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Pequenos Precisos part 2

No dia 24/10/2017, recebo uma mensagem bem cedinho de uma amiga, Graça , no qual ela me pedia ajuda, porque ela tinha uma sobrinha que estava praticando a mesma coisa que eu fazia a anos e ninguém via. Automutilação. Tentativas de suicídio. Mas Deus estava preparando ela para mim e não deixou que nada acontecesse com minha preciosa. A Graça me passou o contato dela e logo comecei a conversar com a pessoa que iria me ensinar coisas muito importantes, me faria sentir amor puro por alguém que eu nunca tinha visto, me ensinou a ter compaixão e me fazer forte, porque para ser forte para os outros eu primeiro precisava me fortalecer. E foi assim que eu entrei em uma crise existencial. Eu sou uma covarde. Como eu farei essa menina parar de se machucar, quando eu ainda tenho as marcas no corpo da minha última automutilação. Como eu ia orar por alguém, quando eu era tão covarde?? Eu iria encontra-la após sair do meu trabalho, mas eu passei o dia parecendo uma galinha choca, correndo para um lado e para o outro. Eis que eu tive a brilhante ideia de mandar uma mensagem para o Sr. Sabino Jr. (meu mentor de FÉ), só que no áudio que ele me respondeu, ele não foi meu mentor Espiritual, nem alguém que passaria a mão na minha cabeça. Ele foi curto e grosso em um áudio de 2 minutos. Eu 2 minutos ele me deu tapas verbais, disse que eu tinha que parar de ser pessimista, que eu tinha que enfrentar aquilo que Deus tinha preparado para mim, como eu iria deixar Deus me usar se eu brigava por querer fazer apenas as minhas vontades e não o querer de Deus. Ok. Ele me fez chorar, Sabino você me fez chorar naquele dia. Mas eu passei o dia orando e conversando com Deus enquanto eu trabalhava. Eis que eu tive um estalo. Por que não usar com ela, com minha pequena pardal, o que tinha me feito bem, quando eu estava em crise e queria voltar a velhos hábitos? Então lá estavam todos os meus amigos em um grupo chamado REDE DO AMOR, contei a todos o que eu iria fazer aquela noite e adicionaria ela ao grupo. Por quê? Porque ela me disse que era sozinha e não tinha amigos, então de repente, ela tinha amigos, pessoas em que ela poderia confiar, poderia sorrir e se distrair, porque oooh povo para falar bobagem (eu principalmente), tirando minha GRÁVIDA LINDA (Linda e forte, Liana), que é o que eu quero ser e eu serei.

A noite chegou e eu fui conhece-la. Meu Deus. Foi amor à primeira vista. Conversamos por duas horas e meia, mas ali eu entendi, Deus me usaria para cuidar e ouvir aquela menina, poucos anos mais nova que eu, enquanto Ele mesmo estaria tratando das minhas feridas. E assim tem sido feito. Eu tento todos os dias mostrar à ela que nada é para sempre, que dói ali, mas existe um Deus que nos ama, que não desiste de nós e que Ele nunca irá desistir.

Sozinha eu sei que ela nunca mais estará.

Chega então o momento catártico para mim. Ontem o Sr. Sabino Jr. Deu uma palestra sobre suicídio e depressão, ah, como eu queria minha pequena pardal, sentada ao meu lado, enquanto ele falava como psicólogo e ao mesmo tempo, alguém de muita fé. Onde foi a Palestra? No Ministério Ágape. Logo que cheguei, me apresentei e perguntei se poderia filmar toda a palestra, que pessoas abençoadas, me fizeram sentir em casa e ainda acharam incrível a minha iniciativa de mostrar que Deus não nos abandona. Minha pequeno pardal não estava presente fisicamente, mas ela veria toda a palestra. Assim como eu pretendo, que todos vocês vejam ela também (vou postar uns pedaços dela). Enquanto todos oravam, eu sentia um calor aquecendo meu coração, enquanto o Sabino Orava por mim, eu sabia que aquele momento seria o divisor de águas para mim, era a hora de aceitar o que Deus queria para mim, minha missão aqui, é ouvir quem precisa falar, mas não tem para quem. Será cuidar daqueles que se sentem sozinhos e desprotegidos. É dar amor, carinho e proteção. Mesmo eu não sendo tão firme em Igreja, por conta do meu trabalho e confesso, as vezes por vontade de dormir cedo ou assistir aquele filme com a minha família. Deus fez de mim sua casa. Enquanto eu tinha uma tremenda vontade de chorar, Deus me fez sorrir, SORRIR, como há muito eu não sorria, sai daquela Igreja, que eu via todos os dias pela janela do ônibus e nunca havia pensado em entrar nela. Ontem eu saí dela Sorrindo com a alma, porque eu estava verdadeiramente curada e sabendo que eu seria usada para falar sobre algo sobrenatural que vinha acontecendo comigo durante anos e eu não tinha coragem de assumir. Ontem eu decidi parar de ser covarde e aceitar o que Deus tem para mim. Deixar Deus me usar e permitir que eu possa fazer tudo o que puder para que os jovens, que assim como eu, se sentem perdidos, tenham uma chance de ver a vida. Ver que ela pode ser valiosa e que você sempre valerá muito para alguém e principalmente para Deus.

 See you later, Darling.

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Pequenos Preciosos part 1

Quando eu me sentia perdida, sozinha, questionando à Deus o porquê de me abandonar. Eu simplesmente saía de casa, do jeitinho que eu estava e pegava um ônibus. Por alguma razão eu sempre parava no mesmo lugar. A Rodoviária. E as vezes eu passava horas e horas escutando histórias de passados tão distantes, passados onde as pessoas ainda tinham lares. Lares estes, que foram destruídos, por vícios, por traições, por depressão, por perdas. Eram tantas histórias que eu voltava para casa tarde da noite, me questionando o porquê da minha tristeza, quando eu tinha um teto sobre a minha cabeça, tinha uma cama quentinha, tinha afeto, tinha o amor verdadeiro dos meus 4 cachorros, que faziam e fazem até hoje uma grande festa a cada vez que eu cruzo a porta da sala. Eu tinha uma mãe que brigando ou não, sei que morreria por mim e me perdoaria por cada erro que eu cometesse com ela. E eu ficava, então Deus, porque eu fico sempre tão triste, porque eu só vejo os dissabores da vida, quando eu tenho testemunhos tão mais tristes do que os meus. Mas de certa forma eu voltava com a cabeça mais leve, mas o coração sempre pesado. Aquelas histórias me faziam triste, não por mim, mas por todos aqueles com quem eu conversava e se sentiam invisíveis. Que achavam fantástico uma “patricinha” sentar no meio fio, ou encostar em uma pilastra para vê-los comer uma marmita do Giraffas, ou qualquer outro restaurante e conversar sobre a vida, sobre como eles chegaram naquele ponto, não por julgamento ou por trabalhos escolares, mas só pelo prazer de fazer alguém se sentir visível, quando todos os outros não os veem. Eles não entendiam que eu também estava sendo vista, que eu me sentia útil, aquilo tranquilizava algo dentro do meu coração.

Não lembro a última vez que fui até lá, mas eu ainda estava morando com a Rayane, então deve ter sido no mês de Junho, eu já estava em tristeza profunda. Chorava até dormir e por várias e várias vezes me imaginei, com a faca na mão, dando fim a minha própria miséria que era a minha cabeça e o que a vida tinha me transformado. Eu não via o fim do túnel. Não preciso dizer que a Rayane ficou realmente revoltada, né? Porque era perigoso demais o que eu estava fazendo, ela não sabia que eu já havia escrito minhas cartas de adeus à todos os meus entes queridos e enquanto pedia perdão, perdoei em cartas aqueles que tinham levado até aquele momento.

Naquela tarde, eu encontrei com o senhor Francisco, ou como os companheiros o chamam, Chico e ali, ele me contou que abandonou uma grande quantidade de dinheiro, mulher e filhos em Minas Gerais, por conta de sua infelicidade. Sua falta de motivação em ver seus filhos crescerem. Ele disse para mim, que não sabe como chegou à rodoviária de Brasília, mas que ali, ele tinha feito um lar, com tão pouco, comendo restos, foi o único meio que ele encontrou de não tirar à própria vida. Foi a primeira vez que voltei de coração leve para casa. Está certo, acho que foi uma das piores brigas que eu tive com a Rayane. Ela não entendia porque de me arriscar, porque eu sentia essa necessidade de querer ir me juntar aos mendigos. Ela não conseguia ver o que eu via. Somos iguais. Eu sempre me senti igual a todos eles, por isso eu chorava por eles, eu ria com eles. Eu só não sabia expressar. Então todas as noites eu orava e questionava. Dormia chorando e acordava com um sorriso de plástico no rosto. Eu chorava por eles, mas por mim também. A cada ida à rodoviária, eu me via mais distante da Lylian que eu já tinha sido um dia. Meu ex , mesmo distante, ainda me torturava e eu não conseguia me livrar do sentimento de culpa e pesar de como tudo aconteceu. A Lylian feliz, não existia mais. Agora existia uma Lylian que chorava com a alma. Que não via beleza nas coisas comuns.

Poucas semanas depois, voltei para a casa da minha mãe. A depressão me consumia e eu não tinha mais tempo para voltar à rodoviária.

Trabalhei, voltei para a terapia, busquei um novo psiquiatra que me receitou remédios que me acalmaria a longo prazo, eu não poderia esperar que eles fizessem efeito da noite para o dia. Mas as coisas dentro de mim ainda me incomodavam. Os meses foram passando, saí de um emprego, entrei em outro no dia seguinte. Isso eu sabia que era Deus cuidando de mim, passei um mês e meio nesse novo trabalho, antes de estar preparada para os Planos de Deus, porque eu me sentia inútil nos confins da Ceilândia sem nada para fazer, caramba, eu sempre trabalhei com pessoas e ali, meu único alento eram os cachorros. Porque excursões mesmo Deus não permitia que saísse uma. Então chegamos à conclusão de que eu era apenas um gasto extra, então eu estava desempregada. Mas novamente, Deus me deu uma nova chance e no dia seguinte, estava eu, empregada de novo. Vê que louco que é isso??  Eu estava trabalhando em um ambiente que verdadeiramente me trouxe paz. Me trouxe força de vontade, me fazia rir. Me fez chegar em casa e ter vontade de correr com meus cachorros no quarteirão, um por vez. Me fez voltar a sorrir com a alma. Gente, eu estava sendo útil, eu estava sendo amada, eu estava sendo curada. De dentro para fora. Foi quando Deus me deu uma nova forma de ver e ouvir as pessoas. Meu pequeno pardal. <3

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Remédios

Quantas vezes brincamos, fulano tem que tomar seu Gardenal, ciclano tem que tomar o Rivotril dele...HAHAHAHA

Brincamos sobre remédios como se brincássemos com uma bola, como uma forma de descontração. Mas será que já paramos para pensar que podemos mesmo brincar com isso sem ofender alguém que precise tomar esses remédios?

Quantas vezes dizemos aquele ali é doido, olha lá.. hahahahaa

Caramba, as pessoas não sabem o quanto essas palavras magoam alguns, mas eu fiz disso uma forma de levar a minha vida com mais leveza, vendo as coisas da vida com mais humor.

Eu faço uso de remédios? Sim. Faço. Se estou bem com isso? Hoje eu sei que é para o meu próprio bem e que é um tratamento, que logo os medicamentos serão suspensos.

Quantos medicamentos eu tomo ? 4. Quais os nomes ? Não convém, mas saibam, RIVOTRIL é um deles. Se gosto ? Odeio. Odeio o gosto do Rivotril. Odeio a forma como ele me deixa lesada. Odeio como ele faz com que eu perca a minha coordenação motora, que para quem me conhece sabe que já é bem precária. Kkkkkk Mas eu me conscientizei que mesmo não gostando, eu preciso dele. Ele me ajuda a dormir e ter tranquilidade durante o dia. Se estou seguindo à risca o receituário que o médico me mandou ? Absolutamente não. Tomar Rivotril 3x ao dia?? Não mais. Estou tomando só quando sei que vou perder o controle. Estou tomando só quando tenho dificuldades para dormir. Não quero ser uma dependente química. Logo eu, que nunca se quer pus um cigarro na boca, vou virar viciada em remédios ?! Jamais!

Eu tenho Deus. E eu tenho meu psiquiatra. E tenho amigos. E tenho vocês. Assim como vocês me tem.

Até hoje eu não li a bula de nenhum  dos meus remédios, se eu tenho curiosidade de ver o que as bombas que eu tenho engolido faz com meu corpo ?Morro de curiosidade, mas existem coisas que é melhor não sabermos. E eu descobri isso da pior maneira possível.

Então porque resolvi falar sobre o Rivotril? Porque ele é o mais comum entre pessoas com transtorno de ansiedade acentuados, como é o meu caso.

Eu quero que vocês, Darlings, entendam que é necessário usar esses medicamentos para que possam voltar a ter controle sobre suas vidas. Seus destinos. Não há vergonha em tomar remédios em lugares aleatórios. Acredite. Já tomei dentro de ônibus, metrô, no parque da cidade, no meu trabalho, em igrejas. Então amores e amoras, o primeiro passo é assumir e gritar um grande DANE-SE para aqueles que olharem atravessados para vocês.

Assumir e procurar ajuda é o primeiro e o passo mais importante, o resto é só o reflexo de como lidamos com as situações do dia a dia.

Quando contei para a Rede do Amor, que estava tomando o Rivotril só quando realmente precisava, foi uma grande vitória. Então procurem estarem próximos a pessoas que torçam por vocês. Pessoas que amem vocês, as vezes não há abertura dentro de casa, mas tem aquele amigo que te entende, aquele namorado ou namorada, aquele tio em que você confia. No meu caso eu tenho uma tia, que hoje ela é minha confidente. (tia Silvia, te amo . <3 ) Como ela me faz rir, como ela me acalma e me dá bons conselhos.

Então meus pequenos pardais, sempre haverá aquela pessoa que estenderá a mão. O humor alivia tudo. E como alivia. No primeiro mês de Rivotril e Aristab, eu pensei que não aguentaria mais nem levantar o dedo, tão morgada que eu ficava. Mas com bom humor, toda a família da minha confidente me fez sentir normal. Busque a normalidade dentro de você. Você não é inferior a ninguém. Você é mais que especial e eu sempre estarei aqui para mostrar que a vida é melhor quando sorrimos.

Faça dos seus remédios as piadas. Leve a vida com leveza e quando você menos esperar, a vida estará sorrindo de volta e os remédios serão esporádicos. Sei que nem todo dia será só flores, mas vamos reaprender a nos amar? Reaprender que somos criações do Pai e que Ele não nos abandona?

Que tal fazermos um exercício de confiança e tirarmos a máscara que existe em nossos rostos?

Vamos expor quem realmente somos, porque não existe ninguém perfeito e Deus te ama do jeitinho que você é.

Um dia toda essa tempestade passará e vocês entenderão o que eu quero dizer com Ele não nos abandona.

Nunca esqueçam, eu sou como vocês, já tentei o suicídio várias vezes, já cogitei ele mais de um milhão de vezes, já me auto mutilei mais do que posso lembrar, virei uma viciada em tatuagens só para que pudesse sentir a dorzinha que eu nem sinto mais. Então eu vejo vocês, eu sou vocês.

 See you later Darling

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Dias cinzas

Depois de muitos meses de calor e nem uma gota de chuva, enfim choveu aqui.

E o dia amanheceu cinza, sem sol. Mas sabe o que? O Sol está em mim. Eu que decido se mantenho o calor ou não, eu que decido se quero estar bem comigo mesma. Ontem eu tive um grande desafio, do qual falhei, mas acordei com a certeza de que posso tentar outra vez e recomeçar de onde ainda estava bom. Eu não preciso ficar remoendo tudo que deu errado na minha vida ou no meu dia. Tudo é aprendizado. Assim como a benção desse dia cinza, desse friozinho preguiçoso, que nos faz querer ficar na cama até bem depois do meio dia . Eu tenho que aproveitar e tirar o melhor de cada situação, porque nunca saberemos quando isso pode mudar.

A vida é assim, amigos vem e vão, amores vem e vão, as tristezas que pensamos serem para sempre uma hora se esvai. É só ter força e FÉ. Eu sei o quanto é difícil entender que nada é para sempre e que essa dor que sentimos uma hora passa, se estivermos acompanhados das pessoas certas.

Lembram que eu falei no primeiro texto que eu iria mostrar as pessoas que me ensinaram a andar antes de correr? Então vamos lá.

Minha alma se jogou do Buraco do Tatu, as 20:33h, do dia 24/04/2017. Para ressurgir como nova criatura, mas até essa nova forma de ver a vida, levou alguns meses e muita terapia.

Então vamos lá, metaforicamente eu me matei ali, mas na realidade Leonardo Rodrigues, que o tratarei como o Bonitão da FÉ e uma amiga ( até alguns meses atrás )Rayane, foram me resgatar, para que eu saísse viva de lá. Enquanto eu pensava que eu era insuficiente verdadeiramente, um senhor que eu não me recordo o nome, mas que eu chamarei de ANJO, me segurou pelos braços e disse que Deus me amava e que eu não poderia fazer o que estava em minha mente, que Deus tinha feito ele mudar a rota para que ele pudesse me dizer isso e que ele tinha medo de altura. Engraçado, meu anjo tinha medo de altura e por mim, uma completa estranha, lá estava ele em um dos pontos mais altos de Brasília. Fui morar com essa minha amiga, Rayane, por 2 meses, entre surtos e choros ela perdeu a paciência e eu voltei para a casa de mamãe. No momento a melhor decisão, mas nossa amizade que era tão sólida, se mostrou tão frágil como folha seca. Por alguns meses eu tentei manter o contato e mandava mensagens sem nunca obter respostas e isso me magoava profundamente. Decisão sábia que meu amigo Iury ( vulgo meu pai kkk) me fez enxergar, largar para lá. Ela é quem estava se afastando, ela foi a primeira a largar o abraço que nos unia. Foi ela quem decidiu que não valia a pena lutar junto. Mas novamente, eu não estava sozinha. Deus havia me trazido pessoas de volta para minha vida , minha girafa (Brenda) foi com ela as melhores bobagens da época de escola, meninas doces, me trouxe o melhor amigo boboca do mundo ( Pablo),me apresentou um mentor de fé e que também me dá uns tapas verbais bem dados, como só um bom psicólogo consegue dar ( Sabino Jr. ). A pessoa que me fez enxergar que eu precisava ser vista. Que eu precisava ser ouvida. Me apresentou a pessoas que como eu, se cortavam, tentaram o suicídio, se sentiam invisíveis. Enfim, eu tinha encontrado a minha “tribo”. Tive um amor instantâneo por uma brasileira com uma linda história de dor, amor e devoção à Deus e um lindo bebê IRLANDÊS a caminho. Minha rainha mais linda, Liana Jussara Jonas. Caramba, como ela se tornou meu espelho. Como ela se tornou meu referencial de fé e paciência. E de como Deus nos honra e é misericordioso. Mas eu entendi uma coisa, eu não poderia parar ali. Eu tinha muito a compartilhar ainda. Confesso que sou um pouco falha com relação a ir à Igreja, mas não sou falha em minhas orações.

O que eu quero mostrar com isso? Que pessoas que você acha que estarão sempre com você podem até largar sua mão, mas sempre haverá pessoas observando você, amando você, mesmo que não demonstrem e quando você cair, estarão lá para te amparar. Pessoas que você não conhecia, de repente aparecem e você entende do fundo do seu coração que existe um fio que os une, e que ali você pode descansar. Você encontra forças em pessoas que achava que nunca iria realmente voltar a falar e de repente, bum, estão todos de volta na sua vida e não por pena. Mas por amor.

Lição do dia: Acreditar que você nunca estará só, Deus está contigo em cada passo, em cada dia de sol e em cada dia cinza. Em cada falta de esperança, haverá sempre anjos com você.

Não desanime, eu sei como é difícil, mas a vida segue. Porque então não fazemos como a Dory e “continue a nadar, continue a nadar“ .

É tudo uma fase.

Bom dia, Darling...

See you later.

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Um Passo de Cada Vez

Após anos de me maltratar por falta de amor, estou reaprendendo o que é o amor. Aprendendo o que os LAÇOS DO AMOR nos trazem. Esses laços nos trazem paz, amor, esperança, uma verdadeira corrente do bem.

Mas somos seres humanos, como ser perfeito o tempo todo? Existe mesmo a perfeição? Existe como agradar à Gregos e Troianos?

Como não se machucar quando estamos em um estado de espirito tão estressante que nem nos damos conta de que estamos nos machucando. Recorrendo a um método que prometemos não praticar mais?

Hoje pela manhã, mesmo sem os antidepressivos eu estava em um estado de paz absoluto. Jurei que todo o meu dia seria da mesma forma, mas nossa, como estava enganada.  Foi preciso um problema com recepções de hotel e uma cliente louca e lá estava eu, arrancando pedacinhos de mim e com um corte na mão, braços arranhados, olhos vidrados e um túnel na minha cabeça, onde eu não via uma saída. 4 horas se passaram e mesmo assim, aqui estou eu, ainda pensando que o erro foi meu, que eu poderia ter sido melhor, poderia ter previsto que seria necessário um maldito carimbo de cartório para um grupo de adolescentes e professores se hospedarem.

Para alguns isso é bobagem, para mim, é a destruição de planos de meros adolescentes. A VIAGEM, sem supervisão paterna... para alguns a primeira viagem, mesmo que seja para o quintal de Brasília.

Após broncas atrás de broncas, decepções para todos os lados, o que eu aprendi?

Que eu tenho que andar antes de querer correr. Que eu não posso abraçar o mundo e que as coisas podem dar errado. Que é comum falhas acontecerem e que eu não devo assumir por um erro que não foi meu. Mas quando estamos condicionados a nos culpabilizar por tudo que há de errado nas coisas, é muito difícil aceitar que o erro não é seu.

Porque será que aceitamos os erros com tanta facilidade e não os acertos? Porque abraçamos a culpa e não os indultos que a vida nos dá?

Minha lição apesar de ter errado quando me maltratei é, nossa guerra é contra nós mesmos. Então um passo de cada vez. Deus nos dá a benção de um novo amanhecer, todos os dias. Então todos os dias podemos nos levantar e fazer melhor do que o dia anterior. Podemos tentar não chorar, tentar não nos cortar, arranhar, despedaçar, não se amar. Um passo de cada vez e um dia, terminaremos de subir essa escada.

Hoje eu regredi todos os degraus que subi nos últimos 3 meses, principalmente. Mas se tem uma coisa que eu sou é TEIMOSA. E eu não vou desistir. Já tomei meus remédios para dormir, o que significa que dentro de uma hora, estarei em um sono sem sonhos. Onde eu posso descansar sem meu cérebro me perseguir. E amanhã recomeçar a minha caminhada, com a certeza de que poderei ter um novo dia para me acertar. Para ser que eu desejo ser, para eu me amar e me conhecer. É o que eu prometo a quem eu magoei no dia de hoje. 27/10/2017.

Boa noite, Darling. See you later.

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I see You

Eu estava lá. Pela última vez . Dessa vez eu ia me jogar. Quantos meses passei namorando aquele mesmo lugar, enquanto esperava para pegar o ônibus para aquela cidade tão distante onde eu morava.  

 Pera aí! Essa é a minha história, o final dela, onde eu morri para me refazer de novo. Onde minha nova vida começou. Ali, naquele dia, aonde eu cheguei ao fundo do poço. Eu me vi sem esperança, sem FÉ, sem amor, sem VIDA, sozinha e com frio, então a pergunta que não queria calar?

ALGUÊM ME VÊ?  

Meu nome é Lylian, tenho 24 anos. E estava no fim da minha vida. Quanto tempo tinha que eu me sentia invisível? Quanto tempo fazia que eu me sentia INSUFICIENTE? Tão sozinha, eu estava e sempre estaria. Eu precisava de pais? De amigos ? De trabalho ? De vida ? Para quê viver??

Quanto tempo tinha que eu sentia esse vazio que me consumia e me assustava, como quando se é criança e tem medo do escuro, ou quando você está fazendo algo que seus pais não permitem e você faz, quebra a cara e ainda leva a tão temida bronca.

Eu quis com todas as minhas forças  me livrar dessa dor sem motivo, dessa desilusão com a vida .

Eu NÃO ENTENDIA. Eu era uma criança feliz, eu fui uma adolescente “normal”, como todo adolescente pode ser. Sempre fui opiniosa, brigona, com um senso de justiça para os mais fracos. Eu era uma pessoa “pró-ativa” como minha avó costumava me chamar e meus primos zoavam. Eu era uma menina - moleque. Fui tão feliz que não cabia às vezes. Eu ria de fazer as lágrimas escorrem dos meus olhos e a barriga doer. Eu era a quedinha. A queridinha. A florzinha. A amiga. A irmã. A trabalhadora. A esforçada. A que tinha coceira nos pés. A que não parava quieta, mas que tinha seus momentos de quietude. Eu era tudo o que todos esperavam. Eu sempre batalhava pelo que queria . Então porquê de ficar assim ? Com essa desesperança e falta de FÉ no ser humano ?

 Quer descobrir ? Que tal nos seguir ?

Esse é o começo da minha história e o começo de uma nova, com muitas pessoas que eu não esperava. Com muitas surpresas e muito aprendizado.

Quanto tempo faz ? Eu poderia dizer que nem me lembro mais... mas essa não é a verdade . Tem 6 meses que faço tratamento para depressão.  Faz 6 meses desde o meu último suicídio, porque hoje, 6 meses e 3 dias depois , eu estou viva, mais viva do que já estive um dia . Viva de amor, viva de FÉ , viva de amigos, viva de novos pardais para cuidar, viva de asas para VOAR, viva em DEUS.

Existiu pessoas que me ajudaram nesse processo ? Muitas .

Tenho como agradecer a todas elas? No momento certo, cada uma delas aparecerá aqui.

 Se hoje eu sou feliz ? Eu te respondo: Hoje eu ESTOU feliz. Felicidade é estado de ESPÍRITO e eu escolho ser feliz. EU DECIDI SER FELIZ. EU DECIDI SER VISTA E  OUVIDA. EU DECIDI OUVIR.

Então aqui está um espaço, para você, que como eu tem problemas, se sente invisível  ou insuficiente ser VISTA, SER OUVIDA e principalmente ser RECONHECIDA, sabe porquê? Eu vejo você, eu escuto você e eu abraço você.