Detesto textos em terceira pessoa. Graduado em Jornalismo pela Facinter em 2011. Fui assessor de comunicação da FPFS (Futsal) até meados de 2013. Apresentei o programa Curta o Curta transmitido pela CWB TV em 2010. Falarei aqui sobre o que gosto e farei anotações para não me esquecer.
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O voo da caneca preta
Hoje me lembrei dos tempos em que manusear qualquer objeto era um perigo, fosse uma embalagem de maionese ou uma caneca trincada. Lembro de quando meu primo mais velho, Thiago, dizia: “todo mundo pega a caneca trincada, o Henrique pensa em pegar e quebra”.
Lembro da caneca preta usada por todos na casa da tia Silvia. De tanto ser usada ela foi se desgastando. Marcelo usava, Fabiola usava, Regina também e a caneca permanecia viva. Certo dia pela manhã, resolvi usar a caneca. Sempre a achei muito bonita. Torcia para ela estar limpa para eu poder usar. O grande dia chegou. Enchi até a boca de café e adocei cuidadosamente. Ao levantar até a boca ela alçou voo e beijou o chão. Aí surgiu a célebre frase e o pensamento martelante: “sou muito desastrado”!
Precisei me permitir acreditar no oposto, afinal, sabia que aquilo não era de propósito. Eu não queria ser o desastrado. Precisei acreditar que poderia ser diferente. Repetia o mantra: “Não vou mais derrubar!”
Hoje, perdi a conta de quantos dias estamos sem acidentes.
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Não consegue escutar!
Para contar essa história eu poderia descrever o local, mas ele pode ser qualquer lugar, a qualquer hora. Pode ser no metrô, pode ser por metro quadrado ou num quadrado de sala comercial. Nomes fictícios, personagens reais. O casal João e Maria, em plena fase de conquista - ah! os tempos de conquista.
João está submerso na aventura de esperar Maria terminar de falar até que ele possa falar. Maria está concentrada na próxima frase que irá dizer quando João parar de explanar. João pensa em como agradar Maria com uma frase de efeito. Se tivesse respirado e escutado saberia que para agradá-la bastaria um sorvete de milho - excêntrico não? Que nada, sorvete de milho é muito gostoso. João volta para casa sem entender o desejo de Maria, ela vai para casa de bicicleta pensando que João nada entendeu sobre o que ela falava.
“E amanhã será tudo de novo” Damati, Rodrigo (Maglore, 2015)
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Lembrança com o coração na boca
Spoiler: Esse não é um texto de amor
Caminhava na rua a passos largos. Entre uma travessa e outra o fôlego inevitavelmente fica abalado. Mas não como naquela rua. Não com a lembrança daquela situação.
O assalto em agosto abalou pelos motivos comuns que qualquer assalto causa. Nunca mais passei a pé por aquele lugar, apesar de ser muito tranquilo e em um bairro "nobre". Fui obrigado a passar alguns dias atrás.
Quando sai de casa, o primeiro pensamento em minha cabeça foi: vou ter que passar por lá.
Passei na costureira e segui meu caminho para o trabalho. Ah! Fui assaltado a caminho do trabalho, trajeto que fazia a pé, todos os dias. Depois de deixar minhas calças por lá, mais seis quadras me aguardavam até a "segurança" da minha cadeira com rodinhas. Na metade delas o local marcado pela lembrança:
1ª Quadra: O sol batia forte no rosto e a respiração parecia normal.
2ª Quadra: O pensamento: foi naquela rua, que coisa louca, o ar ficou mais pesado - parecia a altitude - e o trailer, como de um filme, começou.
3ª Quadra: Olhei para a direita sem conseguir respirar direito. Esperei o mesmo personagem pedalando a bicicleta cinza me alcançar e roubar minha tranquilidade, apressei os passos, olhei para todas as direções como uma coruja na madrugada.
Não aconteceu se é o que querem saber. Naquele mês que passou ele levou meu celular, R$ 32, minha tranquilidade de passar naquela rua, um momento de felicidade ao caminhar entre aquelas árvores.
Me assaltou duas vezes. Na primeira o material - possível de se repor. Depois o que não se mensura, o que se sente. E esse é difícil de repor.
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Comentarista de resultado
Eles aparecem quando menos se espera, seja no campeonato nacional, estadual ou na Copa do Mundo de futebol. O resultado é o único suporte desse especialista da modalidade.
Se o time ganha de 1 a 0 ou 10, é um grande time que dominou o jogo e soube aproveitar as oportunidades. Se perde ou empata, passa a ser uma equipe ruim.
A máxima que me fez pesar sobre: "o time é ruim! é igual Portugal! Já tinha falado", isso no Facebook. Cinco dias antes era: "Vai Brasil!", envolvido pela vitória.
As redes sociais estão aí para isso, mas comentários dessa espécie não agradam a ninguém, a não ser um corneta de plantão, como eu, que tem sobre o que escrever.
Futebol é mais do que o resultado.
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Todos pira!
Já aconteceu comigo, admito. Jogar a culpa em uma pessoa por problemas que eu não conseguia resolver. Deve ser a tal da personificação. Pra que as coisas voltassem ao seu eixo normal tive que entender que, na realidade, essa pessoa não tinha nada a ver com o problema, o problema, meu nobre, era eu.
Depois de entender, tudo mudou! Novas oportunidades de emprego surgiram, em casa as coisas ficaram mais tranquilas, a família ficou mais sossegada e o sorriso fácil apareceu no rosto.
Nem sempre a culpa é sua, mas nem sempre é dos outros.
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A palavra, o leite e a culpa
As palavras tem poder. Falei. Não deveria ter falado, mas depois. Logo em seguida, tomei uma facada no peito, uma marretada na cabeça. Agora, estou entorpecido e sem saber o que pensar. Tristeza mesmo!
Depois que a palavra pula pela boca não volta mais é igual leite derramado. Falei. Me arrependi instantaneamente, mas não adiantou. Ficou um gosto amargo na boca e uma sensação esquisita na garganta.
Depois, as consequências da vida levaram a um fato chato. Resultado, absorvi para mim toda a culpa pelas palavras proferidas mais cedo e pelo ocorrido.
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Furto no "busão" - Distração, culpa e impressões
Sábado a tarde e estou no ônibus a caminho a rodoviária. Ao contrário dos dias de pico o "bonde" não está cheio. Óculos escuros e fones de ouvido. Estou desligado do mundo.
Em um solavanco, normal para os expressos, vejo um cidadão jogar a blusa por cima de um objeto branco - não identificado por mim.
Quando a condução para o rapaz se apressa para descer, passa na minha frente inclusive. Ao descer do ônibus vejo uma moça com duas malas, uma grande nas mãos e uma de costas. A mochila dela está aberta. Só então consigo juntar as peças do quebra-cabeça.
Eu a aviso do que vi, mesmo sem ter entendido na hora o que se passava. Calmamente ela diz: "Ah! Era minha carteira, ainda bem que a passagem está aqui". Tenso! Não daria mais tempo de correr atrás do "amigão". Ele havia sumido em meio ao Mercado Municipal.
Duro que ainda faltavam trinta minutos para o ônibus que eu peguei chegar. Foi meia hora com a cabeça a mil. Você devia ter segurado o "cara", podia ter avisado que era um furto, podia, sei lá, fazer alguma coisa. No fim das contas ficou o remorso, culpa, mas, acima de tudo um sentimento de impunidade e vulnerabilidade.
Pior. A moça estava tão tranquila mesmo depois do meu aviso sobre o ocorrido que me levou a pensar: Não era pra isso ser normal.
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Pedrinhas vs. Piraquara
Na Penitenciária de Pedrinhas no Maranhão os detentos mandam. Em Piraquara na Penitenciária Central também. Jornalistas publicam notícias como se não soubessem disso há tempos.
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Andar de vestido é proibido
Saio na rua com a esposa. Ela está de vestido. Todos os homens olham, as mulheres também. Eles ficam com o olhar fixo, elas parecem julgar o modelito.
Sair de vestido em Curitiba é um grande desafio. Uma coisa é certa, as atenções estarão todas voltadas a quem estiver com as pernas de fora.
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Parece ser um primeiro passo em relação ao trabalho de Relações Públicas. É novidade, pioneiro e justo com o eleitor.
Bill di Blasio é um nome a se guardar, pelo menos pela iniciativa de antecipar os acontecimentos. A frase que fica e se destaca é: "A confissão gera absolvição instantânea".
Texto de Muniz Sodré publicado no Observatório da Imprensa
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Irã proíbe homens e mulheres que não se conhecem de conversarem por chat
Argumentos para a proibição voam em direção ao terrorismo, troca de informações e a necessidade do país em criar seus próprios chats.
Liberdade de expressão!
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