izzybcl

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chuckevans​:

“Hmm.” Ele grunhiu, tosco demais para ser sensível com uma jovem garota grávida. “Porque essas coisas só são garantidas depois do terceiro mês.” Opa. “E porque precisamos saber o sexo antes… você… sabe quantas semanas são?”

Não sabia o que exatamente, mas algo na resposta de Chuck a incomodou. Talvez fossem apenas seus hormônios, talvez captara algo que não existia ali. Fosse o que fosse, fechou um pouco a cara. “ — É, quer dizer, fingers crossed, right? Sempre há esperança.” Que as coisas não sejam garantidas. Será que Chuck estava torcendo por más — boas — notícias naquele ultrassom? “ — Você não sabe fazer contas? A última vez que transamos antes de... sei lá, Chuck, uns dois meses?”

[izzybcl]

chuckevans​:

“Saffron?” Chuck se permitiu sair do silêncio que vinha tentando manter enquanto dirigia e tamborilava no volante ao ritmo da música do rádio, porque sim, também estava um tanto nervoso com a situação. Levava a filha do seu melhor amigo para uma consulta pré-natal em Los Angeles, grávida de seu filho. Leaf. “É… bonito, para alguém que vai fugir com o circo na adolescência. Mas você não deveria perder tempo com isso agora, se quer saber o que eu realmente penso.”

Izzy soltou um riso curto e alto com a devolutiva sobre fugir com o circo. Não que fosse tão engraçado assim, foi mais uma risada histérica. “ — You’re hilarious. Oh, how about...” Interrompeu sua próxima sugestão de nome ridículo ao pensar mais sobre o que Chuck disse. A loira virou o rosto pra ele. “ — Why not? Vamos ter que dar um nome à coisinha eventualmente. Não podemos chamá-la de acidente infeliz de um relacionamento errado pra sempre. Ela vai sofrer bullying na escola.” Brincou.

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stages of acception.

A jovem tinha os pés levantados no painel do carro, a estrada passando embaçada por eles conforme Chuck dirigia em uma velocidade considerável na pista vazia, o que era quase um milagre para aquele horário no trajeto até Los Angeles. Izzy não queria admitir que estava nervosa, então já fazia quase vinte minutos que tentava se distrair com um site de nomes em seu celular, sugerindo todos que sabia que o homem iria odiar. Parte para provocá-lo, parte porque realmente gostava da ideia de seu filho ou filha ter um nome único. “ — How about... Saffron?” Ela sugeriu, pronunciando o nome com um sotaque que não possuía. “ — For a girl. De acordo com o site, é o nome de uma das pimentas mais ardidas do mundo. Ou... ohhh, Leaf, too hippie for you?” 

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chuckevans​:

izzybcl​:

Estava esperando a bronca, e até acreditava merecê-la, é claro, mas Chuck fez a pior escolha de palavras possível, chamando-a de criança. Izzy fechou a cara. “ — I don’t recall you seeing me as a child when you’re fucking me. It’s just when it’s convenient, huh?” Como se ele estivesse sendo muito maduro, fugindo dela todo esse tempo. Até pensou em devolver com esse argumento, mas estava de saco cheio. “ — Tá, Chuck, tanto faz. Tenho que voltar pro trabalho antes que a Mia venha atrás de mim.”

Como Izzy consegue ser desaforada, pensou Chuck, quase conseguindo escutar a voz da sua mãe dizendo que meninas respondonas são uma coisa feia demais de se ver. Ele bufou com pura irritação, mas precisava levar a garota para uma consulta no dia seguinte. Precisava de verdade, então era bom que estivessem em acordo. “Está certo. Eu te pego amanhã. No lugar de sempre.” Grunhiu, incerto se deveria dizer mais alguma coisa. Ora, o que mais poderia falar? Talvez, reforçar que ela deveria resolver as coisas com Eli. Nah. Já tinha sido bastante enfático a respeito disso e, claro, não esperava que Izzy fosse ter a conversa com seu irmão tão rapidamente assim, da noite para o dia. Sem encontrar nada muito bom para dizer, Chuck coçou a barba e deu as costas para Isobel. Seria um longo resto de dia lá no barco.

closed.

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chuckevans​:

“Jesus Christ, Isobel!” Chuck alarmou-se. Esticou o braço na direção da barriga da garota. “Uma criança precisa receber cuidados desde…” Começou ele com o pouco que sabe sobre pessoas grávidas. Meu Deus! Ele não sabe nada sobre isso. “Tá certo, it’s my fault. I should’ve been by your side, because there’s no way a child like you can know what’s to be done and what’s not to be done.” Charles enfiou as mãos nos bolsos para parar de gesticular. “Tomorrow morning. I’m taking you to the doctor tomorrow morning. Be ready… without delay.”

Estava esperando a bronca, e até acreditava merecê-la, é claro, mas Chuck fez a pior escolha de palavras possível, chamando-a de criança. Izzy fechou a cara. “ — I don’t recall you seeing me as a child when you’re fucking me. It’s just when it’s convenient, huh?” Como se ele estivesse sendo muito maduro, fugindo dela todo esse tempo. Até pensou em devolver com esse argumento, mas estava de saco cheio. “ — Tá, Chuck, tanto faz. Tenho que voltar pro trabalho antes que a Mia venha atrás de mim.”

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chuckevans​:

Chuck rolou os olhos. “É, tentando ajudar sendo a porra de um estudante de merda que não tem onde cair morto.” Que plano mais fodido! Chuck bufou. “One week, I promise. Maybe less than a week, I’ll let you know.” Passou mais uma vez a mão pelos cabelos, coçou de novo o couro cabeludo em sinal de nervosismo e passou para o próximo ponto que gostaria de checar com Izzy. “A próxima consulta. Vou te levar à próxima consulta, quando será?”

Cansada, Isobel limitou-se a soltar uma bufada de ar ao invés de respondê-lo. Ah, se o problema do pai de seu filho fosse uma questão financeira! Sentia que isso poderia encarar. Mas é claro que não iria vocalizar tal coisa para Chuck e arriscar deixá-lo mais nervoso ainda. “ — Okay, eu...” Izzy fez uma caretinha. Havia sido meio irresponsável naquele ponto e contar isso ao mais velho não era lá muito animador. “ — Eu meio que não marquei nenhuma desde aquela última vez. Você sabe que as pessoas vão falar se eu for em algum hospital da cidade, e meu carro tem dado problemas demais pra arriscar ir até L.A.”

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chuckevans​:

Se a tinha irritado, então estava feliz pois havia sido sua intenção. “Bom, ele é um idiota que tem uma puta queda por você.” E você se aproveitou disso, desta vez Chuck suprimiu a ofensa. Se quisesse reatar sua relação com a mãe de seu filho, precisaria ser menos agressivo. E, bem, Isobel estava meio que passando mal ali na sua frente. Devia fazer algo? “I don’t know… I’m…” Coçou a cabeleira loira, olhando para as paredes do restaurante, depois voltando à menina. “I’m gonna need some time. Pouco tempo, prometo. Uma semana. V-você acha que pode esperar mais uma semana?” Antes de oferecer meu bebê a outra pessoa novamente?

“ — He was just trying to help.” Izzy respondeu, baixinho, não querendo comentar sobre a parte da queda do melhor amigo por ela. Voltou a franzir a testa e estava prestes a discutir por ouvir Chuck pedindo mais tempo, mas conteve-se quando ele adicionou que seria pouco. Uma semana. Ela ponderou. Não que estivesse assim tão ansiosa pra começar o que seria a ruína de sua vida, mas... “ — Uma semana, Chuck. Só uma semana. Eu não posso esperar mais, é sério, esconder esse segredo tem sido muito, muito mais difícil do que eu pensei que seria.”

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chuckevans​:

Ele se retraiu com a resposta que recebeu, longe de ser a ideal. A garota estava cheia de hormônios, sim, com a cabeça revirada, mas ainda gostava dele, não? Não era para ficar contente ao escutar que Charles estava disposto a assumir a criança? Porra, seria uma puta briga entre ele e o pai dela. E ainda com a menção novamente ao seu irmão. Eli no meio daquela confusão de merda, sentiu uma dose a mais de desgosto. “Bom, essa encrenca você caçou por burrice mesmo.” Respondeu Chuck com rancor.

Izzy bufou, erguendo os olhos ligeiramente irritados ao mais velho. Havia sido burrice? Sim. Mas não achou que ele precisava lembrá-la. Teve que dizer à si mesma que Chuck tinha bons motivos pra se chatear, mas pensou que ela, Izzy, também havia tido motivos para aceitar a ideia maluca de Eli. Não queria fazer aquilo sozinha, afinal. “ — Eu não cacei nada. Eu te disse, ele me ofereceu. Além do mais, não é como...” Ela se interrompeu por outra onda de enjoo, mas pelo menos conseguiu não colocar nada pra fora dessa vez. Isobel balançou a cabeça. “ — Deixa pra lá. Quando... quando você quer fazer isso?” Pensou que mudar de assunto fosse ajudar, mas esse conseguia ser ainda pior. Tudo parecia assustadoramente real agora. “ — Sabe, contar às pessoas.”

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chuckevans​:

Chuck bufou, impaciente. “Jesus, Isobel. I just told you what’s bothering me!” A história do pai da mulher que engravidou ser seu melhor amigo desde sempre. Sobre estar ou não com a garota, Chuck pensa que seria infinitamente pior se não assumisse uma relação com a Green, como um casal. O pai de Izzy o odiaria ainda mais. Bem, o Evans raciocina como um homem bruto, antiquado, o que provavelmente acarretaria em péssimas escolhas. “Uma criança precisa de um pai e de uma mãe. De uma casa. No que depender de mim, nós estaremos juntos, sim, a não ser que, claro, você não queira.”

Sem querer esperar por uma resposta, ele coçou a cabeça, meio sem jeito e trocando o assunto. Apontou para a barriga dela com a outra mão. “Como, uh… como você está se sentindo?”

Ao invés do puro alívio, as feições de Izzy voltaram-se para uma ainda mais preocupada. Porque em sua cabeça Chuck apenas se sentia daquela forma porque era um homem antiquado que pensava ter algum tipo de obrigação para com ela. A Green não queria que ele pensasse assim, mas estava enjoada demais no momento para discutir. Poderiam brigar sobre os pensamentos jurássicos do pai de seu filho mais tarde. “ — I’m too hormonal to tell you what I want.” Forçou uma breve risada, mas era parcialmente verdade. Tinha medo de dizer que queria, sim, estar com ele e aceitar tudo o que Chuck oferecia por obrigação. “ — Worried.” Ela respondeu agora à pergunta sobre como se sentia, embora imaginasse que o Evans se referisse à gravidez. “ — Pensando aqui que além de tudo agora vou ter que ter uma conversa muito desconfortável com o seu irmão.”

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chuckevans​:

Chuck abaixou o olhar para a mão direita de Izzy que tocou a barriga. Ele podia ver dali, seu filho estava crescendo dentro da garota. Que espécie de homem tem sido nos últimos dias? Saindo por aí flertando para provar para si uma masculinidade, sabe-se lá os motivos pelos quais tem agido dessa forma, enquanto ignora as tentativas de contato da mãe do seu filho. “Yeah, yeah. I know that.” Que ela não o cobraria se quisesse deixar o irmão assumir o filho. Ideia fodida de ruim. “Mas é claro que não é isso que eu quero. It’s my child. Mine. Se o Eli quiser um, vai ter de fazer sozinho.” A intenção não foi colocar uma piada no meio da fala, mas acabou saindo. “We, uh, we’re together, kid. Vamos contar pro seu pai e encarar as consequências, é isso que vamos fazer. Não quero a mãe do meu filho morrendo de trabalhar com o moleque na barriga, passando um mal desgraçado desse jeito.”

Izzy foi soltando o ar lentamente conforme o ouvia. Queria tanto se sentir aliviada... sentia-se, parcialmente, mas agora tinha também uma certa dificuldade em confiar cem por cento no que Chuck dizia. Já viu aquele filme antes, sabia que era fácil pra ele dizer que estava dentro agora e então entrar em pânico e desaparecer de novo mais tarde. Nem conseguiu rir da piada sobre Eli. “ — Okay, but like...” Ela bufou, sem saber como expressar suas preocupações. Talvez Chuck precisasse se livrar das dele, também, se fosse por isso que estava inseguro... algo lhe passou pela cabeça. Iz não gostou, mas forçou-se a raciocinar: “ — We don’t have to be. Together, I mean. Literally together. Eu sei que foi o que aconteceu naquela noite...” Quando decidiram oficialmente ter o bebê e acabaram dormindo juntos novamente. “ — Mas, Chuck, se é isso o que está te preocupando... I mean, maybe we shouldn’t. Maybe we should raise this kid, yeah, but we don’t have to be... you know, a couple. A gente tinha se separado, afinal, provavelmente nem estaríamos olhando um na cara do outro se eu não tivesse engravidado, então...”

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chuckevans​:

“FELIZ?” Chuck percebeu que elevou demais a voz desta vez ao mesmo tempo que fechou a mão direita em punho. “Feliz?” Coçou o nariz nervosamente, fungando. “No, that is not why I disappeared… I didn’t disappear!!” Ele mal conseguia deixá-la falar, respondendo por cima da fala alheia e se assustando pela interrupção repentina, mas seguindo a mulher quando ela partiu com a mão nos lábios. Chuck não precisou vê-la vomitar, apenas curvada sobre um canteiro de flores, para entender que estava passando mal. Pela primeira vez, então, se sentiu culpado pela sua explosão de fúria no meio de todo mundo, no meio do restaurante. Meu Deus, onde estava com a cabeça? “I’m digging my own grave here, okay?” Ele soltou, exasperado. Estava a alguns metros de distância de Izzy, com as duas mãos na cintura sem saber se deveria se aproximar ou não. A explicação foi surgindo naturalmente. “Your father is like— he’s like a brother to me, goddamnit. What I— what I did was high treason and it’s fucking killing me lately.”

Izzy ficou parada ali, curvada, mesmo depois de ter colocado tudo pra fora. Estava sem graça que Chuck a havia seguido. Ela só se moveu ao ouvi-lo, a destra repousando instintivamente na barriga. A barriga que começava lentamente a tomar forma e que logo não poderia mais ser escondida. “ — You don’t think I know that? You think this is easy for me? You’d lose your best friend and I’d lose my father, cause I know he’s not going to forgive us for that.” Respirou fundo com dificuldade, pensando que não havia uma saída perfeita para aquilo. De qualquer forma sairiam perdendo algo importante. “ — Só que eu não posso continuar fazendo isso, Chuck. Não posso mais esconder essa gravidez. Meu pai tem me dado turnos duplos toda semana, eu não paro de passar mal e você sabe que logo vai ser impossível de esconder, de qualquer forma. I can’t have you ghosting me anymore. I won’t hold it against you if you decide this Eli thing is a good idea after all. I promise.”

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cblcke​:

Possuído por uma ira sem dimensões, Chuck trincou os dentes e puxou o ar entre eles, desviando seu olhar de Izzy para um ponto distante atrás dela. A explicação da garota pareceu tão estúpida, tão boba, tão burra. O Evans estava verdadeiramente tomado por cólera e dali não sairia nenhuma trégua. “Você tinha que ter falado comigo! Vo— você… Ele contou pra nossa mãe, Isobel. Pra nossa mãe. Ele disse—” Chuck não conseguiu terminar. Não conseguiria, pois só de falar se sentia em vias de pegar qualquer coisa na sua frente para estraçalhar. “Fuck it. Não dá pra conversar com você. Não dá pra ter essa porra dessa conversa. Você é uma criança insensata, estúpida e egoísta, é isso que você é.”

Como?!, ela queria devolver, como poderia ter uma conversa daquelas com alguém que a estava evitando? Mas, de qualquer forma, aquele era o plano. Izzy não faria nada sem conversar com ele antes, liberá-lo de vez daquele problema. Seu amigo, pelo visto, teve ideias diferentes. “ — O quê...?” Ah, porra, Eli! Ele não podia ter feito aquilo com ela. Seu estômago revirou-se dolorosamente ao ouvi-lo chamá-la de todas aquelas palavras horríveis. As quais muito provavelmente merecia. “ — Eu... eu pensei que você fosse ficar feliz. Okay, não, talvez não feliz!” Consertou rapidamente, antes de receber mais uma onda de fúria. “ — Mas... eu não sei, Chuck, aliviado? That’s why you disappeared, right? You were having second thoughts. I know Eli is not your first choice, but I thought... oh, god fucking damn it.” Ignorando-o de repente, Isobel teve que sair correndo dali com a destra cobrindo os lábios. Foi pelos fundos do restaurante, sem tempo de checar se seria ou não seguida até um canteiro de flores. O vômito àquele ponto da gravidez já era uma companhia recorrente, mas agora ela imaginou que o estresse fosse o principal motivo. Ela estava mesmo muito fodida.

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cblcke​:

Toda a esperança de Izzy vir a negar se esvaiu no momento em que ela se virou para olhar para ele e Chuck a viu pálida, claramente com medo. Se fosse diferente, Isobel teria negado, teria reagido com surpresa, espanto. Qualquer coisa menos aquela reação. Balançando a cabeça de um lado a outro, visivelmente chateado, o Evans negou o pedido de conversar fora do restaurante. “É verdade então? Eli? Eli, Izzy? É só isso que preciso saber de você e então você pode voltar pra sua… sua… vida.”

Ela umedeceu os lábios que de repente lhe pareceram muito secos. Olhando nos olhos dele percebeu que havia sido uma ideia muito estúpida. Infantil. Vingativa, talvez, considerando que Chuck a estava evitando. Merda. Mas havia, sim, tomado conforto na oferta de Eli, isso não podia negar. Estava sozinha e com medo, droga! “ — No, you gotta listen to me...” Izzy abaixou o tom de voz, rezando para que ele seguisse seu exemplo já que não queria sair dali. Já estavam atraindo olhares dos clientes e Deus a livre Mia passar por ali e escutá-los. “ — Eu contei pra ele, não toda a verdade, obviamente, só que eu não sabia se... o que eu ia... e ele... ele ofereceu... I didn’t know what else to do. You disappeared! You bailed on me, what was I supposed to think? I told you I wouldn’t hold it against you!”

[izzybcl]

cblcke​:

what if I could make this world stand a little slower?

Puto de ódio, Chuck não se importou com o horário movimentado no restaurante. Bastava saber que o amigo não estava por lá e dentro da sua cabeça, inconscientemente, tinha essa noção. Ele chegou e desceu da caminhonete batendo a porta. Atravessou as pessoas no estabelecimento, ignorando alguns que lhe cumprimentaram. Chegou no balcão e bateu a mão fechada de lado na superfície. Izzy estava de costas, ocupada com qualquer merda. Chuck mal via, não fazia a menor diferença. “Que porra você tá pensando? Meu irmão?” Ele soltou de repente, a raiva presente na sua voz grossa.

Segundas eram sempre o pior dia no restaurante. Dia do tratamento da mãe, então é claro que o pai não estava presente ali e o movimento ficava pesado. Especialmente para uma grávida em segredo que ainda sofria com os sintomas do primeiro trimestre. Izzy estava parada atrás do balcão, tentando traduzir a letra de Mia para passar os pedidos à Klaus na cozinha, mas um Chuck furioso a fez pular no lugar e perder toda a concentração. Isobel sentiu o sangue fugir do rosto ao virar-se pra ele. Se esperava alguma notícia de Chuck depois da louca decisão de que Eli seria o “pai” do bebê? Sim. Mas não no meio do restaurante! O que diabos ele estava pensando? “ — Uhh... Chuck... can... can we- can we talk outside?” Viu-se aterrorizada, ao invés de forte como no momento em que topou a coisa toda. Droga, ele parecia mesmo muito puto.

[izzybcl]

cblcke​:

“Oh.” Eli franziu um pouco o espaço entre as sobrancelhas. “Okay.” Izzy tinha respondido rápido demais. Mas ele não podia culpá-la realmente. Ter um filho já é uma coisa maluca para se dar conta. Entregá-lo para seu melhor amigo assumir é outra coisa maluca. O próprio rapaz teria seus pesadelos à noite — depois de muitas horas insone. Eli balançou a cabeça devagar. Isobel mandaria em tudo. Estava tudo nas mãos dela. “Tudo bem. Nós dois vamos… pensar.” Ele afrouxou um pouco o contato das mãos e olhou para o mar com os olhos claros semicerrados. Era uma boa vista, afinal. O mar sempre traz paz ao Evans. “Everything is gonna be okay, Izzy. I promise you.”

closed.

[izzybcl]

cblcke​:

“Really?” Eli se animou. “É claro que quero! Digo, claro que te faço companhia, sem pressão, se você quiser que eu vá. Como é que funcionam essas coisas? Eles já precisam saber quem é o pai, pegar documentos?” Explicou-se com uma risada sem graça: “Como sou o caçula da família, não tenho a experiência que meus irmãos têm. Na verdade, não faço ideia desse processo de… nascimento e tal.” 

“ — Não!” Ela respondeu rápido demais, adicionando com mais calma com medo de tê-lo ofendido: “ — Não, não... tenho certeza que não vão pedir nada do tipo...” Precisava pensar com calma antes de decidir de fato aquilo. Talvez conversar com Chuck antes? É, vai nessa, a parte amargurada de sua consciência pensou, lembrando-a do sumiço do homem, vai dar muito certo. “ — You sleep on it, okay? Não vou te cobrar essa história se mudar de ideia. Eu também tenho... muita coisa pra pensar sobre.” Izzy voltou o rosto pra frente com um suspiro. Provavelmente a decisão se basearia nas atitudes de Charles. Quanto mais tempo ele a ignoraria mais desesperada ela iria ficar.

[izzybcl]

cblcke​:

De novo, Isobel demonstrando descrença. “Anything to see you happy.” To make you happy, fora o que pensou, na verdade. Para alguém apaixonado por Izzy desde que se entende por gente, um elo daquele parecia absoluta sorte, não o oposto. “Se isso rolar mesmo, tipo… você não precisa me lembrar o tempo todo que é filho de outra pessoa, né?”

Agraciado com a proximidade da amiga, que deitou a cabeça em seu ombro, Eli passou o braço dela dentro do seu e entrelaçou seus dedos nos alheios, ficando assim de mãos dadas. “Você precisa de alguém pra te acompanhar ao médico? Tá cuidando dessas coisas direitinho?”

“ — Yeah, you’re probably right. Sorry.” Ela abriu um sorriso afetado. Quase sentiu-se culpada, mais uma vez lembrando-se da teoria de Chuck de que o irmão gostava dela. Mas Izzy decidiu que já tinha preocupações o suficiente na cabeça e aceitou o carinho e preocupação do amigo apenas. Não rejeitou os dedos nos seus. “ — Tenho... uma consulta. Semana que vem.” Fez uma careta. Não sabia se Chuck iria porque já não estava falando com ela quando Isobel a marcou. Não queria ir sozinha, isso era um fato. Ergueu a cabeça para Eli. “ — Would you like to come?” Arriscariam começar boatos, é claro, se os vissem juntos em uma consulta do tipo... será que deveria mesmo arriscar aquela história?