helotavares
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𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚.
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tu é tormenta do oceano; onda leve, onda forte. às vezes sim, às vezes não. tu é um tsunami adorável e a maré baixa crescente. uma bagunça domável, o caos controlado. não é pra ti esse negócio de ser imutável, tu quer é transitar entre os teus descaminhos, te transformar, reconhecer teus instintos te desconstruindo porque tu é um universo se expandindo.
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helotavares · 6 years ago
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quero o celular do guto
pede pra ele
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helotavares · 6 years ago
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Ultima pessoa que beijou ou uma pizza?
não lembro qm foi então vou dizer uma pizza
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helotavares · 6 years ago
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E ai? melhor pegar o augusto na praia ou na cachoeira?
eu prefiro praia mas o desempenho foi melhor na cachoeira
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helotavares · 6 years ago
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FMK girls and boys
vigi
boys
f: todos
m: nenhum
k: oi gabriel
girls (hipoteticamente)
f: sei lá
m: yasmin
k: bianca??
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helotavares · 6 years ago
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tu tem poder de transformar boy escroto em apaixonado? tô achando que tem
a palavra apaixonado me dá gatilho, sei nem do que vc tá falando
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helotavares · 6 years ago
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Top 3 melhores beijos
vinícius, alexandre, nico
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Todos seus atos agora eram impulsionados pelos sentidos. Eram respostas do que ela oferecia para ele. Um incentivo cada vez mais íntimo e prazeroso que o deixava cada vez mais louco em tê-la. Era irônico as coisas, Vinícius amava sexo, por mais que gostasse de preliminares, ele nunca se segurava por muito tempo. Porém com Heloísa até isso parecia diferente, como se todas as fases com ela desse o prazer para ele que talvez ele não estivesse acostumado. Augusto se deleitava com a pele e a boca dela sobre a sua, enquanto suas mãos faziam todo o trabalho que sua mente fantasiava. O movimento dela o fez se aproximar ainda mais, dando um leve sorrisinho por entre os beijos. Mas logo a sentiu parando. Percebeu que ela tinha parado em razão de algo alheio a eles, mas não sabia o que pois não via ou tinha ouvido nada. Nada verdade ele nem se importava com isso. Ela se afastou então Vinicius conseguiu ver seu rosto inteiro em seu campo de visão, mas não tão distante. Seguiu o puxão dela até ouvi-la falar. Entendendo tudo que acontecia, então ele deu um sorriso largo de lado, meio sedutor costumeiro dele, dando um passo para frente e voltando a encostar seu corpo no dela. Levou sua mão direita até a bochecha dela, acariciando com o polegar. - Eu não acho melhor nada. - falou calmo a olhando diretamente nos olhos  - É o que você quer Heloísa. - continuou com o mesmo tom arrastado - Com tudo que eu quero fazer com você, eu não me importo que seja aqui, na praia, na floresta ou num quarto de hotel. Com gente ou não nos vendo. - sorriu de lado aproximando mais seu rosto no dela - O que importa é o que você quer. - 
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Havia algo de excêntrico na forma que Vinícius se direcionava a ela, como se ele soubesse que era desta forma que conseguia ganhar qualquer pessoa que desejasse. Os toques leves, as palavras arrastadas, o olho no olho que, para ele, poderiam ser simples costumes, mas que para ela era uma sensação não muito vivida. Pelo menos, não tanto quanto o sentia com ele; com a tensão forte que emanava entre os dois e, semelhante à gravidade, fazia com que Heloísa caísse em sua direção. Ela relutava, e relutou contra isso por muito tempo desde que o conhecera. Mas à medida que o conhecia mais, ao invés de estar habituada à distância que ela mesma se proporcionava, ele era o polo negativo do seu positivo. Naquele momento, ela não tentava repelir ou se afastar, e quando Vinícius seguiu com a resposta -- aquecendo ainda mais o seu âmago, tornando as bochechas coradas --, percebeu que estavam na mesma sintonia do que nunca. A sua boca estava entreaberta, os olhos examinando o rosto dele como se procurasse por algo, o indício de uma brincadeira, talvez. No entanto, pelo que conhecia de Vinícius Augusto, não poderia ser possível que fizesse brincadeiras relacionadas a isso. Daquela vez, com todas as variáveis envolvidas, ela tinha noção de como lidar com todas elas sem qualquer hesitação. “Que bom,” murmurou ela, mordendo o lábio inferior apenas minimamente, para conter o leve sorriso malicioso que surgia. “Porque eu também não me importo.” Um momento antes, não diria tal frase com tanta certeza, mas a mera possibilidade tinha se tornado tão atrativa quanto ele próprio entre as suas pernas. “E o que eu quero,” disse ela, arranhando e entrelaçando os fios da nuca dele entre os dedos, “é que você me surpreenda.” Era quase doloroso o seu corpo estar separado do dele. A necessidade do tato estava aflorada, em expectativa sobre o causado outrora, e ela o beijou de novo, ignorando qualquer parte racional que persistia em repuxá-la para a realidade próxima de que eles realmente poderiam ser vistos. Mas, novamente, a maior parte que estava sob seu controle não se importava. Não poupou a astúcia em seus gestos e movimentos, e ela ansiava por mais ao roçar seus pontos específicos nos dele, em busca de mais prazer.
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Vinicius mergulhava nela agora, fazia o que tanto queria desde que a viu no pub. Tão linda, deslumbrante com o jeito seguro de se portar, mas o que lhe dava ainda mais prazer agora, não era só o externo dela. Era ela. O tempo agora de convívio entre os dois era maior, Augusto conhecia a teimosia da mulher, alguns dos seus tiques, até a forma de falar já se tornara uma memória viva na mente de Vinicius. E cada uma dessas características dela o excitava ainda mais. Com o beijo as lembranças se explodiram em seu corpo. O sabor dela era algo que não tinha tanta certeza, mas que agora lembrava como era gostoso em sua boca. O cheiro que ela exalava naturalmente já estava gravado pelo seu olfato e agora só tornava mais forte. A mão direita dele se arrastou sobre a pele nua dela, se aproveitando de cada centímetro para tê-la mais próximo de si. Com a mão esquerda, na nuca dela as vezes apenas saindo de lá para tirar uma mecha loira que mudava de lugar quando se movimentava rápido. Mordiscava e chupava o lábio dela, em segundos que recuperava mais o fôlego, não queria nenhum intervalo, queria aproveitar o tempo perdido. Em uma dessas sentiu ela se afastar um pouco, tinha uma expressão confusa, estava ofegante, mas Heloísa estava linda. Um beleza única dela, uma beleza de mulher, que Vinicius poderia se deleitar quanto tempo fosse. Ela continuava a menina confiante e segura, mas tinha um leve quê de inocência, de dúvida, que não o atingiu como algo ruim, e sim o fez esquentar ainda mais seu corpo de vontade dela. Tocava o polegar de maneira delicada no maxilar da menor, enquanto não falava nada, só a observa. Observava Heloísa tomar sua própria decisão. Porém Augusto sorriu, assim que a expressão dela mudou, poderia não parecer, mas Vinicius sabia o que ela tinha decidido. Então desceu logo suas mãos para a cintura dela, a segurando no momento que sentiu seus lábios colarem novamente. Suas mãos deslizaram até a bunda da mulher, a carregando agora para a água, em meio a um beijo mais intenso, onde suas línguas dançavam de maneira mais acelerada e em sincronia. Quando sentiu suas costas encostarem nas pedras, suas mãos queriam fazê-la desfazer de tudo que tinha agora. Sentia o toque dela em seu abdômen nu, indo em direção a onde ele queria que ela aproveitasse. Augusto passou a beijar o pescoço e o colo dela, dando leve chupões e mordidas, enquanto as pontas dos seus dedos iam para o laço do biquíni branco. Puxando-o de maneira lerda até soltar. Como na praia, meses atrás, os dois estavam sozinhos. Ou não pareciam se preocupar com mais alguém ali, para Augusto só importava eles agora. Os seus lábios foram de encontro ao dela novamente, encostando a ponta do nariz com o dela, o biquini ainda estava entre eles dois, ele sorriu de lado, e voltou a dar selinhos nela procurando fazer com que ela tivesse seu toque em cada parte de sua pele. Se demorou mais nos lábios enquanto sua mão  se arrastava pelas costas dela parando na parte de baixo de seu biquini agora coberto pela água. Esperando uma reação ou resposta dela para continuar, assim como ele demonstrava em cada toque que a daria prazer de qualquer forma que ela quisesse ali. 
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Não saberia explicar o jeito que Vinícius a tocava e a beijava nem se quisesse. Por mais que estivesse acostumada à sensação, era como se estivesse a sentindo pela primeira vez. Os arrepios na pele, a adrenalina disparada, o calor latejante e crescente; uma conexão que se tornava palpável à medida que a intensidade aumentava e seu corpo se grudava no dele com a necessidade de se fundir em um. Ela mexeu a coxa de modo a roçar nele, e a sua mão, já embaixo, apalpava delicadamente o volume de Vinícius, incitando-o para chegar em seu auge e ele ter a mesma necessidade absurda que só crescia dentro de si. Suspirando conforme as mãos dele iam ao laço de seu biquíni, ela fechou os olhos, mordendo o lábio inferior na tentativa de conter o calafrio em consequência da boca dele no seu pescoço e em seu colo -- e em sua boca. Sem relutar, Heloísa seguia as vontades de Vinícius, embora ainda continuasse a tocar e instigar por cima da calça, deixando de lado o desejo de tê-lo dentro por enquanto. A outra mão seguia pelas costas, arrastando de leve as unhas por onde passava; ela, no entanto, parou quando Vinícius parou, e seus olhos, com o brilho familiar, observaram o rosto dele com cautela. Sem dizer uma única palavra, trouxe-o para perto pela nuca, ficando na ponta dos pés para que a mão dele abaixasse mais. Porém, logo voltou a congelar ao ouvir um barulho -- não muito distante, do som de folhas. Ela se afastou minimamente, os lábios sob os dele, imaginando se tinha sido impressão ou se havia alguém de fato ao redor. Uma parte dela, uma grande parte, não se importava muito em ser vista. Na verdade, ela até gostava um pouco da ideia, mas não tinha total conhecimento das preferências de Vinícius. Dando um pequeno passo para trás, Heloísa olhou-o com certa dúvida e segurou o biquíni nas costas com uma mão, e a outra passou a puxá-lo para o outro lado, que era um pouco mais escondido de vista. “‘Cê não acha melhor...?” Ela deixou morrer as palavras, buscando ao redor qualquer sinal de uma outra presença, apesar de seu calor interno ter aumentado com a possibilidade.
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Observava ela. Augusto observava ela toda. Todos os mínimos detalhe. Tudo que já conhecia dela do seu convívio atual. E tudo que se relembrava com ela quase nua na sua frente. Pois Vinicius não via o biquini branco tomara que caia que a deixava ainda mais sexy do que o normal, ele prestava atenção na pele amostra, nos olhos, nas curvas, nos lábios rosados tão atraentes, que lhe dava ainda mais vontade de beija-los e chupa-los. Augusto a queria, com todos os jogos ou sem, com as segundas intenções ou com nada, com as provocações ou não. Ele só queria provar novamente da mulher a sua frente. O toque dela veio por um segundo como surpresa para ele, mas Vinicius logo tinha um sorriso galanteador no rosto com a aproximação maior dela. Sentia seu cheiro mais forte a cada palavra que ela falava mas que não dava tanta atenção como dava ao movimento dos seus lábios e o olhar dela sobre si. Sentiu a mão dela cobrir quase todo seu maxilar, o que tornava para ele as coisas ainda mais interessante, com as imagem que passava em sua cabeça. Com as palavras dela seu corpo mesmo submerso se esquentou, fazendo ele mordeu o interior da bochecha, sentindo os lábios dela sobre os seus, enquanto cada palavra que ela falava aumentava ou diminuía o toque deles. - Então você esperou por mim? - falou de maneira provocativa e baixa olhando para ela, com um riso nos lábios, levando então suas mãos que antes estavam nas pedras paras as coxas delas apertando um pouco ali - Acho injusto isso. - falou devagar na mesma distância que ela já tinha deixado - Por que eu sempre fui em defesa de o que você quer você pode ir atrás. Independente de qualquer coisa. - Vinicius agora se aproximava mais dela sentindo as pernas de Heloísa ao redor de sua cintura - Por que nós dois sabemos que você se divertiria mais comigo… - falou devagar com as pontas dos dedos tocando a lateral do biquini dela. - Não sei. Mas eu tenho inúmeras sugestões do que você pode fazer comigo. - falou com um sorriso de lado em resposta da pergunta dela. Então levando as mãos mais para bunda de Heloísa e pressionando um pouco mais ali, e puxando todo seu corpo para colar no seu, fazendo ela tocar ainda mais na água. - Mas podemos fazer exatamente o que você quer. - roçou os lábios no dela, dando um selinho no canto esquerdo da boca, depois no queixo,no outro canto. Puxando ela ainda mais para si. - E continuar na sua brincadeira… - falou olhando para os olhos dela por alguns instantes, mas sem  ao menos deixa-la falar algo, selou os seus lábios no dela iniciando um beijo que ele desejava desde que a reviu no bar. Lerdo, ritmado, redescobrindo os gostos e sabores que ela tinha a oferecer, levava uma de suas mãos agora para o rosto dela, tirando uma mecha de cabelo e segurando sua nuca, enquanto seu polegar tocava a bochecha dela delicadamente. 
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Atraída. Era essa a palavra. Ela estava extremamente atraída por Vinícius Augusto, e não gostava disso. Não sabia se ainda era resquício de meses atrás ou se começara há pouco, mas o que importava era que a atração deixava a sua visão nublada. Parecia uma necessidade irrefutável de tê-lo novamente dentro de si, e até que a necessidade fosse suprida, os seus hormônios entrariam em colapso a qualquer movimento que qualquer um dos dois fizessem numa proximidade palpável. Havia uma tensão ali, enorme, eletrizante, que arrepiava os cabelos de sua nuca e seus braços e pernas. O riso nos lábios dele — lábios totalmente beijáveis — fazia seus olhos tremerem, brilharem, ficarem inquietos enquanto analisava os detalhes em seu rosto, estando tão de perto. Ela mordeu o canto da boca, contendo um suspiro com o toque em suas coxas, abaixando um pouco a face na direção dele; incrível como foi o suficiente para friccionar as pernas, fechando-as ainda mais ao redor dele sem querer. Com os olhos baixos, quase fechados, Heloísa riu de novo contra os lábios dele. Uma risada baixa, puramente sexual, que se juntou ao encolher de ombros com a suposição — errado ele não estava, realmente. Ela estava atenta à boca, ao tronco, ao maxilar, aos dedos dele tocando no seu biquíni. Estava atenta ao balançar sutil da água abaixo deles. Estava atenta às mãos agora em sua bunda, na aproximação crescente e súbita. Pressionando os lábios em uma linha por um instante, ela assentiu com a cabeça e murmurou um “uhum” com a garganta. Completamente muda, recebeu os selinhos à medida que soltava uma mão do maxilar e unia as duas sobre o peito dele, o pescoço, a nuca, em movimentos lentos e arrastados. Ela afastou um pouco o rosto para dizer algo — algo que esqueceu completamente após ele beijá-la. Seu primeiro instinto foi abraçá-lo pelo pescoço, para se aproximar ainda mais, para se relembrar de cada sensação que era ter a pele dele perto da sua. Era incrível a forma que seu corpo se moldava ao de Vinícius, e como esse reagia às carícias da língua dele na sua, tão lentas e habilidosas, e de um encaixe invejável. Aproveitando cada brecha, cada respiração conjunta, parecia que seu coração explodiria dentro de seu peito a qualquer momento de tão acelerado que estava. Os seus dedos se enroscaram nos fios de Vinícius, puxando-os levemente, trazendo-o para perto de si, mas ela subitamente parou, finalizando o beijo com um olhar confuso: o cenho franzido, a respiração forte, as orbes fixas nas dele. Com a boca entreaberta, os lábios vermelhos, o pensamento de Heloísa foi de “por que você fez isso” para “foi melhor do que eu lembrava” para “foda-se”. Fechou a boca por um instante, agora com o semblante irritado, e qualquer pessoa que estivesse os assistindo poderia jurar que ela o socaria; ao invés disso, puxou-o para outro beijo, um pouco mais forte, mais intenso, que indicava as suas intenções de uma forma clara. Não havia pudor nenhum em seus toques, nem na maneira que seu corpo se movia em direção a Vinícius, e nem quando entrou na água junto à ele; ainda beijando-o, inverteu as posições e o prensou contra a borda. Como ambos eram altos, não havia muita água para impedi-la de pôr uma coxa entre as pernas dele e abaixar uma das mãos até o abdômen, onde pretensiosamente traçava o caminho até mais abaixo.
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Tinha conseguido. Conseguido o que tinha planejado desde que percebera quem ela era de verdade. Não era como se o mesmo tivesse um objetivo final em toda aquela artimanha - claro que repetir tudo que já tinha feito juntos e um pouco mais não seria algo ruim para ele -  mas ele tinha feito aquilo tudo simplesmente para confirmar o fato que Heloísa sim lembrava dele. Pois Vinicius já tinha transado com muitas mulheres, e a verdade era que ele próprio não lembrava nem da metade, porém ele lembrava dela. Ele estava sóbrio o suficiente para lembrar vividamente não só do dia da praia como o dia depois. Não era muito comum para ele isso. E ele ainda não entendia por que tinha sido com ela. Mexeu a cabeça positivamente quando a reclamação dela veio, como se confirmasse que Heloísa tinha acabado de cair em uma armadilha. A irritação dela se tornava ainda mais prazerosa para ele, que segurava a risada por todo o porte de birra que a mesma se encontrava agora. - Feriu teu ego? - Vinicius falou, soltando mais uma risada descontraída - Você por um acaso já viu onde a gente estar, Heloísa? Por causa de você. - falou dando de ombros e levantando os braços - Claro, que o motivo maior foi para eu te mostrar que eu estava falando a verdade e você mentindo, mas né… ainda vale algo. - brincou com um sorriso criança no rosto. Mas logo ouvindo ela continuar a falar e desaparecer do seu campo de visão, fazendo Vinicius soltar um suspiro alto tirando o boné e a blusa, ficando parado por alguns segundos passando a mão na nuca. Então virou e sentou do lado dela, observando toda a pele que ela tinha exposta enquanto seus pés mergulhavam na água, não ligava mais para o jogo, ele queria beija-la, beijar toda sua pele, fazê-la sentir todo o prazer que sentiu no dia da praia, só para ela parar com essas acusações que não tinha sido tão bom assim - que o ego de Vinicius sabia que Heloísa o fazia apenas para  irrita-lo - Então Augusto pulou na água, não estava ainda tão funda então ainda se mantinha mais alto que ela sentada a sua frente. - Eu não acredito em você. - falou posicionando cada uma de suas mãos nas pedras na lateral das pernas dela, deixando um toque , proposital, entre elas e seus antebraços. - Se você me achasse tão esquecível assim, não teria topado essa viagem comigo. - falou se inclinando para frente sentindo agora o toque dos pés dela em seu corpo - Você também tinha suas segundas intenções por essa viagem, Heloísa. - tinha uma voz segura e arrastada - Todos nós temos. - falou parando com o rosto na frente do dela com seu olhar indo dos olhos para a boca carnuda e rosada da mulher a sua frente. - Você só tem que decidir quando parar de brincar e ter logo uma atitude. - falou encostando a ponta do nariz com o dela, esperando qualquer reação dela. - Ou você vai esperar por mim?  - falou baixo com os lábios quase encostados nos dela.
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Por mais que Vinícius afirmasse o que ela queria ouvir e o que alimentava o seu ego previamente destruído, e isso significasse um aumento considerável de sua pulsação, Heloísa não deixou transparecer muito além de uma expressão tão imparcial quanto uma pedra. Queria, além disso, dizer algo, retrucar algo, fazer qualquer coisa que não parecer uma boneca congelada em uma face específica. Mas, como se é sabido, nem sempre temos controle do próprio corpo, e quando se tratava de Heloísa sob a presença de Vinícius Augusto, ela não tinha a mínima ideia do que lhe ocorria — não desde que o reencontrara em São Paulo. Não sabia explicar e odiava e se sentia idiota e odiava de novo com todas as suas forças, porém isso não era o suficiente para fazer sumir. Era como se todo o seu corpo fosse atraído pelo dele, um ímã constante que alterava o seu raciocínio e as conexões cerebrais que deveriam fazê-la ter uma reação ordinária. Rangendo os dentes, Heloísa forçou-se a exibir um sorriso irônico como resposta, em especial após o ainda vale algo. A presença dele ao seu lado era chamativa, ao mesmo tempo que ela fazia de tudo para focar na água em seus pés e nada mais; ele estava perto, tão perto, e sem camisa, e ela queria tanto tocar nele, e na boca dele, e em seus ombros e peito e abdômen. Fincando as unhas nas pedras até que começasse a doer, ela manteve-se imóvel, aparentemente inabalável. Quieta, apenas respirando, e controlando a respiração, e respirando silenciosamente, totalmente inerte enquanto tentava apagar as sensações dos toques recém lembrados de sua mente. Concentrada nisto, deu um pequeno pulinho de susto quando ele entrou na água, e agora era inevitável não olhar para Vinícius. Praguejando-o mentalmente, passava a língua entre os dentes ao escuta-lo discorrer sobre nada além da verdade — ela tentou, de fato, empurra-lo com o pé para longe quando ele se aproximou, mas tudo que ocorreu foi a mínima separação de suas pernas, como se quisessem que ele se encaixasse lá. E agora Vinícius se aproximava mais, e seus olhos estavam brilhando e perdidos no rosto dele, e também na verdade por detrás daquela voz preguiçosa e incrível. Apenas inclinou a cabeça para o lado, arqueando ambas as sobrancelhas, sendo este o único movimento que conseguira fazer para se defender de uma acusação já comprovada. E com ele mais perto ainda, não havia mais como fingir. Não havia mais como desviar ou como negar, pois o seu corpo reagia bem ali, arrepiado, clamando por uma aproximação completa. Por isso, com certa raiva, Heloísa levou o indicador até o queixo dele, arrastando-o para encaixar os rostos perfeitamente, ambos narizes se tocando. A respiração se tornara a mesma, mas o coração dela estava batendo tão rápido — por diversos motivos — que mal conseguia ouvir além da própria voz. "Eu não esperei antes," começou suave, quase como um ronronar. "Mas eu gosto de brincar," continuou do mesmo jeito, roçando os lábios sobre os dele, as bochechas queimando de raiva. Era contraditória a forma que se sentia e a forma que falava. "Sabe por quê?" perguntou, segurando-o com a mão toda, a unha raspando de leve na cicatriz dele. "Porque, se é pra ser honesta, eu te esperei a noite inteira e tive que cuidar do meu problema sozinha," murmurou, soltando um suspiro dramático. "Lamentável, 'né? E agora você quer tão fácil..." Ela riu baixo, maliciosamente, umedecendo os próprios lábios e, por consequência, os dele. "O que é que eu faço contigo? Você acha que merece o que quer?" Afastando-se minimamente para encara-lo nos olhos, séria, Heloísa reproduzira de propósito algumas das últimas palavras que dissera a ele ainda em Pipa. Uma sobrancelha estava arqueada, ao passo que suas pernas lentamente se entrelaçavam ao redor dele, esperando uma resposta.
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Foi naquele momento, quando ela afirmou àquela simples pergunta dele que um sorriso orgulhoso e presunçoso apareceu nos lábios de Vinicius Augusto, enquanto a via de costas caminhar em direção a cachoeira pela primeira vez em sua frente. Augusto sabia que ela se daria conta do que tinha acabado de admitir, não demoraria muito. Ele foi tirando a mochila das costas deixando encostada em uma pedra qualquer no exato momento que a frase de Heloísa pareceu parar antes do planejado, e Vinicius perceber toda a mudança do corpo dela, soltando ao final apenas um adjetivo superficial sobre aquele lugar. Vinicius esperava por aquele momento e sabia que ali Heloísa já tinha se dado conta do que representava aquilo que tinha falado. A mulher já estava a pouca distância da água, mas Vinicius caminhou e parou na frente dela com um sorriso de lado e de costa para o lugar que eles tinham andado tanto para encontrar. - Tá vendo! Então você se lembra?- deu uma risada divertida agora com tudo aquilo que acontecia enquanto olhava diretamente para expressão que ela tinha no rosto - Eu apenas me lembro. - falou se aproximando mais dela - Me lembro da nossa conversa pela praia, de você me fazer entrar no mar de noite, de você me beijar e transarmos por horas na areia da praia. E da despedida no quartinho do seu restaurante. - Vinicius tinha um sorriso satisfeito no rosto - E eu me lembro que você gostou de cada segundo daquilo. - mordeu o canto do lábio inferior da sua cicatriz. Tinha as mãos para trás enquanto observava ela - E agora eu sei que você também se lembra, Heloísa. - falou de maneira calma mas com um leve orgulho na voz. Então a observou por mais alguns segundos - A pergunta agora é: Porque você fingiu que não me conhecia? - cruzou os braços sobre o peito a olhando, não estava desafiando, mas queria brincar com ela já que finalmente tinha a desmascarado, mas então quebrou o silêncio novamente - Mas se quiser não me dizer e apenas continuar o que eu sei que você quis começar ontem, eu também já estaria bem satisfeito. - falou com um tom brincalhão e descontraído na voz. 
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Nem Heloísa suportava o próprio orgulho. Em sua opinião, era algo terrível de carregar como um dos pontos de sua personalidade, e às vezes tinha até vergonha. Por mais que sempre tentasse vencer todos os defeitos que perturbavam ela própria, era uma tarefa árdua e lenta, e somente agora tomara consciência das más consequências que poderia receber. Somente agora também tinha a liberdade para trabalhar nisso, já que sua nova vida clamava por relações saudáveis e uma independência invejável, além de tranquilidade — mesmo que São Paulo fosse o oposto disso. De qualquer forma, ela trincara os dentes ao contemplar o silêncio de Vinícius, e fez o possível para não abrir a boca mais uma vez, ou acabaria entregando a sua farsa. Não somente era desnecessária, como era infantil, e mais do que nunca gostaria de voltar ao tempo. Para apagar Pipa ou os minutos atrás, não sabia. Mordendo a bochecha, tirou a blusa e o short e ajeitou a parte de cima do biquíni tomara-que-caia, a face emburrada para a cachoeira. Por dentro, no entanto, permanecia maravilhada e animada com a vista, considerando que era a sua primeira vez numa daquelas. Continuando seu caminho até a água, ela estava prendendo o cabelo em um coque quando parou pela metade, encarando Vinícius diante de si com o rosto imóvel. Soltando os fios loiros, Heloísa cruzou os braços, como se ainda quisesse negar e relutar, mas ela disse, "Argh, inferno." A diversão dele era pólvora para sua frustração, e ela umedeceu os lábios, pronta para retrucar da forma mais tola possível. Contudo, as palavras morreram na ponta da língua quando ele começou a recitar as lembranças, que ganhavam vida dentro da própria mente. Heloísa movimentou o corpo, desconfortável, e fechou as mãos em punhos — os dedos dos pés se contorciam e sua nuca estava levemente arrepiada pela forma que Vinícius falara. Ela permaneceu imóvel, ainda de braços cruzados, esperando pelo momento que tiraria o sorriso do rosto dele com as unhas, mas não aconteceu. "Tanto faz," resmungou irritadiça, ao invés de se mexer. Não havia mais o que negar ou dizer ou concordar, e nem mesmo conseguia contornar o corpo dele e sumir de vista e ficar debaixo d'água. Então, como se Vinícius tivesse apertado um gatilho, ela suspirou alto. "Porque," começou, gesticulando com uma mão, "não foi de propósito. Não foi minha intenção fingir que não te conhecia. Foi tudo uma merda de mal entendido que feriu meu ego e, por isso, eu quis ferir o teu. 'Tá bom pra você? 'Tá satisfeito agora?" perguntou, cruzando os braços de volta, querendo se proteger. "E só pra constar, tu não é isso tudo. Pelo menos, não pelo o que eu lembro, e se tu não é minimamente memorável, sinto informar..." Deixou no ar, um sorriso sarcástico nos lábios, finalmente dando a volta e sentando-se na beira da cachoeira, testando a temperatura com os pés.
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Aquela menina queria o deixar louco. Não sabia como ontem não tinha a segurado pela mão e a puxado para terminar aquilo que tinha começado. Talvez porque era nítido que ela queria que ele tivesse exatamente aquele tipo de reação. Então Vinicius não se deixaria levar, por mais que quisesse muito mais passar a noite acordado com ela em sua cama do que bebendo no bar do hotel, o que na verdade tinha acontecido. Não se lembrava ao certo como chegou em sua cama, mas seu despertador programado antes de começar a beber foi pontual no horário. Oito e cinquenta estava acordando, e ás nove e vinte saindo do seu quarto para o café da manhã. Comeu rápido, mas ainda sem sinal de Heloísa, parecia que seu inconsciente já sabia que ela iria se atrasar. Tinham saído do hotel as dez horas da manhã, mas ele não reclamava. Na verdade não tinha falado muito coisa até agora. Queria jogar indiretas sobre o beijo que ela tinha o dado, mas resolveu que o silêncio parecia que serviria  melhor naquela situação. Estava com uma mochila nas costas, uma blusa mais folgada, bermuda e um boné, caminhavam a algum tempo e só esperava um momento que ela quebraria o silêncio com alguma reclamação. Logo quando ouviu a voz dela, um sorriso apareceu em seu lábios - Eu pensava que você era pró natureza, Heloísa. - falou em meio a uma risada, voltando a olhar para a trilha vendo que estavam perto. Ele então suspirou olhando para ela - Lembra quando eu te disse que eu passei minha infância toda em cachoeiras ? - como eles já tinham conversado sobre muitas coisas até sobre praias, ele sabia que essa conversa em especifico tinha sido em Pipa, então Vinicius  esperava que ela não se lembrasse exatamente quando foi. Continuou sem esperar resposta dela dando mais uns passos longos subindo em um morrinho e estendendo a mão para ajuda-la. - E você disse que nunca tinha ido a uma… - O som da água batendo nas pedras já era claro, então era só olhar para frente para ver a origem daquele som. Augusto olhou para ela com um sorriso travesso. - Acho que agora eu mereço um pouco mais do que a primeira base de ontem. - falou com um tom irônico. 
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Pisando forte, ela o seguia adiante, cansada e emburrada e totalmente sem vontade de pensar duas vezes e filtrar seus pensamentos antes de dizê-los em voz alta. “Eu não ‘tô reclamando da natureza, eu ‘tô reclamando da distância,” corrigiu devagar, como se estivesse falando com uma criança. “E você não pode me culpar, também. Não tenho feito nada útil em São Paulo, a não ser o básico. Por melhor que seja esse básico, não é a mesma coisa,” resmungou, sem saber exatamente o ponto que queria chegar. Seus olhos estavam sobre o chão, focados nos passos que dava, e Heloísa os levantou apenas brevemente para checar Vinícius em uma breve confusão; se ela lembrava? Não tinha certeza, mas tinha a impressão de que essa conversa j�� acontecera uma vez. “Acho que sim,” respondeu ainda ponderando, atrás dele com um semblante pensativo. Sua mente cansada repescava qualquer indício de memória sobre o que ele falava, exatamente sobre quando fora. Manteve o cenho franzido ao subir com a ajuda dele, e sua mente atrasou um pouco para raciocinar o que ele dissera e o que contemplava adiante. Como um clique, o rosto de Heloísa mudou, e seus olhos brilharam em maravilha. Vira cachoeiras, é claro, em fotos, mas jamais tivera a oportunidade de visitar uma pessoalmente, e esta a que encarava era bonita demais para ser verdade. “Pelos céus, como tu lembrou disso...” murmurou, vidrada, até que a coluna subitamente se esticou e todo seu corpo entrou em alerta -- ela lembrou, e lembrou que ele lembrava que aquela conversa específica tinha acontecido em Pipa, alguns meses atrás. Lembrou que deveria ter negado, que nunca falara sobre cachoeiras diante dele. Pressionando os lábios em uma linha, como se de alguma forma as palavras fossem voltar para a garganta, o orgulho começou a pinicar em seu âmago. Ah, não -- ela não admitira nunca, jamais por vontade própria. Por isso, continuou estática, imóvel, fitando a água clara enquanto rezava para qualquer deus existente para que ele tivesse deixado essa informação passar tanto quanto ela. “Bonita,” murmurou incoerentemente, dando um passo em direção à cachoeira.
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helotavares · 6 years ago
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@viniau-gusto
Nove e meia? Às dez horas da manhã, Heloísa saía do quarto meio emburrada, meio animada para o dia que viria. Pela sutil dor de cabeça, odiava a hora; pela praia, a amava. Com um biquíni branco por debaixo da roupa leve, seguiu Vinícius Augusto para qualquer que fosse o lugar que ele pensara em levá-la. Estava consideravelmente desconfiada tendo em vista a sua ação espontânea e embriagada na noite anterior, qual fora xingada pelas suas amigas no momento que contara sobre. O que poderia fazer, afinal, se bêbada a sua libido aumentava e a fazia se tornar um pouco masoquista? Pelo lado bom, descarregara todos os pensamentos sexuais que tivera sobre Vinícius no bloco de notas de seu celular, e não com ele. Claro que com ele seria incrivelmente melhor e mais aconselhável, mas seu orgulho era maior. De uma forma ou de outra, esperava que o seu lado emburrado o impedisse de fazer qualquer menção sobre, intensificando-o toda vez que dirigia seu olhar a ele. Subindo a trilha há vários minutos, Heloísa mantinha a garrafa d’água na mão, quase vazia, e xingava mentalmente pelo esforço que fazia àquela hora -- geralmente não reclamaria, mas fazia já certo tempo desde que fazia atividades e realmente vivia para contemplar a natureza pelas manhãs. Horrorizada, percebeu que viver em uma cidade urbana era uma doença, e se forçou a continuar em silêncio pelo tempo que se seguiu. O sol batia forte em sua pele, e seu conforto era quase palpável, como se a palidez não fizesse parte do que ela era. No entanto, mais tempo de trilha se passou, e quando ela terminou a água da garrafa, parou e soltou um suspiro frustrado. “Pra onde exatamente tu ‘tá me levando?” perguntou, resmungando. “Parece que a gente ‘tá andando há horas,” murmurou, lançando um olhar mortal para Vinícius, “e essa trilha não tem fim!”
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Vinicius se pegava algumas vezes ainda mais curioso sobre aquela garota, tentava influencia-la a ter alguma reação, agora não parecia funcionar. Apenas as respostas simples e diretas que ela tinha na ponta da língua. O que o desanimava um pouco, gostava das tiradas, dos duplos sentidos e até quando a mesma falava algo especialmente na tentativa de ter uma reação rápida dele. - Isso deve ser verdade. - acreditou dando de ombros com a fala em si que não se encaminharia para nenhum lugar que Augusto queria agora e então olhou para Bruno, com um leve ruga entre as sobrancelhas com a surpresa da falta do pedido da sobremesa, porém deixou de lado. Após falar com Bruno, voltou o seu olhar para Heloísa que falava - Sinceramente, eu nunca acho que é um bom momento para ter um filho. - deu de ombros bebendo água e olhando para o garçom agora distante - Mas desde que ele conheceu o Leonardo ele quer, então… - deu de ombros, batendo com a chave na mesa de madeira. Continuava a observa-la, tentando descifrar o nível alcoólico que ela estaria naquele momento, não tinha planos com ela no final daquela noite, mas não sabia se ela teria. - Claro. Eu ia indicar uma festa, mas se a mocinha esta com sono… - falou mas com um tom de brincadeira, pedindo a conta e dando logo o dinheiro a Bruno.  Levantou e se pôs em direção ao carro. O caminho até o hotel foi tranquilo, não estava tão movimentada a rua como de costume e o trânsito até o local tinha mais a trilha sonora de sua playlist do que de conversas entre os dois. Quando chegou no hotel começou a caminhar pelo corredores em direção ao quarto dela ao seu lado, por mais que seu corpo quisesse ficar com ela o resto da noite, sua mente não o permitia, não agora. A olhava enquanto caminhava pelo corredor, suas curvas marcadas pela roupa que usava, Augusto tinha uma discussão mental sobre o que na verdade queria. -Brincadeiras a parte. Espero que tenha gostado do jantar. - falou chegando perto da frente da porta dela - Amanhã acho que de 9h ou 9h30 poderemos sair. -
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Havia uma sequência habitual no ramo alcóolico de Heloísa. Primeiro, ela ficava indiscutivelmente sonolenta enquanto esperava a bebida fazer efeito em seu organismo; segundo, ela subitamente ficava energética e aproveitava o seu estado o máximo possível. Considerando que tomara uma garrafa de vinho quase inteira, independente do tipo, o efeito fora quase duplicado do que estava acostumada. Por isso, e somente por isso, ela não rebateu a brincadeira de Vinícius -- sua reação foi cerrar os olhos, irônica, e balançar a cabeça. Lutou contra a vontade de estirar a língua para ele, pois não existia intimidade o suficiente para fazê-lo, e seguiu-o para o carro em um passo lento. No banco, Heloísa encostou a cabeça no vidro e, sem querer, acabou cochilando durante o caminho de volta ao hotel. Ao chegarem lá, acordou renovada -- não da bebida, e sim do sono. Andava a frente dele, fazendo questão de chamar atenção enquanto passava, e olhando-o por cima do ombro, esperando apenas o momento no qual ele mostraria suas caras de novo, como fizera em Pipa. Nada aconteceu. O percurso até o quarto chegou ao fim e, suspirando, Heloísa abriu a porta. Não acreditava que esperara a noite inteira para pegá-lo no flagra e, ainda assim, nada tivesse acontecido. Entretanto, sua mente alterada não deixaria passar batido; jamais. Virando-se para ele com um sorriso quase diabólico, Heloísa se aproximou. “Estarei pronta às nove e meia,” informou, ainda sorridente. “Boa noite, Vinícius,” pronunciou devagar, ao mesmo tempo segurou o rosto dele e depositou um beijo especificamente no seu maxilar. Seu corpo inteiro se encaixou no de Vinícius, cada mínima parte, e não hesitou em pressionar pontos específicos enquanto dava o beijo. Com um semblante falso inocente, afastou-se de súbito e fechou a porta do quarto com força, antes de ver qualquer expressão dele.
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helotavares · 6 years ago
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alex-brandao‌:
Era cômico pensar que mesmo depois de doze anos em uma relação, Alexandre não tinha prática alguma no assunto. Não sabia flertar, não entendia muito bem os jogos que todo mundo naquele universo parecia gostar de jogar. A forma como falava e se portava, tudo era um descobrimento tão grande que chegava a ser prazeroso aprender, ver um novo lado em tudo aquilo. Sua relação sexual fora a mesma durante os doze anos e há quem diga que isso pode representar certa falta de experiência, e mesmo com um pouco de receio nesse explorar de outros corpos, Alexandre se mostrava bastante íntimo no jogo de dar e receber prazer. Fosse com Bianca ou agora Heloísa, sua lista aumentava de forma natural, e gostava daquilo, da sensação gostosa que uma novidade representa. Como desembrulhar um presente no natal e se deparar exatamente com o que tinha pedido para Papai Noel. Bem, tinha seu presente, e agora sabia exatamente como usá-lo. Mas a insegurança ainda era parte do processo. No casamento não tinha muito espaço para um ‘talvez’, fosse pelo seu jeito bruto e direto de fazer as coisas, ou pelo fato de existir um entendimento praticamente automático entre o casal. Era ‘sim’ ou ‘não’, simples assim. O medo de passos em falso o fizeram recuar, parado na esperança de uma confirmação para seguir Heloísa. Não sabia se deveria se oferecer, ou apenas se despedir. Estaria sendo um, comumente dito, babaca por acabar as coisas assim? Ou seria um se insistisse em ficar? Na eterna dúvida, apenas esperou. A confusão mental inconscientemente estampada em sua feição até que Heloísa deu o veredito final e seus lábios foram tomados por um largo sorriso. Alexandre era pura certeza em cada um de seus atos, até que uma dúvida surgisse e tudo passasse a ser aprendizado. Mas ela não parecia precisar de manual, não precisava ler as entrelinhas, deixava tudo claro e o guiava até que já não precisasse mais, até que ele voltasse a andar sozinho e retomasse o caminho do prazer. Alex não se inibiu em voltar com as mãos para o corpo de Heloísa. De forma natural, voltou a explorá-la a medida que entravam no apartamento. Não tinha mais a tensão de serem pegos, era um ambiente livre para fazerem o que realmente queriam sem medo algum. Seus olhos passearam por pouco tempo pelo cômodo, até que voltaram para as orbes azuis carregadas de desejo e ele não mais conseguiu se distrair com o ambiente. Podia ter um elefante no meio da sala e provavelmente não notaria, Heloísa sugava toda sua atenção. - Posso mesmo? - O sorriso no canto dos lábios foi suficiente para entregar o que pensava. Em poucos minutos os corpos já se faziam sem roupas novamente, como se elas não pertencessem mais a eles. A madrugada carregou muito mais. Mais entendimentos dos gostos de ambos e com isso muito mais prazer. Com o despertar do sol, Alexandre se confessava exausto e bolou na cama por mais algumas horas, adiando o acordar quando finalmente o fez, admirando o corpo nu de Heloísa se moldando delicadamente ao seu. - Bom dia - o sorriso simpático com a voz rouca logo se transformou num beijo delicado, que logo se fez feroz sem nem mesmo perceber. E da forma mais natural do mundo, Heloísa já lhe montava por baixo dos lençóis. Alexandre não recuou de imediato. Sentiu seu corpo confirmando toda aquela investida e lutou contra a clara excitação quando interrompeu o beijo e passou a encará-la no fundo dos olhos. Finalmente conseguia ver o brilho que o sol despertava nas orbes azuis e aquilo só tornava tudo mais difícil. Com o dia vinha o peso das responsabilidades, e o breve arrependimento das atitudes impensadas causadas pela ilegalidade da noite. - Eu odeio ser o chatão aqui - seus olhos fraquejaram, deslizando por todo o tronco nu de Heloísa. Os seios claramente excitados, a barriga perfeitamente desenhada, as pernas bem encaixadas em sua cintura. Qualquer mínimo movimento dela tornaria todo aquele discurso praticamente impossível. Piscou algumas vezes, abstraindo a visão e voltando a se concentrar. - É… Eu acho que a gente devia conversar. - Alexandre se esticou, sentando-se com o corpo apoiado na cabeceira da cama, enquanto ela ainda em seu colo, mas se arrependeu um pouco dos movimentos bruscos, pois aquele encaixe acabara de ficar ainda mais perigoso. Apertou os olhos com força, prendendo os lábios junto sem conseguir disfarçar a força que fazia para não se deixar levar completamente pelo claro tesão que sentia com tudo aquilo. - Então, a gente foi completamente imprudente ontem. Tu sabe disso, né? - Meu deus, o que era aquilo? Sentia estar falando com uma paciente menor de idade sobre toda a educação sexual que sabia de cor, mas parecia ter desaparecido de sua mente na noite anterior. - A gente não usou proteção nenhuma, foi extremamente errado, completamente estúpido, mas aconteceu e vamos lidar com os fatos, ok? - Ótimo, agora virara seu pai, curto, grosso e nem um pouco delicado. - Eu me testei recentemente. Completamente limpo, ok? Ok. Se você precisar fazer qualquer exame, pode passar lá no hospital, sem problemas, doutora Adriana, a Ginecologista de lá é amiga minha, é só me ligar, qualquer dia, qualquer hora, certo? - Levantou os polegares, afirmando na esperança que ela estivesse acompanhando a fala rápida e carregada de um tesão reprimido. - Próximo passo. - Respirou fundo. - Eu tenho dois filhos, não pretendo ter outro, e vou chutar que você muito menos, então… Você toma alguma coisa? Precisa que eu vá na farmácia? Te compre algo? Sério, pode falar, sem problemas. - Acreditava que muitos adolescentes em sua fase desgovernada já haviam passado por situações como aquela, mas não Alexandre. Ele pulara toda essa parte direto para casamento e filhos. Sendo assim, era até um pouco cômico ver o quanto ele se esforçava para ser o mais natural e ainda responsável possível com todo aquele caminho inexplorado de rebeldia que conhecia agora.
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Não era um ciclo difícil para Heloísa; muito daquilo já se via acostumada, as relações passageiras que vivenciava numa pernoite. Sem quaisquer vergonhas, seguia noite a dentro como um esboço que se formava aos poucos algo concreto, provando na pele e na prática o que o corpo humano -- principalmente o de Alexandre -- poderia oferecer de melhor. Talvez fosse promíscuo de sua parte, talvez houvessem consequências depois, mas ela sempre deixava para lidar com isso depois, quando a consciência pesava ao repassar todos os acontecimentos em silêncio, sozinha, sem nenhum julgamento além do próprio. Por isso, mesmo acordando lentamente, nada lhe passou pela cabeça. Ao menos, nada além de como estava tranquila e relaxada e totalmente agraciada. Considerou que Alexandre estava acordado apenas pelos movimentos, e ao olhar para seu rosto com intuito de se certificar, logo retribuiu o sorriso e o “Bom dia,” com um murmúrio baixo. Mas depois disso, depois de se entregar à intensidade do beijo e acabar gemendo na boca dele, Heloísa foi guiada pelos instintos e se pôs sob Alexandre com agilidade e delicadeza. Suas mãos estavam tateando devagar o abdômen e peito dele, como se tivessem todo o tempo o mundo, e já sentia o desejo surgindo em cada parte sensível que se estendia pelo seu corpo. E a familiaridade com os atos era tão palpável que, abrindo os olhos e fitando os dele de volta, Heloísa travou -- mil possibilidades passaram pela sua cabeça para uma reação tão séria, e suas palavras iniciais fizeram com que arqueasse as costas, bastante desconfiada. Encarava-o de cima, com o cenho levemente franzido, imóvel, alguns fios loiros cobrindo-lhe a face. Mesmo sem entender, acabou mordendo o canto do lábio com a breve checada que ele dera, ao passo que seu cérebro tentava maquinar o que havia de errado. A confusão ficou ainda mais evidente com a menção de uma conversa, e seus olhos já estavam um pouco arregalados, assustados, sobre o que poderia ser. O rosto e pescoço começaram a esquentar, adquirindo uma coloração rosada quando ele se sentou, e ela fez o possível para se ajustar sem atiçar qualquer coisa -- sem nenhum movimento brusco. Podia notar novamente sua hesitação, e a própria também, pois não havia palavra alguma formando em sua garganta. O corar de suas bochechas apenas aumentou conforme ele continuou, e Heloísa novamente arregalou de leve os olhos, querendo descobrir qual era o ponto, absoluta e totalmente confusa. No entanto, à medida que Alexandre seguia, os lábios dela tremiam devido ao esforço que fazia para não rir daquela situação. Fazia sentido,é claro, e concordava com ele, mas não havia muito como não ver o lado cômico. Usando cada fibra de sua vontade para engolir o riso, ela por fim assentiu. “Certo. A gente foi mesmo imprudente. Se te fizer se sentir mais confortável, sem problemas,” respondeu naturalmente, admirando a capacidade de não cair na gargalhada -- não acreditava que ele tinha mesmo lhe indicado uma ginecologista. No entanto, com o dito próximo passo, Heloísa inclinou a cabeça em dúvida, como se perguntasse tem mais? Mas, desta vez, a compreensão veio mais rápida, e desta vez não conteve o riso nervoso. Cobrindo metade do rosto com uma mão, riu silenciosamente, balançando a cabeça em negação. “Relaxa,” pediu, exibindo as mãos de forma ilustrativa. “Com isso você não precisa se preocupar de jeito nenhum.” Pelos céus. Filhos? Foi como um grande banho gelado. “Eu tomo a do dia seguinte, mas não precisa comprar, ‘tá tudo bem. Não sou tão imprudente, ‘tá?” brincou para disfarçar o nervosismo, sorrindo divertida. “Mas já aproveitando,” começou, meio sem jeito, “quer tomar café? Dizem que sou muito boa. Na cozinha, digo. Cozinhando. E fazendo café.” Demais, Heloísa. Demais. Fechando os olhos com força, meneou a cabeça. “Tu entendeu,” finalizando, dando outro riso nervoso ao sair de cima dele. Após vestir uma blusa larga, seguiu para a cozinha martirizando a si mesma por pensamento.
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helotavares · 6 years ago
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alex-brandao‌:
Seu nome sussurrado lentamente pelos lábios dela, como se aquele fosse um ato quase impossível de se fazer; a forma como o corpo dela lutava - e claramente perdia - ao impulso de se entregar de vez ao prazer; o tesão óbvio existente pelo perigo que corriam de serem pegos dentro daquele elevado; tudo aquilo era muito mais do que Alexandre poderia ser capaz de aguentar. Seu êxtase foi externado com um largo sorriso no momento que percebeu que tanto quanto ele, Heloísa também se fazia em puro prazer. Sentiu as pernas dela deslizarem até se separarem de seu quadril, mas não se moveu. Alexandre continuou se recuperando, a respiração acelerada enquanto ainda sentia as curvas de Heloísa entre seu próprio corpo nu e as paredes de metal gelado do elevador. O olhar preguiçoso que ela lhe lançava de alguma forma o atiçava ainda mais, como se pudesse ler as entrelinhas do que eles queriam dizer. A cabeça inclinada para frente faziam seus olhares se encaixarem e por mais alguns segundos ficou assim, provocando-a da mesma forma que ela parecia fazer. Por fim, a beijou, forte e sem delicadeza, arrancando o resquício de rebeldia que ela ainda poderia esconder. - Acho que não foi uma boa ideia acabar com o ar que a gente tinha aqui - sussurrou ao deslizar os lábios até o ouvido da menina. Um sorriso sapeca surgiu com o comentário, no mesmo segundo que se separou para conseguir vestir as roupas novamente. Seus olhos não saíram de Heloísa, tinha algo extremamente sensual na forma como a olhava agora. O desejo explícito e a vontade de pedir que ela não se vestisse novamente, enquanto apenas encarava, calado e com um mínimo sorriso nos lábios ao ver o tecido cobrindo lentamente as curvas que há poucos minutos tinha em seus braços. Cansado, e com um certo receio de que ainda pudessem demorar ali dentro, Alexandre se sentou ao chão do elevador, puxando Heloísa com delicadeza para seu colo. Suas mãos voltavam a explorar o corpo dela sem timidez agora, enquanto os beijos se prolongavam, os lábios cada vez melhor encaixados. - Se esse negócio não voltar logo… - Um beijo lento na extensão do pescoço. - Acho que tu vai ter que me acalmar de novo. - Entre alguns murmúrios baixos de prazer e as breves indicações de que seu corpo aos poucos voltava a pedir por mais, uma forte luz se acendeu. Alexandre sorriu, mas internamente algo reclamava pelo ponto final daquela curta aventura. Ao passo que ela se levantou, ele a seguiu. Mas quando a porta do elevador se abriu e Heloísa caminhou naturalmente em direção ao seu apartamento, Alexandre não se moveu, travado pela ideia de que aquele seria o final da noite agora que ela parecia ter conseguido o que queria. Permaneceu parado, a camisa amassada e as sobrancelhas levantadas em sinal de dúvida, como se esperasse uma indicação, um convite, ou o simples arrancar daquelas roupas para começar tudo novamente. 
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Ela não sabia como, ela não sabia por quê, mas a forma que seu corpo reagia a Alexandre trazia certo conforto. Como se soubesse o que esperar e ao mesmo tempo não soubesse, seguindo o fluxo da surpresa e da precisão com que ele agia. Porque embora estivesse cansada, aquele último beijo a incitou a devolver na mesma moeda, provando o que haveria de acontecer mais cedo ou mais tarde sob sua presença. O comentário no pé de seu ouvido foi sutil, e acariciou o seu pescoço a ponto de arrepia-lo, mas sua única e singela resposta foi uma risada: sutil e maliciosa, baixa pelo esforço para reunir oxigênio. Mordendo o lábio inferior tanto para conter o riso, quanto para convencer a si mesma de que deveria vestir as roupas, ela deslizou cada peça pela pele morna enquanto sentia o olhar em suas costas, casualmente verificando por cima do ombro com um sorrisinho. Quando por fim estava coberta novamente, não hesitou em aceitar o chamado, sentando-se gentilmente no colo dele. Era divertido ver que, apesar de Heloísa ser uma mulher relativamente alta, ela ficava muito menor do que o habitual perto de Alexandre. Na verdade, utilizava esse pequeno fator para traçar cada músculo dele com graciosidade, criando um mapa em sua cabeça sobre quais lugares ele respondia melhor -- assim como descobria entre os beijos. Suspirando, tentando apaziguar a chama crescente em seu âmago, ela se aproximou do ouvido dele, onde riu baixo e murmurou: “Será meu prazer.” E não prosseguiu mais com o toque frágil e restrito. Contudo, no momento que sua mão descaradamente deslizava para baixo novamente, as luzes voltaram e o elevador retomou a vida. Quase decepcionada, balançou a cabeça, mas não conteve o mínimo sorriso em seus lábios agora vermelhos. Após pegar a bolsa no chão, ficou de pé e tateou o interno desta ao buscar a chave do apartamento. Enquanto o fazia, caminhou para fora do cubículo, agraciada pela brisa gelada, mas parou ao perceber que não estava sendo seguida. Voltando, confusa, encarou Alexandre com o cenho franzido; passou um segundo para perceber a hesitação e a dúvida dele, e por isso Heloísa riu sutilmente. Ela o puxou para fora do elevador, ambas as mãos na nuca dele, e piscou tranquila. “Ah, não. A gente não terminou por hoje,” avisou, divertida, depositando um selinho sobre a boca dele enquanto andava para trás. “E eu definitivamente não terminei contigo,” continuou ainda próxima do rosto dele, trazendo uma mão para a sua calça e acariciando o volume por baixo dela, os olhos turquesa brilhando e queimando em pura vontade. Então, arqueando as sobrancelhas momentaneamente para que Alexandre compreendesse, ela sorriu, deu outro selinho rápido e se afastou para guiá-lo para o apartamento com uma mão à medida pegava a chave com a outra. Satisfeita com a sua companhia da noite e com o aroma marítimo que emanou (fruto das essências distribuídas por vários lugares da casa) ao abrir a porta, ela virou-se para Alexandre -- o semblante quase pecaminoso. “Pode ficar à vontade.”
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helotavares · 6 years ago
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viniau-gusto‌:
Augusto era uma pessoa observadora, talvez como tática de descobrir as mentiras que poderia falar para conquistar alguém, com os detalhes que as mesmas demonstravam sem ao menos perceber. Como na vez que mentiu que sua cicatriz tinha sido feita depois de uma queda que levou em uma aula de dança para a dançarina de uma dos bares que trabalhava antigamente - ainda agradecia por ela não querer que ele repetisse alguns passos antes de começarem a transar no carro dele naquela noite. Seus olhos iam do batuque ritmado que Heloísa fazia na madeira e nas bochechas dela que iam de um tom de vermelho claro para escuro e vice versa, provavelmente devido ao vinho que ingeria. Tinha curiosidade para saber se eram traços de nervosismo ou porque ela estava pensando em algo, talvez até nas própria palavras, como se tentasse segurar o que realmente queria falar. E quando a ouviu falar um sorriso se alargou nos seus lábios de Augusto enquanto deitava na cadeira encostando no apoio a observado “Você sabe Heloísa. Você sabe tanto, como eu sei cada som que você faz quando eu te contemplo com alguns.” era o que queira responder mas só mordeu o canto da boca ainda a olhando - Pois é. Mas eu já disse que se você quiser não vai ficar só na teoria, Helô. - falou marcando o apelido dela se inclinando para frente e apoiando nos dois cotovelos. Já avia acabado seu prato enquanto observava ela terminar passando os olhos do seu celular para ela. Com o comentário que a loira fez Augusto apenas sorriu de lado dando de ombro, dando mais um gole de sua água. Encostou na cadeira como se esperasse que ela falasse algo, o menu de sobremesa ainda viria e ele achava que o prato final era algo pessoal, Vinicius não escolheria para ela dessa vez. Observava o movimento da taça indo até seus lábios e a figura pequena e bela que ela era. Sua atenção foi cortada no momento que ela falou, seguida logo por uma risada do mesmo. - Você descobriu. - falou ficando sério - A gente tem um passado. - falava como se fosse a mais pura verdade, acenou com a cabeça devagar dando um gole da água. Logo, arqueando a sobrancelha - Mas se você tiver interessada, não tem problema. Ele é bi. - Então acenou para Bruno para que trouxesse o menu de sobremesas, não demorando segundos para ele aparecer. “ Gostaram da refeição?” perguntou educado - Muito boa, só tenho uns toques, mas depois falo com o chef. - Vinicius falou em um tom irônico. Então Bruno riu e ia saindo quando Augusto o chamou novamente - Bruno, depois quando tu e o Leo forem para São Paulo verem o negócio da adoção me avisem tá? Para eu preparar um jantar para vocês. - ele continuou com um sorriso simpático “Claro que vamos, vai ser um dos primeiros a conhecer o bebê, afinal você que me apresentou para o Leo.” assentiu logo se afastando novamente da mesa. Augusto levou o seu olhar para os olhos de Heloísa com um sorriso criança nos lábios. - Como eu disse, nós temos um passado. -
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Agora que estava ciente das próprias intenções, das dúvidas absorvidas pelo seu cérebro, era muito mais fácil para Heloísa manter-se firme e inabalável. Sua postura continuava a mesma, seu semblante continuava gentilmente neutro, e sequer piscou quando ouviu seu apelido pronunciado pela voz de Vinícius; um detalhe que a relembrou de quando o conhecera, ou de quando o reencontrara. De uma forma ou de outra, tinha plena ciência de que ele o fazia de propósito, pois jamais lhe dera intimidade para tal ou pedido para que lhe chamasse assim. No entanto, pelo o que se sabia dele, talvez fosse esta a maneira de assegurar a intimidade propriamente dita e atualmente inexistente. Dando de ombros, tomou a seguir o rumo em silêncio, agradecendo a incapacidade de deixar emoções ou sentimentos fluírem pelo seu rosto -- para alguém que não Heloísa, alguém de fora, ela estava comumente entediada e concentrada em seu jantar. Por fim, com o olhar imóvel sob Vinícius, ela suspirou devagar com a risada, franzindo apenas de leve o cenho pela mínima confusão -- não falara nada engraçado. Porém, a compreensão logo a fez retornar à imparcialidade, e ela deu mais um gole no vinho. “Acredite,” começou, jogando o cabelo para trás do ombro de um jeito quase esnobe, “se eu tivesse interessada, ele seria o primeiro a saber,” completou, finalmente desviando o olhar para o garçom que se aproximava. “Não vou querer nada de sobremesa, obrigada,” disse quando ele apresentou o cardápio. “E sim, estava ótima,” concluiu, meneando com a cabeça em confirmação. Logo mais ela abriu a boca para se dirigir a Vinícius, mas parou no meio do ato ao observar o pequeno diálogo se desenrolando diante de si. Sem muita surpresa, apenas confusa, trouxe de volta os olhos a ele após a saída do garçom. “Entendi. Ele não é muito novo para ter um filho?” perguntou, arqueando uma sobrancelha. “Ah,” emendou, terminando a taça e colocando o pouco restante da garrafa de vinho. “Então ele deve estar curioso.” Bebericando a bebida, fitou consideravelmente o rosto de Vinícius antes de finalizar o conteúdo por completo. “Podemos voltar? ‘Tô ficando com sono,” murmurou com um suspiro.
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