ilusorias-incertezas
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Ilusórias Incertezas
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ilusorias-incertezas · 3 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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Foi em um dia sem sentido. As 23 horas de uma terça-feira de carnaval. Foi quando o sangue esfriou. Sozinha no apartamento. A TV insistia em dar as promoções do mercado. Seus pés tocavam o chão levemente.Como uma bailarina sem compasso, seu corpo balançava no meio da sala escura. Escuro estavam seus olhos que mais cedo eram cor de mel. 
Mas a vida é assim não é? Imprevisível. O desconhecido era campo arriscado para quem já estava como uma ferida aberta. Não podia arriscar. Melhor foi planejar o próximo passo. O laço lhe apertava o pescoço, de um corpo agora já sem vida. Mas é isso. Agora, a dor não existia mais. 
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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Chega! Para! Para! Por tudo o que é mais sagrado! Eu não aguento mais! O grito tremulo pelo choro, saiu tão forte que rasgou a garganta com ardor. Atravessou a sala, a rua vazia, nem sequer esbarrou nos poucos que ainda estavam na rua a essa hora. Atravessou a cidade. Atravessou o mundo e não encontrou quem ouvisse. Somente quando chegou ao vago universo ele se calou. Se calou? Não. Ninguém ouviu seu grito. Ninguém. Ecoou pelos cantos vazios. Fez morada no além - nada do tempo. O tempo. Ouça. Um minuto em silêncio por favor. Procure o nada. Encontra? Você consegue. Shiiu. O tempo se assusta fácil, agora mesmo já não é mais o que era. Ouça, ouça minha dor. Ouça esse grito que de tão saturado já não consegue mais nenhum som. Meu grito para na garganta, falta lhe a valentia. O tempo também levou isso de mim. Aliás , o tempo nos leva várias coisas. Só a dor que não. Anda de mãos dadas com o tempo. Há muito já percebo o jogo do tempo. Vejo a vida, as pessoas, como um mero espectador. Sorrisos e risos ao longe. Conversas sem sentido. Tudo distante, não consigo me conectar com a realidade. É como se eu assiste a uma televisão sem cores e sem som, eu vejo, mas não sinto. Estou imersa no meu próprio além nada. A busca no desconhecido já foi feita, e eu não achei do que tinha fome, só achei ela: a fome. Caminhei por mim mesma em busca de algo que fizesse o instante já que já veio e já passou não doer tanto. Mas ele veio cruel, e veio de novo, e de novo e de novo. Eternidade. Minha mente é como um balão murcho de fim de festa. Não tem mais finalidade, apenas existe. Apenas resiste, no próprio ser. Me peguei olhando para o céu hoje, querendo mais do que tudo querendo voar e fugir. Mas me vi rindo de desespero. Não é possível fugir de si mesmo, é possível? Me diga você tempo. Você que ri da minha cara e me deixa no limbo.Me deixa no escuro sem saber o que vem depois. Mas eu sei o que vem depois. Vem a fome. Vem a minha fome de não sei o que. Fome de alma. Interminável, cruel e hipócrita. Joga mesmo na minha cara, tempo. A minha falta de "pra que".Porque você não me leva logo? Quer me torturar. Me mostrar minha miséria. E rir de mim quando eu tenho esperança. Eu sei pode rir, tem mesmo graça. Você que a tudo devora e nada perdoa. Me ensine tempo, a te seguir porque eu já perdi o compasso. Não me ensinaram tempo, a te entender. Eu cansei dos laços que você me trouxe tempo, dos vícios. Não gostei que você me trouxe a mim. E cada vez mais me traz a mim mesma. Desculpa a bagunça que eu deixei tempo. Não vejo a luz, e é de novo escuro. Deus que me ajude, estendi a mão no escuro e não achei o motivo de minha fome. Achei somente isso mesmo: eu. Oco do oco. Nada do nada.  
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo?
Lua Nova (via suportam)
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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“Ele dormia sobre a areia fina. As ondas iam e vinham mexendo com seus cabelos. Iam e vinham. Iam e vinham. Mas não tinha mais ninguém na praia. Tudo vazio e silencioso. As roupas ainda estavam como mamãe colocou nele. A camiseta vermelha, a calça azul. O tênis ainda estava em seus pés. Mas porque ninguém estava na praia? Estava frio demais para sair. Mas mesmo assim ele continuava deitado na areia fria. Suas roupas estavam encharcadas, seus pulmões também. Ele não era muito grande. Mamãe vivia insistindo que ele estava crescendo rápido, mas todo mundo sabe que não se pode ser gente grande com três anos. Ou pode? 
Será que ele fez alguma coisa, por isso estava de castigo na praia? O que o menino fez? Ele não fez nada. Ele é pequeno demais. Um bebê. Um bebê deitado na areia fria.
Mas ninguém foi lá buscar meu irmãozinho. Não, ninguém está preocupado com ele. Ninguém quis sair para procurar um bebê deitado na areia fria. Porque está todo mundo ocupado demais. Muita gente passou por lá e viu. Mas só viu, ninguém buscou ele.
Ele ainda está lá com as bochechas na água fria. As mãozinhas dele estão frias e sem força. Agora ele não pode mais brincar comigo. Agora ele não pode mais brincar. Porque ele não consegue mais levantar da areia fria.
Um monte de gente grande que jogou ele no mar. Está tudo meio confuso, e eu nunca vou entender o mundo. Mamãe diz que o mundo é um lugar maluco. Pois eu acho que as pessoas que são malucas. Eu não sei o que está acontecendo, nem o porquê. Nunca gostei de ler jornal, para mim, só tem notícia ruim. Só sei é que dizem que a foto do meu irmão vai aparecer nele.
Mas não importa o que acontece, ou o porquê, só sei é que as pessoas grandes brigam por coisa boba demais. Acho que a gente não tinha que crescer. Parece que só cresce para sofrer. E meu irmãozinho nem cresceu direito. E mesmo assim o mar levou ele. Acho que algo está errado. Você não acha?
Todo mundo sabe que está frio demais para dormir na areia fria. E que meu irmãozinho tinha medo do mar. É fundo demais. E tem tanta água como tem maldade no mundo. Mas acho que os que fizeram isso não sabiam. Se eu estivesse lá eu teria contado para eles. Mas agora não é só o mar que está frio. O mundo inteiro ficou. Mamãe disse que o coração das pessoas congelaram. 
Gente, mas será que ninguém vai buscar meu irmãozinho na areia fria? A roupa está molhada! Tem que trazer ele para dentro de casa. Eu só queria não ter brigado esses dias com meu irmãozinho. Agora ele não vai querer mais rir das minhas histórias. Agora ele não pode mais rir. É porque ele está lá na praia.
Nem que eu entendesse de tudo o que acontece, nada mudaria essa ‘frieza’ toda e de tudo. O mar ontem estava fundo demais. Igual meu coração hoje. Eu não estou nem sentindo o barulho dele. Acho que sumiu no mar. Assim como sumiu o sorriso do meu irmão.
Espera! Mamãe! O moço achou ele! Vai levar para onde?
É tão sem sentido tudo. Para onde todo mundo vai? Um tantão de gente que deve ter no mundo e todo mundo quer uma coisa. E ninguém concorda com ninguém. Gente grande é esquisita demais, se trocassem guerras por abraços acho que dava mais certo. Eu devia ter abraçado meu irmão ontem. Talvez ele não tivesse sentido tanto frio. Mas eu não abracei, eu nem tava perto.
Mamãe disse que se juntar todo mundo isso forma uma coisa que chama humanidade. Mas acho que com tanta gente, isso devia servir mais para ajudar do que brigar. Sempre tem dois lados. Um sai ganhando e outro perde. Só que no mundo quem ganha sempre são os mesmos. Os mais poucos, menos fortes, mais pobres e de coração mais bom custam a ganhar alguma coisa. A gente só perde parece. E eu estou perdida igual o sorriso do meu irmão. 
Eu afundei no mar procurando um sentido para isso tudo, mas não achei a saída. Acordei na praia segurando a mãozinha dele. Mas já era tarde demais. O mar já estava mais fundo do que eu podia imaginar, e aquele monte de água agora está dentro do peito dele. Tanta água que o coração afogou. E ele não pôde levantar. Ele ficou ali deitado na areia fria. 
Os humanos seguiram, mas sem humanidade. Sempre ocupados demais para pensar. Ocupados demais para pensar no outro. No bem do outro. Todo mundo passa e nem percebe a vida. Ainda mais a vida, que é tão grande. Se não vêem uma coias tão grande, imagina se iam perceber o bebê. 
Eles que não sabiam. A água estava muito fria. E o mundo está ficando também. 
J.M.
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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ilusorias-incertezas · 8 years ago
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