h0lyman
h0lyman
⚔️ * 𝖢𝖠𝖳𝖢𝖧 𝖠 (𝖡𝖱𝖤𝖠𝖪);
157 posts
𝐀𝐁𝐑𝐀𝐇𝐀𝐌 𝐕𝐀𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐒𝐈𝐍𝐆, é você? Ah, não! Desculpe, é apenas 𝐿𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑛 𝐹𝑢𝑙𝑙𝑒𝑟. Nunca pensei que alguém com 30 anos pudesse ser professor universitário, antropólogo e arqueólogo ao mesmo tempo. Nem só de caça aos vampiros se faz um homem, não é mesmo?!
Don't wanna be here? Send us removal request.
h0lyman · 3 years ago
Text
   “mas ei você, por acaso, está apaixonado por alguém?” perguntou de uma vez, sem rodeios, apenas para que pudesse se certificar. não era de se meter na vida amorosa das pessoas, até preferia não entrar naquele contexto pra que não conversassem sobre consigo. alaska não entendia nada de romance e era péssima dando conselhos de modo geral. “não quero me meter na sua vida nem nada do tipo, e se não quiser responder, tudo bem. só perguntei porque se você tem interesse real em alguém, ler essas coisas é só perda de tempo. não faz diferença se os signos combinam ou não.” explicou, dando de ombros por fim. “mas aqui diz que se você quer saber coisas mais específicas, precisaria fazer o seu mapa astral. mas parece ser um baita trampo, você tem que saber até a hora que nasceu.” quem sabia isso? “mas se quiser, eu posso fazer o seu.”
Tumblr media
.
A pergunta o fez fechar a boca imediatamente, olhar de canto de olho e parar até de respirar por um momento. Bom, se ela tivesse dúvidas antes de estar diante daquela reação, com certeza agora estariam todas sanadas.  “Apaixonado não.”  Admirado, talvez... Interessado? É, pode ser, seria o mais prudente a falar, mas como sua mente sempre lhe traía, ele apenas pensou e não falou, fazendo caras e bocas enquanto ponderava internamente. Até que felizmente percebeu! Olhou para a outra meio sem jeito e então soltou o ar entredentes.  “Só fiquei curioso, não sei...”  Fez uma careta prontamente, suspirando alto.  “Ultimamente ‘tô precisando de reafirmações sobre minhas próprias opiniões, o que é muito humilhante até pra mim, então... Talvez sim, eu esteja interessado em alguém e, I don’t know, achei que isso poderia me deixar mais conformado com alguma coisa dentro de mim.”  Balançou a cabeça no mesmo instante em que terminou de dizer aquilo.  “E, bom, eu até diria o horário e data que nasci, mas a verdade é que nem eu sei. Acho que os astros não explicariam direito as coisas se eu usasse o horário e data de quando fui deixado no orfanato, porque aí não seria eu, né?! Além do mais, nem se o signo combinasse acho que estaria correto.”  Sem querer perceber, começou a explicar.  “Essa pessoa não tem a mínima paciência comigo, sabe.”
Tumblr media
55 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Permitir-se a novas experiências era uma requisição de seus pais, mas sabia muito bem que era só uma maneira de controlarem de novo a vida dele; o que, claro, nunca aconteceria. Contudo, os colegas de trabalho o chamaram para um karaokê e lá estava ele permitindo-se em cima de um mini-palco para cantar. Pois bem, Lincoln não tinha qualquer talento para isso, mas deveria se divertir, sim?... Os estalos que seu coração deu no momento em que o segundo, seu dueto, se aproximou, o deixou um tanto quanto inquieto, afinal que tipo de súbita pressão era aquela que sentia na presença do outro? Não era normal, mas, enfim, o quê era ali em Storybrooke...
O professor ficou encucado com o que ele queria dizer com aquelas palavras, mas arregalou os olhos e girou a cabeça para fitar outro espaço, com medo do contato visual que o mesmo lhe instigou. Entretanto, após retomar a vista para aquela figura intrigante, Lincoln respirou fundo e soltou o ar devagar, o peito subindo e descendo à medida que o fazia. Com algumas piscadas, ele espremeu os olhos por fim para incitar o duelo com o outro  - estava e sentia-se mais destemido ao dizer as próximas palavras:  “Que o melhor ganhe, então!”  Agarrou prontamente o microfone, sem tirar os olhos do outro, e ergueu o queixo.  “Não vou pegar leve com você, espero que saiba.”
Tumblr media
@h0lyman​
Roxanne era a responsável por arrastá-lo até aquele tal de “karaokê” que as pessoas subiam em palco para proverem entretenimento gratuito de música. Por vontade própria? Oras, aparentemente elas até pagavam para se apresentar para outras pessoas. Que coisa terrível e distorcida era a realidade humana. Mas devia admitir até que estava gostando do ambiente, e a comida e bebida humana não era tão desprezível. Estava aproveitando com tranquilidade sua posição discreta enquanto os outros seres frágeis se humilhavam para si (até se sentia na corte outra vez!) quando o “round competitivo” foi chamado; aparentemente, duas pessoas subiam no palco e competiam num dueto; ao final, quem recebesse mais palmas ganharia uma rodada para sua mesa. E aquilo não o interessaria se não visse o pobre coitado que foi arrastado para o palco pelos amigos: Van Helsing. Quer dizer, uma versão esquisita dele, mas os laços de inimizade que tinham era mais forte que tudo, até que o véu da maldição. ❛❛ —- Humano desprezível. ❜❜ é claro que Van Helsing tinha um pesar a mais em seu coração e, para tanto, o adjetivo caiu em peso, enquanto Cain se erguia de sua mesa e assumia o posto do segundo competidor. ❛❛ —- Claro que tinha de ser você o meu desafiante. Em todas as realidades e histórias, nós temos de nos encontrar como rivais… ❜❜ comentou de forma dramática, o olhar fixo no homem que um dia travou tantas lutas sangrentas consigo, enquanto esperava que ele se acomodasse frente ao próprio microfone. ❛❛ —- Venha, vamos travar uma batalha até a morte nesta jukebox interativa! ❜❜
Tumblr media
1 note · View note
h0lyman · 3 years ago
Photo
Tumblr media
@h0lyman 
9 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
“Porque iria lhe contar alguma coisa? Eu não conheço você. Não sei se está a favor de mim ou contra mim.” Ela levou o seu café aos seus lábios, assentiu com a cabeça enquanto ouvia atentamente o homem “E quem disse que eu ignoro? Eu disse para você ignorar. A não ser que lhe aconteceu algo parecido, aí digo para não ignorar porque esta cidade tem sérios problemas….O esteriotipo de cidades pequenas e seus problemas afinal é bem verdade.” Deu uma risada baixa, colocando-se confortável e cruzando as pernas “Okay. Eu tiro-lhe as duvidas. Mas tem me dar algo em troca….Me fale sobre você, sobre as suas suspeitas desta cidade e  seu interesse por mim.”
Tumblr media
FLASHBACK.
Ele não queria se prolongar mais no assunto, afinal já estava cansado e odiava discussões sem sentido. Mas, claro, não podia simplesmente ignorar o que ela falava, pois se estavam ali para conversar, então que o fizessem. Apenas deixou que ela comentasse o que precisava para que só aí pudesse concluir algo do papo.  “Talvez se você não fosse tão defensiva de forma desnecessária, pudesse ler o espaço e entender que eu não quero ser seu inimigo aqui. Na verdade, esse é o ponto principal da conversa, Hope.”  Proferiu o nome dela com ênfase, franzindo o cenho antes de relaxar, por fim. Ele mesmo não ficaria na defensiva por conta disso, então apenas suspirou.  “Mas não te culpo, muita coisa aconteceu, não deve ser fácil se ver presa em uma cidade como essa e muito menos nas circunstâncias já vividas. E, sim, essa é uma bela de uma cidadezinha nada pacata.”  Arqueou as sobrancelhas no que disse aquilo.  “Uma troca verbal?”  Pendeu a cabeça de lado, curioso.  “E de que adiantaria eu falar sobre mim no geral, se você estiver mentindo no final das contas? Sem contar que eu também posso mentir.”  Naquela brincadeira, Lincoln se inclinou sobre a mesa e riu.  “Bom, acho que vamos ter que confiar um no outro. Que tal começar assim?”  Pegou uma das torradas e a levou para a boca, agora sentindo-se satisfeito de fato. Antes de continuar, sacudiu as mãos uma na outra para limpar as migalhas.  “Eu não vou falar nada por livre e espontânea vontade a menos que você me pergunte algo, então... Faça as honras.”
Tumblr media
7 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Experienciar coisas dentro de Storybrooke que nunca teve fora dali não era mais um medo ou receio, sequer chegava a ser uma preocupação. As coisas na verdade fluíam daquela forma estranha e Lincoln aprendera a se dar bem com aquilo, de que era isso e não tinha mais o que fazer sobre; lide ou morra lidando, pensava. Contudo, imagens vívidas de uma noite que lhe rendeu uma manhã com dor de cabeça, como se realmente estivesse de ressaca, além de um coração batendo no peito acelerado assim que acordou, foram situações nada cotidianas do professor. 
Como agora tinha uma moradia lotada de pessoas das quais sentia-se insatisfeito de dividir a casa, Lincoln, embora parecesse emburrado noventa por cento das vezes, gostava da atenção que agora recebia não só da intercambista alojada em um de seus quartos de hóspede, como também dos pais. Queria não sentir falta deles, mas era irremediável, e, não apenas isso, mas a sensação de que estavam ali por algum motivo o atormentava dia e noite. E não era só por isso também que estava no mercado fazendo as compras básicas de casa, era porque felizmente aquele era o único momento do dia que podia tirar para ficar sozinho. Ou assim pensou...
Estava ouvindo de fundo no rádio do estabelecimento a melhor música dos anos 2000, sem contestações, em que estranhamente era super afim de escutar, por mais que fugisse completamente de seu gosto musical. Bom, talvez aquela música fosse uma das coisas consideradas guilty pleasure de Lincoln e que ele jamais admitiria para ninguém, mas como sentia-se uma boa dona de casa fazendo as compras ali, entrou no transe e começou a cantar super baixinho enquanto via na prateleira alguns itens de higiene.  “Some people never get beyond their stupid pride, but you can see the real me inside. And I’m satisfied...”  Os sussurros prolongaram diante da música, mas foram gradativamente aumentando o tom quando ouviu seu sobrenome ser chamado do outro lado do mercado, fazendo-o arregalar os olhos ao mesmo tempo em que virava o rosto, assustado, mas seguindo o ritmo:  “Oh noooo...”  E só parou de cantarolar quando Celia já estava praticamente arrancando sua cabeça com os olhos. Lincoln não podia se esquecer de manter a postura, mesmo diante do sonho da noite passada ter sido o mais ardente possível que já tivera em anos, porque ela não sabia disso e ele jamais iria contar, nunca, nunquinha! Só que o questionamento dela foi tão avulso que de repente teve uma súbita ideia que até percorreu sua mente, mas- não... era muita maluquice aquilo. Ele inclinou então o rosto de lado e a olhou confuso.  “Seu brinco? Esse brinco nem é seu.”  Ou pelo menos assim pensou, porque por mais old fashioned que fosse, ele também era capaz de entrar nas tendências joviais  - embora não fosse lá tão velho assim -, então por quê não furar a orelha e usar brincos de agora em diante?  “Eu ‘tô buscando uma nova identidade pra mim e ela exige que eu use joias.”  O que estava falando, afinal? Ele nem se lembrava de ter colocado um brinco, que dirá aderir um raciocínio fashionista para si. Só que após dizer aquilo, os olhos recaíram sobre a figura de Celia e pode estudar bem o rosto dela, não só pela ‘nostalgia’ do sonho, mas porque ela carregava o exato mesmo par que ele na própria orelha... Que absurdo! Sua mão sequer aguentou de erguer e apontar pouco discretamente para a cara dela enquanto ele dizia:  “É igualzinho o meu.”
𝒍𝒐𝒔𝒕 𝒅𝒊𝒂𝒎𝒐𝒏𝒅 . ˖˳ ₊ @h0lyman
Tumblr media
Celia estava muito irritada. Havia perdido seu brinco favorito, que tinha um lindo diamante rosa de três quilates, presente de seu falecido marido. Era um exagero andar com uma fortuna na orelha? Claro! Mas o que na vida de Sugar Plum não era um exagero? Se tinha a vantagem de ser podre de rica naquela vida medíocre de Storybrooke, pelo menos faria bom uso de seus luxos. E se fosse assaltada ainda lançaria um feitiço sobre quem ousasse chegar perto dela! Porém não podia lançar um feitiço em si mesma e já tinha revirado a casa inteira atrás do maldito brinco, tinha até feito um pequeno encantamento de encontrar objetos e nada, o que significava que não estava na casa e ela provavelmente havia deixado cair na rua sem perceber. Um diamante! Lindo, valioso, delicado e discreto. Não era o único diamante que tinha, mas era seu favorito, mesmo sendo bem menos espalhafatoso do que outros brincos que guardava em seu cofre.
Irritada, e sem esperanças de encontrar a jóia perdida, ela seguiu com o dia. Precisava urgentemente fazer mercado e compras sempre a animavam, então lá estava ela, enchendo o carrinho de ingredientes para doces e confeitos, quando viu bem de longe o que mais queria naquele momento... Lincon Fuller. Ou melhor: seu brinco na orelha de Lincoln Fuller. Tinha certeza que era o seu, até porque ele estava usando apenas um (e na orelha oposta à que ela ainda tinha o seu!) e porque aquele diamante rosa era inconfundível.
Por que aquilo estava acontecendo com ela? O universo não cansava de lhe fazer passar por provações horríveis? Ugh. Ele era bonzinho demais para roubar algo, então com certeza havia encontrado em algum canto. O porquê de estar usando era um mistério, já que não parecia fazer seu estilo, mas a deixou furiosa. Isso porque no sonho da outra noite, em que era uma adolescente boba, ela havia se declarado para o idiota e deliberadamente entregado seu precioso brinco para que ele tivesse uma prova de sua declaração. Quão brega isso poderia ser? (A irritava ainda mais pensar que isso era algo que a Celia de 30 anos também faria. Culpa de John Hughes e da maldita cena de The Breakfast Club! Maldita Molly Ringwald com seu charme romântico que a fazia querer ser do mesmo jeito! Malditos humanos e sua ficção, suas músicas, seus hormônios!!!!)
Se ela fosse um pouco mais prudente, a cena seguinte não aconteceria. Mas a Pierce estava furiosa e de certa forma queria entender toda aquela coincidência. Olhando agora ela lembrava de tudo com detalhes suficientes para saber que nas imagens de seu subconsciente ele tinha colocado o brinco naquela mesma orelha. Por quê? Que diabos! Antes que pudesse se controlar ela gritou, ignorando as pessoas em volta e seu rosto vermelho de fúria e vergonha. "Fuller!" largou seu carrinho, indo até ele em passos apressados "O que meu brinco está fazendo na sua orelha?" perguntou, subitamente consciente do fato de que o rabo de cavalo que usava deixava aparente a falta da joia a que se referia em sua própria orelha. Devia ter colocado outro par no lugar daquele, mas estava tão distraída que nem pensou nisso.
1 note · View note
h0lyman · 3 years ago
Text
“Jura?!”  A careta que fez foi, de certa forma, bem preocupante, mas não era como se de fato acreditasse nisso... O problema é que as coisas estavam tão fora de lugar que até sua cabeça processar que ‘ele não ligava’, nada disso faria mais sentido.  “Esse negócio de lua, ascendente, água, fogo... Não ‘tô botando muita fé nessas lombras aí, mas quais as outras coisas que tem? Sem ter que depender dessas tralhas todas.”  Levou um dedo aos lábios, curiosamente se impedindo de falar mais bobagens sobre aquilo. Bom, agora que já estava ali, o que era um peido para quem já estava cagado?  “Já faz uns bons anos que não leio nada desse tipo, tipo desde que era adolescente mesmo, porque não confio, mas nos momentos de tédio”  Ou melhor: desespero!  “a gente busca de tudo pra se entreter.”
Tumblr media
  “aqui diz que o signo de vocês é incompatível e que se tentassem ficar juntos o relacionamento seria, no mínimo, bem bagunçado.” dizia alaska, como se acreditasse naquela soma de palavras sem o menor sentido em uma página qualquer da internet. só deus para traduzir tudo o que havia lido, sua cabeça estava a ponto de dar nó. “aparentemente tem alguma coisa a ver com a mistura de água, ar, fogo… sei lá. não sabia que astrologia tinha virado avatar.” deu de ombros, rindo. ainda tentando decifrar as informações para passá-las para muse o menos confusas possíveis. o problema era que sloan não entendia nem metade do que estava lendo. “mas aqui também diz que você vai precisar levar outras coisas em conta como: a lua e o descendente. por deus, eu não consigo entender uma única palavra, isso tá em grego?”
Tumblr media
bônus: responda com ( 🥋 ) para um starter fechado com juno ou ( 🌺 ) para um starter fechado com selene.
55 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Felicidades genuínas eram raras na vida de Celia. Era um preço a se pagar por ter escolhido a vingança e a magia negra e honestamente ela até evitava momentos muito bons pois sabiam que estes a fariam duvidar de suas escolhas. Mas que mal fazia deixar a imaginação florescer em um sonho? Não se manda no subconsciente, nem mesmo as criaturas mágicas tem esse poder. Então ela permitiu que acontecesse, tão doce que jamais poderia ser realidade!
Lincoln a beijava como se o mundo não existisse. Talvez fosse daquele tipo de beijo que tanto falavam os filmes, livros e músicas: o tipo inesperado, de toques ávidos que ardem na pele. Ela apertava o abraço, intensificando o contato mais, mais e mais, sem pensar em nada. Seus palmos percorreram caminho pelos ombros desnudos do homem, como se quisessem memorizar a textura de sua pele, como se precisasse lembrar disso depois.
A resposta para sua pergunta a pegou de surpresa. Era a primeira vez que não se sentia confusa na presença dele, mas a certeza era tão assustadora quanto a dúvida. Ela não era experiente com sentimentos, não os conhecia de perto, não sabia como proceder a eles. Tudo em sua vida era cerceado de truques e pequenas manipulações, mas de repente… Era apenas uma mulher encontrando um homem; ou melhor, uma garota encontrando um garoto. Deixou escapar uma exclamação surpresa quando ele a puxou mais para perto e sorriu, uma de suas mãos indo até o rosto masculino, o polegar traçando a linha de seu maxilar. “Idiota.” sorriu, sendo aquele seu jeito de se expressar. “Vamos ficar aqui sonhando por um bom tempo, então.” concluiu, antes de obedecer ao pedido como tanto queria. Dessa vez o encontro de lábios começou mais cálido, testando o terreno, mas logo tornou-se mais intenso. Tudo era tão real! Seu cheiro, o gosto das balas de morango que ela sempre carregava consigo e que agora pertencia a ele também, a textura de seus curtos cabelos macios. O sonho mais real que ela já tinha tido, que poderia durar uma eternidade. “Espera!” interrompeu de repente, percebendo que se não dissesse agora não diria nunca mais. “Quero que você fique com uma coisa. Pra a trégua não morrer aqui.” falou, subitamente pensando em sua reputação na escola, seu namoro com Pierre e todas as coisas que precisaria resolver caso aquele momento de uma noite durasse até o dia seguinte. “Me dá a mão.” pediu enquanto tirava um dos brincos da orelha.
Tumblr media
“Isso é uma promessa de que não vou fingir que nada aconteceu.” continuou, mesmo estando envergonhada. Queria que aquilo fosse um novo começo, nem que fosse de uma amizade, e não poderia deixar que seu ego a fizesse ignorar esse desejo. “Não perca, ok? É meu favorito.” riu baixinho, aproximando seus rostos mais uma vez. O que quer que estivesse fazendo, queria continuar. Merecia aquele tipo de felicidade de vez em quando.
Tumblr media
.
Era difícil dizer se era parte de seu sonho, desejos reprimidos ou a influência que ela teve nos últimos meses, mas sentir-se desejado daquela forma e internamente sentindo genuína atração, era algo que ele não esperava minimamente ter por Celia. Se levasse em conta as vezes em que se desentenderam, as situações de barril que foram enfiados e momentos que agora via que foram perdidos à toa, Lincoln não tinha só uma, duas ou três razões para querer se afastar dela, mas muitas. Antes mesmo do momento em que seus lábios se encontraram novamente em um beijo terno, ele derreteu com o apelido, o sorriso se abrindo instantaneamente.  “Melhor assim.”  Lhe confirmou em um sussurro após sentir mais uma vez cada toque pelas reações eram, obviamente, especiais para si  - tanto que até um arrepio lhe percorreu a espinha quando o contato das mãos alheias se mesclava aos dele, trabalhando em uníssono por uma experiência prazerosa.
Contudo, a instigação foi brevemente cortada quando ela se afastou não muito de seu rosto, fazendo com que a olhasse confuso. Não era bem pelo que ela dizia, mas pelo que significava aquela fala. Ela queria que não acabasse mesmo? Os lábios entreabertos se comunicaram com a expressão incerta de Lincoln, que estudou os cabelos loiros e olhos claros com cuidados, sem perceber, no entanto, o que ela pretendia. Estava imerso nela e em suas feições, praticamente incapaz de retirar os olhos de Celia, quando fora interrompido mais uma vez do transe. E então a obedeceu, esperando que ela colocasse o brinco na palma. Parecia bobo que estava rindo daquilo? Porque de repente o sorriso se abriu mais uma vez, analisando a joia antes de voltar para o semblante alheio. Ele segurou firme antes de sentir por mais uns segundos o contato entre eles, as bochechas ardidas pelo sorriso que não queria descansar. 
Lincoln repetia internamente várias vezes que aquele era o melhor sonho que tivera em anos, e por isso faria valer a pena enquanto podia. Portanto, quebrou o contato breve o bastante para que simplesmente pegasse o brinco da mão e o colocasse em sua própria orelha, sem ter coragem de retirar os olhos de Celia um segundo.  “Eu prometo que essa é nossa trégua.”  E então retornou as mãos para segurar a cintura dela.  “Não queria ter que sair daqui, por mais que a gente esteja preso no momento. Por mim esse banheiro virava nossa casa. Aqui”  Deu uns tapinhas na banheira atrás de si.  “é a cama. Ali”  Apontou para a privada com a tampa abaixada.  “é a mesa para refeições.”  Suspirou brevemente após o riso que se permitiu dar, tão bobo que até se divertia com as coisas que dizia. Se desencostou da banheira por um momento para que abraçasse o corpo dela mais próximo de si, voltando a estudar as feições dela.  “E esse seria nosso mundo particular. O que acha?”  Que Jesus não o empurrasse, porque ele já estava na beira. Lincoln parecia vislumbrar nem que fosse uma proximidade repentina com alguém que até poucos minutos atrás não se entendia. Contudo, jogar as verdades na mesa fez com que ele ficasse um pouco mais sonhador. Será que era um crime se apaixonar por isso?
15 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
O que havia em Lincoln que tornava Celia tão susceptível às suas opiniões? Sabia que muitas pessoas a odiavam, tanto em seu dia a dia normal quando naquele universo de sonho. Era bonita, popular, namorada do quarterback (que, bem, no fundo era odiado por todos ali) e não fazia a menor questão de ser uma boa menina. Colecionava inimigos onde quer que passasse e nunca se importava com eles, muito pelo contrário. Mas aí surgia Lincoln Fuller. Ele a deixava confusa, insegura, uma verdadeira boba. De repente ela, logo ela, que era uma mulher tão vaidosa, poderosa e cheia de si, se pegava trocando de roupa várias vezes, avaliando seu estilo, seu jeito de se portar. Tudo porque queria ser gostava. E, argh! Queria ser gostada logo por ele!
O que ele tinha demais? Ela o olhou enquanto ele falava, assistindo seus ombros se mexerem levemente, a expressão relaxando antes das próximas palavras. Mais uma vez ele a confundiu com aquela fala e ela apenas suspirou pesadamente, resignada. Estava cansada daquele joguinho. “É… Deve ser isso.” disse, sem convicção alguma na voz. E lógico, como uma brincadeira do universo, ele a flagrou encarando e segurou o olhar. Celia quis desaparecer diante da intensidade daquele olhar, mas continuou ali, quieta e entregue, enquanto ele se aproximava, a pele suave de seu rosto parecendo formigar onde ele tocou. Era tão óbvia a maneira com que seus lábios se entreabriram e sua respiração perdeu o ritmo, que mesmo que ela dissesse as palavras mais feias do mundo, jamais conseguiria convencer qualquer um de que não queria ser beijada por ele. Às vezes tudo o que queria era ser frágil com alguém; ser enxergada da maneira certa, sem jogos, sem feitiços, sem atração exagerada. Às vezes queria apenas que sua suavidade fosse vista apenas como uma característica e não como uma fraqueza. Era exatamente assim que se sentia com ele, e talvez esse fosse o grande problema. 
Mas estava em um sonho e não iria se prender a seus medos. Seus olhos se fecharam e ela derreteu naquele beijo, um suspiro baixo fugindo de si ao mesmo tempo em que seus braços enlaçaram o pescoço masculino, aproximando-os até que ela praticamente estivesse no colo dele. Pouco se importava com o namorado perfeito, a popularidade, a festa lá fora - se fosse mais longe ainda, nem mesmo com a maldição e o que aconteceria na manhã seguinte, quanto acordasse e tudo não passasse de um delírio de seu subconsciente. O importante era beijá-lo como teria feito no Ano Novo se não fosse a interrupção e como teria feito outras vezes se não tivesse certeza de que ele a odiava. Se não o odiasse de volta.
Tumblr media
Quando o contato foi terminando e ela se deu conta do que estavam fazendo, a ficha caiu. Se seguisse seu plano anterior, aquele era o momento em que deveria xingá-lo, humilhá-lo, brigar com ele, dizer qualquer coisa que o fizesse nunca mais querer vê-la em sua frente. Contudo, ela apenas o olhou, sem sair de onde estava, e suspirou pesadamente. “Não vou te xingar.” disse “Ou melhor, vou sim. Você é um idiota! E me deixa confusa!” continuou, com um bico emburrado se formando os lábios. “O que quer agora? Dizer que sou uma otária por não estar com raiva de você?” concluiu, na defensiva.
.
Talvez fosse uma coisa de sua cabeça ou mesmo uma idealização muito supérflua do que desejava e ansiava ter em uma relação com alguém  - e, especificamente, com Celia, já que ela estava ali inserida em seu sonho de alguma forma que ele não era capaz de explicar ainda -, ainda não sabia definir o que era tudo aquilo, mas o que quer que fosse deixava a boca de seu estômago nas alturas; as famosas borboletas. Era isso que deveria ter sentido um mês atrás proque era disso que precisava naquele momento, de poder mostrá-la a gentileza em seus atos e a forma física com que queria senti-la. Tudo em seu contato tentava se explicar, se desculpar, buscar mais dela para si, como se o tempo estivesse para acabar.
Assim que ela se envolveu sobre ele, rapidamente abraçou-a pelas costas, tocando sua pele por sobre o tecido que a mesma trajava. Passeou as próprias mãos pelo pescoço alheio até descer pelos braços, alcançando em seguida sua cintura e só aí sentiu o contato se desfazendo pouco a pouco, não se distanciando dela o bastante para que não sentisse a respiração da mesma  - enquanto a sua própria ainda ofegava por mais. Mas permitiu que ela falasse; talvez estivesse precisando desabafar um tanto, e ele a ouviu atentamente, sem jamais interrompê-la. Queria entender as motivações de Celia tal qual sua inconformidade, de modo que pudesse tentar desfazer o desprezo que ela sentia por ele, afinal, não tinha sido a melhor das pessoas para ela desde o início. 
“Não...”  Ele começou, a voz ardida pela rouquidão que havia se formado. Estava sedento para que aquilo não parasse mais, por isso levou uma das mãos para alcançar a nuca alheia outra vez, esticando a própria coluna para que ficasse mais confortável a aproximação.  “Eu quero que quero que me beije de novo, Celia, e não pare.”  Suspirou brevemente para que coubesse mais fala em sua sentença, concluindo após retomar o contato firme do braço ao redor da cintura dela, de forma que a mesma fosse obrigada a se colar com ele mais uma vez.  “Porque se isso é um sonho, eu não pretendo acordar.”
Tumblr media
15 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Se paz significava morrer para cessar qualquer preocupação que sentia agora e uma confusão extrema que habitava em sua cabeça, então que assim o fosse  - só não sabia como fazê-lo ainda... Lincoln, na realidade, estava perdido emocionalmente, mas quando em um segundo estava vestido para uma festa, no outro, de repente, assim que saiu da casa de Viktor, o ar rapidamente mudou e céu ruiu com uma chuva que começou a gotejar segundos depois. Um estrondo foi ouvido à distância e lá estava ele, em sua realidade novamente. Tinha sido só um sonho, afinal de contas? Nada do que havia feito até poucos minutos atrás tinha sido verdadeiro? Não... ele não queria acreditar que havia sonhado com tudo isso; com Celia. Pareceu muito real, até mesmo para si. Agora, no entanto, deveria ter uma explicação lógica pela qual estava se molhando à toa na chuva, sentindo o coração martelar dentro do peito como se quisesse sair de qualquer jeito.
Estava extremamente confuso, mas a cabeça pensou em lhe levar para um único lugar após ali. Era um sentimento mais profundo dentro de si; uma ganância sentimental de sua parte se poderia concluir assim. Precisava achar Audrey.
Então as pernas começaram a correr, mas... por que tanta pressa para chegar em casa? Por que, exatamente, precisava tanto vê-la à ponto de entrar em casa, abrir a garagem e sair desenfreado com seu carro? Sentia aquela necessidade de concretizar uma cena de filme  - com direito até a Avril Lavigne de fundo cantando, algo que ligeiramente o fez parar vez ou outra para testar se era sua audição e se o rádio do carro estava ligado, o que não estava, ou se era algo de sua cabeça -. Quando estava já sem esperanças, porque um celular ali faria muita diferença agora e infelizmente não o tinha consigo, estranhamente, estacionou perto do cais, esperando por alguém que claramente não estava ali... Até que, convenientemente, a viu.
Lincoln empurrou a porta do carro com rapidez, sem sequer fechá-la antes de sair correndo numa velocidade que se confundia com as batidas de seu coração, à medida que ele ia arfando, olhando para o visual de Audrey, especificamente, e se aproximando dela.  “Sim, sou eu.”  Uma resposta no mínimo desnecessária, mas dentro de sua cabeça uma vozinha insistia para que ele complementasse ‘está cega?’ e no entanto tudo o que conseguiu proferir diante daquelas sensações que o insinuavam para próximo dela, foi:  “Essa noite está muito fria e eu só estou tentando decifrar como minha vida está agora, Audrey. Mas sinto muito se percebi tarde demais que não importa pra onde vamos. Se você me der sua mão, nós vamos pra qualquer lugar juntos, eu prometo!”  Confessou à outra, mas não sabia onde queria chegar com aquilo tudo. Estava sendo minimamente conciso com aquela conversa, por acaso? Pois, embora estivesse debaixo de chuva forte, Lincoln parecia apenas contentado em sentir o frio que lhe tocava, certo de que não existiam problemas enquanto eles permanecessem ali, curtindo; mas, rapidamente abriu os olhos melhor para fitar a amiga. Não podia negar que vê-la sempre fazia crescer um sorriso em seus lábios. Era reconfortante ter Audrey por perto, independente de como. “Pra onde você quer ir, Daggers?”  Proferiu o sobrenome da outra sem rancor, sem que ela fosse uma leprosa, apenas contente de tê-la por perto.  “Não me importa se você é irmã do Pierre, o prefeito mais estranho e possivelmente mais corrupto que já conheci até agora, e muito menos se é tia de um rapaz que eu acho que ainda vai aprontar muito nessa cidade...”  Ponderou momentaneamente antes de retomar o foco.  “Pra qualquer lugar que você for, eu vou. Não sei pra onde, mas eu vou.”  Ele buscou pelas mãos dela, segurando-as ternamente e pressionando para que ela não tivesse como fugir dele. Já estava tarde, mas com sua inseparável amiga não existia hora no dia, era apenas o viver. 
Tumblr media
storybrooke in love ♡ with @h0lyman​ 
inspiração: uma cena dramática de filme que tocaria i’m with you da avril lavigne no fundo. com certeza existe.
*  🌹 𓂃⠀ ⋆˚ ⠀⠀ Tudo naquele dia tinha sido extremamente estranho para Audrey. Ela até poderia sonhar com gestos românticos aqui e ali, e, ok, também se considerava um pouco desesperada por amor! Mas nunca chegara naquele nível de desespero. Era como se tivesse sido enfeitiçada pelo clima do dia dos namorados, mas, pelo menos, não fora a única pagando o mico dessa vez - a cidade inteira enlouquecera. No fim da noite fria, porém, ela estava sozinha. Andando dramaticamente pelas ruas da cidade, com nada além da chuva para fazê-la companhia, enquanto se perguntava se alguém tentaria encontrá-la; se alguém viria atrás dela e a levaria até a sua casa. Não fazia ideia do porquê de tanta melancolia, e definitivamente pegaria uma gripe feia após os cinco banhos de chuva que tomara nas últimas vinte e quatro horas, mas não era como se conseguisse parar - e parte dela queria parar, implorava para que parasse. 
Só que estava fora de controle! Seus pés a levavam na direção do cais, e ela só interrompeu a caminhada entorpecida por sabe-se-lá-o-quê, quando a figura familiar entrou no seu caminho. Foi como se o mundo tivesse entrado em modo de câmera lenta. Audrey encarou Lincoln, o peito subindo e descendo enquanto as gotículas escorriam sobre o rosto feminino e as vestes. “Lincoln.” Disse em um suspiro. “É… você.” Aproximou-se do amigo em passos lentos; e, de repente, todos os desentendimentos entre eles esvaíram-se junto da chuva. Tudo o que importava, agora, era que Lincoln estava ali.
Tumblr media
3 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Ela não entende o que ele quiz dizer com aquilo e ainda estava se perguntando se deveria perguntar quando ele voltou a falar. “Mais fácil dizer o que não tem de errado.” provocou, de nariz em pé, já pronta para numerar muitos incômodos caso fosse perguntada. “Me incomodo com qualquer roupa da Tar-” se interrompeu, dando um gritinho surpreso diante da ação repentina. “O que você está fazendo?! Sou uma dama!” gritou, indignada enquanto uma vozinha dentro de sua cabeça gritava apavorada ‘não olhe, não olhe, não olhe!’ porque não seria uma boa ideia olhar e se lembrar que sim, o achava tão bonito quanto intragável, especialmente não quando estavam trancados em um maldito banheiro. “Não me visto para agradar.” defendeu-se, puxando a barra da saia do vestido cor-de-rosa um pouquinho pra baixo. Por que se sentia tão desarmada ao saber que Lincoln a via daquela forma? Até em seu sonho o insuportável fazia pouco dela? “Eu gosto de rosa! Mas tá, às vezes exagero. Satisfeito?” bufou, tirando o par de sandálias de salto—não apenas cor-de-rosa como cheias de glitter—dos pés “Isso é o máximo que vai sair, pervertido.” alfinetou. Era uma situação estranha; até sua persona do sonho sabia que Pierre não gostava tanto dela assim (era o Dark One, em qualquer realidade só gostaria de si mesmo) “Já tentei ser simpática com você. Não tenho culpa se não fui retribuída!” reclamou, mais uma vez sem saber de que realidade falava “Ah, é isso? Ser tratado como igual? Ok, me beija e aí eu te xingo logo em seguida! Total igualdade dos gêneros.” girou os olhos teatralmente, mesmo em sonho batendo naquela mesma tecla. Sabia que ele não o faria, mas o sonho era a oportunidade de falar abertamente sobre o quanto aquilo a afetou. Celia não tinha um mapa astral, mas se tivesse com certeza seria cheio de escorpião, leão e câncer. Jamais esquecia nada.
.
Certo de que discussões como aquela não seria úteis em nenhum cenário, nem mesmo em seus sonhos, apesar de ser muito real, Lincoln se conteve ao máximo, pressionando os lábios e tudo, para não proceder com aquela guerra de palavreados. Sua sentença seria a última sobre aquilo:  “Eu não sou um pervertido-”  E sossegou o facho com um suspiro audível, exausto, além de estalar as mãos sobre as pernas em rendição. Era impossível falar com ela sem que fosse julgado por isso, então o melhor era se calar. Por ora.
Em seguida, voltou a olhá-la agora contestando suas afirmações em segredo, mentalmente. De fato, ela não estava errada. Se tinha algo que Lincoln não conseguia era replicar uma gentileza que não fora direcionada à ele, portanto, nos mal entendidos que se enfiou com Celia, a maioria deu a entender que ele não gostava dela e muito menos que se importava com ela, foi por isso que sua expressão relaxou mais.  “Eu sempre tentei ser simpático com você em retorno, mas parece que o mundo conspira contra nós dois nos dando bem. Deve ser isso.”  Ah, sim, agora iria colocar a culpa nos astros! Que maduro. Ficou em silêncio por alguns segundos, processando o desafio dela até entender. Era alguma mágoa pelo que havia acontecido antes, é claro! Rapidamente lhe olhou de volta, em silêncio, tentando achar alguma resposta nos olhos dela, mas não conseguia. 
Havia algo naquele dia em específico que o estava o deixando enlouquecido, bem inquieto para ser mais preciso, várias sensações e impulsos dos quais não presenciava há alguns anos. Lincoln tinha toda compostura de um bom moço, porém, apesar do que Celia havia dito, sobre ele ser bonzinho demais, naquele momento o único propósito que ele tinha em fitá-la daquela forma era somente o de se aproximar mais do rosto alheio. Devagar, anunciava em silêncio suas intenções: boca entreaberta, olhar fixo nos dela e uma angústia de sentir que parecia ser o projeto daquilo que deveria ter sido no ano novo; sem pressa, sem sentimentos ruins, apenas vontade de beijá-la mais uma vez. E assim o fez, antes levando a destra livre para erguer o queixo alheio na direção de seu rosto, deixando as faces equivalentes agora de modo que condensou os lábios em contato com os dela, gentilmente. Apenas um toque e em seguida analisou a expressão da Pierce, certo de que estava tudo bem para prosseguir.
Sentia-se um rapaz novamente  - bom, naquele sonho ele era mesmo -  quando precisou inclinar a cabeça para o lado, de modo que pudesse entreabrir mais os lábios afim de encaixar nos alheios, precisamente no momento em que o polegar começou a alisar o maxilar dela com um carinho sutil. Então, quando já sentia que estava satisfatório o bastante para se permitir levar por aquele beijo mais intenso, carregado pelas mesmas vontades do Ano Novo, Lincoln escorregou os dígitos a delinear o traçado do rosto de Celia, até que chegasse na nuca dela, por fim, e fincasse os dedos ali dentre os fios dela, puxando sem qualquer rudez, única e exclusivamente para que o contato se mantivesse firme  - ou ao menos até que ela cessasse, afinal: o que a namorada do quarterback Pierre fazia ali trancafiada no banheiro com um atleta qualquer de corrida? Fosse qual fosse a resposta para essa questão, nada parecia mentira exceto por aquele beijo e pelo desejo de senti-la daquela forma, algo que, embora fosse fruto de um sonho, ainda parecia muito verdadeiro dentro e fora.
15 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Estava seguindo pro vestiário para tomar banho, trocar de roupa, porque havia participado da aula de educação física, basicamente o maior esforço que ele fez naquela manhã. Alguns pequenos exercícios, enrolação quase o tempo todo e pronto, suou tudo o que precisava suar, já que preferia transpirar de outra forma. Os olhos esverdeados foram direcionados até o rapaz, rindo da forma como ele chamou a atenção ali. “Eu não vou” Falou de forma simplista, esperando que ele chegasse mais perto e respirasse melhor, já que havia corrido até lá e entendia que os mortais tinham essa necessidade de respirar de maneira compassada. Arqueou as sobrancelhas e pegou o cartão, achou de verdade que o rapaz não tinha levado o seu plano a sério, pegando os papeizinhos, conseguiu ler um ou outro, percebendo realmente que ele estava indo em frente com o plano. “Ora ora, você vai mesmo fazer isso, que gracinha” Elogiou, lendo cada cartão que tinha em sua mão e riu. “Está perfeito, você arrasou. Agora vamos pro próximo passo do plano, mas me espera aqui porque vou tomar um banho… ou você pode ir comigo, se quiser”
Tumblr media
.
Enquanto ele olhava para os cartões, Lincoln parecia uma criança feliz esperando uma reação dele. Não era como se tivesse sido feito para fazer coisas erradas, afinal sua vida toda foi centrada em se organizar para ser o melhor corredor do time de atletismo, visando se comprometer naquilo como profissão. Era estranho ver, no entanto, que naquele sonho tinha objetivos diferentes dos quais estava acostumado, ainda que não muito distantes dos seus interesses pessoais.  “Vou sim. E não volto atrás com minhas palavras.”  Certificou ao outro após notar que ele havia aprovado. Bom, se Tiago que era um dos que mais faziam badernas ali na escola, por que Lincoln não podia usar de um pouco de discórdia para se animar?  “O próximo passo. Okay.”  Rapidamente se conteve quando o viu comentar aquilo. A verdade era que embora fosse mais centrado, ainda tinha um pouco de si da vida real que lhe impedia de tomar certas atitudes. Contudo, naquele sonho, ele podia e seria tudo que quisesse; era assim que funcionava em sonhos, certo?  “Ir com você...”  Apontou para os chuveiros, olhando em volta como se estivesse prestes a cometer um crime. Não necessariamente estava fazendo, mas com certeza não fazia nada em público naquele estilo.  “pra lá ou... pro plano? Digo, o plano é qual- Ah tá, você não disse o plano ainda. Eu fico sentadinho aqui.”  E buscou por um dos bancos do vestiário que dava de frente para os chuveiros, encolhido em sua própria insignificância.
Tumblr media
3 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
A temerosidade de andar pelo corredor de casa nunca foi tão excruciante antes, pois, agora tinha não uma, não duas, mas três pessoas em sua casa e de uma hora para outra as coisas pareceram virar de cabeça para baixo contra seu próprio controle. Nunca havia acontecido isso antes, então se sujeitar àquele papel era completamente novo e inesperado. Quieto em seu sossego, parecia que a situação começava a ser controlada, não fosse por causa daquela garota nova... Que loucura aquelas semanas haviam sido com aquela menina em casa. E quando menos esperava, lá estava a mesma aos gritos. Incendiando a casa? Trazendo um assaltante para dentro? Que kinder ovo (surpresinha) ganharia naquele dia? Foi correndo descendo as escadas até onde a voz da outra clamava por sua presença, e se assustou com o que viu, entre escorregos e tropeços para se jogar sobre a máquina e desligá-la, não antes de se molhar todo e ver a lavanderia toda espumada de sabão. Não conseguiu sequer formular uma frase concreta porque os braços que beiravam descrença, pendendo à frente do corpo com as mesmas espumas em mãos, complementavam o vislumbre de um rosto sem emoções.  “Martha Cristina, será que você vai passar um dia sem me dar dor de cabeça?”  Ele sentia que já tinha a intimidade suficiente para tratá-la com aquela naturalidade. Em seguida, um suspiro saiu tão profundo de si que o corpo balançou e escorregou mais uma vez, só que agora caindo de costas sobre ela. Foi rápido no movimento de se erguer, ou tentar pelo menos, e ali de joelhos tentou focar em outro ponto do recinto já que havia dado de cara com o traje agora quase que transparente da outra.  “Refresca minha memória de novo: você tem certeza que veio da igreja? Tipo, enviada por Deus mesmo? Crismada e batizada e tudo mais? Porque parece ter sido enviada por Satanás.”  Comunicou à mesma por deboche e não esperava ter que se explicar, pois já estava suficientemente constrangido por também estar nas mesmas condições que ela. Então, abriu uma das portinhas para buscar por panos limpos, colocando-os em uma parte que não havia sido afetada por água muito menos espuma.  “Pega o esfregão e tenta não quebrar nada, por favor.”  A olhou com os olhos bem arregalados, ainda pasmo tentando não focar nela completamente.  “Capaz que daqui pro final do seu intercâmbio você destrua minha casa.”
Tumblr media
THE INSPO: JUST MY LUCK
THE CLICHE: HOUSE CHORES FAIL
THE PARTNER: @h0lyman​
Que aquela viagem reservaria ótimas experiências, Martha Cristina estava mais do que certa. Mas que fosse ficar na casa de um tremendo gostoso carrancudo que era muito fácil de irritar? Ela não poderia antecipar mesmo se sonhasse, porque era simplesmente divertido demais. Além disso, não podia dizer que aquela brincadeira toda de gato e rato não melhorava muito a sua auto estima quando ele parecia tão afetado por sua aparência. MC se esforçava! Sinceramente, queria ver o quanto ele aguentava até quebrar. Entre as saídas e entradas de casa fora de horário, que já o deixava nervoso normalmente, ela combinava alguns momentos de esbarrão no corredor somente de toalha, ou o clássico (que aprendera nas novelas!) de procurar algo na prateleira mais baixa da geladeira. Até diria parecia viver um filme de comédia romântica, se alguém lhe perguntasse! Mas daquela vez, podia argumentar que o universo quem havia lhe dado uma mãozinha. Bem, tecnicamente, a sua completa falta de noção e habilidades em tarefas caseiras que sim. Depois de manchar sua blusa favorita, o desespero para limpá-la foi demais, e em meio a tentativa de lavar roupa pela primeira vez, ela colocou uma quantidade completamente absurda de sabão. Era por isso que agora chamava por ajuda, já que a lavanderia se tornava um enorme caos. “LINCOLN!!” Ela chamou pela décima vez, até finalmente ver o rapaz. “A máquina tá possuída, eu juro! Olha isso! Quer se vingar da gente com esse ataque de sabão—” E água! Que a encharcava inteira! Com a roupa branca!!!! Mas que coisa.
Tumblr media
5 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
O pior de tudo é que ele estava certo. Não adiantava de nada fazer um escândalo ou forçar a porta, lhes restava apenas aceitar o destino cruel. Celia fez uma careta bastante aborrecida antes de se sentar ao lado dele, engolindo a vontade de xinga-lo mais ainda. Era uma lady e de vez em quando precisava ser educada, afinal. “Honey…” pontuou o apelido irônico com uma risada baixa “Não pergunte isso pra mim. Se tem alguém ruim aqui, esse alguém sou eu.” fingiu olhar para as próprias unhas vermelhas apenas para disfarçar a expressão convencida. De fato ela era: ruim no mundo mágico, ruim em Storybrooke e ruim e sabe-se lá que universo alternativo bizarro estivessem agora. Aí da por cima de orgulhava disso. “Você é bonzinho demais!” exclamou como se fosse uma acusação “E ainda assim me trata mal. Ao menos eu sou horrível com todo mundo!” exclamou, virando-se para olha-lo sem nem saber de qual realidade falava, já que a frase caberia em todas. “Além do mais essa camisa é uma agressão aos olhos de todo mundo. Parece ter sido comprada na ponta de estoque da Target em 2005.” fez bico “Tenho certeza de que cabem três de você nela.” girou os olhos exageradamente “Qual o seu problema comigo? Eu sou uma megera,mas ao menos tento ser simpática com você, Fuller!”
Tumblr media
.
A careta advinda da confirmação dela foi o bastante para que as sobrancelhas se unissem em confusão. Ele ainda balbuciou alguma coisa, uma reclamação inútil, antes de olhá-la de canto.  “Eu não te trato mal, você só me pega nos piores momentos e nos mais inconvenientes ainda por cima.”  Explicou aquilo que fazia sentido em sua cabeça, bufando antes de balançar a cabeça em negativo. Quando estava com Celia, ele sentia a necessidade de se sentir inconformado, não havia um meio termo.Talvez fosse por isso que se enfiasse em situações inoportunas com a mesma. Deveria começar a mudar aquela atitude, então? Imaginou que sim, e era isso que o aborrecia.  "O que tem de errado com minha blusa?”  Falou baixinho, mais para si que uma pergunta à outra, e aquela atitude fez com que algo dentro de si borbulhasse de inconformação.  “Você se incomoda se minha blusa foi comprada na Target? Não seja por isso.”  Enquanto a olhava, determinou-se a fazer tudo aquilo que jamais faria em realidade: puxar a barra da blusa para subir e retirá-la pela cabeça, jogando de lado. À princípio a ideia foi prudente, porque por mais certinho que fosse no geral, Lincoln estava em um sonho e em seus sonhos ele era a própria música da Taylor Swift: fearless. 
Assim que relaxou o corpo após o ato, começou a se sentir um pouco constrangido. Será que foi mesmo necessário provar o ponto assim? Com uma careta, o esportista e corredor número um do time de atletismo apenas fitou Celia antes de direcionar o olhar perdido para algum canto do banheiro que não fosse ela. Talvez se focasse em outro ponto a vergonha passasse, mas ainda assim não se calou; a língua afiada e trejeitos confiantes eram parte daquele sonho também.  “Pelo menos eu não me visto pra agradar nenhum quarterback ou o restante da escola inteira.”  Alfinetou em retorno, sabendo muito bem que ela estava junto de Pierre.  “E pelo menos, também, no meu guarda-roupa tem mais cor do que o seu, chega a dar uma dor de cabeça o excesso de rosa.”  Como não tinha mais o que falar, acabou por optar pelo óbvio, enquanto lhe deu uma olhada de cima a baixo como desgosto  - muito embora não estivesse minimimamente enojado. Ainda que Celia Pierce fosse boa em diminuir pessoas e ser o centro das atenções, um pouco acima de sua alçada, Lincoln não podia negar que se sentia atraído por ela. Por quê? Isso era pauta para outra leva de pensamentos sem resolução.  “Estou vendo.”  Debochou da fala alheia, girando os olhos na órbita tal qual a mesma.  “Não tenho problema com você, Pierce, você que tem problema comigo, e no entanto esse é um dos maiores dilemas da humanidade até agora. God forbid just for once you’d treat me as equal.”
15 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
evento: valentine’s day, cenário 2 - storybrooke high
com: @tivgitc​
Apesar de não ser a sua realidade, aquele sonho estranho e incabível estava muito realista à ponto de que, inspirado do jeito que estava, Lincoln não conseguiu evitar de fazer vários cartõezinhos de dia dos namorados para entregar na escola. O por quê? Isso era para descontar a frustração e criar discórdia entre todos aqueles chatonildos que insistiam em tentar colocá-lo para baixo porque era pobre. Oras, ser pobre não era um defeito! Ele tinha Deus, era isso que importava. Ou pelo menos importou até aquele fatídico dia...  “NÃO, NÃO VAI EMBORA!”  O grito que saiu de si foi mais forte do que esperava, tanto que quando parou a correria após se anunciar pro ginásio inteiro e, felizmente, ao outro que foi logo parando, apoiou os braços nas pernas e retomou a corridinha rápida até ele.  “Caramba, me desculpa o atraso!”  E então lhe entregou os cartões escondido, olhando para os lados para ver se alguém ainda estava olhando, esperando que ele ainda tivesse disposição para lê-lo.  “Você achou que eu ia desistir da nossa ideia? Claro que não. Fiz todos, olha. Você acha que vai dar certo mesmo?”
Tumblr media
3 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
De todos os pesadelos que já teve, aquele, de longe, era o pior. Preso em uma realidade caótica com Celia Pierce? Bom... haviam coisas piores, mas ali sentia a necessidade de revirar os olhos e falar em tom arisco, impaciente.  “Você não notou que ‘tá trancado? Que a gente ‘tá preso? For God’s sake...”  Bufou e tão logo arrependeu-se do jeito que havia se pronunciado. Não era do feitio dele ser assim, mas foi induzido a tal devido a insistência alheia. Sentado ali ao lado da banheira, ele se recostou mais para o lado, dando espaço para ela, embora tivesse ficado subtendido.  “Desculpa...”  Falou calmamente agora, olhando-a para que desse a entender que estava falando a verdade.  “Não sei qual o seu problema comigo, eu não sou tão ruim assim. Às vezes... não, estou sendo modesto, eu nunca fui ruim mesmo. Fui?”  Em seu dilema de duvidar de si mesmo, começava a contar nos dedos situações simplórias das quais já passou que, possivelmente, pudessem ser consideradas... ruins.  “Não. Não! Claro que não! Por que você me faz pensar que eu sou ruim? Você que é ruim por me fazer pensar que eu sou ruim.”
Tumblr media
CENÁRIO: Srorybrooke High
ONDE: Festa do Viktor
INSP.: Can't Hardly Wait - Kenny & Denise
Com @h0lyman
Tumblr media
O universo só podia estar de brincadeira com a cara de Celia! Ela era popular, linda, namorada do quarterback que havia feito o ponto decisivo! Não podia estar presa em um banheiro aleatório, perdendo toda a diversão e... Ugh. Junto com Lincoln Fuller. (A única coisa pior do que ser namorada de Pierre Daggers era essa presepada!) Nem mesmo naquele sonho maluco podia ter seu momento de realeza? Mesmo que fosse uma realeza adolescente muito estranha, ainda era sua realeza! "Fuller, faz alguma coisa!" gritou, ao tentar novamente forçar a maçaneta e não ter sucesso. A porta provavelmente só seria aberta do lado de fora e como estavam no segundo andar, dificilmente alguém os ouviria. "Não acredito que vou ter que conversar justo com você." cruzou os braços em frente ao peito, fazendo uma careta.
Tumblr media
15 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
O fato de ter seus pais vindo, definitivamente, para Storybrooke era um caso sério na sua concepção. Por muito tempo viveu longe da asa deles, justamente pela apatia com as escolhas do filho, e agora teria que conviver com isso após adulto. Bom... pelo menos os respeitava a ponto de não lhes negar tal pedido, mas o fato de que trariam uma intercambista junto só fez com que ele se aborrecesse um pouco mais. Além de ter que aturá-los ainda teria que lidar com outra pessoa? Uma desconhecida? 
De toda forma, Lincoln manteve a postura quando os recebeu, dando a chave da casa e então permitindo que eles se acomodassem enquanto ele ia trabalhar  - pauta do desgosto alheio. 
Quando retornou, precisava de um bom banho para aliviar o estresse. Ainda parecia estranho ver todas aquelas caixas e itens novos sendo dispostos nas mesas de sua casa, mas ignorou aquilo quando subiu para o próprio quarto quase que de imediato, como quem evita um confronto maior com os mandantes. Lincoln estava se trocando apenas para recebê-los formalmente, olhando para suas roupas a fim de escolher uma que dissesse ’não preciso que vocês se metam na minha vida, mas agradeço estarem aqui’. No entanto, a voz estranha foi preenchendo o silêncio de seu quarto e o rosto dele mal mudou quando a viu parada ali, senão pela confusão explícita no semblante. Demorou uns segundos para processar o que diabos estava acontecendo, mas brevemente se esticou para que a porta do armário cobrisse seu corpo.  “Que isso!!!!”  Tantas exclamações não eram o bastante para explicar o quão assustado Lincoln estava naquele momento.  “Como você entrou na minha casa? Quem é você? Será que dá pra virar?”  E outros muitos pontos de exclamação na direção da outra, demonstrando o quão irritado ele agora parecia estar, mas principalmente pela confusão que permeava sua cabeça.  “Agora era só o que faltava. Ninguém mais se preocupa com a privacidade dos outros. Virou um cabaré a minha casa; entram e saem quando querem, trazem quem querem...”  Suspirou pesadamente enquanto caçava o punhado de roupa que iria vestir, fazendo aquilo ali mesmo do lado da porta, escondidinho, mas não deixava de reclamar no processo.
Tumblr media
flashback - três semanas atrás
closed starter for @h0lyman​
AH, como estava feliz!! Enfim sozinha. Bem, não exatamente sozinha, ainda tinha de lidar com sua host family. Que, inclusive, era parecida com o mesmo tipo de pessoa que havia convivido a vida inteira. Pelo menos o casal, claro, que era quem havia conhecido até agora. Mas enquanto arrumava sua mala, parecia que alguém havia chegado, já que pôde ouvir o som da porta e de alguns passos. Considerando que os Fuller haviam comentado que só voltariam durante à noite, então só podia ser o tal Lincoln! Até ficou um tempinho decidindo entre terminar de arrumar suas roupas no armário, ou ir logo encontrar o rapaz, mas acabou optando pela segunda opção. Quando desceu as escadas, no entanto, reparou que ele não estava no andar debaixo. Hm, devia ter ido até seu quarto. Ela sabia qual era pois a senhora Fuller havia feito um pequeno tour mais cedo, então foi até o local sem demora. MC até era educada, claro, podia não ser quanto os pais gastaram milhões de reais com sua educação ao longo dos anos? Mas toda a animação a fazia agir mais rápido que pensar, e portanto abriu a porta entreaberta sem bater. “Oii” Começou, animada, olhando em volta em busca do rapaz. “Eu sou a MC, acho que seus pais falaram que eu chegava hoje. Ouvi você entrando e vim dizer oi-” Quando enfim avistou o homem, parado em frente ao seu armário, reparou que ele aparentemente trocava de roupa (ou se preparava para o banho?), já que estava somente de roupa íntima. “Ah” A sílaba escapou, enquanto ela piscava algumas vezes, sem muito esforço para desviar o olhar. “Nossa.” Veja só! Tão pouco tempo e já conhecendo o melhor que Storybrooke tinha a oferecer.
Tumblr media
4 notes · View notes
h0lyman · 3 years ago
Text
Ela continuou olhando-o, completamente perplexa com a situação. Além do estranho sentimento de rejeição e humilhação, lhe veio um arrepio na espinha, uma sensação tão ruim que por um instante ela reviveu todos os abandonos que já tinha passado na vida. Por que estava reagindo àquilo de forma tão emocional? Não era apenas Lincoln, era tudo. tudo, absolutamente todas as coisas estavam erradas. Aquela cidade de mentirinha, aquela vida de mentirinha… Até uma irmã falsa ela tinha arranjado para não ser tão sozinha e agora quem mais acreditava em suas mentiras era ela mesma. O homem a sua frente podia não ser a raíz de seus problemas ou muito menos o maior deles, mas era o que estava ali, era em quem ela podia descontar.
“Então se o problema não sou eu é você que beija mal?” debochou de forma ridícula e infantil. Estava a ponto de chorar feito uma adolescente de filme (nem mesmo tinha sido adolescente alguma vez na vida!), mas não faria um escândalo, afinal tinha seu orgulho. “Você decidiu brincar com a minha cara, foi isso que aconteceu.” continuou, ajeitando a postura e arqueando a sobrancelha.
“Estragou. Mas não se preocupe, não é como se estivessem muito melhores antes.” deu de ombros, abrindo um sorriso cínico que não condizia em nada com o que ela sentia por dentro. Parte dela queria aceitar as desculpas simplesmente porque aquela angústia que a consumia implorava por um consolo, por um abraço aconchegante, pelo carinho de alguém que fosse ficar ali. No entanto, era justamente esse o problema: não havia, e nem nunca haveria, ninguém ali. Não para ela. Já tinha aprendido essa lição há muito tempo. “Está tudo bem, sweetheart. Quem não quer beijar uma mulher bonita na virada do ano? No seu lugar eu iria querer o mesmo.” praticamente cuspiu as palavras “Somos adultos, Fuller. Foi só um beijo, não tem importância. Não sei o que você queria com isso, mas conseguiu.” suspirou, um mínimo instante de vulnerabilidade atravessando seus olhos enquanto ela dava um passo para trás. “Só esquece e vai curtir fazendo… Sei lá o que você faz.” girou os olhos de forma teatral, fingindo total desinteresse. Na verdade queria se livrar dele para se esconder em um canto e se sentir solitária em paz. Quão patético era não ter uma única pessoa que não a visse como uma espécie de chacota? Celia não era o centro nem mesmo da própria vida, que girava em torno de vingança e poder. Era uma criatura ridícula, uma pobre coitada com um ego que apenas disfarçava um mar de autopiedade. “Feliz ano novo. Espero que tenha ajeitado o que queria.”
Tumblr media
.
“Também não foi bem isso que eu quis dizer...”  Falou entredentes fazendo uma careta. Claro que aquilo não era o tipo de coisa que iria ferir seu ego, até porque o ego de Lincoln não era nada além de um balãozinho prestes a secar, mas não significava que acreditasse, de verdade, que foi um beijo ruim da parte dele. Bom... o beijo em si não tinha sido nada ruim, o que queria dizer que havia encaixado de alguma forma, e aquela forma havia sido boa enquanto ainda durou, não fosse pelo amargor que crescia dentro de si  - e nada tinha a ver com Celia!  “Eu nunca faria isso! Jamais faria isso com alguém, pra falar a verdade.”  Não havia muito mais que aquela mesma sentença para proferir, o que o fez suspirar cansadamente. 
Então, as palavras de Celia o deixara entristecido. Não era somente por tê-la magoado, mas porque tinha sido tudo um mal entendido horrível! Não parecia ter um modo para remediar a situação, por isso apenas calou e ouviu; era o mais prudente a se fazer, ainda mais quando ela estava falando. Permitiu que ela tivesse o tempo da palavra por quanto tempo precisasse, mas não durou-se muito ali plantado que nem uma vareta, afinal: Lincoln não queria que ela sentisse que ele possuía desdém com seu desabafo e muito menos com ela em si.  “Celia...”  E a viu se afastar aos poucos. Era como se assistisse o fim do mundo de camarote enquanto tinha sido ele mesmo a atirar o asteroide na Terra. Pela primeira vez sentiu uma inconsistência emocional da qual nunca tinha experienciado antes. Era como se estivesse de volta à adolescência, dentre suas milhares de paixões momentâneas e tão passageiras quanto seu interesse por estas.
No entanto, era aí que as coisas pareciam atingi-lo com estranheza... Se havia tido interesse de tentar fazer as pazes com Celia daquela forma, cogitando ser uma opção plausível para uma virada de ano, por que é que se sentia agora tão vazio à medida que via a figura alheia se afastar? Era apenas para fazer as pazes, no fim das contas?... De toda forma, o professor revirou os olhos  - em reprovação de si mesmo -, e deu as costas para tentar buscar um outro rumo dali. Assanhou os cabelos na cabeça assim que deu por si, finalmente, solitário mais uma vez. Por que isso agora? E aquela sensação horrível ainda o dominava, mas agora apenas como uma boa amiga, despedaçando o restante de positividade dentro dele que ainda habitasse até o fim da noite, ou pelo menos até quando ele deitasse a cabeça no travesseiro e tentasse dormir com a lembrança de suas intermináveis falhas.
[ ENCERRADO ]
5 notes · View notes