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Escritas no espelho : Coluna
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itsnotta-blog · 6 years ago
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Como diria meu pai, "O trabalho DANIFICA o homem" TSC TSC 😢😑😴
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itsnotta-blog · 6 years ago
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O que será de nós sem nós?
É impressionante o quanto necessitamos da atenção das outras pessoas, justamente agora que todos parecem sempre muito ocupados, é o trabalho que não acaba nunca, a mesma distância que separa nossas famílias, hoje marca “presença” nas mensagens diárias, nos grupos, gente que eu só esperaria ter contato no próximo velório, rss, pois bem, nada disso parece relevante pra ninguém, nenhum outro chato pararia para pensar nesse assunto, na realidade poucos se importam com os porquês e sim nas suas intenções. Tenho vontade às vezes de entrar na onda, sentir o gosto desses afagos e carinhos digitais e quem sabe devolver a todos a mesma moeda, mas acho que sou mesmo um chato do tipo rabugento das cavernas, a propósito, é sobre isso mesmo que estou escrevendo, com essa introdução de péssimo gosto, eu quero falar sobre o fim da nossa história...
 Eu pensei, pensei e repensei algo que me incomoda. Já faz algum tempo que eu penso em ser professor, no começo achava que era pelo bem das pessoas, pela preservação da cultura e etc... Porém! Parto de um princípio egoísta, Uma vez eu li numa dessas charges de motivação que, a melhor forma de aprender é ensinando outras pessoas, e desde sempre fui curioso, leio “de tudo” e assisto de quase tudo, mesmo assim sempre senti que faltava alguma coisa pra me desenvolver do jeito que eu sempre quis. Então comecei, tenho dó das pessoas que vivem comigo, em especial a minha namorada que me atura 25 horas por dia feito uma matraca, juro, as vezes acho que ela vai explodir. Enfim, cada vez que eu me expresso a cada dia mais eu me expresso melhor mesmo precisando usar palavras repetidas na mesma frase para me expressar! Contudo, me certifico da “veracidade” dos fatos e me atenho somente àquilo que eu sei, diga se de passagem. Esta dando certo.
 Ainda bem que a gente evolui, não é mesmo? Mesmo tendo eu princípios declaradamente egoístas, uma hora ou outra teria de ter um propósito nobre, afinal, Serei um professor, um mestre como dizem os mais cultos, e então, e então? Penso na história, história essa que morre a cada dia pra dar à luz as novas tecnologias. Sei bem que esse discurso parece velho e eu não sou do tipo “contra os computadores”, como na canção de Antônio Marcos, o qual sou um fã ferrenho, mas, o equilíbrio das fronteiras entre o passado e o novo está longe de ser alcançado, pra falar a verdade, nem sei se existe um ou já existiu. A única coisa que eu posso dizer é o que eu acho, democraticamente.
 Meu avô ensinou pro meu pai a como usar um machado, meu avô aprendeu com o pai dele, meu bisavô, e assim sucessivamente. Isso também o meu pai aprendeu, quando cresceu ele descobriu que existia a serra elétrica, a famosa moto-serra, o trabalho ficou mais fácil, mais rápido, um pouco mais caro, mas, obviamente á longo prazo tornou se compensatório.
Então eu nasci. Meu pai também me ensinou o que sabia, claro que a essa altura ninguém mais quer sofrer à toa. Num dia comum observava meu pai enquanto fazia a poda dos galhos podres que se debruçavam no muro, no meio do serviço lembro que a moto serra havia quebrado e ainda não tínhamos recebido nada pelo trabalho, não dava para consertar, mas ainda tínhamos o machado afiado e braços fortes para terminar o que começamos. A verdade é que agora a maioria não sabe o que é um machado e nem pra que serve, não sabe o que é mandar uma carta e simplesmente esperar, não gosto de martírio e nem dessa conversa de que o sofrimento é necessário para o crescimento, quando eu tiver os meus filhos farei de tudo para que não sofram, assim como qualquer pai que ama os seus filhos, mas o sofrimento existe, o mal existe, as dificuldades, situações, os destemperos, os apagões, todos eles existem, e, se ele quiser usar o whatsapp e ter tudo em suas mãos, por mim tudo bem, se preferir medir tudo o que eles tem em giga bites, eu realmente não me importo, mas tenha a certeza de que eu, antes de ensina-lo a usar uma serra elétrica, vou lhe dar um machado.
Me bate um desespero de quando não existir mais ninguém que nasceu nos anos 20/30/40/50/60, precisamos aprender, precisamos ensinar.
Afinal, o que será de nós sem nós?
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