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Judaismo
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hello-gloiber-universe · 2 months ago
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https://youtu.be/hqKVqUhbqfI?feature=shared
Boa tarde pessoas maravilhosas 🥰❤️🌻
Hoje é dia 24 de Nissan e o Tehilim do dia é:
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https://rabinogloiber.org/sefirat-haomer/
Porque fazemos todo dia uma combinação diferente de Sefirót junto com a contagem do Omer ?
Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria mas está infinitamente acima dos conceitos materiais.
O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é a imagem e semelhança espiritual e não a material, se trata da revelação Divina como ela acontece nas Dez Sefirot nos mundos superiores, não se trata de nenhuma imagem e semelhança material.
Em outras palavras, nossa essência é a nossa Alma Divina, nosso lado superficial é a nossa alma animal, e o nosso trabalho durante os dias da Sefirat HaOmer é alinhar as Sefirót da nossa alma animal com as Sefirot da nossa Alma Divina, nosso lado espiritual.
Nesses quarenta e nove dias, passo a passo vamos deixando de ser animais e vamos nos transformando em pessoas puras, refinadas e reluzentes.
Sendo que a Alma Divina se revela principalmente no nosso intelecto e a nossa Alma animal se revela principalmente nos nossos sentimentos, nosso trabalho vai ser refinar as sete sefirot que são ligadas aos nossos sentimentos, ao nosso caráter
Essas sete Sefirot emocionais podem ser usadas positiva ou negativamente.
Atraindo bênçãos Divinas para nós
O livre arbítrio do ser humano significa que ele pode usar esses atributos como quiser.
Todos nós podemos escolher viver uma vida destacada pela bondade e santidade, sermos tímidos, piedosos e gostarmos de fazer favores, essas são as qualidades do nosso povo
Mas somos, também, livres para escolher exatamente o oposto, e depois agüentar as conseqüências de nossas escolhas.
O prazer que sentimos fazendo uma coisa ruim é intensamente maior do que o prazer que se sente fazendo uma coisa boa
Mas o pagamento pela coisa ruim que deixamos de fazer por termos conseguido nos cotrolar é um prazer intenso e eterno, e infinitamente maior do que o prazer que teríamos fazendo a coisa ruim caso não tivéssemos conseguido nos controlar
Todo ser humano possui as sete Sefirot ligadas aos nossos sentimentos, mas geralmente uma delas exerce uma influência maior no nosso caráter do que as outras .
Para refinar todas as facetas de nossa vida, precisamos refinar todos os sete atributos, especialmente aqueles que não são o nosso forte.
Mas, também temos que ter certeza de utilizar de modo adequado e pleno a Sefirá emocional que pulsa mais fortemente dentro de nós.
Temos último dia da Sefirat HaOmer para trabalhar nessa grande tarefa de consertar e melhorar nossas sete Sefirot ligadas ao nosso caráter, e recebemos por meio disso todas as bênçãos espirituais e materiais, trazendo para o nosso povo como um todo, e para toda a humanidade, muita paz, muita prosperidade e grandes realizações.
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 3 months ago
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https://youtu.be/kDG9fYJ4Qa0?feature=shared
https://pt.chabad.org/holidays/passover/sell_chometz_cdo/jewish/Venda-seu-Chamts-Online.htm
Bom dia pessoas maravilhosas 🥰❤️🌻
Hoje é dia 19 de Adar e o Tehilim do dia é:
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https://rabinogloiber.org/pessah/
Pessa’h
Começamos a estudar as leis de Pessa’h trinta dias antes de Pessa’h
Aprendemos essa regra com o próprio Moshe Rabeinu, que no dia do Korban Pessa’h nos ensinou as leis de Pessa’h Sheini que aconteceriam trinta dias depois.
Pessa’h 2025 (fora de Israel)
Os primeiros dois dias de Pessa’h são chamados de Yom Tov e esse ano eles vem imediatamente na continuação do Shabat
O primeiro dia de Pessa’h começa no anoitecer de Sábado, 12 de Abril de 2025
O segundo dia de Pessa’h começa no anoitecer de Domingo, 13 de Abril de 2025
Os primeiros dias de Yom Tov de Pessa’h vão terminar ao anoitecer de Segunda-feira , dia 14 de Abril, 2025
Esse ano os dias 13, 14, 19 e 20 de Abril serão dias de Yom Tov de Pessa’h
O que é permitido e o que é proibido fazer em Yom Tov
No Yom Tov é permitido transportar objetos que não são “Muktze” do recinto privado para o recinto público e vice versa, e também podemos carregar em via públicas
É permitido cozinhar para as refeições daquele dia especificamente
Portanto, é permitido passar o fogo, a partir de uma uma chama pré-existente, como a de uma vela de um, dois ou sete dias, por exemplo.
É permitido passar o fogo da chama pré existente por meio de um espetinho de madeira para acender as velas de Yom Tov, mas é proibido apagar esse espetinho depois.
Ou seja, acender fogo no Yom Tov é proibido, apagar fogo no Yom Tov é proibido, mas passar o fogo de uma vela para a outra ou para o fogão a gás para cozinhar a comida do Yom Tov é permitido
Aumentar o fogo é permitido mas abaixar o fogo é considerado apagar o fogo parcialmente o que também é proibido pela Torá
Os dias 15, 16, 17 e 18 Abril com certas restrições.
Em Pessa’h comemoramos a libertação do nosso povo da escravidão no Egito
Durante os oito dias dessa festa é proibido consumir e possuir “Hametz”
O que é “Hametz”?
A palavra “Hametz” significa todos os alimentos derivados de trigo, aveia, centeio, cevada e espelta que ficaram úmidos por mais de dezoito minutos se tornando dessa forma fermentados de acordo com a Torá.
Alimentos fermentados que não são derivados desses cinco cereais não são “Hametz”
Em Pessa’h temos a obrigação de comer Matzá.
🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
Pessa’h está na porta: “muita calma nessa hora”
A Torá nos conta que Moshe Rabeinu ensinou em Pêssa’h as leis de Pêssa’h Sheini que aconteceriam um mês depois, e daqui aprendemos que trinta dias antes da festa começamos a estudar as leis da festa.
Vale a pena lembrar que trinta dias antes de Pessach acontece a festa de Purim, nos ensinando que todos os preparativos para Pêssa’h devem ser feitos com muita alegria e agilidade como fizemos com os “Mishlu’hei Manot” de Purim!
As crianças devem ter boas recordações dessa época do ano, quando eles lavam os brinquedinhos e ajudam a mamãe
D’us nos livre de não causar um ”trauma de infância” para nossas crianças ouvindo a mamãe gritar para todos os lados .
Lembre-se que no ”Leil Hasseder” todos chegamos juntos
Se alguma criança escondeu algum biscoito para ele não ”sumir” na bediká, não é um fim de mundo, sendo que esse hametz não é mais seu porque você já fez a venda do Hametz com antecedência.
Autoridades halá’hicas decretaram que autorizações online para vender o Chametz são aceitáveis.
A prática tradicional e preferida, porém, é a autorização para a transação ser feita em pessoa com o rabino local.
Para vender o hametz clique no link abaixo
https://pt.chabad.org/holidays/passover/sell_chometz_cdo/jewish/Venda-seu-Chamts-Online.htm
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
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https://youtu.be/Y8ZQGlSodts?feature=shared
Bom dia pessoas maravilhosas ❤️ 🌻 🥰
Hoje é dia 10 de Adar e o Tehilim do dia é :
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Purim
A festa de Purim começa com a leitura da Meguilá na noite dessa quinta feira dia 13 de março.
A primeira pergunta que poderemos fazer sobre a Meguilá é:
Se esse rei da Pérsia ficou famoso por entender de mulheres , como vemos no concurso miss universo que foi feito para ele que era o rei de todos os 127 pais que existiam na época, como pode ser que Esther, uma Judia religiosa que não entendia nada desse assunto, ganha um concurso desses onde a prova principal era passar a noite com o rei?
Diz o Ari Zal que Hashem fazia um milagre e entrava sempre uma demônia no lugar dela.
De acordo com essa opinião o rei da Pérsia Dariavesh é filho daquela figura espiritual negativa que se materializava para "substituir" Esther.
A Guemará nos conta que nosso povo teve 48 profetas e sete profetisas .
Vemos no Tana'h que o profeta Ovadiahu escondeu 100 profetas em duas cavernas em uma época da perseguição.
Só desse exemplo vemos que tivemos mais do que 48 profetas.
Dizem nossos Sábios que esses 48 profetas e sete profetisas foram os que escreveram as profecias para outras gerações e Esther é uma das sete profetisas.
Haman é chamado de Haman Ha Agagui, ou seja, descendente de Agag, rei de Amalek que sobreviveu por erro de Shaul, o primeiro rei de Israel.
Shaul recebeu a Mitzvá de exterminar Amalek, mas deixou Agag vivo com uma escrava que engravidou dele antes de o profeta Shmuel matá-lo.
Esther era a descendente de Shaul e por isso a Divina providência trouxe ela para ser a pessoa que vai exterminar a descendência de Agag.
E aonde vimos que isso aconteceu totalmente?
A Guemará nos conta que os descendentes de Haman se converteram ao judaísmo e se tornaram grandes Sábios de Israel, ensinaram Torá em Bnei Brak.
A lei judaica determina que "Alguém que se converte ao judaísmo é como uma criança que nasceu" e até o aniversário dele passa a ser pelo dia que ele se converteu e não pela data do nascimento biológico.
Daqui vemos que Esther fez totalmente o conserto do erro do ancestral dela, o rei Shaul!
🍁🍁🍁🍁
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
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Bom dia pessoas maravilhosas ❤️🥰🌻
Hoje é dia 3 de Adar e o Tehilim do dia é :
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Urim Vetumim
Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol.
Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas, como por exemplo o pedido Divino de colocar dentro do Hoshen o Urim e o Tumim
Nas doze pedras preciosas encaixadas no Choshen estavam gravados os nomes dos doze filhos de Yaakov, patriarcas das treze tribos de Israel (no lugar dos nomes de Efraim e Menashe estava o nome de Yossef).
Por trás disso, dentro do Choshen, estava o Urim e Tumim
Quando surgia uma pergunta de importância pública como uma dúvida relativa à estratégia de guerra ou outro assunto público importante que necessitava de uma resposta Divina explícita, ela era perguntada em frente ao Cohen Gadol que vestia o Hoshen.
Então, por causa do Urim e Tumim, um milagre acontecia com as letras dos nomes lapidados nas pedras preciosas
Rabi Yochanan na Guemará (Yoma) diz que um conjunto de letras se destacava e o Cohen Gadol montava com elas palavras por meio de Ruach Hakodesh (Inspiração Divina). Reish Lakish diz que as letras se moviam milagrosamente e montavam palavras
O Ramban, Rabi Moshê ben Na'hman explica que as letras se iluminavam para o Cohen Gadol e assim elas se ressaltavam
O que são Urim e Tumim?
Rashi esclarece que o Urim e o Tumim são o Nome explícito de Hashem escrito e colocado dentro das dobras do Hoshen
Por meio dele as palavras Hoshen se tornavam perfeitas e iluminadas, e por causa desse Nome de Hashem que estava nele o Hoshen é chamado de Hoshen Mishpat
Porque por meio dessa escrita as perguntas eram milagrosamente julgadas e as respostas do Hoshen eram explícitas determinando se fazer ou não fazer o que foi perguntado
Urim
O Ari Zal explica que o Urim era o Nome de Hashem conhecido como Nome "Mem Beit", letra Mem e letra Beit do alfabeto hebraico cujo valor numérico delas juntas é 42.
Esse nome é chamado de “Mem Beit” por ser composto pelas iniciais de cada uma das 42 palavras da reza cabalística "Ana Bekoa'h"
Tumim
O Ari Zal explica que o Tumim era o Nome de Hashem conhecido como "Ain Beit" (72) que é assim chamado por ser o valor numérico do "Milui" (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como Tetragrama,
Ou seja, o nome de cada letra é escrito literalmente e o resultado do valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72
Quando o Cohen Gadol estava no Mishkan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam dentro do Hoshen
Diz o Ari Zal que não era possível fazer perguntas dessa forma a não ser dentro do Beit Hamikdash ou do Mishkan
E por isso o Choshen de Aviatar, o Cohen que fugiu da cidade de Nov que foi atacada por Shaul e se uniu à David antes de ele ser o rei de Israel, não tinha o Urim e Tumim
Ou seja, David recebia respostas Divinas do Hoshen de Aviatar por meio do Rua'h Hakodesh do próprio David, e não por causa do Urim e Tumim
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
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https://mailchi.mp/7ae31ee2407d/truma?e=536cc1f43b
Bom dia pessoas maravilhosas ❤️🥰🌻
Hoje é Rosh Hodesh, dia 30 de Shevat, e o Tehilim do dia é do capítulo 145 até o final do livro.❤️🥰🌻
Amanhã Shabat dia 1 de Adar o Tehilim do dia será :
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Trumá
Nossa Parashá nos conta sobre o pedido Divino ao povo de Israel de doarem para a construção do Mishkan.
O Mishkan é traduzido como Tabernáculo, palavra que por sua vez também precisa de uma tradução, então vamos usar para ele a palavra Mishkan mesmo!
A linguagem do versículo é: "pegue para mim (para D’us) uma doação".
Unkelus bar Kalonikus era filho da irmã do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash e causou um verdadeiro holocausto para o nosso povo.
Unkelus se converteu ao judaísmo e se tornou um "Tâna", que é o título dado aos grandes Sábios da época da Mishná. Deixou de ser Unkelus bar Kalonikus e se tornou Unkelus ben Avraham Avinu.
Ele traduziu a Torá para o aramaico para facilitar seu entendimento para as mulheres, crianças, e pessoas menos estudadas, tornando a Torá acessível aos menos privilegiados, sendo que o aramaico era a língua falada pela maioria dos judeus da época.
Mesmo havendo na época outras traduções da Torá para o aramaico, a tradução de Unkelus que não é uma tradução literal mas sim explicativa, foi escolhida pelos Sábios de Israel para ser lida toda semana junto com a Parashá, e por isso ela já vem impressa em todo Humash ao lado do texto em hebraico.
Essa tradução foi feita quando Unkelus já estava em um nível espiritual elevadíssimo, o nível de Tzadik.
Ele fez essa tradução por meio de Rua’h hakodesh. Ou seja, ele viu lá no mundo de cima de que forma deveria traduzir aqui no mundo de baixo.
Quando ele chegou a esse versículo que diz "pegar" para Hashem uma doação, ele traduziu "dar" para Hashem uma doação.
Se a explicação para esse “pegar” é "dar", por que então no texto em hebraico está escrito pegar?
Aqui revelamos um segredo oculto da Torá:
Quando você está dando uma doação, na verdade você está "pegando" para você muito mais.
Ou seja, no mérito da sua doação Hashem (D’us) te dá muito dinheiro.
Hashem pediu para Moshe pedir ao povo de Israel uma doação.
Diz o versículo: "De toda pessoa que queira doar de coração pegue para mim uma doação".
Quando Hashem pede essa doação, o versículo usa a palavra "Trumá" como doação e não a palavra "nedavá" que é a palavra certa para isso, sendo que a palavra “Trumá” quer dizer elevação e a palavra nedavá doação.
A tradução da Torá para o aramaico feita por Unkelus não é uma tradução literal mas sim uma tradução explicativa.
Quando ele traduz a palavra Trumá ele não a traduz no seu sentido literal que é o de "elevar", mas traduz como separar que já é a explicação do sentido da palavra nesse caso.
Rashi traz a tradução de Unkelus na sua explicação sobre essa passagem da Torá e conclui que a intenção da palavra Trumá no nosso versículo é a de separar.
Ou seja, os doadores vão separar uma parte do seu dinheiro para dar como doação.
Sendo que o versículo explicitamente está falando sobre uma doação, e não está falando sobre levantar alguma coisa, como vimos na tradução de Unkelus trazida também por Rashi, por que então a Torá usa a palavra "Trumá" (elevar) e não a palavra "nedavá" (doar)?
צְדָקָה תְרוֹמֵם גּוֹי וְחֶסֶד לְאֻמִּים חַטָּאת
No livro dos provérbios, o rei Salomão usa essa palavra no seu sentido literal: "a Tzedaká eleva o povo".
Mas o que a Tzedaká eleva mais do que qualquer outro Mandamento Divino a ponto de a nossa Parashá já usar diretamente a palavra elevação no lugar de doação?
O motivo do trabalho
Quando Adam Harishon, o primeiro homem, fez a primeira transgressão, ele perdeu o direito ao paraíso terrestre onde se encontrava, e no lugar disso foi dito a ele:
-"Com o suor da sua face você vai comer pão".
Ou seja, a partir daquele momento ele teria que trabalhar duro para ter o que precisa.
Sendo que precisamos “trabalhar para comer”, acabamos levando o trabalho mais a sério do que as outras coisas.
Colocamos o principal da nossa dedicação e empenho no trabalho, e também perdemos as melhores horas do dia trabalhando.
O trabalho é a única coisa que fazemos "de todo o coração", a única coisa que nos dedicamos de verdade.
Diz o rei David no Tehilim que os dias da nossa vida são setenta anos e se formos fortes serão oitenta, e no final chegamos a um "mundo melhor".
Quando já começamos a nos preparar para essa "viagem" pensamos em todo o tempo perdido, toda a grande dedicação e empenho que tivemos no trabalho por medo de não conseguir pagar as contas, quanto tempo levou para ir e voltar do trabalho e quanto tempo ficamos no próprio trabalho.
Chegamos cansados em casa e damos graças a D'us por ter sobrado um pouquinho de tempo para dormir e recuperar as forças para poder ir de manhã novamente para o trabalho e novamente perder o dia inteiro lá.
E só de pensar que no próximo mundo o importante não é o trabalho material que fizemos aqui mas sim o trabalho Divino que fizemos aqui, e que lá vamos receber o pagamento pelo trabalho Divino e não pelo trabalho material, ficamos abalados.
E esse pagamento não é pouca coisa. Uma hora no baixo Paraíso equivale a setenta anos dos maiores prazeres aqui neste mundo.
Então, com que cara vamos chegar no próximo mundo depois de ter perdido tanto tempo e foco com o trabalho material?
Mas Hashem é a essência do bem e a natureza do bem é fazer o bem, e por isso nossa Parashá se chama Trumá e não Nedavá.
O lado oculto da doação
Não teríamos como fazer uma doação de parte do nosso dinheiro sem ter o dinheiro para fazê-la, e para ter esse dinheiro precisamos viajar até o trabalho, nos dedicar à ele de corpo e Alma, perder nele as melhores horas do dia e os melhores anos da nossa vida.
Mas quando damos uma parte desse dinheiro para a Tzedaká, sendo que ele é a consequência do nosso trabalho, todo nosso trabalho se transforma em Mitzvá.
Ele se torna a parte principal desta Mitzvá, sem ele a Mitzvá não teria como acontecer.
Por isso nossa Parashá chama a doação de "elevação", nos mostrando que essa Mitzvá eleva todo o nosso trabalho, incluindo o tempo perdido para ir até ele e também para voltar dele, sendo que ele é a parte principal da Mitzvá da Tzedaká.
Então quando terminamos o nosso trabalho e voltamos para casa, podemos dizer confiantes que o dia inteiro estávamos fazendo uma Mitzvá.
Por meio da Tzedaká todo o nosso trabalho se transforma em Mitzvá, todo o nosso trabalho se torna a Mitzvá da Tzedaká.
🌻🌻🌻🌻🌻
Nossa Parashá nos conta que Hashem disse para Moshe pedir para o povo de Israel fazerem doações para a construção do Mishkan e tudo o que era relacionado à ele.
A linguagem do versículo é: “Fale ao povo de Israel e peguem para mim uma doação, de cada pessoa que doar de coração peguem a minha doação”.
Essa linguagem é uma incógnita, sendo que os Mandamentos Divinos não dependem da nossa boa vontade, mas ao contrário, devemos vencer nossas más inclinações e obrigarmos a nós próprios fazermos a vontade Divina mesmo que isso seja contra nossa própria vontade.
Ou seja, mesmo que a nossa vontade é o contrário disso, devemos fazer a vontade Divina.
Então porque logo aqui no assunto das doações é necessário doarmos do fundo do coração?
A explicação do Zohar
Diz o Zohar que sobre o que é gratuito paira a impureza, e por isso todos os assuntos do lado puro devem ser pagos, para que a impureza não paire sobre eles.
Ou seja, nosso mundo é o mundo da ação, e o que vem de graça é falta de ação.
O profeta antigo tinha que fazer uma ação para que a profecia descesse para esse mundo, ou seja, ela não descia de graça.
Essa explicação justifica automaticamente o motivo de todo o povo de Israel ter tido que participar das doações feitas para a construção do Mishkan e tudo o que foi relacionado à ele.
Sendo que todo o povo de Israel iria usufruir do Mishkan e de tudo o que estava contido nele, todos tiveram que pagar por essa construção para que a impureza não pairasse sobre esse usufruto.
🌻🌻🌻
Nossa Parashá nos conta que Hashem pediu para fazermos uma arca de madeira revestida de ouro maciço por dentro e por fora.
Dentro dela estavam as segundas “Tábuas da Lei”, os Dez Mandamentos lapidados pelo próprio Moshe Rabeinu em pedra preciosa, e de acordo com Rabi Yehuda na Guemará, dentro da Arca, embaixo das segundas “Tábuas da Lei”, estavam também os pedaços das primeiras “Tábuas da Lei”.
Sobre a Arca havia uma tampa de ouro maciço com dois anjos de ouro sobre ela.
Hashem pediu para soldar duas argolas de ouro puro em cada lado da arca para passar por dentro delas duas varas de madeira revestidas de ouro e por meio delas carregar a Arca quando for preciso.
No deserto a Arca foi carregada sobre os ombros dos Bnei Kehat da tribo de Levi por meio dessas varas.
Não precisamos fazer uma faculdade de engenharia para compreender que só por milagre essas argolas não se soltariam quando a Arca fosse carregada, sendo que o ouro puro é demasiadamente mole para ser utilizado, e por esse motivo geralmente ele é endurecido antes do uso sendo fundido com prata e cobre para que possa ser feito dele uma joia.
Mas o milagre da Arca não foi somente o fato de as argolas de ouro não se soltarem quando a Arca era carregada, o milagre era muitas vezes maior do que isso
Dizem nossos Sábios que, não só que os carregadores não carregavam a Arca, mas era a Arca que carregava seus carregadores.
Sendo assim, porque a Torá pede para anexar as varas revestidas de ouro para que ela possa ser carregada sobre os ombros dos Bnei Kehat dessa forma?
Rabi Hanina Ben Dossa e a pedra que subiu para Yerushaláim
Rabi Hanina Ben Dossa viveu há dois mil anos atrás no norte de Israel.
O Midrash nos conta que Rabi Hanina, vendo que as pessoas da sua cidade sempre levavam animais para o Beit Hamikdash e ele que era uma pessoa extremamente pobre que nunca levava nada, foi para o deserto ao lado da sua cidade decidido a encontrar alguma coisa para doar também.
Ele encontrou lá uma pedra que seriam necessárias pelo menos cinco pessoas para carregá-la.
Ele cortou, lapidou, talhou, modelou e alinhou aquela pedra até ela ficar prontinha para ser doada para o Beit Hamikdash.
Agora que a pedra estava pronta, Rabi Hanina tinha que levá-la para o Beit Hamikdash.
Como dissemos, Rabi Hanina era uma pessoa extremamente pobre. Agora ele precisava de cinco carregadores para levar a pedra para Yerushaláim, mas por um preço que combinasse com o seu bolso.
Ele conseguiu cinco carregadores, mas eles pediram uma exorbitância para fazer esse trabalho. Rabi Hanina não tinha como pagar e os carregadores foram embora.
Rabi Hanina rezou e pediu para Hashem ajudá-lo. Hashem mandou para ele cinco Anjos do céu em forma de carregadores sem que ele soubesse que eram Anjos.
Eles ofereceram carregar a pedra por uma bagatela, mas com uma condição: que ele também fizesse alguma coisa! Mesmo que nesse caso isso não iria ajudar em nada.
Eles pediram para Rabi Hanina colocar um dedinho na pedra, como se fosse levantá-la também.
Rabi Hanina colocou o dedo na pedra e milagrosamente naquele mesmo instante eles chegaram em Yerushaláim.
Os “carregadores” misteriosamente desapareceram e nem pegaram o pouco dinheiro que Rabi Hanina queria pagar para eles.
Agora podemos entender porque os Bnei Kehat tinham que colocar um ”dedinho” na Arca como se eles estivessem carregando ela, mas na verdade era ela que os carregava.
Os milagres Divinos funcionam dessa forma.
No Egito, para que as dez pragas acontecessem, Moshe e Aharon precisavam fazer alguma coisinha, como bater o cajado no rio Nilo, ou até mesmo somente incliná-lo em frente ao mar vermelho.
Assim também acontece com cada um de nós. Por maior que seja o milagre que Hashem quer nos fazer, somos obrigados a pelo menos colocar um dedinho da nossa parte para que ele aconteça.
Shabat Shalom
Rabino Gloiber
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Hoje é dia 29 de Shevat e o Tehilim do dia é :
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Esse Shabat será Shabat Shekalim שַׁבָּת שְׁקָלִים
Shabat Shekalim, ou seja, o “Shabat dos shekels” é o Shabat no qual lemos “Parashat Shekalim”(Êxodo 30:11-16) em preparação para Purim.
Shabat Shekalim é sempre o Shabat antes do 1º dia do mês de Adar em um ano normal, ou antes do 1° dia de Adar 2 em um ano “Meuberet” que tem dois meses de Adar.
Pode ser também no próprio 1º de Adar quando o dia 1° de Adar cai no Shabat como acontece nesse ano
Quando a Torá nos conta sobre o Mandamento Divino de doar meio shekel para o resgate da nossa Alma depois de terem feito o bezerro de ouro, diz o Midrash que Hashem (D’us) mostrou para Moshe uma "moeda de fogo" para explicar a ele como deve ser feita uma verdadeira doação.
Dois tipos de doação:
O primeiro tipo de doação é quando você quer fazer a doação porque simplesmente "sente vontade de dar".
Esse pensamento é lindo, mas limitado.
O segundo tipo de doação, que é muito mais alto do que o nível anterior, é quanto você faz uma doação porque Hashem nos deu o Mandamento de fazer essa doação.
Nesse caso, mesmo que você não sinta vontade de dar essa doação, mesmo assim você dirá.
E o motivo para isso é porque uma Mitzvá é algo absoluto, ela não depende de eu sentir vontade de fazê-la ou não. Há um poder muito maior aqui.
No hassidismo, isso é chamado de " Kabalat Ol ": fazer o que é necessário porque o Criador ordenou.
A diferença entre esses dois tipos de doação vai ser a seguinte:
Quando você doa porque você entende que isso é uma coisa boa, ou porque seu coração sente, você doa com o máximo de calor e entusiasmo.
Quando você doa porque “precisa doar", você não doa com entusiasmo, mas faz isso somente por obrigação
E foi isso o que Hashem (D’us) ensinou à Moshe mostrando para ele uma " Moeda de Fogo".
A Moeda é uma coisa que tem o mesmo valor para todos.
O shekel vale exatamente o mesmo para você, para mim e para outras pessoas totalmente diferentes de nós, independentemente de quem somos, independentemente de nossos pensamentos e sentimentos.
A moeda, portanto, simboliza "aceitar o jugo". Você contribui como o outro contribui, porque D’us ordenou, independentemente do seu caráter, das suas inclinações e dos seus sentimentos pessoais.
Essa doação é real, permanente e incondicional, sem considerações e cálculos do nosso ego.
Mas e o calor e o entusiasmo?
Quando você doa por compromisso, onde eles entram em cena?
É por isso que você precisa viver a fusão de dois opostos aparentemente impossíveis de se unirem e se ajudarem, é isso é representado pela moeda de fogo.
O fogo sempre sobe ao topo. Não importa para qual lado você inclina a vela, a chama sempre sobe para cima, ele representa o entusiasmo.
Ou seja, mesmo quando você faz uma doação “por obrigação” você tem que adicionar à ela o "fogo" - o calor e o entusiasmo que vem de dentro de você.
O poder de fazer isso é um poder especial que recebemos de Hashem (D'us), que é o único que consegue fazer com que os opostos não só que não se destruam, mas ao contrário, que acrescentem vida um para o outro.
Hashem nos deu esses poderes, agora você só precisa trabalhar para que isso se expresse na sua natureza
Rabino Gloiber
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Hoje é dia 27 de Shevat e o Tehilim do dia é :
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Tzedaká nas Sefirót
A emanação das energias superiores para o nosso mundo são representadas pelo nome de Hashem conhecido como “Shem Havaye”, formado de quatro letras que não devem ser lidas em sua ordem de escrita, nem sussurradas, mas só podem ser lidas no pensamento.
Essas letras são as letras hebraicas Yud – Hei – Vav – Hei
Quando falamos esse nome de Hashem conhecido pelos não judeus como “Tetragrama” que eu grego quer dizer “quatro letras”, não podemos pronunciar essas letras consecutivamente, e portanto trocamos as letras Hei por Kei para não falar o nome de Hashem em vão. Falamos assim: Yud Kei Vav Kei
Rabi Shimon bar Yohai nos explica que quando essas letras estão unidas, todas as bênçãos celestiais fluem automaticamente e descem para nós sem nenhuma dificuldade.
Mas quando a última letra está separada das três anteriores é sinal de que está acontecendo uma interrupção entre as bênçãos Divinas e nós.
E o único motivo para que isso aconteça é o de que o nosso comportamento aqui em baixo não está de acordo com o que é exigido de nós lá em cima.
Nosso mundo material é o “mundo da ação”, como seu próprio nome já diz: “Olam HaAssiá” (mundo da ação), e está totalmente sincronizado com os mundos que estão acima dele que são os mundos da “formação” (Yetzirá) criação (Briá) e emanação (Atzilut).
Por isso, esse “desastre espiritual” representado pela separação da última letra do nome de Hashem ao nível do nosso mundo, é causado diariamente pelas nossas ações, pelo nosso comportamento nesse nosso mundo da ação.
E por isso depende de nós, por meio das nossas ações aqui no mundo da ação, revertermos também diariamente essa situação.
Perguntou Rabi Shimon bar Yohai no Zohar: – Quem consegue “consertar” o nome de Hashem lá em cima todos os dias? A pessoa que dá a Tzedaká para o pobre aqui embaixo, respondeu ele!
A classificação espiritual de “pobre” está se referindo a quem está totalmente sincronizado com a Sefirá chamada de Mal’hut.
A Mal’hut é comparada à lua, que não tem nenhuma luz de si própria, mas toda a sua luz é somente a luz que ela recebe do Sol.
Uma formação específica de Sefirót é chamada em aramaico de “Anpin” que quer dizer “face”. (a palavra Sefirót é o plural de Sefirá)
Nosso mundo material foi criado por meio de dez pronunciamentos Divinos que são a revelação das Dez Sefirót.
Elas são divididas em duas categorias genéricas que são os “Mohim” (intelectos) e as “Midot”(sentimentos, qualidades)
As três primeiras Sefirót são chamadas de “Mohim” (intelectos) e as sete “Sefirot de baixo” são chamadas de “Midot” (sentimentos, qualidades).
O conjunto de seis Sefirot que são a Hessed, Guevura, Tiferet, Netza’h, Hod e Yessod é chamado de “Zeir Anpin” que quer dizer “pequena face”.
O Zeir Anpin é o “aspecto masculino” das Sefirót e a revelação Divina no Zeir Anpin é chamada de “Kudsha Bri’h Hu” que quer dizer “o Santo bendito seja”, se referindo ao aspecto masculino desse conjunto de Sefirót onde a característica principal é a de ser o “provedor”.
O Zeir Anpin é representado pela letra “Vav” do nome de Hashem.
A Mal’hut sozinha é chamada de “Nukva” que é o “aspecto feminino” das Sefirót , o lado receptor.
A revelação Divina na Mal’hut é chamada de “Sh’hinta” que quer dizer “a presença Divina”. A Mal’hut é representada pela letra Hei que se encontra no final do nome de Hashem.
A revelação Divina em cada um desses níveis acontece de maneira diferente podendo ser até oposta, como no caso da revelação Divina no Zeir Anpin que o torna o provedor e a revelação Divina na Mal’hut que faz dela o receptor.
Cada um dos dias da criação está ligado à uma dessas Sefirót , nos mostrando que cada uma delas não tem como fazer o que a outra faz e todas são essenciais.
Os dias da criação do mundo nas Sefirót
Hessed – Bondade, expansão. O primeiro dia da criação foi quando foram criados a Água e a Luz que são as principais manifestações da Hessed.
Guevura – Rigidez, disciplina. O segundo dia da criação, quando foram criados os limites e a destruição representada pelo fogo do gehinom, principais características da Guevura.
Tiferet – Beleza. O terceiro dia da criação, quando Hashem criou as ervas e as árvores dando início à vida.
Netza’h- Eternidade. O quarto dia da criação quando Hashem criou o Sol, a Lua e as estrelas.
Hod- Esplendor. O quinto dia da criação quando Hashem criou os peixes e as aves
Yessod- Fundação. O sexto dia da criação quando Hashem criou os animais e o ser humano
Mal’hut – Realeza. O sétimo dia da criação, o dia em que nada foi criado, o dia que não tem nada de si próprio mas só tem o que recebeu dos dias anteriores.
Mesmo que nesse dia nada foi criado, ele se tornou o dia mais importante da criação, foi santificado e elevado por Hashem (D’us), pelo fato de o Mal’hut, mesmo sendo a última das Sefirót, mesmo assim ela tem uma conexão direta com o Keter que é o nível mais elevado nas Sefirót.
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Bom dia pessoas maravilhosas ❤️ 🥰🌻
Hoje é dia 22 de Shevat e o Tehilim do dia é :
106
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Hoje é o Yhortzeit da esposa do nosso Rebe, filha do Rebe Yossef YItzhak, a Rabanit Haya Mushka
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A Rabanit Haia Mushka era uma grande erudita da Torá e junto com isso ela era uma pessoa de extrema humildade.
Rebetsin Chaya Mushka (1901– 1988)
A Rabanit de Lubavitch
25 Adar 5661-1901, 22 de Shvat de 5748 – 1988
A Rabanit Haya Mushka nasceu no Shabat 25 Adar, em Babinovitch, nas proximidades de Lubavitch.
A pedido de seu avô, o Rebe Rashab, ela recebeu o nome da esposa do Tzemach Tzedek que foi o terceiro Rebe de Lubavitch
Quando ela nasceu, seu avô, o Rebe Rashab, estava no exterior. Ele enviou para seu filho, o Rabbi Rayatz, a seguinte carta:
“Com muita alegria, eu recebi hoje o telegrama que anuncia que minha nora teve um filho. Eu expresso minha bênção do Mazal Tov para vocês, para sua filha que acaba de nascer, Mazal Tov, Mazal Tov.
Se vocês ainda não lhe deram um nome, devem chamá-la de Haya Mushka. Me avisem qual nome foi dado, em um bom momento.”
Quando ele ficou sabendo qual nome ela tinha recebido, o Rebe Rashab escreveu mais uma vez:
“Eu expresso minha bênção do Mazal Tov a vocês pelo nome que vocês deram à minha neta, sua filha, que se chama Haya Mushka.
Possa D’us fazer com que ela viva longos dias e bons anos, espirituais e materiais.
Ela será uma mulher virtuosa, que temerá D’us sinceramente, e que vocês tenham dela muita satisfação, espiritual e material”.
Desde jovem, a Rabanit se destacou por sua santidade e sua pureza, na casa de seu avô, o Rebe Rashab e na casa de seu pai, o Rabbi Rayats, que dedicava um afeto especial por ela.
Na quinta-feira, 22 de Shvat, 4 de fevereiro, 22 de Shvat de 5748 – 1988 a esposa do Rebe, Rabanit Chaia Mushka, filha do Rebe Yossef Yitzhak de Lubavitch conhecido como Rebe Rayats , deixou este mundo.
A Rabanit Chaya Mushka era a segunda filha do Rebe Rayats. Ela distinguiu-se pelo seu profundo conhecimento da Torá, sua grande inteligência e seu comportamento majestoso.
Seu sentido de humor refinado e sua atitude positiva com cada detalhe a tornavam agradável a todos. Ela assumia sua missão com uma profunda humildade.
O Rebe observou que o Rebe Rayats havia deixado este mundo em Shvat, bem como sua avó, a Rabanit Rifka, sua mãe, a Rabanit Shterna Sara e sua filha, a Rabanit Chaya Mushka.
Existe ainda outro laço entre as três Rabaniot. Quando a Rabanit Rifka deixou este mundo, pediu um copo de água e imediatamente devolveu a alma.
Assim também ocorreu com a Rabanit Shterna Sara que, exatamente antes de morrer, também pediu um copo de água.
E a Rabanit Chaya Mushka fez o mesmo pedido pouco antes de deixar este mundo.
Certa vez, as mulheres de Chabad enviaram um buquê de flores à Rabanit na ocasião do seu aniversário.
Também lhe dirigiram uma lista com o nome de mulheres que tinham necessidade de uma bênção.
O secretário recebeu o buquê e transmitiu a carta ao Rebe que, observando o envelope, viu inscrito no mesmo o nome da sua esposa.
Pediu então que ele fosse transmitido à Rabanit, mas o secretário explicou que se tratava de uma lista de pessoas solicitando uma bênção.
O Rebe disse então:
“Ela pode igualmente abençoar.”
Durante o processo que estabeleceu a propriedade dos livros da biblioteca Lubavitch, a Rabanit foi convidada para testemunhar.
O advogado da parte contrária perguntou-lhe:
“O que a senhora pensa? A quem pertencem esses livros? Ao vosso pai ou aos Chassidim?”
A Rabanit respondeu: -“Meu pai e todos os seus livros pertencem aos Chassidim.”
Essas palavras exerceram uma profunda impressão sobre o juiz e foram determinantes para a vitória final.
O Rebe fez esse relato na saída do Shabat da Parashá Terumá 5748-1988, após os sete dias de luto.
A Rabanit deixou este mundo na quarta feira da Parashat Mishpatim, 22 de Shvat 5788-1988, após uma curta enfermidade.
Seu enterro ocorreu algumas horas após o seu decesso, na presença de quinze mil pessoas. Ela está enterrada ao lado do túmulo da sua avó, a Rabanit Shterna Sara e em frente ao túmulo do seu pai, o Rebe Rayats.
“Rebetsin” é um título em iídiche derivado da palavra hebraica “rabino”. Geralmente conota uma mulher casada com um rabino e/ou sábia e instruída por esfoço e mérito próprio. Rebetsin Chaya Mushka Schneerson era a segunda de três filhas do Rabino Yosef Yitzchak (o sexto Rebe de Chabad) e Rebetsin Nechama Dina Schneersohn. Seu marido, um primo distante, tornou-se o sétimo Rebe, Rabi Menachem M. Schneerson.
A Rebetsin Chaya (Moussia) Mushka Schneerson nasceu em Babinovich, próxima à cidade russa de Lubavitch no Shabat, 25 de Adar, 1901. Era a segunda das três filhas do Sexto Rebe de Lubavitch, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn.
Quando nasceu, seu avô, o Quinto Rebe de Lubavitch, Rabi Shalom DovBer, que estava no exterior, telegrafou ao pai dela nos seguintes termos: “…Mazal tov pelo nascimento de sua filha… se ela ainda não recebeu um nome, deve se chamar Chaya Mushka (o nome da esposa do Tzemach Tzedek).”
Desde seus tenros anos, a Rebetsin absorveu a pureza e santidade que a rodeava, tanto na casa de seu avô quanto na de seu pai.
Quando ela nasceu (25 de Adar de 1901), seu avô, o quinto Rebe Chabad, Rabino Shalom DovBer, estava viajando para o exterior e ele telegrafou para seu pai:
“… Mazal tov pelo nascimento de sua filha… se ela ainda não recebeu um nome, ela deveria ser chamada Chaya Mushka (o nome da esposa do Tzemach Tzedek [o terceiro Rebe Chabad]).”
Entre familiares e amigos próximos, ela era conhecida como “Mussia”, um equivalente russo/iídiche de Mushka. Nos documentos legais estava escrito: Moussia.
Ela Incentivou Suas Amigas a Acenderem velas de Shabat
Desde cedo ela seguiu o costume (que seu marido mais tarde transformou em uma campanha internacional) de que as meninas acendessem uma única vela de Shabat, mesmo antes do casamento.
Ela incentivava suas amigas a acender também, independentemente de havia precedentes para agir assim em suas famílias.
Enquanto o comunismo apertava o cerco e perseguições à comunidade judaica, Rabino Yosef Yitzchak corajosamente liderou a luta para manter a observância judaica e o estudo da Torá. Então, com 20 e poucos anos, Chaya Mushka estava ao lado de seu pai em seu ativismo.
Equilibrada e corajosa, seu pai a autorizou a agir em seu nome em todos os assuntos.
Quando os soviéticos prenderam seu pai e o condenaram ao exílio na distante Kostroma, ela o acompanhou a seu pedido. No dia 12 de Tamuz, ela foi a portadora da boa notícia da libertação de seu pai.
Enquanto morava em Rostov, ela contrabandeava regularmente comida e velas para a yeshivá Novardok, uma instituição não chassídica de aprendizado de Torá localizada na cidade.
Seus Sogros Não Puderam Comparecer ao Seu casamento. No outono de 1927, no dia seguinte a Simchat Torá, a família Schneersohn deixou a União Soviética e mudou-se para Riga, Letônia. Chaya Mushka já estava noiva do rabino Menachem M. Schneerson, que deixou a Rússia com sua família.
O casamento ocorreu em Varsóvia em 1928. As autoridades não permitiram que os pais do Rebe, Rabi Levi Yitzchak e Rebetsin Chana Scheerson, deixassem a União Soviética, e eles realizaram uma celebração paralela em seu apartamento em Dnepropetrovsk (Yekatrinoslav), que durou ao longo da noite.
Logo após o casamento em Varsóvia, na Polônia, o casal recém-casado se estabeleceu em Berlim, mas com a ascensão do nazismo, mudou-se para Paris. Em maio de 1940, a França foi invadida por forças alemãs e, como muitos judeus franceses, o casal fugiu para Nice, no sul da França.
Durante a fuga, houve um bombardeio devastador. Enquanto as pessoas corriam em todas as direções, Chaya Mushka notou uma bomba indo em direção a um homem ao lado dela.
Empurrando-o rapidamente para o chão, ela salvou sua vida. Recontando essa história décadas depois, a Rebetsin disse: “É verdade, eu salvei a vida dele, mas para derrubar um judeu é preciso fazer teshuvá”.
Ela e Seu Marido Perderam Irmãos Vítimas do Nazistas
Embora Chaya Mushka e seu marido tenham chegado às costas americanas na primavera de 1941, sua irmã mais nova, Sheina, e seu marido, o rabino Menachem Mendel Horenstein, ainda estavam presos na Polônia. Após a guerra, descobriu-se que eles morreram nas câmaras de gás de Treblinka.
Quando a guerra estourou, seus sogros estavam na aldeia de Chiili, (atual Shieli) Cazaquistão, onde o rabino Levi Yitzchak foi forçado ao exílio como punição por seus esforços em prol do judaísmo. Ironicamente, isso os salvou do ataque nazista. Seu filho, DovBer, no entanto, foi assassinado pelos nazistas e enterrado em uma vala comum.
Após o falecimento de seu pai em 1950, a liderança do movimento Chabad-Lubavitch mundial passaria para o marido de Rebetsin Chaya Mushka. Apesar do Rebe inicialmente relutar em aceitar o manto da liderança, foi sua esposa, a Rebetsin, que, apesar do grande sacrifício pessoal que isso acarretaria, finalmente o convenceu a assumir o cargo.
Após a morte de seu pai em 1950, a liderança do movimento Chabad-Lubavitch mundial passou para o marido de Rebetsin Chaya Mushka. Apesar de sua recusa inicial em aceitar o manto, foi sua esposa, a Rebetsin, que, apesar do grande sacrifício pessoal que isso acarretaria, finalmente o convenceu a aceitar o cargo.
Por décadas, o Rebe chegou ao seu escritório no meio da manhã e lá permanecia até bem depois da meia-noite. Nas noites em que recebia pessoas para audiências privadas (yechidut), o Rebe costumava chegar em sua casa às sete da manhã. Auxiliares e confidentes lembram que a Rebetsin muitas vezes ficava acordada a noite toda, pronta para receber seu marido.
Ela se Orgulhava das campanhas de Seu Marido
Aqueles que conheciam a Rebetsin atestam que ela se orgulhava muito das campanhas de Mitsvá iniciadas por seu marido; ela, mais do que ninguém, compreendia o pensamento que estavam incutidos neles.
Ela costumava se referir a si mesma como ‘Sra. Schneerson’
A Rebetsin Chaya Mushka evitava os holofotes e raramente aparecia em público, onde sem dúvida seria recebida como a reverenciada Rebetsin. Em vez disso, ela optou por permanecer dentro de um pequeno círculo social onde seria tratada com discrição. Ao fazer ligações telefônicas, ela geralmente se referia a si mesma simplesmente como “Sra. Schneerson da President Street.”
Ela Não Foi Abençoada com Filhos, Mas Possuía Milhares de Descendentes
A Rebetsin não tinha filhos, mas quando uma criança a visitava em sua casa e lhe perguntava: “Onde estão seus filhos?” ela respondia que os chassidim, aqueles que seguiram os caminhos ensinados por seu marido, eram seus filhos.
Certa ocasião, a Organização das Mulheres de Lubavitch lhe enviou um buquê de flores, junto com uma lista de pessoas para as quais foram solicitadas bênçãos. Deixando de lado as flores para a Rebetsin, o secretário passou a carta ao Rebe que, observando que era endereçada à sua esposa, pediu ao seu secretário que a entregasse a ela, dizendo: “Ela também pode dar bênçãos”.
A Rebetsin faleceu na quarta-feira, 22 de Shevat, em 1988, após uma breve doença. Seu enterro ocorreu algumas horas depois na seção Chabad do Montefiore Cemetery no Queens, Nova York. Pouco antes de sua morte, Rebetsin Chaya Mushka pediu um copo de água. Depois de recitar a bênção, “… por cuja palavra todas as coisas vêm a existir”, ela devolveu sua alma ao seu Criador.
A data de seu falecimento foi posteriormente escolhida para anualmente ocorrer a Conferência Mundial (Kinus HaShluchot) das mulheres emissárias de Chabad Lubavitch.
Após o falecimento da Rebetsin, o Rebe solicitou que as meninas recebessem o nome dela.
Até hoje, milhares de jovens levam orgulhosamente o nome de Chaya Mushka, continuando seu legado de devoção e inspiração.
Rabino Gloiber
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Bom dia pessoas maravilhosas ❤️🥰🍎
Hoje é dia 15 de Shvat conhecido como "Tu Bishvat" e o Tehilim do dia é :
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ט"ו בשבט
Tu Bishvat
Cada letra em hebraico também representa um número.
O número 15 é representado pela letra hebraica ''ט'' (têt) que representa o número 9 junto com a letra hebraica ''ו'' (vav) que representa o número 6, juntas elas formam a palavra "טו" (tu) que representa o número 15.
Por que não usamos a letra hebraica "י" (Yud) que representa o número 10 e a letra hebraica "ה" (hei) que representa o número 5 para juntas formarem o número 15 ?
Porque a união da letra "י" (yud) com a letra "ה" (hei) forma um dos nomes de Hashem (D'us) que não podemos apagar
O calendário judaico tem quatro datas que são chamadas de ano novo
Tu b’Shvat, o décimo quinto dia do mês hebraico de Shvat, é o ano novo das árvores.
O primeiro dia do mês judaico de Elul é o ano novo dos animais
Os primeiro segundo dias do mês de Tishrei são Rosh hashaná são o aniversário do mundo. Ou seja, o começo do ano a partir da criação do mundo. Rosh Hashaná, é um dia santificado, um Yom Tov.
O primeiro dia do mês judaico de Nissan é o ano novo da Torá que determina a ordem dos meses de acordo com a saída do Egito. Ou seja, o primeiro mês da Torá é Nissan e o mês de Tishrei é o sétimo mês
A Guemará se refere a Tu b’Shvat como o “Ano Novo das Árvores”. Essa data é relevante para certas leis da Torá que dizem respeito à agricultura na Terra de Israel.
Pode, portanto, parecer estranho celebrar essa data, mas o dia 15 de Shvat sempre foi um dia festivo para o Povo Judeu, mesmo quando a grande maioria dos judeus viviam na Diáspora.
Segundo as leis judaicas para essa data, não falamos TaHanun que são as rezas nas quais pedimos desculpas pelas coisas erradas que fizemos.
Sendo que Tu b’Shvat é o “Ano Novo das Árvores”, costumamos comer frutas nessa data, especialmente as que são típicas da Terra de Israel.
Trata-se de um dia festivo porque mesmo não sendo uma data sagrada, tem grande significado para nosso povo.
Seu tema principal é a conexão entre Am Israel (o Povo Judeu) e Eretz Israel (a Terra de Israel).
O fato de a Torá reger até mesmo as leis agrícolas na Terra de Israel é um poderoso lembrete de que Eretz Israel é a herança por direito e eterna do Povo Judeu, e de que D’us deseja que os judeus que vivem nela, vivam de acordo a Torá mesmo quando estão na rotina do trabalho do dia a dia.
Mas o Ano Novo das Árvores também possui um tema universal, uma lição de como viver, que serve a todos os seres humanos. É uma lição relevante para todas as pessoas, independentemente de gênero, idade, religião, nacionalidade ou etnia.
“O Homem é a árvore do campo”
A palavra Torá deriva da palavra hebraica hora’á, que significa instrução.
A Torá não é apenas um livro de autoria Divina, contendo relatos e leis, mas também um projeto de vida.
Tudo o que estudamos na Torá deve servir de lição para ser colocada na prática em nossas vidas.
Portanto, quando a Torá afirma que Ha’Adam Etz HaSadé “O Homem é a árvore do campo” (Deuteronômio, 20:19), está transmitindo um ensinamento relevante para nossa vida.
Esse versículo pode ser interpretado de diversas formas, mas, qualquer que seja a interpretação, está claro que a Torá ensina que há um íntimo relacionamento entre seres humanos e as árvores dos campos.
Sendo Assim, o Ano Novo das Árvores pode ser, também, um Novo Ano para os homens.
A ideia de que os seres humanos e as árvores estejam, de certa forma, relacionadas, encontra eco em um dos Livros dos Profetas, onde está escrito: “Como os dias de uma árvore serão os de Meu Povo” (Isaías, 65:22).
Para entender a mensagem desse versículo e o que a Torá ensina ao afirmar que Ha’Adam Etz HaSadé, é necessário primeiro considerar de que forma os seres humanos levam sua vida.
Um dos maiores problemas dos seres humanos, em todas as partes, e especialmente na cultura ocidental, é como se relacionar com sua idade.
Biologicamente, os seres humanos têm uma infância muito mais longa do que as outras espécies, pois somos criaturas complexas que exigem um treinamento mais prolongado.
São necessários muitos anos para nos tornarmos autossuficientes.
Além disso, em virtude do enorme potencial do intelecto humano, a maioria de nós dedica muitos anos de vida em busca de educação e treinamento.
No Brasil e em outros países modernos, as crianças frequentam a escola até completarem dezessete ou dezoito anos, e a maioria dos que têm condições também continuam para a faculdade.
Em anos recentes, muitas pessoas decidiram que um título acadêmico não era suficiente e continuaram estudando para obter um título de mestrado e até de doutorado.
Esses anos de instrução, que podem durar entre dezoito a trinta anos ou mais, são considerados como preparação para a vida.
Quando um aluno está na escola, está-se preparando para a faculdade; quando está na faculdade, prepara-se para a pós-graduação; e quando está na pós-graduação, faz seu preparo para a vida.
Segundo esse ponto de vista, a vida apenas começa quando a pessoa deixa a “Torre de Marfim” e entra no “mundo real”.
Pode-se argumentar que uma das razões pelas quais as pessoas dedicam cada vez mais anos a se preparar para a vida é que os seres humanos estão vivendo mais, já não é tão raro uma pessoa viver mais de 90 anos.
Mas apesar desse aumento da longevidade, na maioria das sociedades as pessoas percebem que seus anos de ouro são o período de sua vida em que se torna menos relevante.
Os muitos anos que passa na escola são o prólogo de sua vida, ao passo que a velhice é o epílogo – geralmente também um período longo.
Entre esses dois períodos, o prefácio da vida e o epílogo da vida, transcorre “a história” da nossa vida, o tempo no qual as pessoas se consideram seres humanos capazes de realizar, ao máximo, o seu potencial.
Há uma parábola árabe que ilustra essa ideia. Um leão que deseja ensinar seu filhote acerca do mundo, lhe diz: “Nós, leões, não tememos nenhuma criatura exceto os seres humanos.
Eles são perigosos. Quero mostrar-lhe qual a aparência deles, para que você os conheça e fique à espreita”.
Eles veem uma criança e o filhote pergunta: “Isto é um homem?” O leão responde: “Ainda não”. Eles veem, então, um velho, e o filhote pergunta: “Isto é um homem?”. O leão responde: “Não mais”.
Essa parábola retrata a maneira pela qual muitos de nós vemos a vida:
até que um ser humano atinja o estágio em que ele é “adulto”, ele ainda não vive; e quando ele já ultrapassou certa idade, ele já viveu, ainda que permaneça fisicamente vivo.
Assim, quando somos jovens, fazemos planos e nos preparamos para o futuro e sonhamos com o que ele nos trará; e quando somos idosos, nos lembramos do passado, com prazer ou com pesar.
Essa forma de ver e viver a vida abrange apenas uma pequena parte de nossa vida. Essa vida é semelhante a uma viagem de férias cujo trajeto de ida e volta demora muito: passa-se muito tempo na estrada, em viagem, e pouco tempo no local das férias.
Um dos problemas de se viver dessa forma – acreditando que há um “antes” e um “depois” – é que nossas vidas se tornam segmentadas e curtas, mesmo se vivermos muitos anos.
Geralmente dedicamos tempo em demasia ao “antes” e nos resignamos ao “depois” e, como consequência, não dedicamos tempo suficiente a viver.
Quando a pessoa está no estágio do “antes”, pensa no que acontecerá, e quando está no “estágio posterior”, pensa no que aconteceu ou em como poderia ter sido.
Em ambos os casos, não dá atenção suficiente ao presente. Como resultado, as pessoas passam a maior parte de sua vida no futuro ou no passado, mas raramente no presente.
Esse tipo de vida pode ser cheia de frustração, desapontamento e estresse, pois o futuro geralmente é diferente do que se imaginava e o passado não pode ser revivido ou modificado.
Há um poema famoso de um de nossos grandes Sábios, Ibn Ezra, que diz: “O passado já se foi, o futuro, ainda não chegou. O presente é como um piscar de olhos. Qual o motivo, então, para nossas preocupações?”.
Esse poema pode ser traduzido assim: “Se o passado já se foi e o futuro ainda não chegou, e o presente passa tão rápido como um piscar de olhos, o que, então, é a nossa vida?”.
Não se trata de uma pergunta trivial. Na realidade, é uma pergunta que trata do que representa a vida. Talvez seja a pergunta mais importante que temos que nos fazer.
A lição de Tu b’Shvat
Tu b’Shvat, o ensinamento de que o Homem é a árvore do campo, e o versículo de Isaías – “Como os dias de uma árvore serão os dias de Meu Povo” – fornecem uma resposta a essa pergunta.
A resposta é universal e se aplica a todos os seres humanos.
É, também, atemporal, relevante a todas as gerações e especialmente à nossa. “Como os dias de uma árvore serão os de Meu Povo” nos ensina que todo ser humano precisa, como uma árvore do campo, viver uma vida de crescimento constante e ininterrupto.
Há diferentes tipos de árvores: algumas são grandes, outras são pequenas, e o ritmo de crescimento ou a qualidade dos frutos de cada uma pode variar enormemente.
Mas as árvores nunca param de crescer
Esse é o crescimento constante a que todos os seres humanos deveriam aspirar, essa é a lição que D’us transmite, a cada um de nós, através do profeta.
Devemos viver no presente, como um bebê que não desperdiça tempo especulando sobre como sua vida será quando ele tiver 30 ou 80 anos.
Devemos viver e tentar tirar o melhor proveito de cada dia. Isso não significa que devemos viver como se não existisse um amanhã.
A ideia de que “devemos comer e beber e nos divertir, porque amanhã morreremos” é fortemente condenada pelo judaísmo.
Viver no presente tirando o máximo proveito do dia – não significa viver uma vida hedonista e inconsequente.
Tampouco significa que devemos abreviar a educação e a preparação. Na verdade, a Lei Judaica ordena que todas as crianças recebam uma educação adequada.
O estudo está na raiz da vida judaica; o estudo da Torá é o principal mandamento do judaísmo e a Torá ordena que todas as crianças sejam treinadas em uma profissão.
O que viver no presente significa é que em vez de desperdiçar tempo precioso tentando adivinhar o que o futuro nos reserva ou sobre o que o passado foi ou deveria ter sido, devemos, pelo contrário, pensar sobre o tipo de vida que vivemos agora.
O presente é onde há vida, e como uma pessoa viva e funcional, cada ser humano deve fazer uso, ao máximo, do tempo de vida que possui.
Uma criança de oito anos deve viver a vida de uma criança de oito anos – e não passar os dias preocupada acerca de sua profissão futura dali a 20 anos, o mesmo se aplica a uma pessoa de 90 anos.
Talvez ela não consiga fazer tanto quanto fazia aos 30, mas há inúmeras coisas que consegue fazer que são compatíveis com sua idade.
Com a velhice vem um dom precioso que não pode ser comprado nem aprendido na faculdade: a experiência.
É uma pena que a arrogância da juventude geralmente não nos faça perceber esse fato.
Talvez a pessoa de 90 anos não consiga correr tão rápido ou usar o computador tão bem quanto alguém de 20 anos. Mas o que ela tem a ensinar é inestimável. Como ensina o Talmud: “Se os anciãos dizem “destrua” e os jovens dizem “construa”, destrua e não construa, porque a destruição feita pelos anciãos é construção e a construção pelas mãos dos jovens é destruição” (Nedarim, 40a).
No Pirkei Avot, livro sagrado de sabedoria e ética judaica, está escrito: “Uma criança de cinco anos começa a estudar as Escrituras; uma de dez, a Mishná; uma de treze é obrigada a observar os mandamentos; uma de quinze começa a estudar a Guemará…”.
Esse ensinamento do Pirkei Avot, um livro que é estudado há 2 mil anos, reflete as ideias que discutimos acima: que cada idade tem suas próprias tarefas, responsabilidades e exclusivas possibilidades.
Em vez de alguém dizer: “Agora que tenho treze anos de idade, o que deverei fazer quando chegar aos dezoito?, essa pessoa deveria pensar: “Estou com treze anos; o que deveria estar fazendo, agora?”
Essa é a maneira como viveram nossos Sábios ao longo das gerações. O ponto focal de sua vida não foi o que o amanhã lhes traria ou quão bom ou ruim tinha sido o passado. Ao contrário, seu foco era o que deveria ser feito hoje.
Perguntaram ao filho de um famoso Tzadik, homem verdadeiramente justo: “O que foi a coisa mais importante que seu pai fez?”. Ao que ele respondeu: “Aquilo que estava fazendo a cada momento”.
As pessoas geralmente passam a vida se perguntando: “O que o amanhã me reserva?”, ou “O que será do mundo quando o Mashiach vier?”. Tais perguntas não são tão relevantes.
O importante é perguntar: “Esta é a situação da minha vida, do que me cerca e do mundo como um todo. O que devo fazer hoje para melhorá-lo?”.
A Torá nos proíbe adiar um Mandamento para cumprir outro. A razão para isso é que não apenas não devemos fazer distinção entre os Mandamentos Divinos, mas também porque temos que viver o dia de hoje porque não há garantia nenhuma de que haverá um amanhã.
O presente não pode ser sacrificado pelo futuro e nenhuma oportunidade pode ser desperdiçada.
A maioria de nós, no entanto, não vive dessa maneira. Raramente vivemos no presente e raramente estamos concentrados naquilo que estamos fazendo.
Durante nossas rezas, pensamos, em geral, sobre assuntos de negócios ou questões mundanas e, no trabalho, geralmente pensamos sobre o que iremos fazer ao deixar o escritório.
Com frequência, nosso corpo está em um lugar e nossa mente e coração, em outro. Se conseguíssemos nos concentrar apenas no que estamos fazendo, se aprendêssemos a maximizar nosso tempo e viver no presente, nossa vida se tornaria muito mais dotada de objetivo e tão mais eficaz.
O Rebe de Lubavitch contou uma história sobre seu sogro, o Rabi Yosef Yitzhak Schneerson, o Lubavitcher Rebe anterior, que esclarece bem esse conceito:
Assim contou o Rebe:
Naquela época meu sogro vivia em Leningrado e tinha planejado uma viagem a Moscou. Seu trem deveria partir dentro de meia hora.
Isso foi durante o período que os comunistas haviam declarado guerra contra a religião e, em particular, contra o empenho de meu sogro em promover o judaísmo.
Ele era seguido onde quer que fosse e se espalhara a notícia de que o Governo estava pronto para detê-lo, a qualquer custo.
Quando entrei na sala, fiquei surpreendido ao ver que, apesar de seu trem estar programado para partir dentro em pouco, ele estava perfeitamente composto, trabalhando em sua mesa, totalmente despreocupado com o perigo iminente.
Perguntei a ele: ‘Como consegue ter tanto autocontrole em uma hora dessas? ’
Ele me contou que seu pai lhe contou uma vez, de algo chamado de ‘sucesso com o tempo’. ‘O que isso quer dizer?’, perguntei. Ele explicou: ‘Você não pode adicionar mais horas ao dia; então, quando está envolvido em uma atividade, deve estar totalmente focado nela, como se nada existisse antes ou depois dela”.
Viver dessa maneira, concentrados no presente e naquilo em que estivermos envolvidos, não significa que não nos estamos preparando ou não estamos fazendo planos para o futuro
E também não quer dizer que esquecemos ou não aprendemos do passado.
Viver no presente não significa levar uma vida irresponsável ou descuidada. Bem ao contrário, significa levar uma vida mais intensa, livre de fantasias e remorsos.
Significa se esforçar para atingir “sucesso com o tempo”, que leva ao crescimento genuíno – a uma vida produtiva e rica em conteúdo, na qual cada dia e cada hora do dia são bem aproveitados.
Os dias de cada ser humano devem ser “como os dias de uma árvore”– de incessante e frutífera vitalidade.
Devemos realmente aprender com as árvores: se olharmos para o que restou de uma árvore cortada, podemos ver pequenos brotos verdes dos galhos.
O que parece morto, na verdade contém uma seiva vital que irrompe com força: uma folhinha nova, um novo galho.
A árvore cresce, mesmo que tenha sido derrubada, porque ela não lamenta o passado nem se permite ficar paralisada, preocupada se crescerá ou não no futuro.
Simplesmente segue seu ritmo de crescimento e, no momento certo, dá os frutos.
Há uma outra vantagem em se viver a vida como uma árvore do campo: é o fato de podermos desfrutar as diferentes fases da vida e as vantagens que oferecem, cada uma delas.
Quando se vive no presente, não se é aprisionado na armadilha do tempo: é possível desfrutar os benefícios únicos de cada uma das fases da vida
infância, adolescência, idade adulta e velhice.
Aqueles que tentam driblar esse processo viajando no tempo, seja no passado ou no futuro, geralmente não levam vidas muito produtivas e saudáveis.
Por outro lado, aqueles que vivem como nos aconselha a Torá – entendendo que independentemente da idade da pessoa ou de sua situação, cada dia tem seu propósito e D’us espera que façamos bom uso do tempo que Ele nos dá na Terra, geralmente levam uma vida justa e rica, deixando ao mundo um legado de muito significado.
Esta é, pois, uma das principais lições de Tu b’Shvat.
O Novo Ano das Árvores é, também, um Ano Novo para os homens, pois oferece a todos nós um novo começo: a oportunidade de começar a vida de novo.
Vamos tentar, então, individual e coletivamente, ser árvores do campo, nos empenhando em ter “sucesso com o tempo”, e crescer incessantemente e produzir muitos frutos bons em todas as facetas de nossa vida, seja física seja espiritualmente.
"כי האדם עץ השדה" (דברים כ, יט).
Porque o homem é a árvore do campo (Devarim 20/19)
Três partes compõem uma árvore:
As raízes, o tronco que se ramifica em galhos, e os frutos.
E assim também somos nós.
As raízes são a parte que ninguém vê, mas delas é que a árvore recebe toda a sua força e vitalidade para que o tronco cresça e os galhos dêem frutos.
Quanto mais fortes forem as raízes, mais forte será a árvore
Nossas raízes são a fé que nos liga a D’us e nos dá forças para viver. A fé se compara às raízes porque não precisa do intelecto para existir.
Rabi Shneor Zalman de Liadi explica no seu livro chamado de Tanya que esse é o motivo pelo qual a pessoa mais simples e menos estudada pode sacrificar a própria vida para não fazer idolatria, como aconteceu nas cruzadas e na inquisição. Só a fé nos leva a agir assim.
E sendo que a fé está sempre viva e oculta na nossa Alma, mas desperta em situações extremas como vimos na inquisição, ela é comparada às raízes da árvore que estão sempre ocultas, continuam vivas mesmo se a árvore for cortada e delas a árvore renasce novamente
O Tronco com suas ramificações que são os galhos são comparados à Torá com suas ramificações que são as Mitzvót, os Mandamentos Divinos.
E como o tronco com seus galhos são a parte principal da árvore, assim também o estudo da Torá e a prática das Mitzvót ocupam a maior parte da nossa existência
Mas o objetivo das raízes e do tronco e seus galhos só é atingido quando a árvore começa a dar frutos. É pelos frutos que vemos se a árvore está realmente viva.
Nossa vida judaica também deve seguir este exemplo.
Não podemos nos contentar com a Torá que estudamos e com as Mitzvót que cumprimos, mas como a árvore, devemos produzir frutos.
Ou seja, influenciar as pessoas a nossa volta, quer estejam distantes ou próximas, para que o judaísmo que as compõem também se transforme em árvores sólidas, com um futuro promissor
🌻🌻🌻🌻🌻🌻
https://youtu.be/BXfTW_IEOTg?feature=shared
Bom dia pessoas maravilhosas ❤️🥰🌻
Hoje é dia 14 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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Hoje a noite começa Tu Bishvat
https://rabinogloiber.org/tu-bshvat/
Tu B'Shvat
O décimo quinto dia do mês judaico de Shvat, Tu B’Shvat, é o Ano Novo das Árvores, um dos quatro Anos Novos judaicos.
Os outros três são o primeiro dia de Tishrei que é o Rosh Hashaná a partir da criação do mundo, o primeiro dia de Nissan que é o Rosh Hashaná a partir da saída do Egito, e primeiro dia de Elul que é o Rosh Hashaná lemaasser behemá que poderia ser chamado de o ano novo dos animais.
Qual o motivo de termos um Ano Novo específico para as árvores?
Mandamentos Divinos que dependem da Terra Santa
Segundo a Lei da Torá, o ciclo agrícola na Terra de Israel leva sete anos, e conclui com um ano sabático, a Shemitá.
Quando o Beit Hamikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém, estava de pé, nos seis primeiros anos de cada ciclo os fazendeiros eram obrigados a separar uma parte de sua produção anual para os seguintes propósitos sagrados:
Trumá:
Mais ou menos 2% da produção eram dados a um Cohen, isso é chamado de Trumá
Maasser Rishon:
10% da produção era dado a um Levi, e isso se chama Maaser Rishon que é o Primeiro Dízimo.
Maasser Sheini:
Nos anos um, dois, quatro e cinco de cada ciclo, os fazendeiros tinham que separar outros 10% de sua produção e comê-los em Jerusalém.
Esse dízimo é chamado Maaser Sheni que é o Segundo Dízimo.
Maasser Ani:
No terceiro e sexto ano do ciclo, em vez de comer o Maaser Sheni em Jerusalém, os fazendeiros davam esse Segundo Dízimo aos pobres.
Esse segundo dízimo do terceiro e sexto ano é chamado de Maasser Ani e os pobres podiam comer o Maasser Ani onde quisessem.
Shemitá
O sétimo ano desse ciclo é chamado de Shemitá e nele não havia separação de dízimos porque toda a produção que cresce durante a Shemitá não tem dono e pode ser colhida por qualquer um.
Como a Torá não nos permite separar dízimos das safras de um ano para o outro, era fundamental determinar o início de uma nova safra.
Nossos Sábios determinaram que os frutos que floriam antes do dia 15 de Shvat eram safra do ano anterior.
Se cresciam a partir desse dia 15, eram produto do novo ano.
Isso em relação às frutas das árvores, mas o ano novo para grãos, legumes e verduras é o primeiro dia de Tishrei, Rosh Hashaná.
Por que, então, o ano novo das frutas é no dia 15 de Shevat e não em Rosh Hashaná?
Porque na Terra Santa, único lugar do mundo onde podemos cumprir esse Mandamento Divino, a estação chuvosa se inicia na festa de Sucot.
Leva aproximadamente quatro meses de Sucot que se inicia no dia 15 de Tishrei até o dia 15 de Shevat para que as chuvas do ano novo penetrem totalmente no solo e as árvores dêem frutos.
Todos os frutos que florescem antes são produto das chuvas do ano anterior e, portanto, contabilizados para os dízimos juntamente com a safra do ano anterior.
As leis dos dízimos são técnicas.
Preenchem muitas páginas do Talmud Yerushalmi, mas têm pouca relevância para a maioria de nós.
Na verdade, Tu B’Shvat é uma data que não teve significado prático durante os milênios em que o Povo Judeu esteve exilado da Terra de Israel.
Mesmo assim Tu BiShvat sempre foi uma data festiva no calendário judaico.
Ainda que não seja um Yom Tov, um dia sagrado,, é uma data festiva na qual não falamos a reza de Ta’hanun.
São muitas as razões para esse dia ser festivo. Uma delas é o fato de que durante os 2000 anos em que nós, judeus, vivemos na Diáspora, Tu B’Shvat nos recordava a conexão eterna de nosso povo com a Terra de Israel.
Outra razão para sempre termos celebrado Tu B’Shvat é que apesar de ser o Ano Novo das árvores, atribuímos significado especial à data pois, como nos ensina a Torá, “o homem é a árvore do campo” (Deuteronômio 20:19).
As leis referentes a essa data podem ser técnicas e irrelevantes para muitos judeus, mas nossos Sábios derivam muitas lições relevantes da comparação que a Torá faz entre o homem e a árvore do campo.
Celebramos Tu B’Shvat comendo frutas, particularmente as sete espécies destacadas pela Torá como prova da fertilidade da Terra de Israel: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras.
Shivat HaMinim - as Sete Espécies da Terra de Israel
Fora o fato de a Torá ser um livro de leis e ensinamentos, a Torá também é um código.
Fora o fato de ela significar exatamente o que está escrito, ela também tem infinitos níveis metafóricos e alusivos em suas entrelinhas.
Por exemplo, quando a Torá afirma que a Terra Prometida se distingue por meio de suas sete espécies de plantas, faz alusão à alma do homem e às sete qualidades que a movem e enriquecem.
Como um dos propósitos primordiais do estudo da Torá, e particularmente da Cabalá, é atingir-se o autoconhecimento, é importante nos aprofundarmos no que dizem os livros místicos sobre o simbolismo das Shivat HaMinim, as Sete Espécies da Terra de Israel que costumamos comer na celebração de Tu B’Shvat.
1. Trigo: Transcendência
Aprendemos na Cabalá que cada um de nós tem duas almas distintas: uma Divina, que incorpora nossos impulsos transcendentes, e uma animal, que é a origem de nossos instintos naturais e auto orientados.
Na Torá, o trigo é considerado a base da dieta humana, enquanto a cevada é mencionada como alimento animal (Talmud Bavli, Sotá 14a).
O trigo simboliza a Alma Divina e a cevada simboliza a alma animal.
O trigo representa o empenho humano em buscar transcendência – ou seja, elevar-se para alcançar o Divino.
A Guemará nós conta que o fruto proibido no Jardim do Éden era o trigo que naquela ocasião era alto como um coqueiro.
mesmo que o trigo não seja tecnicamente uma fruta, sua natureza era diferente no Gan Éden.
Por que teria Eva caído à tentação e ter comido o fruto proibido? Porque a cobra disse para ela que se ela comesse aquela fruta ela seria como D’us.
Ou seja, eles acharam que assim estariam mais unidos à D’us, e esse foi o erro de avaliação que eles fizeram naquela hora..
Contrariamente à alma animal, que busca a autopreservação e o prazer, a alma Divina busca a união com D’us.
A pessoa que apenas alimenta sua alma animal e priva a Divina de seu alimento espiritual, nunca encontrará a verdadeira felicidade, satisfação e paz.
A Alma Divina somente pode ser alimentada com espiritualidade. O trigo, a primeira das Sete Espécies, nos ensina que nossa prioridade na vida tem que ser nutrir, adequada e plenamente, nossa Alma Divina.
2. Cevada: Vitalidade
A cevada antigamente era alimento animal, e por isso ela representa a alma animal.
Aparentemente, o trigo tem uma conotação positiva e a cevada, negativa. No entanto, é um erro acreditar que a alma animal deva ser menosprezada. Segundo a Cabalá, nosso empenho em nutrir e desenvolver a alma animal é uma tarefa não menos fundamental para nossa missão na vida do que o aperfeiçoamento da Alma Divina.
É verdade que, contrariamente à Alma Divina, a alma animal é envolta em uma carga de negatividade, egoísmo, ganância, luxúria, vaidade e crueldade, entre muitas outras falhas humanas.
Mas ela tem certas vantagens sobre a alma Divina que são a vitalidade, a determinação e a paixão que o lado mais espiritual do ser humano não possui, em geral.
Aqueles que sabem aproveitar a vitalidade da alma animal podem realizar grandes coisas, talvez até mais do que aqueles que são principalmente impulsionados pela alma Divina.
O essencial é que se use a alma animal para causar impacto positivo no mundo, pois nada é mais destrutivo do que a vitalidade mal direcionada.
A cevada, segunda das Shivat HaMinim, nos ensina que se direcionarmos adequadamente nossa alma animal, esta pode ser um excelente aliado de nossa Alma Divina e nos ajudar a executar a nossa missão neste mundo.
3. Uva - Alegria
As uvas são associadas com a alegria. Como está no Tana’h, “…que alegra a D’us e aos homens...” (Juízes 9:13).
A alegria é um elemento indispensável à vida. A Torá nos ordena servir a D’us com alegria e desaprova a tristeza e a depressão.
A importância da alegria se percebe em tudo. Quando estamos alegres, tudo o que fazemos fica mais evidente: nossa mente fica mais brilhante, nosso amor mais profundo, nossos desejos mais intensos.
A alegria permite que as emoções brotem. Como ensina o Talmud, “Quando o vinho entra, os segredos saem”.
Quando nos embebedamos de alegria, podemos revelar mais facilmente os grandes tesouros que estão profundamente aninhados em nossa alma.
Por outro lado, uma vida sem alegria é rasa e vazia. O ser humano pode ter tudo, pode possuir uma infinidade de bênçãos materiais e espirituais, mas se não tiver alegria, não viverá toda a plenitude da vida.
Tanto a Alma Divina como a alma animal contêm amplos reservatórios de discernimento e sentimento, mas, na ausência de alegria, esse manancial nunca é expresso plenamente porque não há nada que os estimule.
A uva representa justamente o elemento que libera esses potenciais, adicionando-lhes cor, profundidade e intensidade em tudo o que fazemos.
4. Figo - Envolvimento
Uma vida plena, no entanto, não exige apenas alegria mas também envolvimento.
Podemos realizar muitas coisas de forma séria e competente, mas podemos não estar envolvidos muito profundamente na tarefa que temos que realizar.
Envolvimento significa mais do que executar algo com cuidado e precisão; significa envolver-se plenamente em algo com nossa mente, coração e alma.
O figo simboliza esse envolvimento.
São várias as opiniões a respeito da identificação do fruto proibido no Jardim de Éden: uva, trigo e Etrog.
Mas há também uma opinião que diz que o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal era o figo.
Como ensina a Cabalá, o conhecimento requer um profundo envolvimento, e esse envolvimento é simbolizado pelo figo, envolvimento com algo ou com alguém.
O pecado original se originou na recusa do ser humano em se reconciliar com o fato de que há certas coisas com as quais não se pode envolver.
Adão e Eva comeram o fruto proibido porque queriam se igualar a D’us. Queriam se envolver com cada uma das criaturas Divinas, mesmo com o mal, que D’us proibira.
O figo também simboliza nossa capacidade de envolvimento profundo e íntimo com nossos esforços positivos, um envolvimento que significa que nos preocupamos profundamente com tudo o que fazemos.
5. Romã - Ação
Romãs simbolizam ação.
Há muitas ocasiões, na vida, em que o imperativo nos dita simplesmente realizar algo, sem sentir nem pensar, mas agir.
Por exemplo, a Torá nos impõe cumprir seus mandamentos mesmo se cumprirmos eles sem conscientização, sem alegria ou sem envolvimento.
Dizem nossos Sábios que o mais importante é a ação.
O Judaísmo está muito mais preocupado com as ações de uma pessoa do que com suas intenções.
É melhor ajudar pessoas carentes mesmo sem sentirmos compaixão do que estar cobertos de piedade pelos necessitados e não fazermos nada para socorrê-los.
Há um famoso ensinamento talmúdico que diz que “mesmo os vazios, entre os judeus, estão repletos de boas ações como a romã está repleta de sementes”.
Um dos significados desse ensinamento é que mesmo quem é “vazio” – aquele que possui pouco conhecimento e não está ligado com sua Alma Divina, mesmo ele realiza uma enormidade de boas ações.
Trata-se de uma característica que redime a alma humana: a capacidade de erguer-se acima de si mesmo e fazer o que é certo mesmo quando não se tem motivação para isso.
6. Azeitona - Desafio
Um dos grandes mistérios da condição humana é que, em geral, somos mais inovadores e capazes quando nos deparamos com limitações, pressões e dificuldades.
Damos o melhor de nós quando pressionados, quando enfrentamos uma situação desafiadora ou opressiva.
A sexta qualidade da alma é representada pela azeitona, que, espremida, produz azeite de oliva – fonte de sustento e de luz.
A azeitona representa a capacidade humana de transformar dificuldades em forças poderosas para a realização e o crescimento – física e espiritualmente.
7. Tâmara - Tranquilidade
Em contraste com a azeitona temos a sétima fruta, a tâmara, que simboliza nossa aptidão para a paz, tranquilidade e perfeição.
É bem verdade que damos o melhor de nós diante de um desafio, mas também é verdade que há muito potencial em nossa alma que apenas emerge quando estamos em paz, apenas quando atingimos o equilíbrio e a harmonia entre os diferentes componentes de nossa alma.
Está escrito no Livro dos Tehilim que “Os Tzadikim florescerão como a tamareira” (Salmos 92:13).
O Zohar, obra fundamental da Cabalá, explica que há uma certa espécie de tamareira que só dá frutos após 70 anos.
O aspecto emocional da nossa Alma é composta de sete atributos básicos, cada um deles, por sua vez, com 10 subcategorias.
Assim, o Tzadik que floresce após cumprir 70 anos é fruto de uma Alma cujo caráter, em todas os seus aspectos foi refinado e está em harmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e com D’us.
Apesar de azeitonas e tâmaras serem antíteses metafóricas, ambas podem existir dentro de todo ser humano.
Mesmo em meio a nosso empenho mais ardente, podemos sempre encontrar conforto e força na perfeição que reside na essência de nossa Alma.
Ao mesmo tempo, mesmo quando encontramos a paz interna e com o mundo, sempre podemos encontrar um desafio que nos impulsione a realizações ainda maiores.
Tu B’Shvat é um dia festivo que nos transmite muitas lições.
Com as Sete Espécies da Terra de Israel aprendemos que a vida é plena quando o ser humano é guiado pela transcendência de sua Alma Divina e impulsionado pela vitalidade de sua alma animal.
As Sete Espécies também nos ensinam que uma vida plena requer alegria, envolvimento, vontade de agir, habilidade de vencer as dificuldades e capacidade de encontrar tranquilidade dentro de si próprio e no mundo.
Um dos temas centrais de Tu B´Shvat é a comparação entre o homem e a “árvore do campo”. Assim como o fruto é a maior conquista da árvore, D’us pede para todos os seres humanos usarem seus poderes e recursos espirituais para constantemente dar frutos.
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
Text
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Tu B'Shvat
O décimo quinto dia do mês judaico de Shvat, Tu B’Shvat, é o Ano Novo das Árvores, um dos quatro Anos Novos judaicos.
Os outros três são o primeiro dia de Tishrei que é o Rosh Hashaná a partir da criação do mundo, o primeiro dia de Nissan que é o Rosh Hashaná a partir da saída do Egito, e primeiro dia de Elul que é o Rosh Hashaná lemaasser behemá que poderia ser chamado de o ano novo dos animais.
Qual o motivo de termos um Ano Novo específico para as árvores?
*Mandamentos Divinos que dependem da Terra Santa*
Segundo a Lei da Torá, o ciclo agrícola na Terra de Israel leva sete anos, e conclui com um ano sabático, a Shemitá.
Quando o Beit Hamikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém, estava de pé, nos seis primeiros anos de cada ciclo os fazendeiros eram obrigados a separar uma parte de sua produção anual para os seguintes propósitos sagrados:
Trumá:
Mais ou menos 2% da produção eram dados a um Cohen, isso é chamado de Trumá.
Maasser Rishon:
10% da produção era dado a um Levi, e isso se chama Maaser Rishon que é o Primeiro Dízimo.
Maasser Sheini:
Nos anos um, dois, quatro e cinco de cada ciclo, os fazendeiros tinham que separar outros 10% de sua produção e comê-los em Jerusalém.
Esse dízimo é chamado Maaser Sheni que é o Segundo Dízimo.
Maasser Ani:
No terceiro e sexto ano do ciclo, em vez de comer o Maaser Sheni em Jerusalém, os fazendeiros davam esse Segundo Dízimo aos pobres.
Esse segundo dízimo do terceiro e sexto ano é chamado de Maasser Ani e os pobres podiam comer o Maasser Ani onde quisessem.
Shemitá
O sétimo ano desse ciclo é chamado de Shemitá e nele não havia separação de dízimos porque toda a produção que cresce durante a Shemitá não tem dono e pode ser colhida por qualquer um.
Como a Torá não nos permite separar dízimos das safras de um ano para o outro, era fundamental determinar o início de uma nova safra.
Nossos Sábios determinaram que os frutos que floriam antes do dia 15 de Shvat eram safra do ano anterior.
Se cresciam a partir desse dia 15, eram produto do novo ano.
Isso em relação às frutas das árvores, mas o ano novo para grãos, legumes e verduras é o primeiro dia de Tishrei, Rosh Hashaná.
Por que, então, o ano novo das frutas é no dia 15 de Shevat e não em Rosh Hashaná?
Porque na Terra Santa, único lugar do mundo onde podemos cumprir esse Mandamento Divino, a estação chuvosa se inicia na festa de Sucot.
Leva aproximadamente quatro meses de Sucot que se inicia no dia 15 de Tishrei até o dia 15 de Shevat para que as chuvas do ano novo penetrem totalmente no solo e as árvores dêem frutos.
Todos os frutos que florescem antes são produto das chuvas do ano anterior e, portanto, contabilizados para os dízimos juntamente com a safra do ano anterior.
As leis dos dízimos são técnicas.
Preenchem muitas páginas do Talmud Yerushalmi, mas têm pouca relevância para a maioria de nós.
Na verdade, Tu B’Shvat é uma data que não teve significado prático durante os milênios em que o Povo Judeu esteve exilado da Terra de Israel.
Mesmo assim Tu BiShvat sempre foi uma data festiva no calendário judaico.
Ainda que não seja um Yom Tov, um dia sagrado, é uma data festiva na qual não falamos a reza de Ta’hanun.
São muitas as razões para esse dia ser festivo.
Uma delas é o fato de que durante os 2000 anos em que nós, judeus, vivemos na Diáspora, Tu B’Shvat nos recordava a conexão eterna de nosso povo com a Terra de Israel.
Outra razão para sempre termos celebrado Tu B’Shvat é que apesar de ser o Ano Novo das árvores, atribuímos significado especial à data pois, como nos ensina a Torá, “o homem é a árvore do campo” (Deuteronômio 20:19).
As leis referentes a essa data podem ser técnicas e irrelevantes para muitos judeus, mas nossos Sábios derivam muitas lições relevantes da comparação que a Torá faz entre o homem e a árvore do campo.
Celebramos Tu B’Shvat comendo frutas, particularmente as sete espécies destacadas pela Torá como prova da fertilidade da Terra de Israel:
trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras.
Shivat HaMinim - as Sete Espécies da Terra de Israel
Fora o fato de a Torá ser um livro de leis e ensinamentos, a Torá também é um código.
Fora o fato de ela significar exatamente o que está escrito, ela também tem infinitos níveis metafóricos e alusivos em suas entrelinhas.
Por exemplo, quando a Torá afirma que a Terra Prometida se distingue por meio de suas sete espécies de plantas, faz alusão à alma do homem e às sete qualidades que a movem e enriquecem.
Como um dos propósitos primordiais do estudo da Torá, e particularmente da Cabalá, é atingir-se o autoconhecimento, é importante nos aprofundarmos no que dizem os livros místicos sobre o simbolismo das Shivat HaMinim, as Sete Espécies da Terra de Israel que costumamos comer na celebração de Tu B’Shvat.
1. Trigo: Transcendência
Aprendemos na Cabalá que cada um de nós tem duas almas distintas: uma Divina, que incorpora nossos impulsos transcendentes, e uma animal, que é a origem de nossos instintos naturais e auto orientados.
Na Torá, o trigo é considerado a base da dieta humana, enquanto a cevada é mencionada como alimento animal (Talmud Bavli, Sotá 14a).
O trigo simboliza a Alma Divina e a cevada simboliza a alma animal.
O trigo representa o empenho humano em buscar transcendência – ou seja, elevar-se para alcançar o Divino.
A Guemará nós conta que o fruto proibido no Jardim do Éden era o trigo que naquela ocasião era alto como um coqueiro.
mesmo que o trigo não seja tecnicamente uma fruta, sua natureza era diferente no Gan Éden.
Por que teria Eva caído à tentação e ter comido o fruto proibido?
Porque a cobra disse para ela que se ela comesse aquela fruta ela seria como D’us.
Ou seja, eles acharam que assim estariam mais unidos à D’us, e esse foi o erro de avaliação que eles fizeram naquela hora..
Contrariamente à alma animal, que busca a autopreservação e o prazer, a alma Divina busca a união com D’us.
A pessoa que apenas alimenta sua alma animal e priva a Divina de seu alimento espiritual, nunca encontrará a verdadeira felicidade, satisfação e paz.
A Alma Divina somente pode ser alimentada com espiritualidade.
O trigo, a primeira das Sete Espécies, nos ensina que nossa prioridade na vida tem que ser nutrir, adequada e plenamente, nossa Alma Divina.
2. Cevada: Vitalidade
A cevada antigamente era alimento animal, e por isso ela representa a alma animal.
Aparentemente, o trigo tem uma conotação positiva e a cevada, negativa.
No entanto, é um erro acreditar que a alma animal deva ser menosprezada.
Segundo a Cabalá, nosso empenho em nutrir e desenvolver a alma animal é uma tarefa não menos fundamental para nossa missão na vida do que o aperfeiçoamento da Alma Divina.
É verdade que, contrariamente à Alma Divina, a alma animal é envolta em uma carga de negatividade, egoísmo, ganância, luxúria, vaidade e crueldade, entre muitas outras falhas humanas.
Mas ela tem certas vantagens sobre a alma Divina que são a vitalidade, a determinação e a paixão que o lado mais espiritual do ser humano não possui, em geral.
Aqueles que sabem aproveitar a vitalidade da alma animal podem realizar grandes coisas, talvez até mais do que aqueles que são principalmente impulsionados pela alma Divina.
O essencial é que se use a alma animal para causar impacto positivo no mundo, pois nada é mais destrutivo do que a vitalidade mal direcionada.
A cevada, segunda das Shivat HaMinim, nos ensina que se direcionarmos adequadamente nossa alma animal, esta pode ser um excelente aliado de nossa Alma Divina e nos ajudar a executar a nossa missão neste mundo.
3. Uva - Alegria
As uvas são associadas com a alegria. Como está no Tana’h, “…que alegra a D’us e aos homens...” (Juízes 9:13).
A alegria é um elemento indispensável à vida.
A Torá nos ordena servir a D’us com alegria e desaprova a tristeza e a depressão.
A importância da alegria se percebe em tudo. Quando estamos alegres, tudo o que fazemos fica mais evidente.
Nossa mente fica mais brilhante, nosso amor mais profundo, nossos desejos mais intensos.
A alegria permite que as emoções brotem. Como ensina o Talmud, “Quando o vinho entra, os segredos saem”.
Quando nos embebedamos de alegria, podemos revelar mais facilmente os grandes tesouros que estão profundamente aninhados em nossa alma.
Por outro lado, uma vida sem alegria é rasa e vazia.
O ser humano pode ter tudo, pode possuir uma infinidade de bênçãos materiais e espirituais, mas se não tiver alegria, não viverá toda a plenitude da vida.
Tanto a Alma Divina como a alma animal contêm amplos reservatórios de discernimento e sentimento, mas, na ausência de alegria, esse manancial nunca é expresso plenamente porque não há nada que os estimule.
A uva representa justamente o elemento que libera esses potenciais, adicionando-lhes cor, profundidade e intensidade em tudo o que fazemos.
4. Figo - Envolvimento
Uma vida plena, no entanto, não exige apenas alegria mas também envolvimento.
Podemos realizar muitas coisas de forma séria e competente, mas podemos não estar envolvidos muito profundamente na tarefa que temos que realizar.
Envolvimento significa mais do que executar algo com cuidado e precisão; significa envolver-se plenamente em algo com nossa mente, coração e alma.
O figo simboliza esse envolvimento.
São várias as opiniões a respeito da identificação do fruto proibido no Jardim de Éden: uva, trigo e Etrog.
Mas há também uma opinião que diz que o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal era o figo.
Como ensina a Cabalá, o conhecimento requer um profundo envolvimento, e esse envolvimento é simbolizado pelo figo, envolvimento com algo ou com alguém.
O pecado original se originou na recusa do ser humano em se reconciliar com o fato de que há certas coisas com as quais não se pode envolver.
Adão e Eva comeram o fruto proibido porque queriam se igualar a D’us.
Queriam se envolver com cada uma das criaturas Divinas, mesmo com o mal, que D’us proibira.
O figo também simboliza nossa capacidade de envolvimento profundo e íntimo com nossos esforços positivos, um envolvimento que significa que nos preocupamos profundamente com tudo o que fazemos.
5. Romã - Ação
Romãs simbolizam ação.
Há muitas ocasiões, na vida, em que o imperativo nos dita simplesmente realizar algo, sem sentir nem pensar, mas agir.
Por exemplo, a Torá nos impõe cumprir seus mandamentos mesmo se cumprirmos eles sem conscientização, sem alegria ou sem envolvimento.
Dizem nossos Sábios que o mais importante é a ação.
O Judaísmo está muito mais preocupado com as ações de uma pessoa do que com suas intenções.
É melhor ajudar pessoas carentes mesmo sem sentirmos compaixão do que estar cobertos de piedade pelos necessitados e não fazermos nada para socorrê-los.
Há um famoso ensinamento talmúdico que diz que “mesmo os vazios, entre os judeus, estão repletos de boas ações como a romã está repleta de sementes”.
Um dos significados desse ensinamento é que mesmo quem é “vazio” – aquele que possui pouco conhecimento e não está ligado com sua Alma Divina, mesmo ele realiza uma enormidade de boas ações.
Trata-se de uma característica que redime a alma humana: a capacidade de erguer-se acima de si mesmo e fazer o que é certo mesmo quando não se tem motivação para isso.
6. Azeitona - Desafio
Um dos grandes mistérios da condição humana é que, em geral, somos mais inovadores e capazes quando nos deparamos com limitações, pressões e dificuldades.
Damos o melhor de nós quando pressionados, quando enfrentamos uma situação desafiadora ou opressiva.
A sexta qualidade da alma é representada pela azeitona, que, espremida, produz azeite de oliva – fonte de sustento e de luz.
A azeitona representa a capacidade humana de transformar dificuldades em forças poderosas para a realização e o crescimento – física e espiritualmente.
7. Tâmara - Tranquilidade
Em contraste com a azeitona temos a sétima fruta, a tâmara, que simboliza nossa aptidão para a paz, tranquilidade e perfeição.
É bem verdade que damos o melhor de nós diante de um desafio, mas também é verdade que há muito potencial em nossa alma que apenas emerge quando estamos em paz, apenas quando atingimos o equilíbrio e a harmonia entre os diferentes componentes de nossa alma.
Está escrito no Livro dos Tehilim que “Os Tzadikim florescerão como a tamareira” (Salmos 92:13).
O Zohar, obra fundamental da Cabalá, explica que há uma certa espécie de tamareira que só dá frutos após 70 anos.
O aspecto emocional da nossa Alma é composta de sete atributos básicos, cada um deles, por sua vez, com 10 subcategorias.
Assim, o Tzadik que floresce após cumprir 70 anos é fruto de uma Alma cujo caráter, em todas os seus aspectos foi refinado e está em harmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e com D’us.
Apesar de azeitonas e tâmaras serem antíteses metafóricas, ambas podem existir dentro de todo ser humano.
Mesmo em meio a nosso empenho mais ardente, podemos sempre encontrar conforto e força na perfeição que reside na essência de nossa Alma.
Ao mesmo tempo, mesmo quando encontramos a paz interna e com o mundo, sempre podemos encontrar um desafio que nos impulsione a realizações ainda maiores.
Tu B’Shvat é um dia festivo que nos transmite muitas lições.
Com as Sete Espécies da Terra de Israel aprendemos que a vida é plena quando o ser humano é guiado pela transcendência de sua Alma Divina e impulsionado pela vitalidade de sua alma animal.
As Sete Espécies também nos ensinam que uma vida plena requer alegria, envolvimento, vontade de agir, habilidade de vencer as dificuldades e capacidade de encontrar tranquilidade dentro de si próprio e no mundo.
Um dos temas centrais de Tu B´Shvat é a comparação entre o homem e a “árvore do campo”.
Assim como o fruto é a maior conquista da árvore, D’us pede para todos os seres humanos usarem seus poderes e recursos espirituais para constantemente dar frutos.
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
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Bom dia pessoas maravilhosas 🥰❤️
Hoje é dia 13 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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O cajado de Moshe
Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo ��bein hashmashot”, depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas, horário que não é nem dia e nem noite em que o que foi criado nele era meio material e meio espiritual.
Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso).
Adam deu ele para Hano'h que o deu para Noa'h que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu, o primeiro dos nossos patriarcas.
Avraham o deu para Itzhak, Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef.
Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado ao palácio do faraó, inclusive “o cajado”.
Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas, e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar.
Quando ele se demitiu do seu cargo de conselheiro por não concordar com a proposta do faraó de fazer o decreto de jogar no rio Nilo todos os meninos recém nascidos do nosso povo, ele pegou aquele cajado e o levou para Midian.
Chegando em Midian ele fincou aquele cajado na terra do jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá.
Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente, ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a lenda do rei Arthur).
Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró, leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró.
Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representava dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá para quando fosse necessário.
Por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, se referido ao braço esquerdo, o lado da Guevurá.
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 4 months ago
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Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek.
O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?
A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo.
Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo de baixo dos povos, o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!
Ytró vê os dois extremos. O amor que D'us tem por cada judeu e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós, no lugar de se unir à D'us lutam contra ele.
E qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos.
Ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.
A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração.
Na prática ela aconteceu somente duas vezes, e na época do Mashia'h vai acontecer mais uma vez.
Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.
Depois que Shaul não fez isso totalmente, perdemos a possibilidade de saber quem é Amalek.
Na época do Mashia'h acontecerá a terceira guerra contra Amalek e depois disso eles já não existirão mais.
Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?
Diz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual.
Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de "Klipá".
Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.
A consequência dela em cada um de nós é:
Mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D'us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza, cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo, fazendo "nada mais que a obrigação".
Achando que mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado, com certeza ele não vai mais nos ajudar.
E por último estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D'us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós.
Assim era Caim, e agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!
Como lutar contra esse Amalek espiritual :
1-Todo dia se conscientizar de que D'us existe, de que ele é a essência do bem e que a natureza de quem é bom é fazer o bem. E de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!
2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!
3-Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!
4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem te ajudou no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!
E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 5 months ago
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Yud Shvat
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Bom dia pessoas maravilhosas 🥰❤️🌻
Hoje é dia 9 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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Amanhã Shabat dia 10 de Shevat o Tehilim do dia será:
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Yud Shvat
10 Shvat 5710 (1950)
O Rabi Raiat’z, antecessor do Rebe de Lubavitch, líder da nossa geração, “deixou” este mundo físico material.
O Rebe atual, Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro do Rabi anterior, se tornou o líder do povo Judeu até hoje.
Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois, a partir do 10 de Shvat 5710 (1950) o Rebe se tornou para todos os hassidim aquele que era o “Moshe rabeinu da geração”, o chefe da nossa geração, o pilar do mundo, consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção, e ativar a vinda da Gueulá.
10 Shvat 5711 (1951) – O Rebe atual falou seu primeiro discurso hassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”.
10 Shvat 5730 (1970) – Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro.
Assim começou a conquista da terra pela difusão da hassidut.
Em menos de meio século ele se tornou o Tzadik da nossa geração até a Gueulá, nossa redenção final, para o qual uma geração inteira se dirigiu.
Quem não pediu uma bênção para ele?
Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele?
Nunca na história do povo Judeu, um Tzadik alcançou uma tal notoriedade em sua geração.
Após a revelação Divina no Monte Sinai, Moshe, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir para vocês a Palavra de Hashem”.
Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz:
“transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”.
Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu.
Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente?
Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?
O Rebe anunciou a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final.
A profecia do Rebe salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos.
O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashia’h?
Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Hafets Haim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, a Gueulá, comete um profundo erro.
O Rebe não se limita a reavivar a esperança.
Ele anunciou claramente a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final, repetidas vezes.
A vinda de Mashia’h não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda.
O Rebe proclamou: “O TEMPO DA SUA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIA’H ESTÁ CHEGANDO”.
A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.
O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashia’h aumentando o trabalho Divino em três categorias:
TORÁ (estudo de assuntos religiosos judaicos) TEFILOT (rezas)
TZEDACÁ (Ajuda ao Próximo)
E proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIA’H PARA SEMPRE.
🌻🌻🌻
BATI LEGANI
….vim ao meu jardim… (Cântico dos Cânticos, 5:1).
Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).
Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento em que Moshé edifica o Mishkan, o Templo móvel do deserto.
A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Hassidismo.
É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe anterior, o Rebe Yossef Yitzhak, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.
Também, a cada ano, o Rebe, no seu discurso público de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rebe anterior) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.
🌻🌻🌻
Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiah vai chegar.
Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto do rei David que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá e traz todos os judeus de volta para Israel.
Fazendo isso ele se torna o Mashiah que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel e portanto não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel
Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico não é um presidente eleito mas sim o Mashiah
Na época da Guemará os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério
Ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles era o Mashiah, como vemos na Guemará em Sanhedrin
Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiah seria aquele sábio
Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará
Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashiah se torna o Mashiach na prática
Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiah (dentro dessa intenção) e isso não consistiu em um problema de lei judaica
O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashiah da nossa geração
A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashiah ser dos vivos ou dos mortos não é de relevante nesse caso contanto que ele venha construir o Beit Hamikdash, vença as guerras e traga o nosso povo de volta para a terra prometida
Passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna
Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiah e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiah
Em resumo, dizer que o Rebe é Mashiah não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 5 months ago
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Astrologia e leitura de mãos na visão Judaica
“Seja Tamim com Hashem seu D’us.” A palavra “Tamim” quer dizer: inocente, puro, simples, íntegro.
O Shulchan Aru’h coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.
A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Nahman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :- seu filho vai ser um ladrão!
Ouvindo isso, ela decidiu que nunca vai deixar ele andar com a cabeça descoberta, e dizia para ele :- cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim”, temor à D’us, e peça sempre à D’us para que o seu “yetzer hará”, sua má inclinação, não te domine.
Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Certo dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira que não era dele, e a “glimá”, a kipá da época, que cobria sua cabeça caiu.
O “yetzer hará” despertou dentro dele, ele escalou aquela tamareira e arrancou um cacho de tâmaras com os próprios dentes! Depois disso ele cobriu a cabeça novamente, o “yetzer hará” perdeu força, e ele foi devolver o cacho de tâmaras para o dono da tamareira.
Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita, uma das comunidades judaicas mais importantes da Babilônia.
Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nachman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?
O próprio Shulchan Aru’h na continuação nos conta que, nas coisas que já sabemos que o “Mazal”, o destino, não é bom, temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.
Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos as coisas dessa maneira.
Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela, mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.
Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá (pode ser um boné também)
Astrologia de acordo com o Rambam
Maimônides estudou profundamente o assunto antes de emitir sua opinião onde foi um dos poucos que ousaram levantar sua voz contra a crença quase universalmente aceita do poder dos corpos celestes de influenciar o destino humano.
Ele denunciava a astrologia como uma superstição próxima à idolatria, rejeitando-a categoricamente e a outras práticas supersticiosas.
Na sua famosa carta à comunidade do Iêmen, Maimônides declara: “Eu noto que vocês estão inclinados a acreditarem na astrologia e na influência das conjunções passadas e futuras dos planetas sobre os assuntos humanos.
Deveriam tirar tais noções de seu pensamento…” Maimônides investiu fortemente contra a astrologia, denunciando-a como um engodo que é subversivo contra a fé e os ensinamentos do Judaísmo.
Ele escreve na Ética dos Pais: “Aprofundei-me neste assunto para que você não acredite nas idéias absurdas dos astrólogos, que asseguram falsamente que a posição dos astros no momento do nascimento da pessoa determina se ela será virtuosa ou perversa.”
Leitura de mãos
Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição, mas, diz o Rebe, isso se refere somente à alguém que tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época em que os livros de Kabalá que tratam desse assunto foram escritos.
O Rebe nos revelou que hoje já não existem mais pessoas que tenham esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida.
Rabino Gloiber
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hello-gloiber-universe · 5 months ago
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Hoje é dia 5 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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A Parashá desta semana é Beshala’h
O maior dos milagres da saída do Egito que foi a abertura do mar vermelho.
A maior das atrocidades dos egípcios antigos contra nós foi jogar os meninos judeus no rio Nilo.
Na abertura do mar vermelho chegou a hora de eles receberem o castigo sobre o que eles tinham feito para nós “midá knegued midá”, medida por medida.
Ou seja, o que eles fizeram para nós, D’us fez para eles.
Nessa hora acontecem os maiores milagres.
Eles se esforçaram e correram para dentro do mar que se fechou sobre eles, mostrando que quando chega a hora de alguém receber um castigo lá de cima Hashem não precisa trazer esse castigo até ele, mas ele próprio corre atrás da própria destruição e investe tudo o que pode para que isso aconteça!
Por natureza, a água em um lugar tão quente como o Egito escorre para baixo e nunca congela se tornando um túnel, mas na abertura do mar vermelho a água primeiro se transformou em muralhas de uma maneira sobrenatural e depois voltou a ser água sobre os egípcios, independente das condições climáticas, somente milagres!
Moshe e o povo de Israel vendo esse milagre tão grande fizeram uma Shirá, uma Tefilá de agradecimento em forma de música, e cantaram ela com muita alegria.
Nessa hora o povo inteiro se uniu ,mais um benefício da alegria , “quebra barreiras”
Essa Shirá se tornou parte da nossa reza de todos os dias.
No sidur do Shlá Hakadosh, Rabi Yeshaiau Halevi, um grande cabalista que nasceu em Praga em 1558, está escrito que temos que ler a Shirá na Tefilá com voz alta e com muita alegria porque assim o nosso povo falou a Shirá nas margens do mar vermelho.
E o principal:
temos que imaginar nesse momento como se nós próprios estivéssemos saindo do Egito nesse instante.
Rabino Gloiber
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Hoje é dia 4 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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Hoje também é o dia da Hilula do Rabi Israel Abuhatzeira e por isso fizemos uma nova página no nosso site onde vou contar para vocês muitas histórias de Tzadikim começando pelo Baba Sali ❤️🍿🌻
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O grande Tzadik Rabi Israel Abuhatzeira conhecido como “Baba Sali”, nasceu em 1890 na cidade de Rissani na região de Tafilalet no Marrocos
Ele faleceu em 1984 em israel com 94 anos. Seu túmulo se encontra na cidade de Netivot.
Estive muitas vezes com ele e presenciei lá Grandes Milagres, parte dessa história eu conto no vídeo abaixo.
Quando Baba Sali completou 18 anos, foi nomeado para liderar a yeshiva em Rissani, cidade onde tinha nascido.
Após tensões entre os habitantes locais e os franceses, que levaram à execução de seu irmão mais velho, o rabino David, em 1919, a família fugiu para a aldeia de Boudenib, onde Baba Sali foi nomeado rabino de toda a região.
Em 1922, Baba Sali viajou para a Terra Santa e estudou na Beit Keil, Yeshivá para Cabalistas.
Foi então chamado de volta ao seu antigo cargo em Boudenib e voltou para o Marrocos
Depois disso ele voltou ovamente para a Terra Santa, onde permaneceu antes de retornar ao Marrocos mais uma vez.
Em 1951, ele e sua família imigraram novamente para a Terra Santa, mas logo se mudaram para a França e depois voltaram novamente para o Marrocos.
Durante sua última década no Marrocos, ele viajava todos os anos para a Yeshiva Chabad em Brunoy, França, onde mergulhou nos ensinamentos Chabad como convidado pessoal do Rabino Nissan Nemanow.
Certa vez, os estudantes observaram que, depois de chegar de uma cansativa viagem de 10 horas vindo do Marrocos, tarde da noite, ele desenrolou um tapete, sentou-se e começou a estudar. Isso continuou até o amanhecer, quando ele estava pronto para começar o dia.
No Marrocos, ele trabalhou lado a lado com o Rabino Shlomo Matusof e a equipe de emissários Chabad de lá.
Através deles (e por conta própria), ele frequentemente se correspondia com o Rebe – tanto sobre seus assuntos pessoais quanto sobre questões pertinentes à comunidade.
O Baba Sali em sua juventude.
Em 1952, ele desejava imigrar para os Estados Unidos, onde esperava estudar Torá e servir a D’us com menos distrações.
Ele mudou seus planos, entretanto, depois de receber uma carta do Rebe avisando-o de que ele poderia realizar muito mais entre seus companheiros judeus sefarditas.
Quando o Rebe lançou as campanhas de tefilin e velas de Shabat (em 1967 e 1973, respectivamente), ele entusiasticamente colocou todo o seu esforço nelas e encorajou outros a fazerem o mesmo.
O mesmo aconteceu com a campanha do Rebe para que as crianças comprassem uma letra em um Sefer Torá especial, com Baba Sali chegando ao ponto de escrever que enviava sua bênção pessoal a cada criança que comprasse uma letra nesse Sefer Torá.
Em 1964, retornou à Terra Santa e lá permaneceu pelo resto da vida.Em 1970, ele se mudou para a cidade desértica de Netivot, que ficou para sempre associada ao seu nome e legado
Baba Sali costumava distribuir arak, uma bebida forte, como um canal através do qual acontecia uma cura milagrosa, ele pessoalmente me deu vários e vários copos de arak.
Quando ele dava a uma pessoa um copo de arak, a expectativa era que ela bebesse junto com um desejo pela chegada de Mashia’h.
Em 1978 eu mudei para Israel e fui estudar na Yeshivá de Kfar Chabad.
O filho do rabino chefe de Beer Sheva que se chamava rabino Dahan me convidou uma vez para passar o Shabat na casa dele.
Naquele Shabat o Rav Dahan me deu um copinho de arak e me contou que uma vez os rabinos da região fizeram um evento e esqueceram do Arak.
Só tinha uma garrafa quase vazia. Baba Sali envolveu a garrafa com o seu lenço e encheu os copos de todos várias e várias vezes.
Quando ele saiu, tirou o lenço da garrafa e o Rav Dahan viu que o mesmo pouquinho que estava lá antes continuou intacto !
Ele costumava dizer às pessoas que suas bênçãos dependiam do aumento da observância de suas Mitzvot, o que elas fariam com prazer.
Mesmo enquanto magnatas, autoridades eleitas e lideranças afluíam à sua porta, Baba Sali permaneceu simples como sempre, vestindo o mesmo manto e capuz de estilo marroquino que usou durante toda a vida.
Os cheques oferecidos por doadores ávidos e os presentes luxuosos enviados para ele não significavam nada para ele.
Baba Sali estava satisfeito com seu tapete simples e seu pequeno quarto, onde poderia servira D’us em paz.
Desde muito jovem tornou-se famoso como sábio, fazedor de milagres e mestre cabalista.
Em 1964 para a Terra Santa, estabelecendo-se no assentamento sul que ele tornaria famoso, Netivot.
Baba Sali faleceu em 4 de Shevat de 1984. Seu túmulo em Netivot tornou-se um local sagrado, visitado anualmente por milhares de pessoas.
Em 1950, o Rebe de Lubavitcher enviou o primeiro Shliach (emissário) ao Morrocos.
Seu nome era rabino Matussof e sua missão era criar muitas escolas e yeshivot em todo o país.
Ele viajava muito para visitar as comunidades e chegou à cidade onde o famoso cabalista Baba Sali morava.
Ele foi ao líder da comunidade e apresentou seu projeto. Este lhe disse que, nessa questão, o Baba Sali devia ser consultado.
Uma reunião foi organizada entre Rabino Matusof e Baba Sali.
O Baba Sali ficou muito feliz com a ideia e deu suas bênçãos.
O Baba Sali apreciava muito os ensinamentos hassídicos de Chabad e disse: “Eu não vou dormir diariamente sem estudar o Tanya, pois é impossível ter o verdadeiro temor a D’us sem o estudo do Tanya”.
Céu e Terra
O livro do Tanya ensina a reconhecer que o mundo espiritual e o material coexistem.
Não são dois mundos separados, mas um só. Com esse entendimento, podemos perceber a proximidade que existe entre nós e D’us. D’us não se limita a certas áreas, mas está em todos os lugares, especialmente dentro de nós.
Os ensinamentos do Tanya dão uma mudança de paradigma na abordagem da vida, e aqui segue um exemplo.
Antes de aprender seus ensinamentos a pessoa pode pensar que o mundo inteiro está contra ela.
Seus concorrentes, chefe, governo, bancos e outros que desejam que ela falhe.
Depois de compreender o Tanya, entenderá que o mundo inteiro está no controle de D’us, e tudo o que é necessário é confiar Nele.
Isso é algo difícil de ser obtido quando a pessoa acredita que há muitos fatores contra ela.
No entanto, quando a pessoa estuda Tanya sua confiança em D’us se fortalece, tornando-se muito mais forte.
Tão forte que, mesmo durante tempos desafiadores, estará confiante, como se já tivesse superado o desafio
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
https://rabinogloiber.org/historias-de-tzadikim
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