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Sara Fujimura
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Sorry for the lack of art lately 😭 but here’s a quick namor that I did yesterday!
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“These hands had to let it go free, and this love came back to me”
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Sinto que não tenho mais controle dos meus pensamentos, minha mente tem sido minha destruição. Há tanto caos aqui dentro, uma guerra constante que me faz desejar apenas o silêncio absoluto.
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“Tem coisa que dá vontade de viver de novo. E de novo. E de novo.”
— Clarice Lispector.
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03:01 - 26/10/20
Fiquei te olhando quando você estava concentrado nas cartas de baralho, e voltei no tempo, numa lembrança gostosa. Aquela sensação de te desejar. Desejo sem dúvida é algo que fica pairado sobre nós. Desde o primeiro instante que nos olhamos. Não é um simples sentimento passageiro que vai e volta quando bem quer, é algo que ficou grudado em minha pele desde o primeiro beijo. Não consigo me livrar disso. Não consigo esquecer o teu olhar sobre mim, na noite que pela primeira vez você me viu sem armadura. Nua e excitada, você me devorava com os olhos, como um leão esperando comer a presa. E você me devorou, com seus olhos e boca, você provou o gosto do desejo. Foi a primeira vez que me senti desejada. Foi a primeira vez que senti tua boca entre as minhas pernas, que senti o teu desejo nos teus lindos olhos castanhos. Hoje, aqui no sofá de casa, te desejei tão absurdamente que senti tua boca em todos os lugares do meu corpo e isso me fez perceber que te desejar dói, amor.
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23/10/2020 - 01:53
As vezes sinto que tudo ao meu redor está em constante movimento. Nunca para. Nunca tira descanso. E eu, somente eu estou “parada”. Sem sair do lugar, sem nenhum um passo à frente. Estagnada feito uma pedra. Sempre foi assim? Não me lembro de me sentir assim antes, quando falo antes, falo do tempo que eu tinha aquela determinação de ser tudo. Ser destemida. Eu achava que eu era assim, mas percebi que na verdade, sempre estive no mesmo lugar. Mas isso não é a toda verdade. Preciso todos os dias ir mais a fundo em mim, ir de cabeça no abismo do meu coração pra perceber que dentro de mim sempre esteve em movimento. Que no meu lugar, “parada”, mudei coisas que imaginava que não conseguiria mudar, que “o movimento” que eu sempre esperava, já estava acontecendo sem eu me der conta. O movimento minimalístico era na verdade grandioso. Comecei a me enxergar como um ser imensamente infinito e destemido. Eu sou grandiosa. Eu que fiz acontecer. No ordinário do dia a dia, nas pequenas coisas que em cada momento dei meu primeiro passo. Isso me faz lembrar que quem me fez enxergar isso foi Deus. Simples, puro e clichê. Ele me mostrou que eu era capaz de ser extraordinária, “porque vós sois o meu apoio, exulto de alegria, à sombra de vossas asas”. Eu quero continuar “parada” eternamente de baixo de Suas asas, de ser grandiosa no ordinário dos meus futuros dias.
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