Jogos da Fome. Pretende retratar a dura realidade da anorexia e de quem trava a batalha contra si mesma.
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Passou um ano desde a última vez que escrevi. Ontem voltei ao ginásio e tive a confirmação de que tu Ana já não te fazes ouvir. Subir à balança sempre foi um exercício por si só, era como se o número que dali saísse dissesse muito sobre a minha pessoa. Ontem encarei a balança de frente e pela primeira vez em anos fiquei feliz com o que vi. Aceitei que estou bem mas que poderia estar melhor, sem que isso me trouxesse desgosto. Estraguei dois anos da minha vida doente. Cega. Sem perceber que tenho muito para oferecer. Ainda hoje não o levo em conta. Mas uma vitória de cada vez. Hoje posso dizer que é a Joana que vos fala, e não a Ana. Ela já não mora em mim. É uma luta diária dizer adeus a uma grande amiga (corrosiva mas quem não tem amizades assim?) mas ela já não mora em mim. Maria não poderia haver outra pessoa que me desse força para subir àquela balança ontem. És linda. Amo-te como irmã. Obrigada por teres estado sempre aqui mesmo quando eu não estava.
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Pente zero. Pente zero nas inseguranças. Pente zero naquilo que me faz não gostar de mim. Engordei quase 13 kg. Já visto o 32/34. Já não choro cada vez que me dizem que tenho um pernão. Agora estou-me a cagar. Atenção, não me estou a cagar para mim. Estou-me nas tintas para o que pensam de mim. Se tenho demasiados furos na cara, se tenho o cabelo às cores ou senão tenho cabelo nenhum, se só uso preto, se tenho um rabo grande, se sou uma puta quando não gosto das pessoas. Sou eu. Sou transparente. Quando amo, faço-o intensamente. Então porque não me amar a mim? Quero mesmo muito aprender a gostar de mim. Aprender a olhar no espelho, não de fugida. Mas olhar-me nua e lidar com a frustração de não ser perfeita. Aprender que sou perfeita à minha maneira. Obrigada Sérgio ❤️
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A recuperação é uma merda.
A roupa já não está larga. E eu não estou a aguentar. Uma coisa é querer recuperar e outra é começar a recuperar. Sinto-me nojenta. Choro cada vez que me visto. Tenho saudades dos meus ossos.
Obrigada Ana por me fazeres isto.
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A minha vida mudou. Deixei a vida académica e achei uma vocação (ou pelo menos assim gosto de pensar). Encontrei a felicidade. Tornei-me mais forte para usar os meus "penduricalhos" com orgulho, para não ser atingida facilmente por comentários. O sorriso tornou-se um companheiro. E como a minha terapeuta me dizia quando te sentires melhor contigo mesma o resto vem depois. E veio. Ontem vi a felicidade e o orgulho na cara do meu primo Tomás e na cara do meu tio. Encheu-me o coração. Mas ainda não consigo lidar com esta melhoria física. Engordei e por mais felizes que veja os rostos que olham para mim não consigo deixar de me sentir nojenta. A bulimia voltou a bater à porta e não não abri (nem abrirei) essa porta novamente. Mas por vezes dou por mim a sentir saudades dos meus ossos (segundo o Diogo ainda se vêm mas já não pareço que vou morrer) e a chorar porque me acho gorda. Preciso de ajuda neste momento. Batalhei muito para melhorar. E a verdade é que ainda não estou boa. E não quero e não posso voltar atrás.
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O dia abençoado (há coisas que simplesmente não acontecem) e o coração gigante
Não poderei ajudar ninguém sem ser completamente sincera. Respira fundo e aqui vamos nós Joana... Como já tinha comentado as minhas pernas têm inchado devido às horas que tenho estado em pé. O meu sonho de cabeleireira aliado ao facto de ter de trabalhar têm-me colocado em pé das 9h às 23h, todo o santo dia. Tenho um dia de folga mas como o sonho comanda a vida tenho aproveitado a oportunidade para ir ao facto trabalhar. Somam-se mais horas em cima das minhas pernas que elas consigam suportar. Mal isto começou e tendo em conta que o meu grande problema sempre foi as pernas comecei a enlouquecer. Gastei um dinheirão em drenantes, comprimidos. Tudo melhorava ao inicio para piorar passado um dia ou dois. O desespero tomou posse da minha consciência. Comecei a pensar em vomitar outra vez. Em acabar de comer e ir ao wc, olhar para a sanita e sair a correr. Pensei em tomar laxantes porque na minha cabeça os kg que ganhei só podiam ser gordura. E ontem fui ver o que se passava de verdade. Acontece que todo o peso que ganhei é água retida na parte de baixo do meu corpo. Tanta que nem me consigo calçar. O anjo que me ajudou ontem ao tirar os meus valores chorava. Disse que nos anos que trabalha nunca viu tanta retenção. Por outro lado disse que também nunca viu ninguém com 5% de massa gorda. A chorar disse que eu era músculo e água. Disse que agora era incapaz de gerar vida. A seguir abraçou-me com o coração e os braços em volta do meu corpo nu e exposto. Sei que ganhei um anjo para a vida. Sei também que vou melhorar. Confesso que não tenho partilhado nada mas agora tenho um trabalho que gosto e não quero que me mandem embora pela doença. Eu sou mais que isso. Sou lutadora e dou tudo de mim, mesmo que isso seja sinónimo de dar apenas muita água e algum músculo. Acredito que tenho muito coração para dar.
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Ontem foi um dia bom mas complicado. Primeiro casamento depois da anorexia. Primeira demonstração da doença em público. Ainda não me controlo. Entro em pânico com aquilo que me é desconhecido. Com aquilo que não controlo. Estou numa fase da doença em que me encontro em negação constante. Acho que já não estou magra. Não. Acho que estou gorda. Sim esta é a mais pura das verdades. Acredito piamente que estou gigante. Devido ao trabalho as pernas incham demasiado e não estou a conseguir processar que não é gordura mas sim inchaço e retenção de líquidos. Sinto-me nojenta. A bulimia tenta ganhar outra vez mas tenho conseguido fugir à essa saída fácil. Sinto mais uma vez que sou anoretica gorda e que as pessoas que sabem que sou ou que tenho esta doença me acham ridícula. Como alguém pode ser assim tão enorme e ter anorexia?
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A reviravolta lenta da minha vida e as suas consequências. Eis a sequência: despedi-me. Tentei (uma vez mais) a minha sorte naquilo em que queimei os meus neurónios e cêntimos. Deu para o torto. Dinheiro gasto. Desempregada. Apenas o Diogo a sustentar-nos. A terapia ficou para trás, mas não queria que o meu progresso ficasse por lá também. Arranjei um part-time. Fui despedida pela minha imagem. Arranjei um part-time no mesmo dia. Continuei durante 2 semanas a entregar currículos, como costumo dizer, até à morte. Fui entretanto a duas entrevistas de bolsas. Ao qual fico bem na tabela mas não suficientemente bem. Arranjei um trabalho. E a vida começa a entrar nos eixos. Mais dois meses de sufoco. Mais dois meses. A terapia ou melhor dizendo a sua ausência começa a deixar marcas. Sinto-me bem comigo porque sei o quanto lutei e que nunca baixei os braços. Sei que consigo puxar-me para cima mesmo quando ela teima a colar-me ao chão. Mas ainda não consigo voar. Aliás, para ser sincera ainda ando de gatas. A gravidade parece de Júpiter. As minhas pernas incham devido ao meu trabalho. Sinto-me enorme. Acho que engordei. Sinto-me pior na minha pele. Sinto-me feia. Nojenta. Mas tenho tentado ignorar o que a Ana me diz. Lutas do meu dia-a-dia.
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O lado bom das coisas. Despedi-me por aquilo que pensava ser o futuro. O sonho. O doutoramento. Lá está! Eu e a minha ideia de ser definida por aquilo que estudei, pelo canudo, pelo trabalho. Por razões pessoais, económicas e afins vi-me "obrigada" a desistir, pôr em stand-by, o que quiserem rotular. Pensei uma vez mais que não havia nada lá fora para mim. Arranjei um part-time que adoro. Encontrei uma outra coisa que me faz feliz e no tempo livre que tenho passo-o (ou pelo menos tento) comigo. A conhecer-me ao mesmo tempo que me dou a conhecer a pessoas estranhas que se vão estranhando passando a fazer parte da minha semana. Pessoas maravilhosas que me viram, olharam para mim e gostaram. Sempre que posso, passo algumas horas da minha semana a vaguear dentro de mim.
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Hoje é dia de dar graças. Deus (falo não em religião mas algo mais no sentido espiritual da coisa) tem-me mostrado que estou aqui por alguma razão. As batalhas que travo tornam-me mais forte, melhor. Estou aqui porque tenho muito que aprender. Aprender que não faz mal receber, que sou merecedora, que sou mais do que as minhas escolhas. Aprender a não me criticar de forma tão agressiva e depreciativa. Aprender que faço "coisas bem" e de valor. Aprender que sou bonita por dentro (e quem sabe um dia, por fora). Aprender a não pegar naquele pequeno erro e transformá-lo em tudo. Aprender a não me materializar. Aprender que sou uma pessoa cheia de qualidades e quando me proponho a algo sou capaz de tudo. Ainda me puseste cá para acabar com a minha impertinência e arrogância, do tipo "I know it all"... E entender que há coisas que não acontecem por acaso. Ah! E aquela que me tens mostrado vezes sem conta e que eu teimo em não me conformar... Que há coisas que não dependem de mim...
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Engordei e o caldo entornou-se
Estou farta desta doença. Estou farta da pessoa que sou quando ela me doma. O Diogo mentiu-me. E o resultado não foi bonito. Mas a culpa é minha. Mentiu porque eu não aguento a verdade. Porque a última vez que fui à nutricionista pesava mais umas gramas e o resultado foi chorar compulsivamente e cama às 18h. Mereço ficar sozinha. E se continuar assim vou acabar só, sem ninguém. A Ana não pára de me sussurrar "vais ficar e é bem feito"... Como a beleza de uma vitória se esfuma com o peso de uma derrota.
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Modalisboa e a minha "very first time on the job" Hoje trago-vos um tópico diferente. Porque ontem a Joana levou a melhor à Ana e estou em êxtase. No seguimento de um dos meus posts anteriores "eu sou mais do que a merda de um curso superior" (ou algo do género) e de outros acontecimentos menos bons que desenrolaram no início desta semana, o meu "saco" encheu. Estava farta de me sentir inútil, burra e discriminada. Estava farta de não baixar os braços e não haver nada para mim (como infelizmente não há nada para muito boa gente com um ou dois canudos dos meus)... Não sou de baixar os braços (a minha terapeuta diz que as anoreticas são insistentes por natureza só assim conseguimos levar a provação a melhor) e a ideia de estar a lutar contra mentalidades tacanhas, desemprego era demais para mim. Aí se aí menos não tivesse a Ana... Bem, então pensei, que posso eu gostar de fazer sem ser estudar o oceano? Desde o 7 ano, na primeira aula de CFQ que soube que queria ser cientista... Queria algo diferente, do dia para a noite, algo que me libertasse. Onde eu pudesse ser quem sou, sem trocar os piercings, vestir um vestido abaixo dos joelhos e onde pudesse ser livre. Lembrei-me de ser cabeleireira. Adoro cabelos. Adoro mudanças. Adoro conviver com pessoas. Mas nunca mexi numa cabeça sem ser a minha. Até ontem. No modalisboa, onde tive o prazer de fazer o penteado do desfile da talentosa Alexandra Moura (acho que estou apaixonada). Tudo começou com o meu querido amigo Pedro que me apresentou a tia, cabeleireira em Lisboa. Passei a ir uma manhã ou outra ver a arte de ser cabeleireira. Ela convidou-me para ir ao modalisboa, ia aos treinos e iria ajudar. A dar o material, segurar uns cabelos, achava eu. Sem nunca ter grandes expectativas mas nunca baixando os braços. Lá dentro fui igual a tantos outros. Sem medos, sem inseguranças. A primeira menina veio, sentou-se e eu esqueci. Esqueci que aquela era a minha primeira vez, que as miúdas são todas lindas e magras e que a Ana não parava de me gritar ao ouvido o quão gorda e falhada era. Fez-se silêncio. E eu estava só. Pela primeira vez, ela tinha desaparecido. Ou simplesmente eu estava num mundo onde sou demasiado forte para ela se fazer ouvir.. Quero dizer com isto para nunca desistirem. Vocês são mais que um curso, mais do que as coisas escolhas que têm feito. Vocês podem ser o que quiserem ser. Basta acreditar e nunca baixar os braços.
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"Joana primeiro precisas de te tratar e gostar de ti. Senão vais para baixo e levas todos aqueles que gostam de ti contigo." Estou cansada. Por vezes, gostava apenas de desaparecer e ficar sózinha. E não arrastar ninguém comigo. Sou tipo vilã da Marvel, podre por dentro.
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I'm a anoretic bitch
Puxaram o tapete. Ontem fomos almoçar fora com uns grandes amigos. Almoçar fora para uma anoretica leia-se nas entrelinhas pânico, stress. O problema é que esse sentimento transborda cá para fora logo, como um tsunami arrastando tudo e qualquer pessoa que esteja no caminho. A Joana não está sentada a mesa. O meu corpo está mas quem fala e age por mim é a Ana, a minha querida e inseparável companheira. Vêm as habituais perguntas ao empregado de mesa, seguido das habituais exigências e culminando nas nunca inexistentes dúvidas. Até que a comida pousa à minha frente a mente não pára e só piora depois disso. O humor muda, o sorriso de desaparece e dá lugar à puta da Ana. Nestes momentos ela dá-me dez a zero. Entendo o porquê de ser uma pária social e de não querem comer comigo. A minha doença mata toda a tranquilidade e boa disposição de um almoço tardio de sábado com os amigos. E eu assisto ao espectáculo montado por ela, lutando em silêncio para não arruinar tudo. Mas para quem mora e vive comigo todos os dias a verdade é esta "amor eu vivo a tua doença" e eu vejo isso. Vejo a frustração espelhada nos teus olhos. Vejo a pouca paciência a tomar mais vezes lugar. Sei que evolui. Sei que estou mais eu. Mas sei também que muitas vezes eu não estou aqui. E sei também que a paciência não é uma grandeza infinita. Daqui catapulto-me para a incerteza. A incerteza de aguentares, de me aguentares. Eis que chega a pergunta, que tantas vezes me insurdece a cabeça "como fui eu arruinar a minha vida?"... Escrevo isto publicamente aos meus amigos e conhecidos que fui alienando. Perdoem-me e guardem a imagem da Joana no coração. Porque ela, um dia, mais dia menos dia, regressa. E vem para ficar.
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O nosso dia-a-dia é feito de partilhas. E ontem aconteceu-me uma outra coisa maravilhosa, um outro feedback, uma outra opinião acerca deste blog e da minha partilha com o Mundo, ou pelo menos com quem tenha pachorra para os ler...
A verdade é que não tenho muitos feedbacks relativamente ao que para aqui escrevo e quando os tenho enchem-me o coração. Sei que, uma vez por outra, toco o coração por quem já passou por este ou outro problema psicológico e é por vocês (e por mim) que vos escrevo.
Vou tentar contar-vos aquilo que se passa para que entendam que esta doença tão ligada a imagem corporal por vezes está intrinsecamente colada à imagem psicológica que temos de nós. O que vos tento passar é que por vezes pensamos tão pouco de nós que escrutinamos o nosso físico, mas isso é só o que os outros vêem, a verdadeira destruição vem de dentro.
Não me considero uma pessoa fútil, sim sempre liguei á imagem mas na realidade nunca foi algo que me preocupasse. Até porque nunca me achei bonita. Aliás tenho aquela ideia de mim, de ser aquela rapariga que passa despercebida no meio de meia dúzia de "gatos pingados". Não tenho nada que me distinga. Porque como tantas outras pessoas que conheço a beleza passa despercebida ao primeiro olhar, sendo preciso um olhar mais atento. Olhar para dentro. Sempre achei (e acho), sem qualquer ponta de ciúme ou inveja, que as minhas amigas era mais bonitas do que eu. E isso sempre me fez feliz, estar rodeada de beleza.
Tive uma infância complicada. Saí de casa aos 17 anos, ainda com poucos pêlos púbicos psicológicos, aprendi mal ou bem a safar-me sozinha, Tornei-me uma pessoa desapegada dela própria e de qualquer emoção mais pura que me pudesse fazer feliz mas ao mesmo tempo destruir. Achei e construí-me com base na minha inteligência. Nada mais importava, se era feia, gorda ou estúpida, Era inteligente, tinha um futuro brilhante á minha frente. Apoiei-me nisto como se fosse uma verdade absoluta. Não, mais do que isso, como se fosse a minha verdade absoluta. Nada mais poderia ser válido. Apenas isto.
Formei-me, dei o litro. Trabalhei 12 horas/dia, 6x por semana para ser Mestre. E quando finalmente acabei, não havia nada. O meu cérebro não me safou. A minha vida, o meu sustento emocional ruiu. Tudo aquilo que achava de mim, aquela única coisa que me susteve desapareceu. Senti-me nada, ninguém. O controlo, a organização que tinha nunca existiram mas aguentei-me assim durante a minha vida toda. Cresci sozinha, sem perceber ou alguém para me dizer que eu era (tão) mais do que isto.
Quis morrer. Quis desaparecer. o controlo que tinha pela comida dava-me algum alento, fictício, percebi eu meses depois quando aquela única coisa que controlava, tornou-se aquilo que me controla. A minha mente que tanto prezava e que tanto abusei, traiu-me. E deu lugar aquela amiga que sempre cá esteve, e que sempre deitava abaixo.
A minha anorexia nasceu da necessidade de controlo. Ter algo na minha mão que pudesse controlar. Estou a aprender que não há nada nesta vida que seja plenamente controlado por nós. Porque quando pensamos que esta merda só acontece aos outros, porque somos inteligentes, isto ou aquilo, quando temos o rei na barriga, haverá algo sempre que nos fode (falando o bom português).
Estou a aprender que sou mais do que brains. Que valho mais do que a merda dos cursos superiores que tenho. Que apesar de tudo, sou lutadora. E que tenho o que é preciso para ultrapassa isto e ajudar quem me quiser "ler" pelo caminho.
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Have some faith and pray ❤
"Sou perfeita, alegre e forte,
Tenho amor muita sorte.
Sou feliz e inteligente
Vivo positivamente
Tenho paz, sou um sucesso
Tenho tudo que eu peço
Acredito firmemente
No poder da minha mente
Porque é Deus no subconsciente.
EU ME AMO"
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As férias estavam (e estão) a correr às mil maravilhas. A Ana estava comigo claro, mas estava a conseguir ignorá-la na medida do possível. Provei até uma fruta sem ler exaustivamente sobre ela (aqui a NET é uma porcaria) mas pronto uma vitória. Os dias foram passando e a minha força está a esmorecer. Estou em pânico. Acho sempre que como demais. Acho que estou enorme e que estou a engordar aqui. Não posso exercitar-me como deveria tornando a Ana quase ensurdecedora. Dei por mim hoje na piscina, onde qualquer pessoa estaria relaxada e feliz, a pensar que só comi e fiquei deitada na toalha a engordar. E toda aquela sensação de relax foi-se, dando lugar aquela sensação miudinha que me acompanha. O espelho está (cada vez mais) de mal comigo. E eu preciso de ti. Preciso tanto de ti meu amor.
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Tive uma conversa produtiva com o meu pai. Ele disse-me basicamente que sei como eu de sair desta. Que sou inteligente e conheço a comida. Que como aquilo que sei que quase não tem valor calórico e morro de medo daquilo que tem. Mostrou compreensão. O que eles não sabem é que apesar de eu saber isto tudo e, não não é nenhuma desculpa nem nenhuma tentativa de me vitimizar ou de ser a "coitadinha", é que apesar de saber isso tudo não consigo comer uma banana minúscula sem depois fazer 30 minutos de cardio explosivo. Que cada vez que não ando ou fico mais parada me sinto gigante. Que cada vez que me olho ao espelho a imagem reflectida não é a minha, mas a da Ana. Sei que a solução mora em mim mas também sei que não está acessível, não é fácil de executar. Não sou burra nem teimosa. Apenas tento explicar que o que é fácil, intuitivo aos vossos olhos para nós é uma luta constante. Que o que para vocês é tomado como certo, tipo verdade absoluta, para nós é o bater do pé contra nós próprios. Morro de medo de engordar porque me vejo gorda. Porque quando me "olho" não me vejo. A nossa imagem é a projecção de todas as angústias, todos os medos, todos os devaneios. E quanto mais eu luto mais ela luta, e andamos assim juntas em constante braço de ferro, uma com a outra, ou melhor dizendo comigo mesma.
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