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In the Midnight
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"Você sequer tem ideia do que te espera nos cantos da noite?"·.* fichas * npcs * sides
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Park Haewon - Side A
O diário.
Eu sabia o que ele era, mas não sabia quem ele era. Vim atrás de Park Sunghoon. Ou melhor, vim para mostrar a ele a verdade. Eu precisava fazer isso. Eu devia fazer isso. Não era justo. E se tem uma coisa que eu odeio nessa vida são injustiças.
Fugi de casa, ou melhor, fugi da cidade onde nasci, onde cresci e de onde eu me tornei aquilo que eu acabara de abandonar. Eu não queria ser uma caçadora, eu não queria me envolver com algo tão perigoso assim. Eu só queria ter uma vida normal. Sabe? Sem viver naquela mentira que meus pais me fizeram acreditar durante 17 anos da minha vida.
“Você é pura, minha filha. Você é amada por nós desde quando foi gerada. Vamos fazer de tudo por você”
De tudo por mim…Mas e por ele? por que não fizeram de tudo por ele também? Porque fizeram aquilo com ele? Por que não fizeram a mesma coisa comigo?…
Desculpa, mas vocês nunca poderiam ser capazes de “fazer de tudo” para uma filha que foi gerada logo após o sacrifício que fizeram. Eu descobri tudo. Eu sei de tudo. E eu não aceito estar aqui. Eu não aceito ser filha desses….monstros? Os verdadeiros monstros de toda essa história.
Eu preciso achá-lo. Eu preciso encontrá-lo. Eu preciso contar a verdade a ele. Afinal, ele ainda é o meu irmão.
~
Vasculhando coisas antigas em minha casa pude notar algo que chamou a minha atenção. Era um quadro. Um quadro que parece ter sido queimado, mas que não havia conseguido ser destruído. Mamãe e Papai seguravam um bebê no colo. Estava vestindo um pano azul. Era um menino.
Meus pais sempre fizeram questão de enfatizar que eu era a única na vida deles. Que eu era pura, que eu merecia ser amada. Mas todas as vezes em que escutava aquilo, aquele mesmo discurso de sempre…não me sentia completa. Nem feliz. E nem triste. Me sentia vazia. Me sentia…..egoísta.
Depois do dia que encontrei aquele quadro no porão onde meus pais sempre enfatizaram que eu não pudesse subir “por que tinha um monstro lá que ia me pegar e me levar para longe”. Entendi o motivo pelo qual eu era proibida de acessar aquele canto da casa. Eles escondiam uma verdade sombria e mórbida. Desumana e nojenta.
Enfim, pesquisei em tudo, em todos os lugares. E acabei descobrindo que eles sacrificaram meu irmão antes de engravidarem de mim. Eu vomitei quando descobri isso estou falando sério.
Entrando em contato com o acampamento de treinamento onde ele foi levado e adotado por quem o comandava. Fiquei sabendo que a poucos dias ele havia se mudado para uma cidade chamada Seul. Era muito longe daqui. Mas eu não tinha nada a perder.
Eu sabia o que ele era. Mas não sabia quem ele era. Vim atrás de Park Sunghoon. Ou melhor... vim para mostrar a ele a verdade.
Porque alguém tinha que fazer isso. Porque eu precisava. Porque era o certo. E se tem uma coisa que eu nunca consegui aceitar nessa vida, é injustiça.
Fugi de casa. Da cidade. Do nome que carregava. Fugi da mentira que vivi por 17 anos. Fugi de quem me tornei. Deixei para trás o sangue de caçadora que me forçaram a carregar. Tudo o que eu queria era uma vida normal. Nada de espadas. Nada de entidades. Nada de rituais. Nada de mentiras.
“Você é pura, minha filha. Você é amada por nós desde o ventre. Faremos de tudo por você.”
De tudo por mim…mas e por ele? Por que não fizeram tudo por ele também? Por que o entregaram? Por que o sacrificaram? Por que não fizeram comigo o mesmo?
Desculpem, mas… vocês nunca poderiam dizer que fariam de tudo por uma filha, após o sacrifício que fizeram. Vocês não me protegeram. Vocês me usaram para limpar a própria consciência. Vocês me fizeram acreditar que eram heróis. Mas eu sei agora. Eu sei de tudo. E não aceito mais estar aqui. Eu não aceito ser filha dos verdadeiros monstros dessa história.
Preciso encontrá-lo. Preciso olhar nos olhos dele. E contar a verdade. Porque ele…ainda é meu irmão.

O meu irmão mais velho.
Foi no porão, aquele lugar onde eles sempre diziam para eu nunca entrar. "Tem um monstro lá", eles diziam. "Ele vai te pegar e te levar embora." E estavam certos.
O monstro que eles temiam era a verdade.
Eu encontrei um quadro. Quase queimado. Quase destruído. Mamãe e papai seguravam um bebê no colo. Um menino, envolto num pano azul. Eles diziam que eu era única. Pura. Escolhida. Mas toda vez que me repetiam isso...eu sentia um buraco dentro de mim. Não era tristeza. Nem felicidade. Era vazio. Era egoísmo. E agora eu entendo por quê.
Depois daquilo, comecei a investigar.
Tudo. Todos os rastros. Até descobrir quem era aquele bebê e o que fizeram com ele. Descobri que meu irmão foi entregue. Oferecido. Sacrificado. Antes mesmo de eu existir. Eu vomitei. De verdade. Como se meu corpo quisesse expulsar o sangue da mentira que corre em mim.
Localizei o antigo campo de treinamento. Eles me disseram que ele havia sido levado para lá… E que há poucos dias, havia se mudado para uma cidade chamada Seul. Era longe. Muito longe. Mas eu não tinha mais nada a perder.
E ele tinha tudo a descobrir.
~
Dias haviam se passado desde que deixei tudo para trás. Agora, tudo o que eu tinha era uma missão: encontrar o meu irmão. As informações que recebi no acampamento eram vagas. Nenhuma foto atual. Apenas uma imagem antiga.
Ele com cerca de 12 anos. Olhos baixos. Olhar perdido. Dentre todas as características, uma me chamou atenção: uma pinta no nariz. Marcante, visível. Cabelos escuros, nariz fino… ele parecia……triste.
Mas o que mais me chamou atenção não foi sua aparência.
Foi o que disseram sobre um diário.
Segundo os instrutores que aparentemente já estavam na casa dos 80, Sunghoon não se separava dele. O diário era quase uma extensão do próprio corpo.
Curioso. Eles comentaram que Sunghoon estava sempre sozinho e que por ser diferente dos outros aquele diário era a única coisa que ele tinha para se sentir bem ou para expressar seus pensamentos. Ensinamentos.
Aquele senhor me disse que aos 12 anos de idade ele já conseguia comandar uma linha inteira de caça. Era melhor do que todos aqueles caras. Sempre foi muito forte. Ele não parecia 100% humano.
Passei mais ou menos 1 mês fazendo pesquisas sem meus pais saberem. Não sei o que poderiam ser capazes de fazer comigo se soubessem que agora eu saberia do que eles escondem a sete chaves.
Querendo ou não… eu também era uma garota sozinha. Mas, diferente do meu irmão, a minha solidão foi uma escolha.
Sempre fui inteligente. Sempre soube o que queria da minha vida. E viver cercada por tudo aquilo — rituais, mentiras, medo e silêncio. Nunca me fez feliz. Nunca me pareceu justo.
Desde pequena, eu sonhava em sair.
Sozinha. Explorar o mundo. Ser uma pessoa comum. Sem carregar sangue, maldição, promessas ou culpa. Eu sabia que podia me virar. Ainda sei. Mas...Seul é imensa. E ele…Ele poderia ser qualquer um naquela multidão.
Não sei onde ele mora. Não conheço sua voz. Nem sua risada. Nem o olhar que ele tem hoje. Tudo o que eu tenho é uma foto. Aquela mesma. Com ele pequeno, perdido, aos 12 anos. E o seu nome.
Já fazia alguns dias que eu havia chegado. Ainda nada. Nenhum rastro.
E para todas as pessoas que sai perguntando ninguém havia visto aquele menino da foto só que alguns anos mais velho.
Sendo bem honesta...eu já estava começando a perder as esperanças. Caminhava por uma rua longa, reta, cabeça baixa, o pensamento disperso. Foi aí que esbarrei com alguém. Um garoto. Alto. Nariz fino. Cabelos pretos. Meu coração parou por um segundo. Seria ele? Park Sunghoon? Ficamos nos encarando por alguns instantes. Ele tinha uma expressão levemente confusa, como se estivesse parado ali há algum tempo. Como se também procurasse alguma coisa.
— Você tá bem? Por que tá me olhando assim?
“Sunghoon?”

Quase escapei esse nome em voz alta.
Mas me contive.
A foto.

Tirei ela do bolso, tremendo levemente, e mostrei a ele.
— Você conhece esse garoto?
Ele pegou a foto com cuidado. Olhou por alguns segundos. Virou a cabeça de leve. Franziu o cenho. Mas no fim… balançou a cabeça em negação.
— Sinto muito, não… não conheço.
Ele era… parecido. Mas, agora que eu olhava de perto, faltava algo: aquela pinta no nariz. Não era ele.
— Estou procurando por ele…meu irmão.
O nome dele é Park Sunghoon.
— Ah… entendo. Sinto muito mesmo.
Mas… se quiser, posso anotar seu contato.
Estou sempre por aqui. Se eu encontrar alguém parecido, te aviso.
Ele foi gentil. Tinha um sorriso bonito.
Mas não era Sunghoon.
— C-claro. Me chamo Haewon. Vou te passar meu número.
Peguei o celular e fui ditando. Ele salvou o contato.
— Me chamo Taesan. Han Taesan. Moro aqui perto. Se eu o vir por aqui, te aviso, Haewon.
— Obrigada. Ele deve ter uns… 22 anos hoje. Essa foto é antiga.
Ele sorriu e torceu o nariz levemente. Era bonito. E gentil. Mas... foco, Haewon. Agradeci e segui em frente.

Entrei em outro bairro que ainda não havia explorado. Olhei para trás uma última vez.
Vi Taesan parado, olhando fixamente para dentro de uma galeria fechada. Como se procurasse por algo também. Mas eu segui. Foco.
Assim que entrei no novo bairro, escutei sirenes. Várias. Ambulância, polícia… Me aproximei. A rua era inclinada. Um prédio velho ao lado. E bem ali, em frente, uma ambulância estacionada. Tiravam alguém numa maca. Sangue. Na camiseta.

Meu corpo gelou.
Tentei me aproximar mais. Mas antes mesmo de chegar perto, ouvi um dos bombeiros dizer:
— Aparentemente o nome dele é Park Sunghoon, 22 anos…

— Colapsou, eu acho.
O quê?
Não tinha como ter certeza. Mas...Eu sabia. Assim que eles foram embora, me aproximei do prédio. A porta? Arrombada. Nem existia mais. Entrei. Sangue. Pelo chão. Pelas paredes. No banheiro. Meu Deus... o que aconteceu aqui? Será que ele... tentou se matar?
Eu não podia perder tempo. Corri até o quarto. Abri gavetas. Vasculhei o armário. Eu precisava encontrar o diário. Era invasão de privacidade? Sim. Mas era minha única chance. Minha única maneira de me aproximar dele. E então… encontrei. O diário. Peguei. Segurei firme. Corri para fora sem olhar para trás. O mais rápido que consegui.
Eu vou te ajudar, eu vou te ajudar a descobrir o que você é. Você não precisa mais viver sozinho. Eu estou aqui agora
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Sunghoon - Side A
O sacrifício do esquecimento.
Eu estava andando por um corredor longo, escuro feito de pedra. Ouvi passos pesados, firmes. Mãos seguravam as minhas que eram estranhamente pequenas. …muito menor do que as minhas. Ali comigo alguém muito mais alto do que eu e senti que ele era mais velho também. Eu não era quem sou hoje, talvez eu fosse apenas….uma criança.
Tive certeza que era eu ali. Dava para ouvir o meu nome sendo sussurrado diversas vezes enquanto o homem que me puxava andava com pressa, me arrastando e fazendo com que as minhas pernas pequenas caminhassem na mesma velocidade que as suas. Minha visão era baixa, talvez eu pudesse ter uns 5 anos ali, mas não sabia ao certo.
Medo. Eu estava com medo. Meu corpo tremia, não por frio, mas por uma sensação a quão não consigo entender. Para onde aquele homem que nem conheço está me levando? Bom, de qualquer forma. Não me parecia ser um lugar onde eu pudesse retornar, senti como se eu não tivesse outra escolha.
Entramos em uma sala circular, grande, com tochas acesas...Havia pessoas la dentro, um casal, em volta de um símbolo brilhante ao chão, pude ver que havia um altar também. Um senhor encapuzado falava com o casal numa língua a qual eu não compreendi. Minha cabeça latejava, meu corpo tremia cada vez mais. Aquele sentimento, aquela dor, nada no mundo parecia ser tão terrível do que aquilo que senti desde que pisei os pés naquela sala escura.
Não demorou muito para que a atenção daquelas pessoas se voltasse a mim. O homem que me conduzia me puxava enquanto tentava parar cravando os sobre o chão. Eu não era forte, pequeno e fácil de manipular. Senti medo. Eu morreria aquela noite.
Quando nos aproximamos de vez, consegui enxergar seus rostos. Meus pais. Eu nunca havia visto os meus pais antes mas...eu senti que era eles. Naquele momento não senti dúvidas alguma.
Eu, Sunghoon sabia que estava sonhando agora. Mas eu não conseguia acordar. Me vi preso naquela criança. Era eu ali, aquela criança pertencia a mim. E aquelas pessoas com olhos frios, eram meus pais. Aqueles olhos capazes de expressar todo o medo que sentiam. Não possuíam lágrimas, nem deles, nem minhas.
Meu pai foi o primeiro a se ajoelhar na minha frente, minha mãs o fez logo em seguida enquanto tirava algo do bolso. Um amuleto. Ela o segura em frente a minha testa.
"Por meio deste sacrificio, te dou o meu único filho, e em troca, eu peço para que ele esqueça..tudo o que ele é. Que ele nunca saiba o que carrega consigo. Que o selo seja feito em sangue..com o seu sangue. Que ele seja enviado para longe e nunca retorne. Que seu sangue a partir de hoje não pertença mais a minha família. Eu te entrego esta criança de carne, osso e alma."
Ela gritava cada palavra de olhos fechados enquanto o meu pai puxava o meu braço, e o cortava profundamente. Eu não conseguia gritar, mas senti algo grande dentro de mim. Uma sombra. Fúria. Eu estava a beira da loucura.
O rítual havia começado. Uma dor inexplicável atravessava a minha cabeça com tudo. Como se o meu crânio estivesse sendo perfurado profundamente capaz de me fazer apagar no mesmo instante. Eu me contorci ao mesmo tempo que aquele amuleto brilhou contra a pele de minha testa. E então tudo ficou branco. Apaguei completamente.
"lembre-se de tudo, Sunghoon.Desperte, agora."
Uma voz ecoava, e então acordei de vez.
~
Eu suava bastante, meu cabelo pingava e meu coração estava tão acelerado que o sentia pulsar na garganta. Minha cabeça fisgava de tanta dor me deixando com vontade de chorar. Eu NUNCA choro. Não sei nem se já chorei alguma vez antes. Minha pele ardia, havia uma cicatriz em meu braço....estava vermelha, como se tivesse acabado de se fechar.
O sentimento de "querer chorar" se assemelhava muito com o que senti noite passada enquanto vagava sozinho na frente daquele parque onde conheci aquele rapaz que procurava por algo. Não entendo o por que isso está acontecendo. Ainda é dia...
Para ser honesto, algo me dizia que aquilo não era apenas um sonho, não parecia ser. Senti algo subir pelo meu esofago, eu iria vomitar.
Corri depressa até o banheiro e me joguei com tudo ao chão, despejei tudo para fora. Senti gosto de sangue na minha boca. Eu estava tremendo... a beira de um colapso tanto físico quanto mental. Pouco antes de perder a consciência, me levantei quase escorregando, me apoiei na pia e então andei até chegar em meu celular. Com ele em mãos, ativei o botão da emergência onde bastasse ativar e eles mandariam uma equipe de resgate através da minha localização, eu precisava de ajuda. Desmaiei logo depois.
Acordei duas horas depois no Hospital. No momento em que abri meus olhos pude jurar que estava morto. Uma luz branca atingiu meus olhos mas logo acostumei com a claridade.
Olhei em volta, soro pingava em minha veia do braço esquerdo, o mesmo a qual a cicatriz pulsava de tanto que doía. A dor não era física.
Ouvi vozes do outro lado da porta que logo foi aberta, alguém entrava. Não conseguia ver seu rosto direito, estava embaçado.
Tentei me levantar, não consegui obviamete.
- como eu vim parar aqui?
Senti aquele gosto metálico voltando para a boca. Então lembrei do colapso que tive mais cedo. Droga. Eu ja me sentia melhor, um pouco fraco ainda, mas poderia facilmente voltar para casa. Ou não.. a minha cabeça ainda doía bastante. E então, aquela pessoa que parecia ser uma enfermeira, respondeu a minha pergunta.
- Você teve uma convulsão... um colapso agudo. Encontraram você desacordado, havia sangue por toda parte. Se lembra disso?
Balancei a minha cabeça devagar, concordando.
- Você chegou aqui ja fazem cinco horas. Fizemos algúns exames enquanto isso. Você tem plano de saúde? Algúm parente disponível para contato?
- Não..nada disso. -- Fui curto.
- Consegue se lembrar de seu nome? idade, data de nascimento? Presisamos para fazer a sua ficha..
- Park Sunghoon, 22 anos, nasci dia 10 de dezembro de 2002.
- Cidade?
Chacoalhei a cabeça. - Não me lembro. Respondi e ela assentiu. Logo se retirando do quarto, dando passagem para outra pessoa entrar.
Pessoa a qual aparentemente era um médico ja que estava segurando alguns envelopes. Talvez fossem meus exames que estavam prontos.
Ele começou a falar comigo sobre o meu estado, fingi prestar atenção. Meus olhos não saíam do que ele tanto segurava. Meu corpo fervia de curiosidade.
- Os seus exames estão..levemente alterados devido a hemorragia. Mas nada muito grave. A quantidade de sangue em seu apartamento foi relatada em grande quantidade, mas vimos que o senhor não presisará de uma compensação sanguínea por enquanto. Sendo honesto, rapaz, não conseguimos uma explicação exata sobre o motivo do seu colapso, mas vimos padrões anormais em seu cérebro.
Ele parecia preocupado, sem saber como explicar. O deixei falar.
- Realizamos um exame chamado eletroencefalograma, esse exame registra a atividade elétrica do cérebro...com elas identificamos uma atividade preocupantemente incomum durante o seu sono REM (Rapid Eye Movement). Identificamos algo incomum com os seus olhos enquanto estava desacordado.
Ele molhou os lábios, se virou puxando uma cadeira, logo se sentando ao lado da minha cama.
- O sono REM É a fase mais profunda do sono, onde os sonhos mais vívidos e complexos acontecem. O cérebro nessa fase fica quase tão ativo quanto quando estamos acordados, só que o corpo permanece paralisado. Chamamos isso de atonia muscular.
Ele falava tanto, fazia com que a minha cabeça doesse cada vez mais.
- Ela serve como um mecanismo de segurança do cérebro, impedindo que você se mova enquanto está sonhando. Ou seja, mesmo que no sonho você esteja correndo, lutando ou caindo, seu corpo permanece imóvel na cama, porque seus músculos ficam temporariamente “desligados”.
- No seu caso não conseguimos identificar muito bem o que aconteceu…por isso vou precisar fazer algumas perguntas agora e você precisa ser honesto. Tá bom?
Me senti tenso. Que tipo de perguntas? Mas concordei. E então ele seguiu
-Rapaz, você estava sob efeito de drogas ou algo do tipo? Já se drogou em algum momento da sua vida?
Neguei com convicção. Com certeza nunca havia me drogado. Eu lá tinha cara de quem fazia isso???
-Senhor eu não estava me drogando, eu simplesmente acordei de um pesadelo e quando vi, todo aquele sangue jorrou pela minha boca. Acredite se quiser.
Eu estava um pouco irritado, queria ir embora dali.
-Eu acredito em você rapaz…isso explica muita coisa em seus exames. Me conte sobre esse sonho. Envolve algum trauma da sua vida?
Eu não podia simplesmente contar a verdade, então apenas concordei, sem esboçar nada.
-Sim.
-Certo….você provavelmente entrou em um estado de stress agudo. Mas não conseguimos encontrar formas de explicar a quantidade de sangue que você ejetou.
Aquilo nunca havia acontecido comigo antes…comecei a ficar preocupado. Talvez aquele sangue nem meu seja. Isso explicaria muita coisa. Ficarei bem. Só preciso ir embora o mais rápido possível desse lugar.
-Posso ter alta hoje? já estou bem..
Perguntei, agora conseguindo me sentar direito na cama. Ele arregalou os olhos e logo respondeu de forma rápida.
- Lógico que não. Rapaz, você vai precisar ficar em observação por mais pelo menos 3 dias. Sinto muito. Não conseguimos ainda descobrir o motivo exato do seu colapso. Claro que seu exame explica alguma delas mas não tudo. Vamos precisar que você fique por esses dias para que possamos realizar mais alguns exames. Sinto muito.
Mordi a bochecha por dentro. Bufando um pouco preocupado.
- Esses remédios vão te ajudar a dormir melhor, no horário certo…você vai ver, vai ficar bom logo logo. Bom, agora vou te deixar descansar mais um pouco. Caso precise de ajuda pode apertar esse botão ao lado da cama tudo bem? Uma enfermeira virá te atender. Volto amanhã para ver como você está!
Ele bate de leve em minha perna e dá um sorrisinho.
- Mas espera doutor. A minha casa, eu não tenho ninguém para ir tomar conta. Não posso deixar ela naquele estado e..
- Ah, sim. Claro! Não se preocupe. A equipe que te resgatou já contatou com o dono do prédio. Eles vão mandar alguém para limpar! E vai arcar com o valor da sua nova porta. Agora descanse!
Assenti aliviado, e logo encostei a minha cabeça no travesseiro enquanto olhava para o soro pingando devagar. Que merda.
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Jungwon - Side A
O anoitecer em Seul me deixa nostálgico, o pôr do sol alaranjado refletindo nos vidros da porta principal da Monkeys me lembrando o quanto sou apegado a este local. Quase dois anos hein? Parece que foi ontem em que eu abria essa porta pela primeira vez e entrava no bar que mudaria minha vida, pra melhor ou pior? Isso depende de cada interpretação. Na minha perspectiva, estou melhor agora.
Entro pela porta da frente, diversos pensamentos vageiam na minha mente. A noite passada foi intensa em uma proporção assustadora, a briga com aqueles homens que até agora não faço ideia de quem eram, a discussão com Sunghoon, a pressão que senti enquanto estava preso nos braços de Heeseung hyung e aqueles olhos… antes castanhos se tornando cinzas bem na minha frente. Não sei o que pensar, Sunghoon claramente tem os segredos dele e cada dia que se passa sinto mais e mais que não são segredos comuns.
Sigo até a escada nos fundos que levam até o segundo andar da Monkeys, a área designada para membros da gangue, principalmente para os VIPS. Não era pra eu estar aqui hoje, mas Heeseung estava insistindo que eu viesse. Desde ontem depois de toda aquela confusão, ele martelava que precisava me mostrar algo, que tinha conseguido algo que ajudaria a Monkeys a crescer. Isso por si só já me deixava apreensivo. Esse hyung se esforça muito pra subir o status da gangue mas nem se quer leva em consideração que não é esse nosso objetivo, que isso não é o que eu, como líder e fundador da mesma, quero. Com um gosto amargo na boca, penso no que de errado ele fez agora… em quais problemas ele nos meteu novamente. Só o fato de eu ser atacado ontem já dizia muita coisa.
Subo as escadas e entro no andar superior, onde uma música baixa toca enquanto as luzes de led começão a ser ligadas. O andar já está todo iluminado em azul e roxo, o bar especial dos membros cintilando com as cores, várias bebidas alcoólicas caras expostas. É um agrado para os membros, já que eu mesmo não sou fã de me entorpecer, prefiro a diversão pura e crua, sem nenhuma substância no meio.
Meus olhos vagam pelos sofás ali presentes, finalmente encontrando quem eu procuro. Sentado no meio do maior sofá ali disponível, esparramado de um jeito que passa a impressão de que ele é o dono do lugar, está Heeseung hyung, com seu cabelo vermelho vibrante bagunçado e seus olhos diferentes, um castanho e um azul, já me encarando com um sorriso afetado nos lábios. Bem na frente dele sentado em outro sofá igualmente grande, reconheço Jay hyung. Seus cabelos platinados em perfeito estado refletiam as cores das luzes do local, seus olhos castanhos por debaixo de óculos de grau finos fitavam o chão, ou suas mãos? Estas estavam em seu colo, juntas em um aperto tenso. A postura do jovem era perfeita como sempre mas percebi que meu hyung estava tenso.
Perfeito… isso vai ser incrível, penso sarcasticamente. Com certeza vou receber uma dor de cabeça…só pela postura de Jay já sei que Heeseung fez merda.
Me dirijo até onde estão, sendo encarado por Heeseung o caminho inteiro. Paro entre os dois mas não me sento em nenhum dos sofás. Vamos lá então.
-O que tanto você quer me mostrar hyung? - Pergunto seco me dirigindo a Heeseung, não estou com paciência para nada que ele me diga agora. O sorriso do mais velho se alarga… sério, qual o problema dele?
-Wonie bebê! Isso é jeito de falar com seu hyung? Nem ganho um oi decente? Estava te esperando ansiosamente! - Ele agarra meu pulso e me puxa para me sentar bem ao seu lado, logo colocando um braço em volta do meu ombro.
De novo isso… sinto meu corpo enrijecer, ele está cada vez mais inconveniente, se colocando em meu espaço pessoal e fazendo questão de me tocar. Não me entendam mal, eu amo contato físico e não me importo geralmente que invadam meu espaço, mas Heeseung hyung é diferente, ele passa uma vibe possessiva muito grande, tenho que por limites.
O empurro de leve mas ele não me solta, vejo Jay hyung encarar a cena com o olhar sério como se não aprovasse o que está acontecendo mas ele não interfere. Respiro fundo tentando manter o aborrecimento em cheque, mesmo que Heeseung seja desse jeito eu gosto dele. O considero um amigo e um parceiro, e por mais que sejam seus defeitos ele é ótimo no que faz e não é como se ele me tratasse mal também.
-Hyung, não estou com paciência para suas gracinhas hoje… vamos direto ao assunto. O que você fez que me deixou na mira de três caras bombados no meio de um parque lutando pela minha vida? - O encaro com o ar sério, meus olhos brilhando de um jeito ameaçador. Ele ri, há que audácia.
-Wonie você estava muito bem, acabou com os três sem ajuda de ninguém e só saiu com o lábio cortado.
Ele passa o dedão no meu lábio inferior que está vermelho e um pouco inchado, eu franzo o cenho.
O que me preocupou mais foi aquele cara… - O sorriso dele cai e ele parece estar perdido em seus pensamentos por uns segundos. Vejo Jay reagir a isso, arqueando uma sobrancelha bem feita.
-Que cara? – Foi a primeira vez que Jay se pronunciou em todo esse tempo. Ah não, não vou deixar ele desviar do assunto.
-Hyung… foco. O que você quer me mostrar? - Heeseung desperta de seu torpor com isso e seu sorriso volta imediatamente.
-Você vai adorar! - Ele basicamente ronrona. É, tenho certeza que vou odiar. Ele levanta me puxando junto com ele, seu braço ainda em volta dos meus ombros. Jay nos segue, me lançando um olhar que me diz que sim, eu vou surtar.
Heeseung nos direciona para uma sala pequena no final da área VIP que geralmente usamos para documentos e coisas relativas as nossas atividades ilegais. Jay geralmente é o que mais fica ali, sempre dando o seu melhor pra que nossos rastros sejam encobertos sem nenhum problema.
Logo que ele abre a porta, vejo que as luzes estão apagadas e um arrepio me sobe pela espinha. Heeseung entra na sala finalmente me soltando e Jay para ao meu lado em frente a entrada.
-Você não vai gostar disso. - Escuto Jay sussurrar se inclinando para mais perto de mim. Tenho certeza de que não vou, já não estou gostando. Heeseung acende a luz e meu estômago cai, meu rosto empalidecendo no mesmo momento. Eu imaginava muita coisa ruim, mas isso estava bem pior.
-Que merda…? - Na minha frente estavam cinco caixas grandes abertas e carregadas de armas de fogo.
Munição e acessórios em outras seis pequenas que estavam ao lado, e Heeseung hyung no meio disso tudo sorrindo abertamente com os dois braços abertos como se ele tivesse me dado um puta presente de aniversário.
-Surpresa Líder! Agora sim nós vamos botar banca de verdade! - Eu quero me tacar de algum lugar ou arrebentar a cara dele. Somos uma gangue pequena, não é minha intenção nos envolver em crimes grandes e armas de fogo? Isso gera assassinato! O que ele está pensando? Aonde ele arranjou isso? Minha cabeça tá girando e eu me senti enjoado. Isso é muito ruim.
-Aonde você conseguiu isso…? O que você fez? - Minha voz falha no começo mas logo minha raiva começa a aparecer e quando vejo já berrei a última frase. - Você enlouqueceu de vez!?
Heeseung tomba a cabeça para o lado claramente surpreso com a minha reação, ele realmente achou que eu ia aprovar essa merda!?
-Você não gosta? A Monkeys precisa disso aqui para bater de frente com as outras gangues por aí… seu bobo, você acha que podemos sobreviver nesse cenário sem essas belezinhas? - Ele ri, se aproximando de mim novamente e parando bem na minha frente.
-Isso deu muito trabalho líder, tive que interceptar uma leva que a Mountains estava contrabandeando. Ah por isso que eles foram atrás de você, mas não se preocupe eu já dei um jeitinho neles. - Ele sorri orgulhoso e meu sangue parece virar gelo com isso. A Mountains é uma gangue grande, roubar deles é a mesma coisa que pedir pra ser destruído por inteiro… a gente tá fudido. Agarro o colarinho de Heeseung, todo meu ódio transbordando. Quando vejo já o acertei com um soco no meio da cara.
-VOCÊ SURTOU?? VOCÊ ACHA QUE A GENTE CONSEGUE TANCAR SER ALVO DELES?? - Eu berro a plenos pulmões. Sinto Jay intervir, me agarrando por trás antes que eu consiga bater de novo nesse lunático que acabou de colocar todo mundo aqui em perigo.
-Eu nunca te falei pra fazer nada disso!! Você sabe que nós não matamos ninguém! Eu não vou ter minhas mãos sujas por essa merda! - Continuo gritando e me debatendo no aperto dos braços de Jay que grita para eu me acalmar, mas não consigo. O absurdo da situação me descontrolou, eu não consigo pensar direito.
Heeseung limpa os lábios que estão sujos de sangue, mas ele só sorri calmamente e me encara como se amasse o que estava vendo, como se pra ele me ver assim fosse a maior satisfação do mundo.
-Líder, já falei, a Mountains já era. Eu acabei com eles ontem a noite. Que? Isso me faz parar, meus olhos arregalados, minhas mãos apertando os braços de Jay em busca de apoio.
-O que…? - Me viro pra Jay… isso não é possível né? Jay confirma com um aceno de cabeça.
-Ele explodiu a base principal e a adjacente deles ontem a noite… Não tivemos mais nenhum ataque ao nosso pessoal tirando aqueles três que foram atrás de você. É provável que ainda tenham membros por ai, mas o número deve ser bem menor agora… - Jay me passa as informações enquanto me segura, seu semblante pesado e preocupado. Sinto que eu to me afogando.
Não… não posso ser conivente com isso. As informações rodam na minha cabeça… foco Jungwon. Você precisa assegurar a segurança da Monkeys agora.
-Se livrem disso. - Falo seco, retomando o controle. - Não quero essa porra aqui, ninguém vai usar essa merda pra nada, vocês estão me entendendo! Jay assente na mesma hora mas Heeseung fica claramente indignado.
-O que? Você não pode…- Não deixo ele terminar.
-Minhas ordens foram claras! Você fez o que fez por conta própria então se vire! Eu quero tudo isso bem longe daqui até o final da noite e eu juro Heeseung, se nós fomos alvos de qualquer retaliação ou essa merda trazer qualquer problema pra nós… - Meus olhos ardem, estou tão nervoso que estou dando tudo de mim pra não voar nele novamente.
-Esse erro foi estúpido, eu deveria te expulsar daqui agora… - Ando na direção dele, o encarando bem nos olhos, vendo seu semblante mudar e uma raiva aparecer. Algo animalesco que nunca vi direcionado a mim, mas mesmo assim não tenho medo algum.
-Você nunca vai fazer isso líder… você sabe que é meu. - Ele sibila. Me sinto congelado novamente. Não é estranho a possessividade dele mas ele nunca declarou isso abertamente na minha cara.
-Eu vou aonde você for até que nós dois estejamos no inferno. - Ele fala isso contra meu rosto, seu olhar nunca deixando o meu. Eu não consigo desviar meus olhos, todo meu ser tenso… ele fala sério. Por mais que eu não sinta medo eu sinto o peso que suas palavras tem e vou usar isso ao meu favor agora, pra resolver toda essa porra.
-Então se livra disso. Nenhum vestígio Heeseung… Nada! Eu não quero ver a poeira dessa merda aqui. - Aponto para as caixas em um movimento brusco sem parar de encará-lo. - É isso, ou nunca mais apareça na minha frente.
Me viro e não espero a resposta dele, saio dali o mais rápido que eu posso, lançando um olhar pra Jay que me encara com apreensão mas que acena com a cabeça pra mim, como se dissesse que vai cuidar de tudo.
Jay sabe lidar com Heeseung quando ele está nesses momentos, ele vai ficar bem e tenho certeza que ele vai fazer de tudo pra garantir que essas caixas sumam por completo antes do sol raiar. Deixo a Monkeys tão rápido que minha cabeça gira. Meus pensamentos não param… o que pode ser pior que isso?
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Monkeys:
Lee Heeseung
Idade: 23 anos (15/10/2001)
Altura: 1,82
Aparência: Cabelos vermelhos curtos e lisos geralmente bagunçados e olhos com heterocromia, sendo o esquerdo azul e o direito castanho. Orelhas cheias de piercings e brincos, sempre com algum curativo em algum lugar do corpo.
Background: Um dos ditos “VIPS” da Monkeys, responsável pelas cobranças de dívidas e ações ditas perigosas da gangue, sendo quem “vai pra ação”. Inclinado para violência física, sempre se metendo em brigas e vivendo machucado. Excêntrico, volátil e aparentando ter um parafuso a menos, está sempre provocando os outros e se metendo em enrascadas.
Tem uma fixação no líder Jungwon, comportamento que beira o obsessivo que só piora conforme o tempo passa. Costuma cobrar com afinco o líder, o pressionando para impulsionar o crescimento da Monkeys, algo que o líder não quer.
Suas tendências destrutivas podem acabar por influenciar quem está a seu redor. Visa o poder e o controle e é extremamente perigoso.
Esta ciente que tem algo sobrenatural que o ajuda mesmo não tendo ideia do que realmente é.
Heeseung está ligado a um demônio, cujo nome e aparência ainda não são conhecidos. Apenas pessoas com dons paranormais conseguem sentir a aura sombria que emana do jovem e ver sua sombra, que é destorcida. Esse demônio é extremamente perigoso e poderoso, mas se encontra em um estado dormente, apenas aumentando as habilidades do jovem no momento.
Park Jong Seong – Jay
Idade: 23 anos (20/04/2002)
Altura: 1,80
Aparência: Cabelos louros platinados, curtos e lisos e de olhos castanhos. Postura mais comportada, se vestindo muito bem e passando o ar de bem de vida. É míope e muitas vezes opta pelo óculos de grau invés de lentes de contato.
Background: Segundo VIP da Monkeys, responsável pelo administrativo e financeiro tanto da gangue quanto do bar, ajudando muito o líder a fechar acordos que beneficiam o estabelecimento. Mesmo que tudo seja decidido pelo líder Jungwon e o mérito do crescimento da gangue seja grandemente do mesmo, Jay tem uma participação essencial em tudo isso.
O jovem é mais frio e passa o ar de calculista mas tem um ponto fraco por coisas fofas, sendo o líder um deles. Jay é leal mas se incomoda muitas vezes com seu parceiro VIP Heeseung, que muitas vezes traz mais problemas que benefícios pra gangue e principalmente pro líder.
Se considera um amigo verdadeiro de Jungwon e não mede esforços pra ajudar o mesmo.
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Nome: Park Sung Hoon
Idade: 22 anos (08 de dezembro de 2002)
Altura: 1,78 m
Classe/Ocupação: Caçador de Entidades
Características principais: Cabelos pretos, tão escuros quanto a aura que transmite. Apesar de possuir olhos castanhos escuros na maior parte do tempo, as vezes ele aparentava ser mais claro, como se fosse cinza…não se sabe o certo por qual motivo isso acontece, deve ser algum tipo de condição médica a qual nunca se importou em ir atrás para descobrir. Era era alto, mas não tanto. Possui corpo esbelto, ombros largos e fortes.
Características especiais: Apesar da aparência humana, o rapaz possuía algo dentro dele que o fazia ser tudo menos o que aparentava. A verdade, é que hoon não era só caçador de entidades como era uma. Com isso, ele possuía amnésia parcial, flashbacks ocasionais e memórias provavelmente implantadas. Sonhos intrusivos, o que o fazia ter ataques fortíssimos de enxaqueca.
Personalidade: Por ter crescido sozinho, Park Sung Hoon aprendeu cedo a se proteger do mundo tanto com força quanto com distanciamento e cautela. Ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais frio, contido e indiferente. Viver sem saber quem é, de onde veio ou por que existe é uma ferida constante. Sung Hoon carrega essa dor de forma silenciosa.
Sua vida tem sido uma missão constante de aprendizado, preparação e combate… mas contra o quê exatamente, ele nunca soube ao certo. Quanto mais estuda sobre entidades e sobre o mal que jurou combater, mais se sente estranho… diferente… incompleto, doloroso e fraco.
Apesar de sua aparência calma e interessante, seu mundo interior é um campo de batalha. A sensação de estar a todo momento ouvindo, vendo ou sentindo coisas, achar que não pertence a lugar nenhum, convincente de que há algo errado dentro de si, o isola dos outros. Ele tem dificuldades em confiar, em se abrir, em se conectar, quando o faz, sente medo. Medo de ser descoberto?, de machucar?, ou talvez..de que o outro veja o que nem ele compreende em si mesmo.
Mesmo com esse isolamento, Sung Hoon é profundamente inteligente, observador e analítico. Mas dentro dele, ainda pulsa a dúvida: e se o verdadeiro mal que tanto combate… estiver dentro de si? ele gostaria muito de acreditar que estava errado.
Background: Hoon mora sozinho em um quarto alugado já que sua vida inteira foi basicamente resumida entre não saber quem são seus pais, não saber como foi levado para um treinamento de entidades e muito menos qual a sua contribuição exata para tudo isso e para o mundo. Se mudou recente para seoul, agora sem pretenção de continuar se mudando.
Por conta dessa vida cheia de altos e baixos, o ciclo social to rapaz é nulo, quase inexistente…sem contato com ninguém, sem fazer questão de qualquer um que tente se aproximar….pelo menos, isso era o que ele achava já que preferia uma vida mais reservada.
Desde que se entende por gente, Park Sung Hoon sabe que foi treinado para caçar entidades — criaturas que ele vê como aberrações, ameaças, monstros.Seu senso de propósito nasceu dessa ocupação. Mas, com o tempo, surgiu uma raiva crescente… não só contra essas entidades, mas talvez contra si mesmo.
Com frequência e por algum motivo, algo o faz acabar duvidando de si mesmo. Suas noites de sono são frequentemente perturbadas por um repetitivo sonho, aquele onde ele se vê caminhando sozinho em um lugar escuro, parecendo estar em busca da entidade que o fez chegar até ali. Ele sempre a encontra e a fere. E, basicamente todas as vezes, sente algo inesperado surgindo — dor real. Quando olha para o próprio corpo, vê o mesmo ferimento que acabou de causar na criatura. Está sangrando.
Ele sempre desperta antes que a criatura morra ou…. antes que ele morra com ela.
O rapaz sente uma estranha e incômoda conexão com esses “monstros”. É como se pudesse senti-los, prever seus passos, entender seus impulsos. E isso o assusta profundamente.
No fundo, Sung Hoon teme aquilo que mais despreza, porque, ainda que inconscientemente, percebe que parte dele responde a essas criaturas. Elas o perturbam, não apenas como ameaças, mas como espelhos.
Ele não lembra de onde veio, mas sente que sua memória foi alterada, como se partes cruciais da sua história tivessem sido apagadas ou seladas. Como se ele tivesse sido moldado para viver uma mentira.
Sung Hoon jamais aceitaria ser um desses monstros. Isso seria o fim de tudo que acredita. Mas até que descubra a verdade sobre si mesmo, continuará afundando no caos da sua própria mente, dividido entre o que pensa ser e o que, no fundo, mais teme ser.
Mesmo assombrado, o rapaz não era uma pessoa medrosa, ele sabia o que fazer, estava sempre preparado, possuía armas e equipamentos o suficiente para se defender, para lutar!! Ele tem mais medo de si mesmo do que de qualquer outra coisa ou pessoa. Hoon poderia facilmente enfrentar tudo e todos, mas, em compensação…se olhar no espelho depois de acordar era uma tarefa difícil e complicada, gerando cada vez mais conflito interno.
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Nome: Han Taesan
Idade: 20anos (10 de agosto de 2004)
Altura: 1,82 m
Ocupação: Estudante do 2º período de Música, Yonsei University, seoul
Características principais: Cabelos pretos, lisos, levemente bagunçados. Ele possuí olhos Castanhos escuros os destacando sempre em dia de show (passando lápis de olho preto na linha d'água quando se apresenta com seus amigos da banda.) Possui três furos no lóbulo em ambas as orelhas. Por conta de sua estatura alta, possui corpo magro mas levemente definido por conta da sua visita a academia 1 vez por mês. Rosto fino, lábios um pouco carnudos e chamativos.
Personalidade: Tae é aquele típico garoto rockstar: vive com seus fones de ouvido sempre tocando rock alternativo, emo ou qualquer som que soe tão estranho quanto ele. Se considera fã número 1 de my chemical romance, mas também gosta muito de bandas/grupos como Nirvana, Chase Atlantic, Arctic Monkeys, SlipKnot, etc.
É completamente apegado à sua coleção de guitarras, e não à toa que se tornou o guitarrista e vocalista principal de uma pequena — porém intensa — banda formada ao lado de seus amigos mais íntimos, aqueles que conheceu ainda nos tempos de colégio. Desde pequeno, sempre foi “o esquisito da escola”, mas encontrou na banda um verdadeiro lar, um espaço onde sentiu que podia ser ele mesmo sem filtros, logo, criando a “Echoes from the Basement”
Além da paixão quase obsessiva por música, Taesan tem um fascínio declarado por tudo o que foge do comum: filmes de terror, lendas urbanas, arte macabra, mistérios sobrenaturais — quanto mais estranho, melhor. Essa curiosidade sem limites alimenta uma sede constante por conhecimento, fazendo com que ele aja muitas vezes de forma impulsiva, atrevida e até inconsequente.
Com seu jeito provocador e o sarcasmo sempre na ponta da língua, Taesan pode até parecer difícil de lidar à primeira vista. Mas essa autenticidade crua, combinada ao seu charme meio torto, acaba chamando a atenção por onde passa mesmo sem se esforçar — como se ele pertencesse a um mundo diferente e, mesmo assim, insistisse em brilhar nesse aqui. Mas mesmo com esse jeito dele, o garoto é muito sensível com o que ama: Música, seus amigos, e principalmente seus avós.
Taesan é um garoto noturno que tem como hobby escrever letras profundas, sombrias e sensíveis de madrugada, regadas a café gelado e vinis antigos. Isso quando ele não sai durante a noite para andar de skate pela cidade, ele ama a sensação de estar sozinho na rua aproveitando o asfalto livre para fazer suas manobras enquanto ouve seus rocks no fone.
Por conta de seu estilo de vida, o rapaz é conhecido por “Black cat”, ele criou esse nome na época de colégio um pouco antes de fundar a Echoes from the Basement .
Entrou na Yonsei por mérito, ele é realmente talentoso, mas despreza o academicismo “engessado”. Às vezes entra em atrito com professores por querer quebrar as regras da música tradicional. Taesan odeia que tirem dele tudo aquilo que ele acredita fazer parte de si, seu jeito, suas letras musicais.
“Se não for estranho, não vale a pena.” frase o qual ele leva consigo, virou praticamente um manto.
Background: Vindo de uma família tradicional, mas desfeita por um divórcio conturbado, Taesan passou boa parte da adolescência morando com os avós e atualmente ainda mora com eles. Nunca gostou de escolher lados, principalmente quando a escolha era entre sua mãe e seu pai, o que o fez preferir se isolar no conforto das guitarras, dos livros e das músicas estranhas. Morar com seus avós o faz bem, ele não poderia se sentir mais acolhido.
Seu quarto possui tudo aquilo que ele mais ama, é como se fosse literalmente o ambiente favorito dele, ninguém mexe ali, ele que limpa, ele que arruma…tudo por ser apegado a todos os seus itens de coleção.
Alguns anos atrás, quando ainda estava no ensino médio, ao vagar despretensiosamente pela redondeza, o rapaz acabou encontrando uma pequena galeria decadente no centro da cidade, Taesan se deparou com um conjunto de pinturas que o tocaram de uma forma inexplicável. Elas eram lindas, de um pintor o qual ele não conhecia até então, mas o sentimento ao senti-las de perto era estranho, ele sentia isso, mas particularmente adorava a sensação relativamente pesada que elas possuíam. As cores, os rostos, os símbolos... algo ali ecoava nele.
Uma energia estranha, quase familiar. Ele gostou da sensação pesada, como se houvesse algo enterrado em si que começava a despertar, parecia fazer sentido para ele. Desde então, passou a perseguir aquela mesma sensação em outras artes, objetos e lugares.
Depois de um tempo, aquele lugar sumiu, fazendo com que o jovem nunca mais tivesse qualquer tipo de contato com aquelas pinturas e muito menos com quem as fez. Porém, Taesan jamais esqueceria daquela arte, da forma como foram feitas e do sentimento que sentiu ao encontrá-las por ali.
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Yang Jungwon
Idade: 21 anos (09 de fevereiro de 2004)
Altura: 1,72
Profissão: Estudante universitário cursando direito na Seoul National University (SNU), líder da Monkeys.
Características principais: Cabelos curtos com franja no tom castanho médio, pele branca e olhos pretos (tão escuros que muitas vezes parecem não ter pupila). Tem apenas um furo de brinco na orelha esquerda como seu mini ato de rebeldia. Considerado de estatura baixa para um homem e magro, porém com músculos definidos. De rosto fofo e jovial, todos em volta dele o consideram inofensivo, mas aparências enganam.
Personalidade: Um jovem muito curioso, tudo em sua vida gira em torno da diversão. Se ele está se divertindo não importa o que é, pra ele está bom (mesmo se forem considerados atos imorais). Se comporta de maneira leve e despreocupada, como se nada o pudesse abalar. Acostumado a ter tudo o que quer, fica entediado muito facilmente. Quando algo perde a emoção para ele, este não pensa duas vezes antes de descartar tal coisa, sejam até pessoas.
Seu gosto para comidas varia mas adora doces, muitas vezes trocando refeições e deixando de lado comidas saudáveis só para comer sua cota de açúcar. É viciado em banana milk e não consegue dormir sem tomar um antes de se deitar.
Gosta muito de bandas de rock alternativas, como Arctic Monkeys, Fall Out Boy, Panic at the disco e Imagine Dragons, tendo um ligeiro interesse em aprender guitarra mas não se importando o suficiente para fazer aula.
Jungwon é faixa preta em taekwondo (estando no grau 6º Dan), mostrando que o jovem sabe lutar muito bem, sendo um dos melhores no esporte.
Background: Herdeiro da maior agência de advocacia de Seul, Jungwon é o filho mais novo de um prestigiado advogado de defesa coreano tradicional e uma modelo coreano-americana extremamente famosa, tendo uma irmã mais velha cujo não tem contato porque seus pais a deserdaram. Vindo de berço de ouro, o jovem nunca precisou se preocupar com dinheiro, tudo o que ele quer ele tem.
Atualmente morando sozinho em um apartamento de luxo e cursando direito por obrigação para poder assumir os negócios do pai, Jungwon geralmente se vê entediado com tudo em sua vida, seja seu curso, sua família e tudo o que envolve ser membro da alta sociedade como festas e eventos beneficentes. Buscando diversão sempre, o jovem não mede consequências, e não se importa se um ato é considerado imoral. Se é divertido, qual o problema? Ele nunca precisa lidar com as consequências mesmo.
Esse tipo de pensamento o fez fundar uma gangue, a Monkeys. Nome escolhido simplesmente pelo fato do jovem gostar de macacos, seu animal favorito (que o mesmo tem uma coleção de pelúcias). É dono de um bar de rock emo e alternativo de mesmo nome da gangue, que serve de fachada para as atividades ilegais da mesma. Ninguém além dos membros “VIP” da Monkeys sabe a verdadeira extensão de suas atividades, seu líder optando por ser mais discreto invés de influente, escondendo e separando sua verdadeira identidade no mundo do crime de sua vida pessoal cheia de luxos. Mas não se engane, mesmo com o semblante de uma pessoa calma e gentil, Jungwon não é uma pessoa para se tirar do sério, afinal no fim do dia ele ainda é um criminoso.
A Monkeys é considerada nova, tendo apenas um ano e meio de funcionamento, mas ainda assim girando um capital estrondoso considerando seu tamanho e influência, tudo por causa de seu líder.
Mesmo aparentando ser uma pessoa enigmática, Jungwon na verdade é bem simples e é exatamente isso que o torna perigoso. Nada importa para ele, a diversão vem em primeiro lugar. Se algo o chama a atenção ele vai querer pra si, e ele vai ter a qualquer custo, sendo um objeto, um animal ou até uma pessoa.
Mesmo não tendo uma boa moral, o jovem não se considera uma pessoa má. Gosta de ajudar os amigos e as pessoas que considera, não tendo problema em emprestar seu cartão black sem limites e várias vezes dando presentes caros sem se importar com valores. Sua linguagem do amor é justamente atos de serviço, o que pode parecer contraditório mas ele não se importa.
Tudo em torno dele gira em satisfação, se ele se sente bem então que mal tem?
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inthemidnight-rpg · 1 month ago
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Hwang Hyunjin
Idade: 25 anos (20 de março de 2000)
Altura: 1,79
Profissão: Pintor formado pela Seoul National University (SNU) no curso de belas artes há 3 anos.
Características principais: Cabelos na altura dos ombros, pretos e ondulados com franja, olhos castanhos, piercings e brincos nas orelhas. Muitas vezes com olheiras causadas por insônia, pele pálida e de silhueta esguia.
Apesar de muitas vezes sequer se importar o suficiente com sua aparência, Hyunjin é considerado extremamente lindo. De feições delicadas e marcantes ao mesmo tempo, o jovem chama a atenção por onde quer que passe. Sua aura passa sensibilidade e harmonia, mesmo que sua vida esteja o absoluto caos. Talvez seja um dos motivos por ser tão popular, entre os vivos e os mortos.
Personalidade: Um tanto excêntrico, super empático e muito dramático. Grita por qualquer coisa e ama passar o tempo acompanhado de seus amigos mesmo que precise de um tempo sozinho pra recarregar as energias.
Música faz parte de seu dia, principalmente enquanto cria suas obras de arte. Seu gosto musical é mais pro pop e músicas ditas como “tranquilas”, já que a maioria dos seus dias são puro caos. Gosta também de músicas agitadas para espantar a tristeza e mau agouro.
Por ser formado em belas artes, Hyunjin é bom em vários tipos de coisas no tema como escultura, artesanato e até fotografia além de seu principal foco que é pintura a óleo.
Background: Filho único que não tem contato com seus pais há anos, Hyunjin vive sua vida pacata de pintor falido em um apartamento pequeno de um quarto, sala (cômodo no qual o pintor transformou em seu estúdio por falta de espaço) e cozinha na cidade de Seul. Lutando todos os dias para pagar seus boletos que não param de chegar e ainda tentando sobreviver as adversidades que seu dom traz: Hyunjin é médium.
Desde criança o jovem consegue se comunicar com fantasmas. A habilidade no começo era quase inexistente, apenas algumas aparições que quase davam ao jovem um ataque cardíaco, mas conforme os anos iam passando, suas habilidades foram crescendo, tornando rotineiro o convívio com fantasmas. Muitos deles vindo até o jovem pedindo por favores e rituais de apaziguamento e outros apenas para perturbar a cabeça do pintor, levando-o muitas vezes a ter insônia, afinal Hyunjin vê fantasmas mas morre de medo dos mesmos.
Suas habilidades também refletem em suas pinturas, muitas vezes pintando cenários que vinham em sua cabeça por influência de tais fantasmas, levando o jovem a lutar para criar pinturas que agradem as pessoas e que sejam de valor no mercado e o frustrando ao mesmo tempo, afinal seu estilo de pintura não é o mesmo quando vindo de dentro de seu próprio coração.
Muitos dizem que suas pinturas carregam um peso indescritível, com várias emoções normalmente pesadas refletidas em suas telas. Mesmo isso não sendo culpa do pintor, afinal muitas dessas emoções de perda e desespero vêm dos fantasmas que o perseguem e não do próprio Hyunjin, o mesmo se sente perdido sobre o que fazer para resolver tal problema.
O jovem ainda está desenvolvendo suas habilidades de médium, afinal seu medo e aversão a tudo que envolve o tema fantasmas acabam por atrasar o crescimento do mesmo. Ele vive em um dilema: Desenvolver suas habilidades e tornar parte de sua vida tudo o que vê ou recusar este dom e tentar viver uma vida minimamente normal.
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