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JACS, 18 de junho de 2020

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JACS, Sexta-feira

Essa ultima sexta-feira, 26/06/2020, passada fiz uma visita objetiva ao centro na cidade para ver como estava o movimento durante a pandemia do Coronavírus e resolvi fazer algumas capturas.

Não houve um planejamento concreto ou alguma programação pra realização do projeto relâmpago “Sexta-Feira”, foi um completo acaso. Para começar o dia “muito bem” quase esqueci que tinha o dever de sair de casa e ir ao centro da cidade. Nos dias anteriores havia combinado com Ian que iria ao Centro para ver como estava a movimentação de pessoas na Praça Mauá, onde trabalhamos, e simplesmente esqueci. Mas na correria, saindo de casa tarde, deu tudo certo.

Como está a cidade?

É como se não fosse mais o Rio de Janeiro,

parece um estranho dia de domingo às duas da tarde onde tudo está fechado. Havia um certo movimento sim. Ruas como a Presidente Vargas e a Av. Rio Branco se encontravam com pedestres mas muito objetivos, talvez indo para o escritório ou para o ponto de ônibus. Não tinha momentos à toa na rua como normalmente tem, fumantes, rodas de conversa, etc. Já o cenário na Praça Mauá era esquisitíssimo! Praticamente não havia pessoas. O costume do local é sempre carregar muitos turistas atraídos pelo Museu do Amanhã e a vista direta para a Baía de Guanabara e se encontrava quase deserto.

O Carioca perdeu o amor a vida ou simplesmente precisa estar na rua?

Por mais que o movimento não estivesse tão expressivo como normalmente estava: Havia pessoas. Sim, haviam pessoas num ponto turístico, turistando em meio à uma pandemia. Dava para perceber que não eram de fato turistas mas moradores locais ou trabalhadores em horário de almoço. Havia também carrinhos de camelô vendendo suas bebidas e lanches, afinal, a pandemia parou o mundo mas não parou as contas.

Há pontos negativos e positivos

A cidade está bem diferente do habitual, movimentação rala, pessoas mais objetivas e até mesmo apreensivas com a diminuição repentina do transito nas calçadas. Trás toda uma sensação de vulnerabilidade e observação. Caminhar nas ruas pouco movimentadas que normalmente costumam ser entrega uma angustia. Fica claro que algo está errado. Por outro lado as ruas falam muito mais com quem tem um pouco mais de sensibilidade ou até mesmo quem está correndo menos na rotina Coronavírus. Percebe-se muito mais da rua, calçadas, esquinas, fachadas, becos e as pessoas. Entrega sim uma certa insegurança mas ela nos dá mais realidade pra quem observa. É bem mais fácil de conversar com a rua agora e ver o que tem a dizer do que normalmente. Todas as fotos foram postas no Behance, então, convido vocês à conhecer um pouco mais sobre essa conversa visual com a cidade.

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JACS, a logomarca

O nome JACS não veio por acaso. Houve uma longa construção inconsciente a partir de inúmeras conversas casuais.

JACS apareceu em meio a risadas, a brincadeiras e provocações sem nenhuma pretensão. Algo que me deixa completamente perplexa de uma forma muito positiva já que a logomarca veio a tona na minha cabeça lembrando das conversas que tinha com Giullia Romeira, justamente editando uma foto dela. Não foi por acaso. Mas também não foi um árduo processo de criação, pois simplesmente o nome veio até mim em meio ao turbilhão de ideias e conceitos que estava experimentando na época.

Mas o que significa JACS?

JACS é uma brincadeira gourmet do nome “Jacaré”,

uma favela na zona norte do Rio de Janeiro. Antes de se tornar JACS durante as brincadeiras e provocações JACS era “Jacquison”, “474″, “Jaca” e aos poucos isso foi se transformando no que é hoje. O processo não é algo que me recordo muito bem, porque foi tão orgânico e passível que parecia que JACS sempre esteve ali, era um nome no qual estava sempre em nossas conversas. O interessante é que o nome JACS trás todo o conceito no qual quero trabalhar minha fotografia. Mostrar o que há na rua ou nas pessoas dentro de um molde que é quebrado aos poucos, numa estética suave e agradável mas que ao mesmo tempo entregue o seu impacto. Gosto bastante no pensar dessa logomarca porque me anima a criar, me mantém inspirada e empolgada com a questão de produzir, sem ter medo de perder tempo e adorar errar na hora de criar, errar, errar e errar até conseguir chegar em resultados incrivelmente agradáveis pra mim. Enfim, surtos de Lua.

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JACS, o início

Ainda me encontro em várias dúvidas do que fazer nessa página.

Claro que a ideia principal ainda se mantém de pé, quero e desejo postar fotos nos quais contem um pouco mais da minha cabeça, mas acredito que criar um diário virtual também seja interessante; quem sabe compartilhar ideias e croquis. Hoje simplesmente topei em algumas lembranças sobre o Tumblr e de como usava minha antiga página. Olhei, olhei e olhei, e achei tudo muito engraçado. Desde a estética que usava até mesmo as postagens que compartilhava. Mas o que me deu a ideia de criar essa página foi a minha conexão com a fotografia desde sempre, talvez.

Logo pensei: “Por que não voltar para essa plataforma?”

Então aqui estamos!

JACS é um surto, uma ideia bem jogada em seu surgimento. Me veio a ideia de reeditar uma foto antiga em formato de capa de revista, que foi semeada em um projeto fotográfico que ainda quero realizar, então essa ideia por um nome ou talvez uma marca na minha identidade visual se tornou bem forte. Forte de uma maneira no qual eu quero estampar vetores por ai. Pensamentos como estêncil, adesivo, roupas personalizadas, etc. A estampa JACS torna um sonho de consumo pra mim. Enfim, surtos de Lua.

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