu criança olhei o chão com algumas gotas que caíram do céu, depois levantei a cabeça, olhei para cima e o céu não estava com uma aparência de que ia chover. Mas caíram três gotas apenas. Essas gotas eram minhas lágrimas de hoje, ao viajar. Eu me encontrei - literalmente - e isso é motivo de felicidade.
- G.Bose (07/04/23)
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guilhermebose · 1 year
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Demora
Demorei a entender que a música não é somente sobre ficar bom no instrumento.
Demorei décadas para entender que gosto de ler.
Demorei quase um terço de uma vida média pra entender minha solitude.
Demorei muitos anos para ficar razoável em cálculos acústicos.
Demorei uma eternidade para ficar satisfeito com meu resultado de desempenho musical.
Demorei uma vida estudando e estudando (não me arrependo em nenhum momento).
Demorei até então, por volta de 15 anos (e ainda em contagem) para virar um excelente clarinetista.
Demorei 6 anos no serviço militar para aprender lições que a vida por si só demoraria muito a me ensinar.
Demorei 2 litros de água para me hidratar.
Demorei bilhões de notas tocadas para entender como moldar uma embocadura na clarineta.
Demorei muitas chuvas protegendo minha pasta com arquivos de minha vida toda.
Demorei muitas meia-noites refletindo sobre a vida em busca de tornar-me um ser humano melhor.
Demorei cada segundo respirando para amar a vida.
Demorei 1,78 metros para saber que existem 8 bilhões de pessoas no mundo e que na vida basta 1 buscar fazer a diferença para uma boa propagação.
Demorei um olhar para descobrir qual tipo de azul se classifica o céu. Até agora não sei definir.
E demorei todo esse tempo para entender que Ré bemol, não é a mesma coisa que Dó sustenido.
- G. Bose 04/04/2023
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guilhermebose · 2 years
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A dor fantasma de um futuro frustrante.
A dor é algo que sentimos quando nos fere. Corpo, mente, alma e espírito. Cada um em sua devida intensidade e devida dor.
A dor do presente é uma dor diagnóstica. Serve de amparo para olharmos se pisamos em terra firme ou espinhos caídos de plantas que produzem flores. Isso nos cega de certa forma, mas ser cego não significa necessariamente estar dormente. A cegueira não atinge somente os olhos.
O futuro sempre será algo incerto, mesmo criando expectativas. Somos humanos, falhamos, mas não devemos utilizar disso como uma muleta para terceirizar nossa própria culpa.
Pensar no que não aconteceu e que poderia um dia acontecer é sofrer por antecipação. É de certa forma, adormecer o presente.
Dores fantasmas sentimos por algo que não nos faz parte. Nem no passado, nem no futuro. No além disso, adormecemos, formigamos a alma e a cabeça no anseio de realizar as coisas a partir de nossa vontade.
O ser humano tende a ser egoísta. Uma pena.
- G. Bose (24/03/23)
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guilhermebose · 2 years
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Impasse
De repente o impasse se resolveu.
Não tenho mais visões da realidade idealizada demonstradas pela luz em minhas retinas.
O real é diferente. Arde como um dia de sol inteiro sobre a pele.
Arde como um olhar fixo sem lágrimas de emoção.
Não preciso mais de apoio para seguir adiante. Livrei-me dos fios que um dia me prenderam como uma marionete.
O corpo pesa, a alma flutua. Não mais com contextos físicos e matemáticos.
Os problemas sempre são grandes problemas até serem resolvidos, mas como humanos, costumamos colocar hierarquia em tudo, inclusive nos problemas.
Fazer de uma nota um acorde, é ser raso nas escutas - pois o que qualifica um acorde, entre outras coisas, são os intervalos de terça e sétima. Não podemos inverter as hierarquias naturais.
Costumamos compor grandes sinfonias durante a vida, mas isso é criar expectativas, e muitas vezes falsas. Falsas expectativas são sons não tocados.
Toda grande obra musical começa por uma nota e se expande grandiosamente. Inverter os papéis pode ser prejudicial para a finalidade.
O que era um impasse, uma dúvida cruel, um problema, finalmente se resolveu.
Agora podemos seguir até o próximo movimento.
Tudo o que precisamos são de detalhes mínimos, e o que um dia fora um grande problema, ou um impasse, simplesmente se resolveu.
- G. Bose (15/03/2023)
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guilhermebose · 2 years
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Reflexividade
Me confundo a todo tempo. Eu não sei seguir essas regras bestas da sociedade de que o ser humano não pode demonstrar sentimentos ou se apaixonar pelos detalhes do dia-a-dia.
Não que eu seja alguém puramente sentimental. Na verdade acho que não sou tanto assim. O problema é a regra de ver quem fica mais tempo sem demonstrar nada.
As pessoas tornam-se muito rasas. Gostaria de ter outra palavra para descrever, mas essa se encaixa de uma maneira melhor.
Por muito tempo acreditei em amor de histórias infantis. Claro, já fui criança um dia, ironicamente.
Talvez eu seja apenas um doido reflexivo que toma vinho sozinho na espreguiçadeira coletiva do condomínio às 23h30 na esperança de sempre me tornar um ser humano melhor ou para escrever minhas reflexões.
O militarismo assassina o sentimentalismo para moldar homens robóticos.
A solitude floresce a reflexividade particular de quem um dia plantou a esperança em si na busca pelo aprimoramento pessoal - isso inclui a humildade, empatia, e ser justo.
Cada um busca seu caminho. Respeito isso mesmo não concordando fielmente nos caminhos alheios, mas iluminar caminhos alheios fazem com que a luz reflita em minhas retinas.
Exemplos a não serem seguidos não deixam de ser exemplos.
- G.Bose (05/03/23)
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guilhermebose · 2 years
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Será que tudo se repete?
Os dias passam. É a cronologia natural da vida.
Tudo se repete, mas com algumas diferenças.
Em um dia há chuva, no outro o sol.
Cautela… cautela quando o coração entra num impasse com a mente, querendo justificar as ilusões da vida.
O primeiro sempre terá um peso maior, mas de quem é a responsabilidade de fechar a janela para a chuva não invadir a casa?
De quem é a responsabilidade por regar ou não as plantas?
Tudo se repete, mas com algumas diferenças.
Em um dia, toda a escrita flui em um texto corrido. Noutro dia, a mente tão acelerada não permite sequer escrever uma palavra.
Em uma manhã, um café, à tarde um chá, a noite um vinho. Não necessariamente nessa ordem.
Alguém tem de lavar a louça depois.
Tudo se repete, mas com algumas diferenças.
Tudo é escolha. Ler um livro, ouvir uma sinfonia ou beber água.
Tudo é escolha. Apenas torcer para chegar sexta-feira feira às 14h.
A reflexão é um remédio muito forte. Mais forte que um tarja preta. E como todo remédio, o que o difere do veneno é a dose.
Tudo se repete, mas com algumas diferenças.
Um dia, um instrumentista estuda pensando no dia do concerto. Sincronizando os dedos, a embocadura e imaginando as notas. Noutro dia, a frustração por executar uma peça difícil - no fim dá tudo certo, felizmente.
O concerto é um momento ímpar. Muda-se a lógica do “tudo se repete, mas com algumas diferenças”.
A respiração é a de um sniper tendo que atirar em uma moeda a quinhentos metros. Os batimentos cardíacos são de um atleta olímpico em corrida de velocidade.
As notas certas tocadas no lugar certo e na hora certa - essa coisa de quarta dimensão me deixa fascinado às vezes.
A afinação certa, a dinâmica certa, a duração certa… mente, corpo, alma - tudo alinhado.
A música transcende. É um perfeito equilíbrio. Os sons penetram na pele, o ritmo nos batimentos cardíacos e as frases na respiração. Temos que ter cuidado para não asfixiar os outros.
Nem tudo se repete. As perspectivas mudam, as pessoas evoluem e apesar de haver sol e chuva, são combustíveis necessários.
- G.Bose (28/02/23)
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guilhermebose · 2 years
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Choices
Ao ser livre para escolher, tornamo-nos seres dependentes de nossos atos.
Não escolher é uma resposta, logo uma escolha, e como seres adultos, escolher algo significa não escolher outro algo.
O poder decisório na vida é uma coisa doída. É saber que ao decidir seguir um caminho, automaticamente estará abrindo mão de um outro.
Somos livres, dependentes do tempo e escravo de nossas escolhas.
Será que isso faz sentido?
- G.Bose (24/02/23)
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guilhermebose · 2 years
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Morte e renascimento
Hoje eu morri, na esperança de uma nova vida. Um eu do passado deixado no passado.
E tem acontecido isso desde o início do ano. Todo dia morro e renasço.
Mas algumas coisas não saem da minha cabeça. Dia após dia as ânsias me matam. Minhas esperanças me fazem renascer. Deus me certifica a todos os dias de ter oportunidades novas.
Os dias não parecem ser ser novos. Apenas me parecem o mesmo dia sendo repetidas infinitas vezes de formas distintas.
A mente segue a diante, mas alguma coisa me estagna e não sei dizer o que é.
A cada dia me reconheço sobre o que sou, o que gosto e os meus medos, mas diante dessa estagnação, o tempo real vai passando, as pessoas ficam velhas e morrem. É uma caminhada em um precipício onde todos estão sendo empurrados pelo tempo para o fim de suas longas jornadas.
Já terminei meu primeiro terço da vida. Estou no segundo - que vai até os cinquenta, mas estou estagnado.
É um castigo enorme, talvez um pecado passado sendo pago com a maior punição possível, a da dor do tempo.
Mas com isso, refresco minha mente e meu espírito com experiências passadas e deixo escrito para o meu novo eu de amanhã, que o tempo também cura e trás sempre novas oportunidades.
Tenho uns 40 e poucos anos. Isso talvez é o que me resta. 7 anos a menos que a média das mulheres no Brasil.
Mas até que me cuido. Cuido do espírito, da cabeça, da alma, e do corpo. Um equilíbrio perfeito, certo?
Busco a Deus como meu norte para meus espírito e alma; comer coisas saudáveis e beber água para cuidar do corpo; estudar e ler sempre para poder refletir, sendo os cuidados com a cabeça e a mente; e aparentemente não me falta nada, mas não aprendi a lidar com os caminhos do coração.
Talvez todos os dias eu morro e renasço com um transplante novo, na esperança de trazer um significado completo à minha vida.
Ao meu eu do futuro, se estiver conseguido esse último, parabéns! Ao meu ver você tornou-se um ser completo. Se não, tenho certeza de que sua completude nas demais áreas tornar-se-ão um ponto na história das pessoas aos quais lhes cercam.
Morra, mas não fisicamente.
Deixe suas questões evolutivas e seus marcos em sua história, e tudo o que lhe vale, é o hoje.
Talvez esse seja a resposta para não estagnar no tempo.
- G. Bose (20/02/2023)
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guilhermebose · 2 years
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Camadas
Diferentes fontes exclamam que homens são mais racionais e as mulheres emotivas. Bom, até que ponto isso seja verdade eu não sei, até porque eu não sou um estudioso da área. Também não me importa muito senão a questão de buscar compreender melhor o mundo em minha volta.
Sou músico (artista, performer, multiinstrumentista), mas penso, até que ponto isso me torna diferente da grande maioria comum que pensa como uma massa imposta pela sociedade? Digo talvez de buscar me tornar um ser crítico.
Como disse, sou músico e consequentemente, trabalho muito o meu lado emotivo dentro da minha performance musical ou dentro de uma escuta musical. - De certa forma, na música em geral.
Minha personalidade sempre foi de uma pessoa organizada, e quando as coisas saem dos eixos e eu perco um pouco do controle, isso me deixa um pouco irritado ou agoniado, ou talvez os dois. Mas a questão não é essa, e por ser assim pessoalmente, tenho minha parte de razão bem trabalhada. Busco observar onde piso e sinceramente, faço todos os tipos de análises possíveis quando me convém.
Me encantam os brilhos nos olhos das mulheres e os sorrisos. Íris e dentes me chamam a atenção. Cá entre nós, acho lindos. Talvez por isso acho a Anne Hathaway tão linda.
Primeiro admiro fisicamente quando não conheço a pessoa - creio que isso aconteça com todo mundo, ou com a maioria; depois a parte cognitiva e intelectual - talvez eu seja sim um sapiosexual e talvez isso seja um peso 2, mas é que pessoas que buscam o conhecimento por puro prazer merecem ter o prazer de admiração real pela veridicidade pessoal. Enfim, uma visão minha. Por fim, a paixão, e em último caso, o amor, talvez? Bom essa é a parte que eu diria “emocional”.
A razão não me foge por ser algo intrínseco. Analiso situações, possibilidades, e raramente minha intuição falha sobre desconfianças de algo a partir de resultados obtidos por minhas análises.
Da mesma maneira que eu me apaixono, admiro uma mulher por minha emoção, minha razão trabalha em mesma proporção para o desapego quando diálogos óbvios de desinteresse aparecem ao meu cérebro pela mulher ao qual penso.
Pensando e refletindo, talvez isso seja bom, talvez não. Tenho três órbitas atmosféricas, a externa a de um homem que se apaixona fácil, a central, a de um homem que age pela razão em igual proporção, e a terceira, talvez mulher alguma ainda tenha chegado. Talvez. Isso porque consigo me blindar muito fácil emocionalmente. Espero descobrir, e quando descobrir sobre isso, terei a absoluta certeza de que será a mulher da minha vida.
- G. Bose (02/02/23)
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guilhermebose · 2 years
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Montanhas
A razão nos guia em direção ao topo da montanha. Logicamente o mundo é bastante bonito visto lá de cima (ou pelo menos é o que se espera).
A emoção nos faz enxergar coisas onde não existem, ou nos cegam dos perigos de nossos caminhos. Inclusive de não perceber que, no topo da montanha era na verdade uma cratera vulcânica.
A adrenalina nos tira do conforto em busca apenas da sobrevivência, e depois de passar um possível perigo, vemos as coisas com bons olhos. Ou será que apenas mentimos a nós mesmos mascarando a realidade e misturando-a inconscientemente aos nossos desejos e aspirações? (Que bom que o vulcão não entrou em erupção…)
O ser humano naturalmente é um ser confuso e incompreensível. Tão incompreensível que quando apaixonado, é confundido com um robô, e se não tem ninguém ao seu lado, é indagado sobre o motivo de estar só. Escolha? Bom, se quer saber se é um vulcão não ativo ou se é apenas uma simples montanha você precisará escalar. Boa sorte.
Me diga depois como é a vista lá de cima. Me diga também se é apenas uma montanha ou se é realmente um vulcão. Talvez esse detalhe faça toda a diferença.
- Guilherme Bose (23/01/23)
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guilhermebose · 2 years
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Lentes
Se me achas comum, compare-me então com quem não sabe amar;
Compare-me com quem não tem humildade;
Compare-me com um ingrato;
Compare-me com quem não vê o mundo em sua plenitude;
O ser humano erra, todos somos humanos, e nesse ponto confesso, talvez seja comum, mas uma coisa não se nega, a busca por fazer o melhor.
Compare-me com o papa;
Compare-me com o professor;
Compare-me com um ator;
Compare-me comigo mesmo.
Não sou santo, não detenho todo o conhecimento do mundo, não consigo decorar um texto de uma peça teatral.
Caminhos distintos tornam as pessoas diferentes?
Compare-me com o ego de um narcisista;
Compare-me com a mentira de um réu confesso;
Mas pelo menos me compare vestindo seus óculos!
No fim das contas, de tanto comparar, se percebe que as lentes de visão de mundo se limitam ao que você conhece. Com isso, comparo-te a ti mesmo às suas limitações.
Comparo-te às pontas de um iceberg;
Comparo-te ao voo de um pato;
Comparo-te nos detalhes dos filtros de visões de meu mundo, e no fim das contas nada muda… enquanto houver comparações, tornar-nos-emos comuns. Não pela similaridade, mas sim, pelas limitações.
-Guilherme Bose (21/01/23)
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guilhermebose · 2 years
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Caleidoscópio
Um paralelo entre a imaginação e a quarta dimensão.
A primeira diz respeito sobre aquilo que vivenciamos em nossa mente. Vivências passadas, pessoas, lugares, pensamentos futuros, idealizações.
O segundo, trata-se da combinação entre o espaço e o tempo. É a vivência do presente no momento específico. Se recortarmos o tempo, o lugar estará lá intacto sem nossa influência; se recortarmos o espaço, a possibilidade de algo e/ou de pessoas estarem em contato diverge por esse motivo.
Para duas pessoas se encontrarem, é necessário a quarta dimensão. O lugar e o tempo deve ser perfeito.
Sem o lugar, no mesmo instante o corpo não seria possível de ser tocado; sem o tempo exato, as pessoas poderiam até estar no mesmo lugar, mas se desencontrariam.
A vida é bela, mas nós machuca a todo o tempo. Coisas que não vivemos ficam em nossas imaginações, e coisas já vividas ficam no passado. Fora isso é tudo especulação e lembrança.
Será que a quarta dimensão está dentro de nossas cabeças?… é uma perspectiva ou uma realidade uma vez paupável?
Guilherme Bose (07/01/23)
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guilhermebose · 2 years
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A simples complexidade da vida
Vivo uma vida simples, e com isso, aprendi a valorizar o que há de melhor.
Não sou o melhor em tudo que faço, mas dou o meu melhor em tudo que fizer.
Meu corpo físico aprendeu a andar e a correr, e minha mente aprendeu a dar um passo por vez… não muito longos, mas meus olhos aprenderam a olhar para trás e reconhecer que distâncias longas se percorrem de pouco a pouco a cada dia.
Meu espírito têm buscado sempre um caminho adiante. O caminho à frente é iluminado com as luzes divinas, e olhe, quando enxergamos a luz ao fim do túnel não diz respeito a estarmos no vale da escuridão. Se você enxerga uma luz mínima, essa luz já ilumina seu caminho.
Sigo buscando o valor, não os preços, mas o valor do que importa.
Sigo em uma vida simples, aprendendo a enxergar o que não fora visto antes, a ouvir o que antes meus ouvidos não eram capazes de compreender, mas dito isso, aprendendo a cada dia que a vida sempre esteve nos detalhes.
G. Bose (27/11/22)
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guilhermebose · 2 years
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Admiração
Não me importa um erro gramatical.
Não me importa uma nota tocada errada.
Não me importa o ator esquecer uma fala.
Não me importa em o professor passar 5 minutos da aula.
Me importa o brilho nos olhos de quem conta uma história.
Me importa a inocência de uma criança em perguntar se as nuvens são de algodão doce.
Me importa olhar o azul do céu e não saber definir, apenas me questionar.
Me importa observar os detalhes sem julgar.
Mas o que mais me importa, é quem sabe admirar, pois a riqueza da vida mora nos detalhes. Basta observar o que realmente importa.
- G. Bose (06/10/22)
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