Olga Bilenky convida todos a participarem da Residência Criativa na Casa do Sol!
"Desde os anos 1970 e até hoje a Casa do Sol cultiva a residência artística. Quando Hilda Hilst e José Luis Mora Fuentes viviam na casa, nasceu o hábito de convidar os artistas para realizarem seus projetos. Hoje, depois de mais de cem residentes terem passado por aqui, estamos recebendo duas escritoras e uma pianista. Mais noites lindas e frias de inverno na Casa do Sol, regadas a vinho tinto, e entre amigos, como sempre."
Luciana Annunziata, primeira participante do Programa de Residências da Casa do Sol depois da reforma, escreve sobre sua experiência:
A Casa do Sol está em movimento. A Generosa casa da Hilda.
Não há incêndio, terraplanagem, nenhuma merda que possa diante da Poesia! Poesia alta, poesia oca, poesia em dança em prosa em música em busca, não tem cinema que não caiba nesse jardim, enfim Hilda, obrigada por essa casa.
que reconstrói Flávia e abriga Renata, o piano, o cachorro (o décimo onde já foram 100!)
acolhe Luciana, Wagner, Givaldo e árvores que saem pelos canos
A casa da Hilda se caiou de rosa, saiu da fossa e ganhou um portão de rainha.
Olga-guerreira-de-fogo obrigada pela acolhida! Vamos inventar novas odes e aguardar que o jardim se recomponha. Vai rolar. É o tempo.
Cavalo, halo de memória, guardo-te no peito
Sobre esta grande artéria
Fonte de vida e alento que sustenta
Amor de madurez e adolescência.
Cantando-te sou teu corpo e tua nudez.
E ombro a ombro seguimos a alameda
Casco de dor num caminho de sol
E labareda, indivisível água
Obrigando-me a ver o que tu vês.
Esta e outras poesias de Hilda Hilst: http://goo.gl/o4wv5S
Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.
Esta e outras poesias de Hilda Hilst: http://goo.gl/N5ZCjJ
Caderno com capa exclusiva baseada em desenho feito pela própria Hilda Hilst! Pequeno e prático, ideal para organizar contatos e compromissos :) Artístico e inspirador!
Este e outros produtos você encontra aqui: http://goo.gl/g5MQ9l
Este molesquine, que faz parte da nova coleção da Obscena Lucidez, resgata a capa original do livro "Ficções", de Hilda Hilst, que era uma compilação de "Pequenos discursos. E um grande", "Qadós" e "Fluxo-floema". Uma bonita homenagem à autora que te aproxima de sua literatura.
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A Obscena Lucidez traz um pôster com a versão original italiana de "O Caderno Rosa de Lori Lamby", relembrando a trajetória literária da autora. Uma bela maneira de homenagear Hilda e deixar sua Casa mais artística!
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Não compreendo. Apenas
Tento
Somar meu corpo
A teu corpo negro
Minhas águas
A teu remo
E cascos, os meus,
E luzes de um dia
E ânus, regaço
Somar
A teu matiz cobreado
Tua garra fria.
Não compreendo. Apenas
Tento
(Suor, subida, cascalho
Seca)
Somar teu corpo
A meu pensamento.
Esta e outras poesias de Hilda Hilst: http://goo.gl/mEHmJh
— Queres voar, Samsara? Queres trocar o moroso das
pernas
Pela magia das penas, e planar coruscante
Acima da demência? Porque te vejo às tardes
desejosa
De ser uma das aves retardatárias do pomar.
Aquela ali talvez, rumo ao poente.
Pois pode ser, lhe disse. Santos e lobos
Devem ter tido o meu mesmo pensar. Olhos no céu
Orando, uivando aos corvos.
Então aproximou-se rente ao meu pescoço:
— Esquece texto e sabença: as cadeias do gozo.
E labaredas do intenso te farão o voo.
Esta e outras poesias de Hilda Hilst: http://goo.gl/UWgs33
A capa original do livro "Tu não te moves de ti" trazia uma ilustração de Jose Luis Mora Fuentes, considerado "irmão de alma" de Hilda. Nesta camiseta, resgatamos a clássica imagem para homenagear esses dois grandes artistas! Impossível vestir mais arte :)
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De canoas verdes de amargas oliveiras
De rios pastosos de cascalho e poeira
De tudo isso meu cantochão tecido de ervas negras.
Grita-me o louco:
— De amoras. De tintas rubras do instante
É que se tinge a vida. De embriaguez, Samsara.
E atravessou no riso a tarde fulva.
Esta e outras poesias de Hilda Hilst: http://goo.gl/1FeiLc