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Realmente... aquela era uma das memórias mais fortes que tinha do avô do ex-noivo. Sempre que podia estava comendo e, de uns tempos para cá, era somente a comida de Hyunsik que 'servia', o que deixava o rapaz feliz e também achava a situação levemente engraçada. Todas as memórias com o homem dava uma pequena dor no coração então imaginava como ainda poderia ser para Jungjae, mesmo que ainda achasse um absurdo o que ele havia acabado de falar, o que só juntava com o agradecimento em seguida. O ômega já estava negando com a cabeça antes mesmo de terminar de ouvir a frase.
"Você não tem que me agradecer de nada, eu não fiz companhia porque eu era obrigado ou porque ele precisava. Meus dias eram melhores quando eu estava com ele." Não iria confessar que era o senhor que lhe consolava durante os primeiros dias e quem o colocou de pé quando achava que não teria força para isso. Jungjae já estava visivelmente abalado e não achava que tal informação ajudaria de alguma forma. O segundos de silêncio serviram para que Hyunsik tomasse um pouco mais do seu chá esquecido e para sua sorte sabia muito bem disfarçar a surpresa e não cuspiu o líquido no belo rosto a sua frente quando ouviu o convite.
Desde que Jungjae retornou e os dois pareceram se tornar próximos mais uma vez que vem esperando por esse tipo de convite. De início, o corpo todo se aqueceu internamente e o coração deu uma pequena cambalhota, mas pareceu cair em uma piscina congelante ao ver que tinha algo errado. Ser tímido era algo do ex-noivo, mas sempre vinha acompanhado de um sorriso, de um carinho até mesmo no olhar. E olhando agora para ele, tudo o que conseguia enxergar era desconforto. Queria chorar. Ali mesmo, na frente dele e dos que estavam ao redor. Mas não o fez. Ao invés disso deu mais um gole em seu chá, engolindo o nó na garganta para conseguir responder sem transparecer.
"Depende..." Começou, voltando a mexer o lápis entre os dedos. "Se for com o intuito de se redimir por nunca ter me agradecido, então, com todo o pesar do mundo, terei que recusar." Sua voz não tremeu ao falar, o que sentiu como uma vitória. "Eu já disse, eu não fiquei ao lado do seu avô por nenhum tipo de obrigação e sim porque eu o amava tanto quanto você e foi uma honra ter a companhia dele durante esses anos. Eu desejo muito um momento com você, não vou negar. Mas se for por você se sentir culpado, eu prefiro passar." Murmurou, finalizando seu chá, deixando alguns segundos para que ele absorvesse suas palavras. Sentiu-se corajoso por agir assim, mesmo sabendo que poderia estar perdendo tudo de vez.
"Contudo, se a sua intenção for por desejar realmente a minha companhia, por ter um momento que não temos há.. bastante tempo..." Continuou, dando uma pausa para observá-lo. "Então eu estarei livre amanhã depois das 18h e então podemos jantar."
❝ nunca vi alguém que gostava tanto de almoçar quanto o harabeoji ❞ jungjae comentou, com aquele sorrisinho nostálgico que sempre vinha à tona quando falava do avô. era verdade. o velho costumava dizer que música e um bom almoço eram curas infalíveis — especialmente quando se podia dividir a refeição com quem se amava. jae podia quase ouvir a risada dele, rouca e calorosa, misturada com o som das panelas na cozinha e o eco de uma melodia sendo assobiada. ele estava prestes a mergulhar nessas lembranças quando sentiu o peteleco na testa. ❝ ai... ❞ reclamou baixinho, levando a mão até o local com um cenho indignado — embora a verdade fosse que não doeu.
mas era difícil. difícil porque, toda vez que hyunsik falava de momentos que tinha vivido com seu avô, jae sentia um nó no estômago. não era exatamente ciúmes — ele nunca duvidou do amor do harabeoji por ele, e muito menos do carinho que o velho tinha por hyunsik, que era quase como um neto também. o incômodo vinha de outro lugar. da culpa. porque a verdade, nua e crua, era que ele tinha deixado os dois. escolheu partir. escolheu seguir os próprios sonhos, subir nos palcos, lançar clipes, compor músicas. e, embora houvesse orgulho nisso tudo, havia também a constante dúvida: valeu mesmo a pena? às vezes, ele achava que não. porque o avô havia ficado doente e partido muito rápido. porque hyunsik ficou, e mesmo assim jae demorou demais para voltar. porque agora, mesmo com tudo que havia conquistado, ele ainda se sentia... sozinho e absolutamente perdido.
❝ acho que nunca te agradeci por ter feito companhia ao harabeoji enquanto eu estava fora ❞ a voz mais baixa, mais contida. era raro vê-lo assim, mas ele precisava fazer aquilo eventualmente. não era só por isso que queria agradecer, hyunsik tinha segurado sua mão e cuidado dele mesmo quando não precisava; e só havia ganhado mais decepção ❝ que acha de ir lá em casa amanhã? ❞ a pergunta veio tímida. houve um pequeno silêncio depois, carregado de palavras que jae ainda não sabia como colocar em ordem. ele hesitou, os dedos brincando com a borda da própria camisa ❝ nós podemos jantar e... ❞ ele pigarreou, desviando o olhar por um segundo. por que aquilo parecia tão estranho, se até hoje a digital de hyunsik ainda desbloqueava a porta da frente?
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O sorriso não deixava os lábios de Hyunsik, o que já era normal quando estava próximo do namorado. Com a frase melosa que recebeu, tudo o que fez foi dar uma risadinha e continuar comendo, não só porque estava realmente com fome, mas porque ele tinha feito. Mesmo se tivesse satisfeito, iria comer até o fim. Com a boca cheia, tudo o que pode fazer foi assentir com a cabeça e fechar os olhos e dar um sorriso fofo com o beijo em sua testa antes de o observar se afastar. Assim que estava sozinho, esticou-se para pegar o telefone e tirar uma foto do que restava do café e guardou em sua galeria antes de terminar.
Não sabia muito o que Jungjae queria fazer, mas definitivamente não ficariam em casa então deixou a bandeja em cima da cama antes de correr até o armário onde agora compartilhavam - vulgo Hyunsik deixando algumas peças para momentos como aquele - e ficou minutos para decidir o que iria vestir. Depois de escolhido, foi até o banheiro, fazendo uma higiene matinal e tomando um banho. Voltou para o quarto para se trocar, colocar os acessórios, ajeitar um pouco o cabelo, passar perfume e, quando sentiu-se satisfeito, sorriu de novo de frente ao espelho antes de pegar o celular mais uma vez e tirar uma foto própria dessa vez.
Foi até a cozinha com a bandeja na mão e chegou no exato momento em que o namorado retirava o avental. Deixou o objeto na mesa a tempo de aceitar a mão oferecida e deixar ser girado em seu próprio eixo, não deixando de rir. Ao voltar a olhá-lo, já estava negando com a cabeça, automaticamente os braços envolvendo o pescoço do mais velho, a aproximação trazendo uma sensação maravilhosa por todo seu corpo, o sorriso agora diminuindo, tornando-se um pouco mais sensual.
"É um segredo que nunca será revelado. Como você acha que eu te conquistei?" Brincou com ele, não dando espaço para que pudesse responder, aproveitando da proximidade para selar seus lábios em um beijo calmo, mas lascivo, entreabrindo a boca para que pudesse aprofundar o contato.
ㅤㅤ⋆ㅤ⠀›ㅤ⠀reminder . . . this is a flashback
o sorriso de jungjae se alargou ainda mais quando ouviu o elogio — e era claro como aquilo o deixava todo bobo, como se tivesse acabado de ganhar um prêmio de melhor namorado do mundo. primeira missão do dia: café da manhã decente. status: concluído com sucesso. ❝ viu? por você eu sou capaz de qualquer coisa ❞ declarou, pegando uma torradinha com geleia e mordendo, não por fome, mas só pra acompanhar o outro e agradar. já tinha provado tanto cada pedacinho enquanto preparava a mais que sentia que nunca mais conseguiria comer geleia e ovo de novo... mas se hyunsik estava comendo feliz, então tudo valia a pena.
enquanto o namorado aproveitava a comida, jae ficou apenas observando. aquele era o tipo de cena simples que ele queria guardar pra sempre. mas, pela primeira vez em muito tempo, decidiu ser prático. ou, pelo menos, tentar. suspirou teatralmente. ❝ jagiya, eu preciso organizar a cena de guerra que tá a cozinha… por que você não termina e se arruma enquanto isso? ❞ sugeriu com um biquinho manhoso — aquele que dizia "me convence a ficar" — ao mesmo tempo em que já se inclinava para dar um beijo carinhoso na testa do namorado antes de se levantar. ❝ eu planejei o dia perfeito, prometo não te deixar um segundo sozinho depois ❞ piscou para hyunsik, já se afastando, antes que desistisse de tudo só pra se deitar de novo e passar a manhã inteira fazendo absolutamente nada com ele.
atravessou o corredor com passos determinados, mas diminuiu um pouco o ritmo ao passar pela mochila encostada no canto. seus olhos pousaram ali e um sorriso ansioso se formou quase sem ele perceber. abaixou-se por um segundo, conferindo discretamente o pacotinho escondido no fundo, e murmurou para si mesmo: ❝ vai dar certo ❞ então seguiu até a cozinha, amarrou o avental com um laço torto e respirou fundo diante do caos que ele mesmo tinha causado.
jungjae terminou de lavar a última tigela com um suspiro triunfante. panelas limpas, pratos no escorredor, bancada brilhando. ele tirou o avental com um floreio dramático, dobrando-o e jogando por cima de uma das cadeiras com a leveza de quem merecia um troféu. ouviu passos no corredor, ergueu o olhar e ali estava hyunsik. o sorriso de jae surgiu automaticamente. ❝ wow ❞ ele assobiou, encantado. avançou dois passos rápidos e pegou a mão do namorado, entrelaçando os dedos antes de fazer ele dar uma voltinha. ❝ isso é algum tipo de mágica? ❞
quando hyunsik voltou à posição inicial depois da girada, jae o puxou de leve pela cintura, encurtando qualquer distância que ainda restava entre eles. seu nariz roçou o do outro antes que ele sussurrasse, num tom quase conspiratório: ❝ como assim você conseguiu ficar ainda mais lindo nesse tempinho que eu não te vi? ❞ os braços se envolveram ao redor de hyunsik como se já soubessem exatamente onde deveriam estar, e por um momento, jungjae esqueceu que tinham uma viagem, que haviam malas esperando, que o tempo passava.
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Hyunsik realmente não conseguia entender porque o ser humano tinha medo de uma ligação telefônica. A internet definitivamente facilitou muito as coisas hoje em dia, mas tinha certeza de que Chanhyuk tinha idade o suficiente para ter pego o momento em que grande parte da comunicação era através de um contato telefônico. "Sim, ligação." Afirmou, finalmente deixando o livro de lado quando percebeu que aquela não seria uma conversa simples e que a atenção do outro estava agora voltada para si.
Um sorriso fofo saiu de seus lábios ao vê-lo com a testa vermelha marcada pelo braço, mas não desfocou tanto assim, prestando a atenção no que o rapaz falava. "Isso não tem nada a ver. Ler mais ou menos não faz de você bom ou ruim com as palavras. O que é claramente seu problema é o nervosismo." Ergueu uma sobrancelha para ele, ousando em esticar a mão para lentamente fazer um movimento circular na testa dele, não apesar para tirar a região vermelha, mas também a dor de cabeça que ele parecia estar sentindo.
"Pode ser que suas palavras não soem naturais mas serão sinceras e é isso que importa. Uma mensagem não transparece nenhum dos dois." Insistiu, descendo o indicador pelo nariz dele e dando um leve toque na ponta antes de se afastar. A pergunta sobre a sua ligação em espera o pegou desprevenido e enrijeceu um pouco o corpo mas deu a ele outro sorriso carinhoso. "Estamos falando de você, não de mim. Você pode também mandar mensagem para se encontrarem... É uma pessoa especial?"
A verdade era que Chanhyuk estava esperando por algum tipo de reafirmação. Alguém que dissesse exatamente o que ele queria ouvir, porque então as palavras não sairiam da sua boca, o que automaticamente o desobrigaria de qualquer culpa por pensar demais. Por se importar demais. Por se preocupar demais. Por não saber lidar com nenhuma dessas coisas, provavelmente.
Um novo grunhido, comprido e sonoro, numa oitava diferente de desaprovação, se arrastou conforme Hyunsik foi respondendo e acabando pouco a pouco com a sua frágil esperança de se tornar um ser humano mais funcional. Tudo bem. Chanhyuk poderia se contentar em ser um objeto inanimado. Uma pedra. Uma planta. Uma–
“Uma ligação?” Ele resumiu, a mente voltando à realidade como se Hyunsik tivesse tomado o controle de súbito do volante metafórico dessa conversa e feito uma curva abrupta sem avisar, o jogando pra fora de eixo. “Não tem como eu fazer isso,” a reação foi espontânea, automática, assim como a voz que vibrou contra a mesa, longe de ser convincente. Existia algo cru nela, quase escancarado, quando Chanhyuk decidiu elaborar. “Eu não sou... Bom. Falando o que penso,” o que é engraçado, porque eu penso pra caralho, o tempo todo. “Sempre sai errado, acho.”
Eles não tinham aquele tipo de relação, de intimidade o suficiente pra compartilhar assuntos mais sérios que a problemática juvenil mais recente no BookTok, mas pelo visto Chanhyuk estava determinado a mudar isso. Ou talvez fosse só uma consequência direta da dor de cabeça incômoda despontando e a náusea residual embrulhando o estômago. De toda forma, ele suspirou, descruzou os braços, puxou o capuz de cima da cabeça e finalmente se virou, pronto a enfrentar qualquer expressão que Hyunsik tivesse no rosto.
“É mais fácil pra você,” Chanhyuk apoiou o cotovelo na mesa e a bochecha na mão, encarando. O cabelo ficou amassado, apontando pra todas as direções possíveis, e uma mancha vermelha foi lentamente aparecendo no meio da testa, onde antes estava apoiada nos braços. Era uma aparência meio ridícula pro tom da conversa. “Você tem todo um arsenal pra escolher,” os seus olhos desceram até o livro aberto entre as mãos de Hyunsik, depois subiram de novo, como quem queria provar um ponto. “Parece, não sei, natural quando você fala. Sincero. Meio direto também,” a realização o fez mexer inconscientemente uma sobrancelha. Então, mais cuidadoso: “Você... ‘Tá esperando por uma ligação? De alguém em específico?”
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Talvez fosse suspeito para falar das qualidades de Jungjae, mas no que ele realmente era bom era com as palavras, não era a toa que escrevia músicas que nem sempre resolvia publicar, mas não deixava de serem ótimas. Mesmo querendo brigar com ele, ouvi-lo dizer que queria ver seu sorriso já tinha quebrado qualquer argumento, o beijo veio apenas para enterrar de vez, no qual Hyunsik não se importou nem um pouco, apenas retribuiu, fechando os olhos brevemente e soltando um suspiro baixo quando ele se afastou.
Em outras circunstâncias teria segurado o namorado e prolongado aquele carinho que gostava bastante, mas não podia mentir que estava empolgado em provar do café da manhã. Assim que teve espaço, não hesitou em se ajeitar na cama, encostando as costas na cabeceira, as pernas esticadas e um sorriso enorme no rosto. Mesmo que estivesse ruim, Hyunsik estava feliz, principalmente pelo carinho dele em proporcionar tal momento, colocando até mesmo a jarra que usava com o próprio.
Uma risada escapou de seus lábios com a explicação e lembrança de tais acontecimentos e não hesitou em esticar a mão para tocar o rosto do namorado e fazer um carinho com o polegar. "Eu tenho certeza que sim." Tranquilizou ele antes de pegar uma das torradas com uma mão, a faca com a outra e passar a geleia de morango e mordeu. Seus olhos fecharam mais uma vez, agora para saborear o prato. Logo em seguida soltou a faca, pegou a colher e comeu um pouco do ovo que estava do jeitinho que gostava e sem nenhuma surpresa. Por fim, pegou o suco e bebeu, sentindo refrescante e doce. "Está tudo ótimo, yeobo, parabéns." Sorriu largo, inclinando para deixar um beijo na ponta do nariz dele e voltar para seu café, agora misturando a torrada com o ovo. "Vá, prove um pouco. Está realmente bom." Falou com a boca um pouco cheia, rindo baixinho.
ㅤㅤ⋆ㅤ⠀›ㅤ⠀reminder . . . this is a flashback
era engraçado como, depois de tanto tempo juntos, jung ainda conseguia sentir o coração bater rápido só de ver o rosto de hyunsik pela manhã. não precisava de muito — às vezes bastava um olhar sonolento, o cabelo bagunçado, a respiração ainda lenta pelo sono. ver o namorado daquele jeito o fazia lembrar, dia após dia, da sorte que tinha. como ele, com todos os seus defeitos e dramas exagerados, tinha conseguido alguém tão gentil, bonito e paciente como hyunsik?
foi com esse pensamento que abriu um sorriso largo, balançando os ombros num gesto animado e apaixonado. ❝ nunca está cedo demais pra ver esse seu sorriso ❞ murmurou antes de selar os lábios do outro, interrompendo qualquer possível reclamação matinal com um beijo preguiçoso, cheio de carinho ❝ sim senhor ❞ completou antes de deixar mais um beijo delicado no alto da maçã do rosto dele e sair de cima, permitindo que hyun se ajeitasse entre os travesseiros.
quando ele enfim estava confortável, jungjae pegou a bandeja que havia deixado sobre a mesinha e, com toda a expectativa de quem estava prestes a apresentar uma obra-prima, colocou no colo do namorado. seu sorriso era quase infantil, cheio de ansiedade e orgulho. ele tinha considerado fazer um café da manhã mais tradicional — arroz, sopa, acompanhamentos — mas sua habilidade culinária tinha limites muito bem estabelecidos.
❝ prometo que hoje não tem casca no ovo nem tá salgado demais ❞ disse, levantando as mãos como se jurasse e então, com uma careta divertida, acrescentou: ❝ também não tem açúcar no ovo, eu até provei um pedacinho pra garantir… dessa vez, acho que acertei ❞ ficou ali, sentado ao lado dele, esperando qualquer reação como se aquilo fosse a coisa mais importante do mundo. e, para jungjae, era mesmo.
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A pequena cesta que carregava junto a um pequeno sorriso nos lábios poderia indicar que Hyunsik estava em direção a um piquenique, mas não poderia estar mais errado. Tinha a manhã de folga e só precisava aparecer na casa de massagem mais tarde então aproveitou para aparecer em dos locais que adorava: a horta comunitária. Alguns conhecidos passavam e o rapaz cumprimentava e até parava para conversar um pouco até encontrar a plantação de manjericão; tinha pouco em casa e estavam precisando para cozinhar. Parou em frente as plantas procurando por um lugar vazio e assim que encontrou, foi até lá e agachou, não demorando a tirar uma muda de tomate cereja. Gostava de pegar algo e retribuir com outro para sempre estar o local abastecido, não só para si mas para os outros. Hyunsik botou um par de luvas, suas ferramentas na cesta e começou a abrir um buraco quando sentiu uma presença próxima a si. Sem virar, apenas respondeu. "Bom dia. Veio plantar também ou só pegar algo?"
Ou responde com um emoji que eu abro um starter baseado nele.
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Começar a noite sozinho e acordar acompanhado já era uma rotina no qual Hyunsik estava acostumado. Desde que começou a namorar Jungjae, tinha ciência da rotina de trabalho e não se importava. Na verdade, o ômega não se importava com muita coisa que era consequência do trabalho do outro pelo simples fato de que, no fim, era para os seus braços que o Dj voltava.
Remexendo-se de leve na cama, Hyun deitou de lado e esticou o dígito com a intenção de espalmar no peito do namorado, mas tudo o que encontrou foi o colchão macio. Por um momento chegou a abrir um olho e fitar o nada e pensou em levantar e ver se Jae estava pela casa, mas a preguiça falou um pouco mais alto e voltou a relaxar na cama. Mais 5 minutinhos, pensou e essa realmente foi a contagem até ouvir a voz dele e o peso atrás de si.
Seu disfarce não durou quase nada e logo Hyunsik estava sorrindo com os beijos, esticando o pescoço para que tivesse mais espaço para o carinho antes de virar e deitar de costas, os braços envolvendo a cintura. "Bom dia, yeobo." Roubou um selinho dele, o sorriso ainda maior. "Não está muito cedo pra você? Tenho certeza que não dormiu quase nada." Reclamou, observando as pequenas olheiras que se formavam abaixo do olho. Estava prestes a falar que não dormir fazia mal quando sentiu um cheiro gostoso de café da manhã, o que o fez esticar o pescoço e observar por cima dele por um segundo antes de voltar a encará-lo, agora com o carinho transbordando em suas feições.
"Você fez café da manhã pra mim?" Questionou. O ato do café na cama era comum por parte do alfa, mas ambos sabiam da falta de habilidade na cozinha vinda por parte de Jae e Hyunsik não se importava quando era comprado. Mas aquele ali era claramente feito e olhos brilhavam com a expectativa.
⋆ㅤ⠀›ㅤ⠀starter fechado com @jhsiik em casa ( flashback )
jungjae tinha dormido pouco — menos de quatro horas, para ser exato. o corpo ainda estava cansado da noite anterior, depois de mais uma longa jornada no trabalho, mas ele acordou naturalmente às 6h10. havia uma animação contida ali, entre as olheiras e o cabelo bagunçado. talvez fosse a expectativa do dia. talvez fosse o simples fato de abrir os olhos e ver o namorado dormindo tão profundamente ao seu lado, com aquele rosto calmo que o fazia sentir que tudo no mundo estava no lugar certo. por um segundo, só um segundo, jae pensou em não se mexer. pensou em ficar ali, enroscado naquele abraço quente, deixando o tempo escorrer devagar enquanto ouvia a respiração tranquila do outro. o cheiro dele era suficiente para fazê-lo suspirar; mas ele tinha planos e se conhecia o bastante para saber que, se ficasse mais cinco minutos ali, perderia o timing de tudo.
então se levantou em silêncio, vestiu-se fora do quarto, pegando as roupas já separadas no canto da sala. começou a organizar tudo o que precisariam para a pequena viagem até udo island — roupas leves, protetor solar, toalhas extras, um par de tênis confortáveis e, claro, o pacote especial. ele parou por um instante olhando para aquilo. estava dentro de uma caixinha discreta, embrulhada com carinho, e guardada no fundo da mochila. decidido, foi para a cozinha preparar o café da manhã. manteve as coisas simples: torradas douradinhas, um pouco de geleia de morango, suco de tangerina gelado e dois ovos feitos do jeito que o namorado gostava. jae sabia que não era exatamente um mestre na cozinha, então preferia não inventar. fez com calma, com amor e finalizou tudo com um toque que era geralmente hyun que fazia para ele: um vasinho com umas flores amarelinhas — mas que, diferente do namorado, ele roubou do quintal do vizinho da frente na maior cara de pau.
quando tudo estava pronto na bandeja, ele sorriu de leve. respirou fundo. era agora, só precisava não derrubar. voltou para o quarto com passos leves, equilibrando a bandeja com uma das mãos. o outro ainda dormia, virado para o lado, com o rosto meio escondido no travesseiro. ❝ ei, dorminhoco ❞ jae chamou, encostando o joelho na beira da cama e apoiando a bandeja na mesinha de cabeceira. ❝ hora de acordar ❞ sua voz era baixa, quase preguiçosa, carregada de carinho. ele se deitou de leve sobre o corpo adormecido. então começou a distribuir beijos lentos entre o pescoço e o ombro do outro, seus toques suaves e sem pressa.
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"Nesse caso a culpa não é nem um pouco minha." Deu de ombros, um sorriso pairando em seus lábios. Normalmente Hyunsik é uma pessoa simpática mas não muito sociável. A taça de vinho era o que fazia ele se soltar e sorrir com mais frequência.
Seus olhos continuaram ali focados na comida que realmente parecia maravilhosa enquanto ouvia o amigo explicaria como havia feito. Se Hunt não fosse um ótimo fotógrafo, diria para ele seguir a carreira de chef de cozinha, com certeza se daria bem. O hamburguer a sua frente estava pedindo para ser comido, porém ergueu a cabeça para fitá-lo e franziu o cenho. "Você não espera que eu coma sozinho né? Eu vou esperar você. Vai, faz aí." Indicou o cooktop, apoiando o cotovelo na bancada o rosto na mão, esperando.
— Tá, okay, okay, eu posso ter me expressado mal. Não ruim, talvez eu não tivesse prestando atenção o suficiente. — Hunt tentou justificar com o sorriso crescendo, alternando entre fazer as coisas no cooktop e se virar pra lavar as mãos na pia, depois secar no avental.
E quanto a ser comparado com aquele cara, Hunt também decidiu não comentar sobre. Ao menos não agora, a noite de filmes era justamente pro Hyunsik se distrair e, principalmente, se divertir. Então, seguindo com o hambúrguer, Hunt começou a tostar os pães na frigideira, descrevendo com muito orgulho o que eles iriam comer enquanto montava o prato.
— Pode se preparar para comer esse hambúrguer que eu mesmo fiz o blend, com os legumes salteados bem picadinhos, esse molho pesto de manjericão, picles de cebola roxa e bastaaante queijo. As batatinhas tão no airfryer, porque não pode faltar batata. — O primeiro hambúrguer montado e finalizado no prato foi empurrado pelo balcão na direção do mais velho, os olhos do Hunt até crescendo cheio de expectativa pra saber se tava gostoso.
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Será que tinha sido muito grosso? Ou sincero demais? Talvez não tenha utilizado as palavras corretamente... Era visível que Jungjae havia se afetado com o que dissera mas não foi sua atenção atacá-lo de qualquer forma. O tempo em silêncio deixava a situação mais angustiada para o ômega que chegou a abrir a boca e reformular sua frase, mas então o lindo som de sua voz apareceu e tudo o que fez foi assentir com a cabeça. Realmente eram... Até agora estava tentando lidar com fato de que talvez esse momento seja tudo o que eles seriam dali para frente: amigos conversando e tomando chá. Tal pensando fez uma dor incômoda passar por seu peito. Por mais que fosse maduro de aceitar tal destino, não significaria que não machucaria.
Aquele parecia o limite de se ter uma conversa profunda pois o silêncio reinou novamente e, dessa vez, Hyunsik não iria insistir. Em partes por querer dar espaço para Jae, mas também porque era ligeiramente covarde e não queria que acabasse ganhando uma resposta definitiva ali. Por esse momento voltou a rabiscar coisas aleatórias em seu caderno enquanto pensava em um modo de continuar aquele encontro de maneira mais leve. Não foi preciso, no entanto. Logo Jungjae retornou sua fala e parecia ainda mais transtornado que antes. Parecia... "Parece confuso?" Terminou a frase por ele. Inconscientemente, uma mão deslizou pela mesa, pousando na alheia que segurava o garfo e, de maneira sutil, deixou que seu aroma de camomila invadisse a conversasse, buscando acalmá-lo. Não sabia se ainda surtia efeito, mas valia a pena tentar.
A menção ao avô deixou um sorriso triste transparecer nas feições de Hyunsik. Sabia que não era da mesma forma que o outro, mas sentia falta do senhor que tanto o apoiou nos momentos em que só sabia existir. Foi quase possível ouvir a voz do patriarca na imitação de Jungjae, arrancando uma pequena risada de si. "E ainda sairia andando pedindo pelo almoço." Assentiu. As palavras a seguir o pegaram de surpresa e até mesmo o deixou um pouco sem graça, mesmo sabendo que ele realmente diria algo assim. O que veio logo depois, no entanto, deixou as feições de Hyunsik graciosamente irritada e com a mão livre, deu um peteleco na testa do alfa.
"Que frase mais absurda que eu acabei de ouvir." Reclamou, olhando sério para ele. "Seu avô tinha muito orgulho de ter você como neto. Ele me pedia quase todo dia para colocar sua playlist pra tocar e mesmo sem entender nada ele fazia um monte de comentário." A lembrança dos dois na varanda conversando veio de imediato, trazendo um sentimento bom no peito. "Ele só queria eu..." Fosse da família, era como iria terminar a frase mas não o fez, mordendo o lábio inferior ao invés disso.
jungjae podia sentir o peso do olhar. era o tipo de olhar que não precisava pedir uma resposta, mas que fazia seu peito apertar, como se cada segundo de silêncio fosse uma corda tensionando ao redor da garganta, implorando para que ele simplesmente falasse. mas ele escolheu algo mais evasivo. desviou os olhos, fingiu estar muito ocupado com o bolo. a resposta veio. simples. direta. cortante. e foi como se todo o ar tivesse sido empurrado para fora dos pulmões dele. jae se engasgou levemente, levando a mão à boca e tossindo baixinho, tentando manter alguma dignidade. tomou um gole de chá às pressas — que antes tinha um gosto reconfortante, mas agora parecia mais amargo, como se a água tivesse guardado ressentimento da chaleira.
não havia mais como escapar da sensação de estar despido ali, diante da frustração não dita de hyunsik. jae respirou fundo. os dedos brincavam com o anel no próprio dedo mínimo, girando o metal distraidamente, como se aquilo fosse lhe dar uma resposta melhor do que a sua própria cabeça. ❝ algumas realidades são mais difíceis de encarar ❞ disse, por fim, a voz baixa, mas firme o suficiente para não parecer um sussurro. não olhou de imediato. manteve o olhar perdido em algum ponto da xícara vazia. palavras assim não se diziam com facilidade, mas também não eram desculpas. era o mais próximo de uma confissão que conseguiria chegar naquela manhã.
jae odiava aquele tipo de silêncio — o tipo que o fazia se perguntar se havia dito demais, ou de menos, ou se o tempo todo estava apenas tentando proteger algo que já não existia mais. às vezes, hyunsik era uma lembrança. outras, era uma promessa que ele nunca soube se podia ou devia cumprir. o problema é que ele sempre parecia ser os dois ao mesmo tempo. por isso, jungjae demorou um pouco mais antes de continuar. era como se a própria garganta, apertada pelo peso de tudo que não conseguia dizer, resistisse a liberar as palavras. mas, uma vez que elas começaram a sair, fluíram como um rio estreito e torto, carregando cansaço e saudade.
❝ nada tem feito muito sentido ultimamente ❞ ele disse, finalmente levantando o olhar, ainda que por um segundo apenas — tempo suficiente para reconhecer a sombra de preocupação nos olhos de hyunsik, tempo suficiente para desejar não ter dito nada. voltou a encarar a xícara, agora quase fria. ❝ antes eu achava que sabia o que tava fazendo, sabe? eu tinha um plano... um lugar. uma direção. agora... ❞ eu só sinto que estou perdido. não sei se eu devia continuar aqui em jeju ou se devia voltar pra vida que construí. também não sei se aquilo ainda é pra mim ou talvez eu só esteja cansado demais pra tentar descobrir — mas ele não falou nada disso.
❝ se o harabeoji estivesse aqui... ❞ jungjae sorriu de lado, mas não havia alegria ali — só aquele tipo de saudade que fazia o peito doer devagar. o sorriso era um reflexo pálido do que já fora, um gesto automático de alguém que se acostumou a disfarçar falta com humor ❝ ele provavelmente diria alguma coisa completamente aleatória, tipo… se você não sabe se tá no caminho certo, para de andar e toca uma música até descobrir ❞ a frase soou com a entonação exata do avô: meio absurda, meio genial. o tipo de coisa que jae sempre escutava rindo, mas acabava pensando sobre por dias depois. ❝ ou ele me diria pra escutar você ❞ ele deixou o silêncio se acomodar por um instante antes de voltar a olhar hyunsik. um novo sorriso se desenhou, pequeno, mas muito mais sincero que o anterior ❝ às vezes eu achava que ele preferia que você fosse o neto dele ❞
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Com uma taça de vinho em mãos, Hyunsik caminhava lentamente pela sala, observando cada detalhe que deixava a casa de Hunt única. Um porta retrato com a foto do rapaz lhe arrancou um sorriso pois era a única exposta ali que não era profissional. Encarou por alguns segundos antes do cheiro da comida lhe enfeitiçar e fazer virar na direção da cozinha e caminhar até um dos bancos, tomando um gole de seu vinho.
"Ei, eu perguntei se você queria escolher o gênero. Você disse que poderia ser qualquer um." Respondeu, devolvendo com um dar de ombros simples. Hyunsik possuía um carinho por filmes antigos e ouvir que Conduzindo Miss Daisy era um filme ruim doía mais do que podia imaginar. "Sim, você roncou do meu lado. Mas não é como se eu não estivesse acostumado. Você ao menos durou uma hora, o Jung não durava nem vinte minutos."
As palavras saíram com tão suavidade de seus lábios que só percebeu quando já tinha falado. Pigarreou brevemente, dando mais um gole em seu vinho, olhando para o cooktop e as bancadas. "Enfim, vai me dizer o que você está fazendo?"
a closed starter with @jhsiik ; movie night.
A cozinha do Hunt era daquelas abertas e com cara de que se você tirar um saleiro do lugar, ele iria perceber. O cooktop ficava na ilha no centro do cômodo, porque ele gostava de ter bastante espaço pra cozinhar, e a ilha também tinha uma sessão de balcão com os bancos altos, assim dava pra cozinhar e conversar de boa com as visitas ao mesmo tempo.
Com os cabelos presos e o avental de kiss the cook, ele tava no processo de selar os hambúrgueres e terminar de preparar o molho, porque os vegetais ja estavam picados, e os pães brioche esperando para tostar na frigideira no final. Mesmo sendo um lanchinho simples pro filme, Hunt cuidava de cada detalhe pra ser mais especial. Podia ser só ketchup, mas ao invés disso ele fez um molho com especiarias. Podia ser só um alface, mas ele salteou legumes e pegou o picles de cebola roxa também.
— Hyung, aquele último filme que você escolheu, não é por nada não, mas foi meio... ruim. — O sorrisinho apareceu quando ele virou as carnes na frigideira, pressionando com a espátula. Não tinha maldade nenhuma na frase, pelo humor na voz do Hunt também. — Eu dormi no final? Eu não lembro o que aconteceu. Só que hoje é minha vez de escolher, e eu não quero decepcionar.
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O dar de ombros já era o sinal de que as coisas não estavam certas e por isso a fala do mais velho não surtiu efeito nenhum em Hyunsik que continuou encarando o ex-novio, esperando pelo resto. Era um golpe baixo que anos atrás Jungjae reclamava por acabar não resistindo e ali estava Hyun recriando, mas por um bem maior. Vê-lo e senti-lo angustiado o deixava da mesma forma e cuidar dele sempre vai ser a prioridade do massagista.
Acenou com a mão em direção ao bolo em uma forma de deixá-lo saborear, mesmo que já estivesse a caminho disso, o que tirou um sorriso maior de Hyunsik, automaticamente empurrando de leve o pires para mais perto dele. "Pode ficar. Eu sabia que você ia gostar mais do que eu." Respondeu, girando o lápis entre os dedos.
Em algum momento Jungjae iria ceder, o rapaz tinha ciência disso. Contudo, estava esperando algo relacionado ao seu avô ou até mesmo o trabalho no nightclub, mas não uma pergunta profunda como aquela e que mexia não só com ele mas com Hyunsik também. Não era preciso responder a pergunta porque tinha certeza de que ele sabia a resposta. Estava em todo corpo do massagista que até mesmo se ajeitou de leve na cadeira para continuar a conversa. Queria poder gritar algumas palavras a direção do ex-novio mas não seria justo então simplesmente começou a rabiscar coisas aleatórias antes de responder. "Talvez seja porque não seguiu em frente de verdade, apenas fingi que sim para não enfrentar a realidade." Então voltou a encará-lo. Tinha feito questão de não incluir nenhum pronome para demonstrar que tal frase servia para qualquer um dos dois.
era engraçado — talvez irônico — ouvir hyunsik falar sobre conforto. porque, pra jae, bastava ouvir aquele apelido saindo da boca dele pra sentir os ombros relaxarem, como se a pressão do mundo inteiro se dissolvesse por um segundo. a presença de hyun era um paradoxo: deixava sua pele elétrica e, ao mesmo tempo, sua mente em silêncio. era alerta e aconchego. era o nó e o laço. ele respirou fundo, tentando escolher as palavras certas, mas o corpo respondeu antes da mente. deu de ombros, mesmo que não precisasse disfarçar com ele. ❝ tem dias que já começam mais difíceis ❞ foi só o que disse, porque explicar o resto era mais complicado.
às vezes, ainda esquecia que o avô se fora. pegava-se pensando em contar a ele alguma coisa — uma música nova que descobriu, uma reforma que queria fazer na loja, uma fofoca qualquer. às vezes, fazia comida demais, colocava dois pares de hashis na mesa. e, pra piorar, a psicóloga insistia que ele precisava pensar no que queria pra si. futuro. planos. palavras grandes demais pra alguém que só queria respirar direito. mas ele não falou nada disso. apontou para o bolo sobre a mesa com o dedo indicador, como se estivesse falando de um assunto seríssimo. ❝ posso? ❞ a pergunta era mais educação do que necessidade. jae já sabia a resposta. hyunsik quase nunca lhe negava coisas simples, especialmente doces. sem pensar muito, puxou a colher já usada, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo, e pegou um pedaço pequeno. os olhos brilharam antes mesmo do sorriso vir. ❝ acho que hoje tá especialmente doce ❞
ficou ali, um tempinho, só olhando pro prato, pro bolo, pra colher. talvez pra não encarar hyunsik diretamente — ou porque, se olhasse demais, poderia acabar dizendo mais do que devia. mas então, depois de engolir, ele girou levemente a colher entre os dedos e finalmente levantou o olhar. ❝ você já... ❞ fez uma pausa. franziu um pouco o cenho. recomeçou: ❝ você já sentiu que tá andando sem sair do lugar? tipo… você faz as coisas, segue em frente, mas parece que só tá fingindo movimento, sabe? ❞
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A ansiedade dominava o corpo de Hyunsik durante os segundos antes do toque do sino. Ficava difícil saber se a marca ajudava ou dificultava toda a questão de 'vamos tentar ser amigos', mas nada disso importou no momento em que sentiu o cheiro familiar adentrar suas narinas e todo seu corpo relaxar de imediato, até mesmo a maneira de sentar. Os lábios, no entanto, foram os únicos que precisaram ser contidos a fim de evitar um constrangimento de gemer baixo de satisfação.
Precisava se concentrar. Demonstrar que nada mais passava do que um encontro casual entre os dois. A aproximação pode ser sentida, mas manteve seu rosto no desenho até a cadeira da frente ser ocupada, então ergueu para lhe dar seu sorriso de sempre: sem abrir os lábios e um pouco de canto. "Bom dia, Jun." O apelido foi a forma que encontrou de não chamá-lo por nomes fofos de casal mas querendo se manter diferente dos outros. Deixou o caderno um pouco de lado para observar a reação diante do chá escolhido, as orbes brilhando em expectativa e depois em excitação ao saber que, mais uma vez, tinha acertado. "Senti que talvez um pouco de conforto e felicidade fosse uma boa pedida." Respondeu, ele mesmo tomando seu próprio chá. "Aliás... Tem algo lhe incomodando?" Não era preciso dizer que ele sentia através da conexão, mas não era só isso. Era um dos poucos que poderia dizer que conhecia mais Jungjae do que a si mesmo.
jungjae amarrou os cadarços com calma, o fone pendurado no pescoço e uma playlist instrumental baixa tocando só pra enfeitar o silêncio da manhã. optou pelo caminho a pé até a casa de chá — mesmo que o metrô fosse mais rápido. o passeio tinha virado hábito e, como todo hábito, carregava um ritual. cada passo, cada esquina dobrada, cada folha caída nas calçadas familiares. e, claro, cada pensamento que insistia em surgir. não importava o quanto tentasse evitar, sempre que se dirigia pra lá. hyunsik ainda ocupava espaço demais na mente. a expectativa de vê-lo era uma presença silenciosa, quase teimosa. ele repetia constantemente: era só o costume, só a nostalgia. a verdade é que, quando você conhece alguém até os detalhes mais pequenos, o silêncio entre vocês nunca é simples. jungjae e hyunsik haviam decidido não fingir que eram estranhos. isso parecia mais saudável. mais... gentil.
o som suave do sino tocou quando empurrou a porta, e ele manteve o olhar longe das mesas com esforço treinado. focou na caixa. ❝ olá, noona ❞ o sorriso veio fácil quando a atendente — sempre simpática — respondeu do mesmo jeito de sempre, e eles trocaram algumas palavras. ‘já levo o seu na mesa, tá?’ disse a mulher. ele arqueou uma sobrancelha, fingido, como se não pudesse sentir que o ex-noivo estava apenas a alguns metros de distância. ❝ eu nem pedi nada ainda... ❞ ela só riu, como se fosse um segredo entre os dois, e indicou algo com o olhar. jae seguiu. e lá estava ele. hyunsik. aquela luz da manhã que passava pelas janelas fazia as coisas ao redor parecerem quase etéreas, mas não precisava de muita iluminação pra jae notar como o ex-noivo continuava absurdamente bonito. às vezes, achava até injusto. ele balançou a cabeça, afastando o pensamento como se sacudisse as palavras para longe, e se aproximou devagar. parou alguns centímetros atrás, observando a mão que segurava o lápis, a leveza dos traços, a concentração no rosto.
e foi aí que sentiu o coração fazer aquele movimento estranho. respirou fundo. não podia se permitir ser derrubado por uma mão segurando grafite. então caminhou até a outra ponta da mesa, sentou no próprio lugar. ainda era “a mesa deles”. e, talvez, por isso mesmo... ❝ bom dia ❞ a voz saiu num tom entre o formal e o familiar. ❝ o que será que você pediu hoje? ❞ a pergunta foi acompanhada de um olhar risonho, como se já soubesse a resposta. a jovem apareceu segundos depois, colocando o chá em sua frente com precisão quase ensaiada. ele puxou a xícara e a cheirou antes de provar. ❝ oh, boa escolha ❞ e sorriu — porque hyunsik sempre acertava o que ele precisava.
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Saber aproveitar mas com moderação era algo que Hyunsik sabia dominar com maestria. O baile de máscara foi um evento maravilhoso e o rapaz soube utilizar da dose certa para se divertir entre beber, dançar e aproveitar de boas conversas. Era por esse motivo que, em uma plena tarde de domingo, Hyun estava ótimo, sentado em uma cadeira mais afastada da sessão de autoajuda para ler seu livro com calma e sem ser incomodado. Ou pelo menos era isso que esperava.
A presença pode ser sentida antes mesmo de ouvir o ranger da cadeira, mas a cabeça não se ergueu. Não era preciso pois só havia uma pessoa que abordava Hyunsik a qualquer momento. Esperou a conversa aleatória chegar, mas ela não veio. Ao invés disso, o jeito como se remexia indicava que algo o incomodava, o que não era normal. Ao primeiro chamado, o rapaz finalmente ergueu a cabeça para observar o amigo, permanecendo em silêncio durante a tentativa de explicação. Poderia até implicar com ele, mas era visível o quanto Chanhyuk estava angustiado e não era de piorar a situação.
"Eu acho que eu ligaria. Mandar mensagem é atencioso, mas frio. Fora que a pessoa pode não interpretar suas palavras de maneira correta. Ouvir a voz é reconfortante e deixa claro o quanto você está arrependido." Finalmente respondeu, olhando agora para o capuz do outro. "Se eu fosse a outra pessoa..." Parou um momento, voltando a atenção para o livro e deixando absorver aquela pequena frase que o atingia de diversas formas diferentes. "Eu ia gostar de ter meu espaço.. mas uma ligação no final do dia seria bom."
@jhsiik reagiu 😵💫 + reverse para um starter !!
A biblioteca estava silenciosa e vazia àquela hora da tarde. Claro, era domingo, mas não qualquer um – era o dia depois do Baile das Máscaras e Chanhyuk supôs que grande parte do bairro havia se recolhido pra se recuperar da noite anterior. Ele deveria ter feito o mesmo, alguma parte remotamente consciente da sua cabeça apontou, mas ao invés disso estava gastando tempo esparramando numa mesa de canto, aos fundos, perto da seção de autoajuda.
Que pertinente.
Hyunsik ocupava a cadeira ao seu lado, parecendo muito entretido com a sua mais nova obsessão – um livro grosso com letrinhas minúsculas que Chanhyuk tentou ler por cima dos seus ombros e desistiu depois de dois minutos. Achou mais interessante ficar ali, metade sentado metade deitado por cima da mesa, batucando inconscientemente os dedos num tique nervoso enquanto a sua atividade cerebral gradualmente diminuía a zero. Num dia normal, Chanhyuk teria puxado conversa de elevador aos sussurros ou passado o celular aberto com algum comentário no bloco de notas, mas agora tinha alguma coisa o incomodando, coçando o fundo da sua mente.
“Hyunsik-ah,” ele chamou, quando o silêncio se tornou insuportável demais pra aguentar. Cruzou os braços e deitou uma bochecha no vão entre eles, o rosto virado na direção da sua companhia. “Supondo que você… Fez algo errado. Com alguém que você se importa,” uma pausa pra coletar os pensamentos, engolir a secura da boca. “E depois tentou consertar a situação, mas não tem certeza se funcionou ou não,” outra pausa, as sobrancelhas se juntando naquele seu hábito de sempre, como se raciocinar fosse algo genuinamente penoso. “Você… Uhm. Você mandaria mensagem pra essa pessoa? Só… Sei lá. Pra se certificar?” Chanhyuk terminou, meio sem reação, processando com atraso o que escapou da sua boca.
Nem deu tempo de escutar nenhuma resposta e o seu rosto virou pra se esconder entre os braços, um grunhido derrotado ressoando através da massa de capuz de moletom e cabelo bagunçado que ele acabou se tornando. “Urgh. Quer saber, deixa pra lá. A minha cabeça vai explodir.”
Ok. Talvez Chanhyuk precisasse mesmo de ajuda.
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Na casa de chá com @alfadjae
Naquele dia em específico, Hyunsik havia se dado uns momentos de folga. Em qualquer outro dia, o rapaz já estaria em sua casa de massagem, administrando o local e observando de longe se sua tia estava exagerando no trabalho ao invés de abrir a porta da casa de chá com um sorriso nos lábios para os funcionários já o conheciam muito bem, afinal, há alguns anos que o estabelecimento era como um point para o ômega e... bem, só para ele agora.
"Bom dia." Disse com um sorriso nos lábios para o caixa, não hesitando em pedir o blend doce, um que se tornou seu favorito recentemente, e um bolo simples. A mão foi automaticamente para a carteira pagar quando parou e pensou. O braço esquerdo se ergueu e ao olhar para a hora, uma sensação de ansiedade passou por seu corpo no qual conhecia muito bem. Com um suspiro, virou docemente para a caixa novamente. "Poderia acrescentar um blend solar ao pedido? E se puder começar a fazê-lo daqui uns vinte minutos, por favor? É para outra pessoa." Hyunsik tinha quase certeza que a caixa até mesmo sabia para quem era, com o sorriso que deu. Aquela não era a primeira vez que fazia tal coisa e provavelmente não seria a última.
Agradeceu depois de pagar e foi até a sua mesa de sempre com seu pedido, aproveitar o sol que entrava com pequeno sorriso nos lábios. Ajeitou o chá, o bolo e seu caderno de desenho ao seu redor e não demorou a se concentrar no hobbie que sempre lhe trazia uma certa paz e conforto. Sentimentos esse que, naquele instante, não era mais transmito pela folha e o lápis e sim por quem se aproximava da casa de chá.
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ABOUT ME
CHA EUNWOO? até que parece, mas não é. aquele é JIN HYUNSIK, classificado como ÔMEGA. ele tem TRINTA ANOS e é natural de JEJU, COREIA, mas atualmente está residindo aqui perto em JINJUSEONG. atualmente, trabalha como DONO DE UMA CASA DE MASSAGEM. dizem que é muito ORGANIZADO e CASEIRO. e também pode ser INDECISO e TEIMOSO, acredita? mas quando passa, deixa para trás aquela essência de ESSÊNCIA DE CAMOMILA COM NOTA DE ALCAÇUZ que é difícil ignorar.
HEADCANONS
Não há ninguém na ilha que não conheça o rapaz. Nasceu, cresceu e viveu boa parte de sua vida em Jeju e é onde mais se sente feliz. Desde pequeno sempre teve um sorriso gentil nos lábios e uma personalidade prestativa, querendo sempre ajudar e fazer o que fosse necessário para ajudar ao próximo, ao contrário dos pais que nunca lhe deixaram faltar nada, nem mesmo carinho, mas tinham uma pequena tendência a querer pensar grande, tanto que, quando tiveram a oportunidade, foram morar longe da ilha, deixando o rapaz com a tia.
Foi com ela que Hyunsik aprendeu a cuidar do bem estar de terceiros com técnicas de massagem. A mulher, que trabalhava com isso, o fez tomar gosto e querer aprender, por isso o rapaz se formou em fisioterapia, se especializou em quiropraxia e ainda fez alguns cursos de massagens. Com o dinheiro que recebia dos pais, juntou para abrir um estabelecimento com a tia e é dessa forma que ganha a vida. Hoje em dia é apenas o CEO e comando tudo, mas gosta ele mesmo de atender de vez em quando.
Para não dizer que só viveu em Jeju, Hyunsik saiu pelo mundo, viajando para alguns países acompanhado do relacionamento que tinha. Estava bastante apaixonado e achava que formariam uma família junto, mas chegou um momento que o rapaz sentiu que nunca seria prioridade na vida do parceiro e decidiu terminar mesmo cheio de sentimentos. Por esse motivo, Hyunsik ainda é um pouco fechado quando o quesito é amor. Acredita estar feliz com o trabalho e morando em Jeju do que procurando um companheiro.
마음의 향기 (Maeum-ui Hyanggi)
Hyunsik é dono do Perfume da Alma, uma casa de massagem e quiropraxia em Jeju. Um local amplo, quase como uma casa de spa, com espaço para divisão de classificação caso alguém não se sinta confortável em ficar relaxado perto de outro, mas com também a área em conjunto. Possui preços acessíveis para todos e ele vive fazendo promoções. Sua tia, que já era uma massagista conhecida na cidade, também trabalha por lá, mesmo a contra gosto dele.
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