Tumgik
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Corrida de bicicleta
O post de hoje é uma historinha meio charada. Ao final eu vou propor um joguinho para entendermos alguns conceitos, ok?! Vamos lá?
Na minha "infanciadolescencia", a família se reunia na casa dos meus avós, em Praia de Mauá- Magé. Eu tive a sorte de conviver com muitos primos e esses encontros eram sempre animados! O local da casa dos meus avós também nos proporcionava uma vivência diferente dos bairros em que morávamos: sempre teve cana-de-açúcar pra chupar e assobiar, couve e outras hortaliças, uma casa na árvore (que só cabiam duas bundas - essa eu conto depois) e um bairro inteiro de ruas sem muito movimento de carro, ainda no barro, para serem exploradas! Foram muitas aventuras!!!
O episódio de hoje especificamente se refere ao rally de bike disputado pelos primos. Lá na minha avó tinha bicicleta velha estilo mountain bike (aquela aro 14, sucesso nos anos 90); tinha uma bicicleta Ceci (que tinha cestinha) e uma outra bicicleta aro 18 com marchas. Iam disputar o rally seis pessoas, então decidimos que seriam duas rodadas, 3 primeiro e 3 depois. A família se envolveu e tratou de providenciar 2 medalhas, uma para o vencedor de cada etapa. No sábado, os 6 participantes foram juntos mapear o trajeto da corrida, uns à pé e outros na bicicleta. Meu irmão, que já tinha um senso de planejamento aguçado (hoje ele é engenheiro civil) levou um caderno pra desenhar as ruas. Meu primo 1, muito engenhoso, buscava ruas em que tivesse algum grau de dificuldade, uma subida inclinada, uma descida tortuosa, etc. E assim vivenciamos juntos esse momento de planejamento com muito excitação! Uau, vai ser demais!!! Só que choveu de sábado pra domingo, aí ficamos preocupados de ter que cancelar, pois o caminho devia estar escorregadio e lameado. Meu primo 1, o engenhoso, tratou de sair de bicicleta pra verificar as condições do trajeto e retornou com a notícia de que era possível fazer a corrida. Com o aval da minha avó, que já praticava o "se sujar faz bem" muito antes da propaganda do sabão em pó, a alegria voltou e já estávamos lá todos animados novamente. Então, demorouuuuu, boraaaaaa. Primeira bateria - O primo 1, meu irmão e o primo 2. O primo 1 ficou com a bicicleta aro 18 com marchas (última geração), porque pertencia a ele e ao irmão dele. Nada mais justo, ué? A melhor bicicleta, com mais recursos, ficando com o seu dono. O meu irmão ficou com a mountain bike velha, cacarecada, mas se ele escolheu, o fez muito na emoção, porque essa sempre foi a bicicleta preferida dele (rs). E o primo 2 ficou com a Ceci, que até podia ter cestinha de mulher, mas era um aro maior que a mountain, deveria haver vantagem nisso.
Resultado da primeira bateria - Aro 18 ganhou, Ceci em segundo e mountain bike por último.
Segunda bateria - O irmão do primo 1, que eu vou chamar de primo 3, ficou com a melhor bicicleta, porque a bicicleta era dele e o do irmão. Justo, ué?! O primo 4, escolheu antes de mim é ficou ali, pensando, pensando, a Ceci ou a mountain velha, até que optou pela Ceci, sobrou a mountain velha pra mim, a única menina na disputa.
Bem amigos da família do firifinfim, vai começar a segunda bateria da bikefamily, eles estão ansiosos, eles estão nervosos, as outras crianças gritam, adultos também torcem e avó está ali, na cadeira, observando essa bagunça, ela ama essa família, pega essa emoçãoooo, aguenta coração! O tio dá aquela assobiada de estremecer os ouvidos, eles saem, vai primo 3, vai que tua bike é boa, sai disparado, a mãe viiiiiibra, corre o primo 4, tá de Ceci, mas tá com raça, vai a menina, tá por último, mas é guerreira, nem deve ganhar né?! Só está pelo prazer de participar. Essas disputas em família são muito educativas. Mas a menina é aquilo, grandona, desengonçada, nem devia disputar, ela é café com leite. Na descida tortuosa, primo da Ceci se embola e a menina ultrapassa. Na reta final, chegando perto do primo 3, ele percebe a aproximação, tenta mudar a marcha da sua bicicleta, no nervosismo puxa a marcha pesada, vôperderpramenina?!, éruimhein?!, a marcha pesa, ele faz força, tenta mudar, a bicicleta não responde, cai perto do portão, a menina passa e ganhaaaaaaaaaaa essa disputa eletrizante!
Momento pódio - Primo 1, parabéns, muito esperto, tu viu? Foi na frente, já sabia o trajeto, com a melhor bicicleta, esse é meu garoto, essimininuvailonge!
Primo 3 chora inconsolável, grita, esperneia, argumenta, caiu já no portão, não tem árbitro de vídeo nessa época. A menina tá ali, sentadinha, esperando sua medalhinha, olhinho brilhando, caracaaaaa, sua primeira medalha, uauuuuu, venceu os meninos na frente da família to-da, tum, tum, tum, tum, tum, tum, tu, tu, tu, tu, tuuuuuuuuu, ttttt, ...
Jojo, vc é uma menina muito boazinha, você não se incomoda de dar a medalha pro seu primo não né?! Ele é menino, é importante pra ele, ele só caiu, porque a bicicleta atrapalhou, ele estava na frente, ele ia te ganhar. Você entende né, querida? Tio paga uma coca pra você depois.
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Eu nem peguei medalha, nem coloquei no pescoço, mas eu vi no pescoço do outro e recusei a coca-cola.
Chegou até aqui leitor? Vamos de game?! O que é justiça? O que é mérito? O que é hierarquia? O que é igualdade de oportunidades?
Eu queria acabar enigmaticamente, deixar vocês pensando, mas eu vou fazer minha análise e espero receber a de vocês de volta.
Igualdade de oportunidades - todos conheceram, desenharam e delimitaram o trajeto juntos. Seria também no momento em que todos tivessem bicicletas nas mesmas condições, ou seja, todas mesmo aro e mesmos recursos. Dessa disputa, o vencedor seria por mérito próprio, certo?
Justiça- A melhor bicicleta com seus donos? Errado! Justiça seria se, sabedores das diferenças entre as bicicletas, os participantes se submetessem a um sorteio. Fator sorte! Não sei?!
Equidade, talvez, se observassem as capacidades individuais de cada criança. Quem tem menos recursos pessoais, melhores bicicletas, quem tem mais recursos, piores bicicletas, equilibrando as condições da disputa.
Ainda no campo da justiça, eu já sei que não é justo, mas vou escrever pra reforçar: foi justo o adulto interferir no momento em que seu filho perde? Foi justo o adulto pressionar a criança a ceder a sua vitória pra não frustrar o outro? Foi justa uma preocupação com a autoestima do menino em relação à disputa, colocando a menina numa subcondição? Houve prevalência de uma hierarquia do menino sobre a menina?
Para finalizar... "Essas disputas são tão educativas para as crianças". De fato, o são! E eu abri essa ferida de uma história que me marcou negativamente dentro da minha própria família pra gente problematizar. A família não está isenta da reprodução de estigmas, preconceitos, uma ordem social que privilegia uns em detrimento de outros. Então, para com essa ideia que a família é a pureza da flor! Não é pureza, porque somos humanos, seres sociais, vivendo segundo normas sociais. O que é soberano na família é sentimento! Entretanto, até dentro da família a gente precisa refletir sobre os papéis que desempenhamos.
Como é que isso fica pra menina que, a partir dessa vitória, poderia ter desenvolvido super gosto por esportes radicais? Essa menina nem joga ping- pong. Essa menina "odeia" disputas, não entra em disputa consciente, porque no seu inconsciente ela pensa que não é capaz ou ela sabe que vai ser passada pra trás.
Recado do coração aos adultos - participem com olhos atentos, mas não interfiram na resolução das crianças! Se tivessem aberto uma plenária com as crianças, a decisão de quem fica com a medalha seria mais justa! As crianças tem mais senso de justiça, porque ainda não estão suficientemente impregnadas de valores hierárquicos, preconceituosos e paradigmáticos, instituídos no coletivo.
E agora, vamos conversar?
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Coisas de mãe
Eu não sei a mãe de vocês, mas a minha é estilo "lição de moral". Ela nunca, nunquinha, nunca mesmo, NUNCA perde a oportunidade de chamar a atenção, digo, nos levar a uma reflexão sobre as coisas certas e erradas da vida, principalmente as erradas né mores?! Pois bem, vamos levando, desenvolvendo um amplo repertório de fuga ao menor sinal de falatório. Mas desta vez aconteceu uma coisa inédita: eu não precisei falar nada, só observei e ri (ri calada, ri pra dentro, porque mãe odeia deboche!).
Estávamos no carro, ela assistindo ao repertório matinal de vídeos do whatsapp que inclui bons dias fofos, cachorros dançarinos, crianças bochechudas, tudo que se possa imaginar relativo a Deus e piadas que não tem a mínima graça. Eis que ela abre um vídeo com uns 4 rapazes segurando cascos de cerveja. Naqueles 2 segundos em que o vídeo carrega (15 minutos se você for TIM pós) ela já me olha de rabo de olho e murmura:
_ Não sei o que vocês vêem em cerveja, eu não acho...
Carregou, grazadeussss! Ufa!
Começa a música e ela se vira pra assistir. Daí só vai soltando:
_ Ah, olha...
_ Interessante hein?!
_ hi, hi, hi ... essa música é famosa, né?!
_ Que talento, viu?!
_ Ô filha, olha, são uns gatinhos!
_Hummmmmm (e pisca pra mim).
É, meus caros, salvos do sermão do dia pelos jovens ga-a-tos e talentosos que tocaram Moonwalker no casco de cerveja! Parabéns pelo trabalho!!!
É coisa de mãe achar que o filho nunca escuta o que dizem, mas nos momentos certeiros é cada voz de mãe que ecoa dentro da gente que chega a arrepiar! E viva mamita, dos dias em que reviro os olhos aos dias em que sorrio (pra dentro e pra fora) é sempre uma benção poder escutá-la. 😍
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Lei do Retorno
Lei do retorno é quando você tá lá, reclamando, falando, reclamando, falando, reclamando, falando, aí sua amiga vira pra você e diz:
_ Você lembra do conselho que me deu?
E você tipo:
_ Hã. (Mas querendo pensar mais coisas pra falar, reclamar, falar, reclamar...)
_ Então segue.
Simples assim. Aquele vrauuuuuuu! Aquele pááá na sua face!
Pois é, taí, lei do retorno!
Feliz 2018!!! Bora praticar os nossos próprios conselhos?
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“Uatizap” vintage
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Recentemente vivi a felicidade de reencontrar os colegas de turma dos idos de 1990 e poucos. Tínhamos entre 12-15 anos, porque naquela Escola Municipal nem todos estavam no seu fluxo idade-série correspondente. Isso não importa! Importa é que estávamos ali vivendo o nosso “Barrados no Baile” abrasileirado! E tinha de tudo: os bonitões, as bonitonas, os nerds, CDFs, bobões, brincalhões, malandros, as marias vão com as outras etc. Eu era “estranha”. Pelo menos era assim que me sentia, tipicamente aborrecente! Não era bonita, mas também não era tãooooo feia, já era alta, mas ainda rolava um par masculino mais alto na fila, tinha muito cabelo a la “meu nome é gal” e era magra de dar dó! E toma-lhe apelido néam?! Quem nunca passou por isso?
Na turma eu era sempre representante, escrevia no quadro para os professores, participava dos conselhos de classe e ajudava na organização dos eventos, apresentações, gincanas e tal. (O que mais tarde me rendeu o título de relações públicas da viiiiida, só que essa história eu conto depois). Já era professora na-ta, mas devia era ser muito da chata. Eu gostava de tirar boas notas, mas também amava uma bagunça, assim eu transitava entre o grupo das CDFs e a galera mais hard na zoeira! Acredito que podia até não ser das pessoas mais queridas, mas “jamás” esquecida. Podre! Rs
Voltando à história, um foi adicionando o outro, que adicionou mais um outro, que hoje é compadre do outro, que lembra que viu outro no Centro mês passado, aquele que era lindo, mas que hoje está gordo e careca! E assim conseguimos reunir 28 pessoas num grupo de “uatizap”. A-migo, pense num grupo que nunca está parado! Se você piscar tem 1.268 mensagens!!! Uma verdadeira maratona de leitura!
Logicamente eu, como pessoa acumuladora, lembrei que tinha guardado o famigerado caderno de perguntas da 8a. série. Que bomba!!!! Segredos adolescentes de 1995. Procura daqui, busca dali e acheiiiii. Printei a primeira página e joguei no grupo, não sem antes rir horrores das perguntas toscasssssss que haviam sido escritas ali. Reproduzindo a tosqueira abaixo:
1- Quem você levaria pra uma Ilha deserta e quem você deixaria lá?
2- Você está apaixonado por alguém? Qual a primeira letra?
3- Qual sua música, comida, fruta, cor, marca, filme, mania??? Setenta perguntas só de predileção!
Enfim, vamos as constatações. Olhar pra trás e perceber que viveu uma etapa da vida com plenitude não tem preço! Que delícia rememorar esse tempo de descobertas, de aventuras, de paixonites e sofrimentos bobos. Eu tive 3 paixões nessa época. Quando falei no grupo, todo MUNDO sabiaaaaaaaa, e eu imaginando que só aqueles códigos na agenda davam conta de proteger o “segredo”.
Ah, antes que esqueça, não havia nome no caderno de perguntas. As pessoas escreviam a data de nascimento, a idade e o signo na primeira folha. Ficar ali, no grupo com a galera, tentando adivinhar as letras, identificar as pessoas, e, obviamente, relembrar todas as histórias, brigas, panelinhas, armações ilimitadas foi sensacional! Rolava até um Drummond: fulano que amava fulana, que amava cicrano, que amava beltrano, que não amava ninguém! Como assim não amava ninguém? Sai daeeee! Sempre foi nojenta (o)! Não se encaixava! Por isso não tá aqui! Ninguém sabe, ninguém viu! Revolta! Kkkkk
Acabei percebendo que assim como eu, do mais cotado ao menos lembrado, todo mundo se sentia do mesmo jeito, perdidos diante das transformações físicas, mentais… do amadurecimento em todos os sentidos!!! Todos tivemos dúvidas, inseguranças, questões com a autoestima, com o futuro, com as oportunidades de trabalho e estudo e os desafios que nos aguardavam na vida adulta.
O bacana do caderno era poder levar pra casa e além de responder todas as perguntas com calma, além de ficar brincando de CSI e cruzar todas as informações alheias. Ah, molequeeee! Peguei! Bingo! Sempre soube que tinha sido ele/ela!!! Quanta ingenuidade! Santa ingenuidade!
Nesses quase 10 anos depois ( 10 anos iniciais, só que pra lá de 20), muita coisa mudou, muitas caminhos, diferentes caminhos traçados… E aquele nosso meio de comunicação nem faz mais sentido em face de todo arcabouço tecnológico de que dispomos na palma das mãos. Mas uma coisa é certa: o caderno de perguntas é presença garantida no reencontro. Acho que mais até do que a pessoa que o guardou. Todo mundo quer pegar, quer ler, quer lembrar mais uma vez, de novo e de novo…
Só posso crer que, por mais tempo que passe, todos tiramos proveito dessa oportunidade de vivenciar esse período juntos! Foi bom pra todo mundo!
Nem todos conquistaram o que queriam e outros chegaram mais longe do que poderiam imaginar… lei da vida!
Que venha o reencontro, regadooooooo de um falatório sem fim. Por favor, deem um tempo nas mensagens da madruga, ainda tenho uma vida social para administrar! Ahahahaha
Amigos (ex- primeiros amores da vida. Será que rola remember the time? Ih...) que prazer reencontrá-los. Segue o baile!!!
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O mimimi da professorinha
Daqui a pouco vão dizer que eu só escrevo em datas comemorativas. Que eu posso fazer? Há algum tempo atrás assumi um compromisso comigo mesma de refletir sobre elas, ressignificando-as se for necessário. E é isso que eu tô "fazenu" agora.
Sou professora! Sim, brinquei de escolinha, mas não vou dizer que foi paixão à primeira vista. Era pura diversão e representação do mundo que vivia enquanto criança.
Fui para o Curso Normal pensando em sair com um emprego, que me desse um pouco de grana pra continuar estudando e ser a nova Glória Maria da Rede Globo. Mas foi lá no 2o. ano, dentro da sala de aula, como estagiária numa turma de alfabetização que me apaixonei pelo Ivaldo. Ele só tinha 6 anos, me chamava de "minha loura" ( acreditem se quiserem. Luana Cavalcanti pode confirmar) e ao final da aula sempre dizia: _ Eu aprendo com você! Tem horas para jantar hoje? Eu caía na gargalhada! A verdade é que ele era conquistador barato e meu coração (sempre facin) não aguentou! Ele aprendeu a ler com a minha ajuda e aquilo despertou uma coisinha, um negocinnnn... é... furor pedagógico! Isso é uma praga!!!! Que eu alimento, grazadeus, tipo Gremlin! Deus me livre deixar de alimentar esse bicho!!!
O que me incomoda no dia do professor é aquele discurso da missão, do amor, do sacerdócio... na boa, maniqueísmo puro! Não somos sacerdotes, não somos missionários, muito menos fiéis que pregam leis universais. Pelamor, somos profissionais e merecemos respeito pelo trabalho que desempenhamos!
Pulando essa etapa, chovem mensagens de respeito, falta de reconhecimento, baixos salários, menos valia do trabalho docente, blin, blin, blin, bombom! É verdade. É verdade, sim. As condições de trabalho do professor no Brasil são cruéis.
Longe de mim, responsabilizar a categoria por isso, mas sei lá... Precisamos refletir! Refletir e praticar, porque a escola é a grande máquina social que transforma, mas também molda, engessa, atola, atola, atola... A escola marca e nem sempre positiva e festivamente como os memes mais compartilhados da data. E o professor nisso tudo? Que tal assumirmos nossas responsabilidades, descermos do tablado de recitadores de Paulo Freire e praticarmos as suas grandes lições? Até porque está mais que comprovado que o exemplo é um dos maiores aprendizados!
Então, professores queridos (nesse grupo em que me incluo), que tal pararmos de discursar sobre a condição da criança enquanto sujeito e respeitá-las como tal na prática? Sobretudo, ouvi-las. As crianças querem falar! E a gente silencia, coloca na fila, setencia o "abaixa a cabeça e pensa". Eu costumava ouvir as crianças perguntando-lhes se elas gostaram da história, ao que elas respondiam "gostarammm" em coro! Pronto! Não estava bom?
As crianças são atropeladas pelo planejamento dos adultos e ponto final. Elas não tem a chance de intervir e construir com o adulto! Quando de fato ouvi as crianças, percebi que elas sabiam muito mais do que supunha a minha vã filosofia.
E sobre respeitar o coleguinha? Que tal respeitarmos nosso colega que pensa, age, trabalha diferente de nós? Reconhecer um trabalho bacana e parabenizá-lo pela ideia? Exercitar o pudor antes de falar da avaliação da turma da fulana que no ano seguinte não aprendeu nada, mas que só com minha intervenção virou um experimento da NASA? Menos queridos, menos! Ninguém trabalha sozinho! A gente diz isso para as crianças e esquece de colocar em prática.
Que tal tratar todos os profissionais que atuam na unidade com respeito e cordialidade? Dentro da Unidade Escolar todos são educadores, todos são importantes! Certa vez, numa unidade em que trabalhei, tive a sorte de ter como maiores parceiras as funcionárias terceirizadas, aquelas cuja formação não dava conta dos cargos que desempenhavam, mas que tinham mais compromisso com a integridade das crianças do que as profissionais formadas, gabaritadas e pós-graduadas (Em alguns casos, só para não ser injusta). Eu queria ter o poder de promovê-las, mas não estava na minha alçada, a mim cabia perturbar para que voltassem a estudar. Tempos mais tarde, soube que elas estavam estudando para serem professoras. Algumas fizeram questão de dizer que pensavam muito em mim e no quanto eu dizia acreditar nelas. ( E ainda acredito!). Imagina se eu as tivesse tratado como simples auxiliares de serviços gerais?
Agora quer ver uma coisa que me enerva num grau? Professor que diz: Isso eu já faço há anos! Taquilpa, que merda!!! A sociedade muda, a escola muda, as crianças mudam, as concepções educativas mudam e o cara tá lá com o caderninho de técnicas de alfabetização (e de artes em papel) que confeccionou quando era aluno. Porque se tem uma coisa que a gente não fez, diferente de outros profissionais, foi sair da escola! Já pensaram nisso? Apenas invertemos papéis e ainda acreditamos que a cartilha de Tuta (Tutankamon) vai fazer maravilhas nessa sociedade tecnológica atual. Ah, vai! Ô! É um tal de professor que não estuda, bate no peito dos seus altos anos práticos, mas não lê nem saco de pão. Só forma leitores, quem é leitor. # (jogo da velha) ficaadica.
Como a gente não é ninguém sozinho nessa vida, mostrei o texto pra uma amiga que me lembrou de outra coisa que me irrita: a questão do gênero nessa história. O quanto as mulheres se apropriaram desse espaço, historicamente por razões óbvias (se não sabe, vale buscar até um Saviani, rs), mas que nos dias atuais não se justifica, pura e simplesmente, com esse discurso maternal. Chega néam? Tem muito homem, professor dos bonssssss, que comove e arrepia, "patente alta, dando aula, bigode grosso". Enquanto no ensino fundamental as mulheres são a maioria, a coisa se inverte no ensino superior (Dados do Censo 2016). Por que será hein?! Onde está o status de produção de conhecimento nessa profissão? Vou deixar assim no AR...
Mas quem sou eu? Não sou maravilhosa, não! Já errei, já debochei do mural do coleguinha escrito errado, ao invés de ter sinalizado. Já subestimei a capacidade de um parceiro e acumulei a função toda pra mim. Azar o meu que também acumulei trabalho! Também já fui subestimada, catequisada, ignorada... Processos da vida!
Só quero enfatizar que essa deseducação que praticamos diariamente mantém a sociedade exatamente como é, reproduzindo os mesmíssimos valores que, ohhhhh, condicionam o papel do professor a esse lugar comum : da maçã, do bombom e da cartinha no dia 15 de Outubro!
Chega de mimimi! Salvem a professorinha? Comece salvando a si mesmo, alimentando o seu bichinho, resgatando o que te trouxe até aqui, valorizando anos de prática sim, mas entendendo que a sua tarefa é de autoformação constante, acreditando no potencial do seu aluno, construindo redes de relações com seus parceiros professores e demais profissionais da escola, sem deixar de incluir os pais de alunos e toda comunidade. Parece fácil, mas é di-fí-cil, um belo dia a gente vai ter que aprender...
Eu tenho a sorte de ter aprendido um pouco com muita gente boa que encontrei pelo caminho! Para essas pessoas o meu mais sincero muito obrigada!
Para todos os professores brasileiros: menos mimimi, mais "vamos agir"! Quem sabe assim a gente consegue a tão proclamada valorização profissional?!
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Sobre crianças e museus
Na minha infância ir a um Museu era coisa de gente de “posses”. Sim, as entradas não eram acessíveis. Também tinha aquela gente (de mente pequena) que considerava o Museu um lugar de difícil compreensão para a criança. Minha família não tinha posses, mas tinha visionários, graças a Deus! Um deles era meu Tio Bandeira (Pra sempre <3), “O CARA” que foi minha referência para as Artes nas suas mais diversas formas de expressão. Onde ele chegasse a gente já sabia que ia rolar música: samba, chorinho, bossa, jazz, entre outros estilos, sempre nas alturas. O melhor é que ele também se jogava nos nossos gostos infantis e se divertia com a gente, dos hits de desenhos animados (japoneses), balões, turmas, apresentadoras loiras e morenas, até as malhações + Claudinhos e Buchechas.
Meu tio era o adulto que mais conversava com a gente sobre nossos sonhos (éramos 6) e apostava muitas fichas nas nossas brincadeiras e engenhocas. Ele também era um sonhador e sempre se envolvia em novos projetos. Melhor dizendo, envolvia tooooda família nos seus sonhos. Ali rolava uma admiração mútua. Ele acreditava muito em nós e nós acreditávamos muito nele! Deixo pra contar as histórias dos seus empreendimentos outro dia! Rs
Pois bem, numas férias da vida, nos colocaram pra dormir mais cedo, avisando que viveríamos uma aventura no dia seguinte. Após o café, nos arrumamos e recebemos nosso Kit: uma mochila e um boné. Dentro da mochila tinha uma  garrafa de água, 2 maçãs, 2 iogurtes, 3 sanduíches e 1 lata de refrigerante. Além das 6 crianças da família, mais 2 amigos dos meus primos foram convidados. Assim, lá foi o Tio Bandeira com 8 crianças pela rua. O destino a gente nem sabia, mas já estávamos em polvorosa.
A aventura começou na saída da Ilha do Governador: o ônibus quebrou! Na espera do próximo, meu tio deixou que a gente comesse 1 iogurte, mas alertou que deveríamos administrar a nossa “ração”, porque o dia seria longo! Nunca tomei um iogurte tão devagar na vida!!!
Cara, isso já tem uns 20 e poucos anos, não vou lembrar ao certo a ordem do roteiro. Só sei que depois de um tempo, desembarcamos na Avenida Rio Branco e a partir dali fizemos tudo a pé. Fomos a um Museu da Marinha e ficamos maravilhados com as muitas réplicas em miniatura de embarcações. Fomos à Biblioteca Nacional, passamos na Porta do Teatro Municipal, na Câmara Municipal, descemos pela Primeiro de Março, cantando o samba “Da Primeiro de Março, falta um passo pra Ouvidor, e no samba faltava esse traço de amor”, paramos ali pela Praça XV,  Arco dos Teles, Paço Imperial, a Primeira Catedral e descobrimos que muitas dessas construções e obras de arte foram feitas por ��artistas negros, diferentemente das referências artísticas dos nossos livros escolares.   Paramos para o almoço, o aguardado sanduba com refri, consumido ali no meio da praça! Não deixamos migalhas para os pombos da estação das barcas. kkkkkk
Provavelmente, meu tio havia pesquisado horários e tudo mais. Só que a gente não fazia ideia, né?! O último museu do dia era o Museu Histórico Nacional. Ele reabriria, após o almoço, às 14h. A gente deve ter parado em frente aquele imenso portão por volta de 13h45. Foram os 15 minutos mais longos daquele dia, mas também foram os mais engraçados. Não lembro como começou, mas lançamos o desafio sobre quem conseguiria abrir aquele pesado portão. Procuramos campainha, empurramos sozinhos, em dupla, em grupo, todos juntos e nada. Começamos a tentar as palavras mágicas, até que minha prima, num movimento tipo Rei Leão, proferiu um “Que se abram os portões” e eles se abriram. Rolou aquele Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, seguido de muitas risadas. Eram 14h em ponto. Ainda assim, acredito até hoje nos super poderes da  minha Mini! 
Lá dentro vimos de tudo, percorremos espaços livremente, enquanto meu tio, já cansado,  esperava  no banquinho, fumando seu cigarro! E vimos muitas estátuas de peitos, bundas e pênis! Não tocamos! Aquela altura do campeonato, já havíamos aprendido que (pelo menos à época), as obras deveriam ser apreciadas com os olhos. Mas a gente riu muito de umas bundas caídas lá! Enquanto os meninos faziam uni duni tê pro tamanho pretendido, se é que me entendem. 
Não fiquei traumatizada, não rolou nenhum tipo de constrangimento. Ao contrário, esse dia está marcado como uma das maiores e melhores experiências culturais que vivi! Foi tão especial e inspirador que, vira e mexe, a gente reconta esse dia nos almoços de família. Estávamos acompanhados de um adulto, que tinha entre outras coisas, o objetivo de nos proporcionar uma experiência com a Arte, aguçar e ampliar sentidos, para além de nos “proteger” física e integralmente. O mundo é muito grande e ampliar a visão do mesmo é um trabalho sobre humano, concordam? Que proteção é essa que cerceia ao invés de instruir? Não sei! Tempos difíceis. Temo que meu sonho em reunir os meus sobrinhos-pimpolhos e proporcionar um dia como o que vivi possa não se realizar, sob o risco de ser acusada de velha-tarada-que-expõe-criancinhas. Meodeos, que tenso!!! Mas gostaria de deixar marcado que essa experiência foi de responsabilidade total da minha família, cuja opinião pública, nos idos dos anos 90 se manifestaria da seguinte forma:  Onde já se viu crianças negrinhas em museus? Deveriam estar vendendo bala na Candelária ao invés de estarem expostas a obras de arte! Desperdício hein?! Outros tempos, mesmas mentalidades né “non”?! Experiências em Museus para que? Para “quens” nesse país?
Para finalizar…
Tio, sempre te amarei! Obrigada por nos ouvir desde crianças! Obrigada por tudo!
Museus, resistam! A arte está para além dos falsos moralismos, dessa pseudo-ética, desse “retorno retrógrado da volta” do que há de pior! Antes fosse só Saturno!
Humanidade, menos redes sociais, mais experiências culturais, críticas, instigadoras, reveladoras, transformadoras e li-ber-ta-do-ras!!! Adoro parafrasear aquela frase pixada nos muros da linha do trem: “só o conhecimento liberta o demônio das pessoas!” Eu ouvi um amém?
Amémmmmmmm!!!
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Sobre crianças e museus
Na minha infância ir a um Museu era coisa de gente de "posses". Sim, as entradas não eram acessíveis. Também tinha aquela gente (de mente pequena) que considerava o Museu um lugar de difícil compreensão para a criança. Minha família não tinha posses, mas tinha visionários, graças a Deus! Um deles era meu Tio Bandeira (Pra sempre <3), "O CARA" que foi minha referência para as Artes nas suas mais diversas formas de expressão. Onde ele chegasse a gente já sabia que ia rolar música: samba, chorinho, bossa, jazz, entre outros estilos, sempre nas alturas. O melhor é que ele também se jogava nos nossos gostos infantis e se divertia com a gente, dos hits de desenhos animados (japoneses), balões, turmas, apresentadoras loiras e morenas, até as malhações + Claudinhos e Buchechas.
Meu tio era o adulto que mais conversava com a gente sobre nossos sonhos (éramos 6) e apostava muitas fichas nas nossas brincadeiras e engenhocas. Ele também era um sonhador e sempre se envolvia em novos projetos. Melhor dizendo, envolvia tooooda família nos seus sonhos. Ali rolava uma admiração mútua. Ele acreditava muito em nós e nós acreditávamos muito nele! Deixo pra contar as histórias dos seus empreendimentos outro dia! Rs
Pois bem, numas férias da vida, nos colocaram pra dormir mais cedo, avisando que viveríamos uma aventura no dia seguinte. Após o café, nos arrumamos e recebemos nosso Kit: uma mochila e um boné. Dentro da mochila tinha uma  garrafa de água, 2 maçãs, 2 iogurtes, 3 sanduíches e 1 lata de refrigerante. Além das 6 crianças da família, mais 2 amigos dos meus primos foram convidados. Assim, lá foi o Tio Bandeira com 8 crianças pela rua. O destino a gente nem sabia, mas já estávamos em polvorosa.
A aventura começou na saída da Ilha do Governador: o ônibus quebrou! Na espera do próximo, meu tio deixou que a gente comesse 1 iogurte, mas alertou que deveríamos administrar a nossa "ração", porque o dia seria longo! Nunca tomei um iogurte tão devagar na vida!!!
Cara, isso já tem uns 20 e poucos anos, não vou lembrar ao certo a ordem do roteiro. Só sei que depois de um tempo, desembarcamos na Avenida Rio Branco e a partir dali fizemos tudo a pé. Fomos a um Museu da Marinha e ficamos maravilhados com as muitas réplicas em miniatura de embarcações. Fomos à Biblioteca Nacional, passamos na Porta do Teatro Municipal, na Câmara Municipal, descemos pela Primeiro de Março, cantando o samba "Da Primeiro de Março, falta um passo pra Ouvidor, e no samba faltava esse traço de amor”, paramos ali pela Praça XV,  Arco dos Teles, Paço Imperial, a Primeira Catedral e descobrimos que muitas dessas construções e obras de arte foram feitas por  artistas negros, diferentemente das referências artísticas dos nossos livros escolares.   Paramos para o almoço, o aguardado sanduba com refri, consumido ali no meio da praça! Não deixamos migalhas para os pombos da estação das barcas. kkkkkk
Provavelmente, meu tio havia pesquisado horários e tudo mais. Só que a gente não fazia ideia, né?! O último museu do dia era o Museu Histórico Nacional. Ele reabriria, após o almoço, às 14h. A gente deve ter parado em frente aquele imenso portão por volta de 13h45. Foram os 15 minutos mais longos daquele dia, mas também foram os mais engraçados. Não lembro como começou, mas lançamos o desafio sobre quem conseguiria abrir aquele pesado portão. Procuramos campainha, empurramos sozinhos, em dupla, em grupo, todos juntos e nada. Começamos a tentar as palavras mágicas, até que minha prima, num movimento tipo Rei Leão, proferiu um “Que se abram os portões” e eles se abriram. Rolou aquele Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, seguido de muitas risadas. Eram 14h em ponto. Ainda assim, acredito até hoje nos super poderes da  minha Mini! 
Lá dentro vimos de tudo, percorremos espaços livremente, enquanto meu tio, já cansado,  esperava  no banquinho, fumando seu cigarro! E vimos muitas estátuas de peitos, bundas e pênis! Não tocamos! Aquela altura do campeonato, já havíamos aprendido que (pelo menos à época), as obras deveriam ser apreciadas com os olhos. Mas a gente riu muito de umas bundas caídas lá! Enquanto os meninos faziam uni duni tê pro tamanho pretendido, se é que me entendem. 
Não fiquei traumatizada, não rolou nenhum tipo de constrangimento. Ao contrário, esse dia está marcado como uma das maiores e melhores experiências culturais que vivi! Foi tão especial e inspirador que, vira e mexe, a gente reconta esse dia nos almoços de família. Estávamos acompanhados de um adulto, que tinha entre outras coisas, o objetivo de nos proporcionar uma experiência com a Arte, aguçar e ampliar sentidos, para além de nos “proteger” física e integralmente. O mundo é muito grande e ampliar a visão do mesmo é um trabalho sobre humano, concordam? Que proteção é essa que cerceia ao invés de instruir? Não sei! Tempos difíceis. Temo que meu sonho em reunir os meus sobrinhos-pimpolhos e proporcionar um dia como o que vivi possa não se realizar, sob o risco de ser acusada de velha-tarada-que-expõe-criancinhas. Meodeos, que tenso!!! Mas gostaria de deixar marcado que essa experiência foi de responsabilidade total da minha família, cuja opinião pública, nos idos dos anos 90 se manifestaria da seguinte forma:  Onde já se viu crianças negrinhas em museus? Deveriam estar vendendo bala na Candelária ao invés de estarem expostas a obras de arte! Desperdício hein?! Outros tempos, mesmas mentalidades né “non”?! Experiências em Museus para que? Para “quens” nesse país?
Para finalizar...
Tio, sempre te amarei! Obrigada por nos ouvir desde crianças! Obrigada por tudo!
Museus, resistam! A arte está para além dos falsos moralismos, dessa pseudo-ética, desse “retorno retrógrado da volta” do que há de pior! Antes fosse só Saturno!
Humanidade, menos redes sociais, mais experiências culturais, críticas, instigadoras, reveladoras, transformadoras e li-ber-ta-do-ras!!! Adoro parafrasear aquela frase pixada nos muros da linha do trem: “só o conhecimento liberta o demônio das pessoas!” Eu ouvi um amém?
Amémmmmmmm!!!
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A dona dos anéis
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Desde pequena sempre gostei de anéis. Começou com os anéis de plástico com florzinha que a gente ganhava nas festas de aniversário. Depois tinham aqueles conjuntos de pulseira e anel feitos de acrílico. O auge era abrir a caixinha de jóias da mãe ou da tia, ahhh que beleza, encher as mãos com os anéis! Depois que a gente aprende que é cafona e parece mão de bicheiro! Rs
O meu gosto por anéis conseguiu me curar de um antigo vício: roer unhas. Sim, um anel lindo não combinava com uma mão de unhas roídas! Na minha concepção talvez, sei lá, só sei que pensava assim e fui parando de roer as unhas para ostentar os anéis. Obviamente, fazendo as unhas né?!
O anel está aí na sociedade há milênios e tem inúmeros significados. Além disso, não necessariamente são um acessório majoritatiamente feminino. Entretanto, para a mulher ele pode significar muito, mas muito, muito mesmo!
E esse texto tem a ver com isso. Sem mais delongas, o dia em que enlouqueci com um anel foi quando vislumbrei a possibilidade de ficar noiva. Foi muito louuuuco! Do nada, subiu uma obsessão com a coisa do anel dourado que eu só pensava nisso, sonhava isso, respirava isso e comia isso. Pirei tanto que cheguei a medir a circunferência de todos os dedos da mão. Vai que?!
Isso podia dar certo? Até podia, mas no caso piorou quando eu “ganhei” o objeto de fato! Aí bateu uma nóia e me senti o personagem Smeagol do filme Senhor dos Anéis. Era um tal de “my precious” pra cá, meu precioso pra lá. Eu fazia absolutamente tu-do com a mão direita de forma que eu pudesse visualizar o “iluminado”. Eu admirava aquela circunferência em volta do meu dedo com uma paixão nunca antes vista. Louca eu? Claro! Não é todo dia que você já avança na casa dos trintx e sem esperar (esperando por livre e espontânea pressão) conquista o grande anel dourado! Foi suadoooo! Agora vinha a outra luta que era pra mudar o raio da mão. (Mas essa é outra história que eu conto depois).
Nesse meio tempo, estava eu numa festa com uma amiga casada. Por acaso nessa festa estava também uma ex- paixão dessa amiga. Depois de alguns goles, essa amiga virou-se para mim, erguendo anel e declarou: “ Saporra tem um peso!”.
Calma pipow, não se precipitem. Ela era casada, muito bem casada e feliz. Não passou pela cabeça dela cometer nenhum tipo de (É, não sei. Acho que não) ato impróprio, mas a constatação de que aquele símbolo tinha um peso para além da minha euforia me levou a questionar essa coisa toda do anel dourado.
Tempos mais tarde nem precisei mais me preocupar com isso. O anel perdeu o seu valor por si só. A sensação de tirá-lo do dedo foi tão libertadora que o “zuni” para longe. Depois eu catei né gentem?! Vai que a gente precisa empenhar na Caixa econômica?! A situação econômica no país é periclitante! Não era Tiffany & co, mas estava economicamente ativo!
Moral da história: não há! Eu queria mesmo era ter tido a clareza de desmistificar o poder do anel, transcender para além do objeto, do que estava implícito e do que estava explícito, até para poder enxergar que o poder que o anel exercia sobre mim não era garantia de absolutamente nada.
Ainda assim, sigo gostando de usar anéis, mas não ao ponto de transformá-los num de-se-jo absoluto. Essa experiência me mostrou que preciosa mesmo são as situações vividas e a possibilidade de aprender sempre. Se decepcionou com a frase clichê? Faz parte! Esse post não tem desfecho não… Quem sabe eu só queira refletir?! Ainda não está claro pra mim.
Só sei que hoje, mais do que antes, me permito sair com as mãos livres, seja de forma literal ou figurada.
Imagem disponível em:
http://lifestyleentrepreneurblog.com/wp-content/uploads/2015/09/Gollum.jpg
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GOC
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O fenômeno televisivo atual se resume na sigla GOT. Game of thrones é uma série de TV que dá o que falar. No meu caso dá silêncio. Não sei mais do que o que acabei de dizer, porque eu sou "do contra". Essas coisas que geram comoção me dão muita preguiça! Pode ser que eu venha a assistir, mas não sei de quanto tempo precisarei pra me livrar desse ranço e me entregar de vez a essa trama fantástica! Enfim, de GOT eu só peguei foi o gancho, sabe?! É, eu quero lançar um novo jogo aqui que, para mim, é de ordem urgentíssima e também mobiliza legiões. Estou falando de GOC, ou melhor, Game of cornos!
De "Ser corno ou não ser", como na letra dos Mamonas, a "Isso é coisa que colocaram em sua cabeça", da sabedoria popular, o que importa é que ser corno é mais do ter sido traído, ser corno é estado de espírito!
E eu tô aqui porque "We are the world", we are the cornos! Não escondo de ninguém que esse blog é meu processo terapêutico. Já experimentaram pagar terapia? É uma fortuna!!!! O país está em criiii-se!
Mas eu cansei de ser corna assim sozinha. Preciso de adeptos! Calor humano me confortaria.
Vejamos se vocês se encaixam em algumas das seguintes situações:
1- clássica: foi traído? Corno!
2- Criou expectativas? Cor sim, cornão! ( não aguentei o trocadilho, desculpem!)
3- Fez o trabalho todo sozinho e não levou os louros? Todo castigo pra corno no trabalho é pouco, baby!
4- Aconselhou meio mundo e não encontrou uma viva alma pra ouvir seus "pobrema"? Tsc, tsc tsc, tsc tsc...
5- Você é sempre alvo fácil de estalionatários?
6-Sua crença no ser humano já te colocou em encrencas?
7-Você compra sapatos com facilidade? Ops, esse é outro transtorno meu! Rs
Você já se sentiu usado, abandonado, preterido, confuso, silenciado, perdido? Parei de colocar números para não ficarmos deprimidos! Os novinhos dirão que isso é fazer papel de trouxa. Concordo. Em parte. Ser trouxa é o primeiro estágio, é tipo como ser desvirginado. Mas ser corno, quiridis, ser corno é ser reincidente! A gente sabe que está fazendo merda, a gente sabe que está sendo enganado, a gente saaaabe.
Mas calma, gente! Não vou marcar evento de suicídio coletivo no feicibuque. Mas vou criar o grupo de uatizapi! Pegadinhaaaa!
Tô criando esse grupo aqui e a primeira medida é substituir o veado e adotar o unicórnio como mascote. Sim, people! High tech, moda, um colorido nos cai muiiiito bem! O Unicórnio é um animal mitológico, cujo significado mais comum é a pureza! So cute! Li aqui na enciclopédia barsa que só as virgens podiam ver e tocar os unicórnios, mas... é, pula essa parte! Hey, raciocina comigo: nós éramos inocentes! E agora somos conscientes!!!
Agora a ideia é que a gente reflita sobre isso, porque tem momentos em que a gente precisa deixar de ser corno. Não de tudo, porque a gente tem apego, mas gerar um sofrimento não é le-gal! Amadurecimento cornístico é construtivo, positivo e fundamental!
Vamos aos passos para o V da Vitória!!!
O primeiro passo é: reconhecer-se corno! Tome as rédeas da situação!!! Repita comigo: sou corrr-no, fui corrr-no, não mais serei!
Segundo passo: cabeça erguida! Chifre é pra ostentar! Se fosse pra esconder, não era tão imponente, né non?!
Terceiro: viva la vida! Uma amiga maravilhosa, que envia áudios de 45 minutos (depois eu conto essa história) me ensinou que precisamos conversar com o problema até que ele deixe de ser um problema. É tipo ter uma DR e depois convidá-la para tomar um chopp! E assim, as coisas vão fluindo e a gente vai sobrevivendo!
De uma coisa eu tenho cer-te-za: ainda riremos muito disso tudo!
Ainnn... leveza no meu ser! Obrigada corninhos lindos do meu coração! #tamojunto #i'llsurvive #yeahyeah
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Aquela fadiga...
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Falo tanto de Piraporinha como se fosse um lugar tão, tão, tão distante e nem é. "Sacanagi", 10 minutos a pé. Vou ter que pedir desculpas e pedir autorização para o uso como licença poética, afinal, já incorporei ao vocabulário. E mais... Piraporinha é tão sonoro, tão fofoooooo!
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Comprando calça pela internet…
#expectativa #realidade #mulheresaltas #pernapramaisdemetro #frionacanela
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Como faz com ela?!
Sertanejo universitário? Marília Mendonça? Saca?! Então, toda vez que saio, bebo, fico alegrinha e começo a cantar/gritar enlouquecida os versos da música “como faz com ela”, depois da ressaca alcoólica e moral, vem a reflexão!
“Mas se você soubesse o que realmente me interessa/ é saber se você faz amor comigo como faz com ela/ se quando beija morde a ‘bocadela’/ Fala besteira no ouvido como faz comigo/ tudo que preciso é saber se você faz amor comigo/ como faz com elaaaa (ah ah, se é melhor com eee-la)” Tenso hein?! Eu fico querendo saber onde foi que eu me perdi nesse trem bala e deixei de compreender a posição do eu-lírico (gastando as letras que Deus me deu) dessa música! Eu fico aqui, pensando, fundindo ticos e tecos, e chego a algumas hipóteses: 1- A pessoa de touros com ascendente em libras, lua em Vênus e sol na casa 8 tem mesmo déficit de aprendizagem pra entender essa música. Decifrando para os não entendidos astrologicamente ou que não tiveram a chance de se especializarem em Ego astral, João Bidu e Zora Yonara (meu caso em particular), significa dizer que se trata da pessoa de ciúmes, com ascendência em tudo meu, ou melhor, todos meus, com lua em sou mais euuuu e o infinito nem precisa rimar, não ‘guenta’ com divisão de bens! 2- A pessoa com referência em sofrência, trabalhada em Alcione, sente falta de outros elementos da narrativa. Os sentimentos não explícitos, aquela pergunta que a gente faz pra gente mesmo no espelho… Não precisa ser um gênio! As hipóteses acabaram e a hipótese que se comprova é a número 2. Marília, te agradeço imensamente pelas suas contribuições para a sofrência atual, mas se é pra sofrer queridos, eu fico com a Marrom. Qual das músicas? Eu só consigo pensar em “Ou ela, ou eu”. Morrooooooo só de pensar que você faz com ela, tudo o que faz comigo. Everybody! “ Ou ela, ou eu/ Muitas vezes pensei, ensaiei pra dizer/ Mas na hora H, não me atrevo a falar/ Pra não te aborrecer/ Ou ela, ou eu/ É a resposta que eu mais gostaria de ter/ Só não faço a pergunta/ Pelo medo falta que você vai fazer”. Percebem, pessoas??? Essa coisa escrushada, generalizada, pós-tribalista-moderna, é pra quem tem estômago e desapego! Agora veja você, eu querer saber de detalhes sórdidos comigo e “sem migo”? Aí lá vem tretagem… Mas Joanaelisa, cê não acha que a mulher tá bandida nas duas situações, pior na segunda música numa relação omissa, diferentemente da tomada de atitude da primeira em jogar cartas na mesa? Olha, Tá bandida? sim. Tá envolvida? sim. Atire a primeira pedra quem nunca! (Metaforicamente que nóis é de paz). Pois é, às vezes sabendo, às vezes sem saber, estamos aí nesse emaranhado de situações. Agora, triângulos, quadrados, hexágonos, pentágonos amorosos, vá lá, mas querer saber o que rola? Parem, apenas parem! Nos toca de um jeito essa tensão e sofrimento na música da Alcione, que já me vejo angustiada, roendo as unhas, matutando o risco de que uma única pergunta, na dependência de que uma taxativa resposta possa mudar os rumos completamente. Falei mudar? Falei rumossss? Completamente? Uauuuuu! Quero é ser coerente (retrógrada, neo-romântica) com o que considero que há de mais bonito em uma relação: a intimidade que o indivíduo cria numa conexão com o outro! E de uma pessoa para outra, pra ser único, leva um tempo, leva manha, leva jeito, borogodó e chance! Tô pirando? Não sei! Talvez… A bem da verdade, não é uma disputa entre Marília e Alcione, até porque se tiver que escolher eu fico com as duas, dublo as duas no chuveiro, pois sou dessas! Mas Marrom é Marrom! Tem estradaaaaa de sofrência e ainda me ensinou outra certeira lição! Independente do resultado de “Ou ela, ou eu”, tudo o que eu preciso saber é que “vai sentir falta de mim, sentir falta de mim, vai tentar se esconder, coração vai doer, vai sentir falta da negona aqui! Beijos desconstruídos. Ou não?! Kkkkkk
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Dia dos pais... Vamos lá! Eu tive pai, graças a Deus, o melhor que eu poderia ter. Mas eu não tive a oportunidade que ele fosse à festinha da escolinha. Se hoje as festas acontecem em horários e dias alternativos, não era isso o que acontecia na escolinha tradicionalzona em mil novecentos e lá vai bolinha. Meu pai não me amava menos, mas o trabalho dele não permitia que ele comparecesse e ponto. Não sei se sabem, em mil novecentos e lá vai bolinha era retomada do regime democrático, portanto direitos ainda se consolidando. Quem não viveu isso, não se aflija, já estamos aí de volta nesse negócio de perder direitos. Voltando ao assunto, a escolinha comprava aquelas carteiras e cintos de um plástico vagabundérrimo por 50 conto. Minha mãe tinha três filhos, desembolsava 150 conto e as professoras nem pra pensarem em dar uma verde, uma azul e uma marfim pro meu papai, incrível! Incrível também o fato de eu e meu irmão, no ensino fundamental, confeccionássemos o mesmo bloquinho que a minha irmã , no maternal, ééé, aquele bloquinho Papai é, papai vai ganhar, papai eu te amo, feito de papel em formato de gravata. Meu pai tinha umas três gravatas só: a que ele se casou, a que ele usava em casamentos e uma muito feia que a gente não deixava ele usar. Mas de papel era gravata que não acabava mais! So-corro, a gente nem escrevia nosso nome, era a letra da professora. Claaaaro gente, bem intencionado sempre! 10 anos esse ano sem papai, meu Deus, parece que voou, ao mesmo tempo que parece que levou uma eternidade. Se eu fuxicar nas coisas de papai vou encontrar uma dessas gravatas de papel e uma carteira desse plástico breguérrimo. Vou encontrar porque meu pai guardou, não carinhosamente. Ele era acumulador e deixou em mim esse fortíssimo DNA. Pra te ser sincera, esses mimos não fazem o menor sentido, porque deles só lembro o que já descrevi. Não me recordo de sentimento, não me recordo de alegria, representatividade ou coisa assim. Essa comemoração es-co-lar não tem importância alguma, não definiu nossa relação e nem tem esse papel. 10 anos sem papai e o que eu me lembro é da birra que ele fazia de manhã, da maneira como ele me mandava fazer o seu café, do quanto ele sorria das nossas cagadas e vibrava disfarçadamente com as nossas escapulidas do controle da Dona Su. Ele não podia rir, mas certamente pensava que a gente tinha saído a ele! Pra finalizar, aquela puxadinha de dedão do pé que era o jeito Seu Zé de dar beijo de boa noite! Caraleossss voadores, esse era o meu pai e ele não era igual a nenhum outro!!!! Por que ainda massacram as crianças e suas famílias? Por que colocá-las na caixinha? Valorização paterna não era isso em 1980, imagina agora em 2017?! Querem apostar quanto que ainda tem gente fazendo gravata de papel? Como dizia meu pai, em um dos seus bordões favoritos, "Isso é muita esculhambação!" Só pra deixar escurecido, essa é minha opinião pessoal, na rede social que é particular. Não misturemos o que dizemos, nos diferentes espaços que ocupemos. Obrigada, de nada. Papitoooo, que falta você me faz! Fica tranquilo, continuo na missão, missão acumuladora dada, é missão cumprida! #cademeupao #pao #cafeeeee #SaJoanaehtriste #SaJoanaehterrivel #Tininho #amorprasempre #pretao Foto by google. Busquei "gravata dia dos pais" e foi a primeira que apareceu.
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Vim do open bar como?!?! Pisei em casa, ouvi a voz da minha mãe, respirei fundo e pensei: Disfarça Joanalisa! Fui até o quarto e emiti um sonoro: " Helloooooooo fa-mi-lyyyyy!" Tava pura? Kkkkkkkkk
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Depois que tomei coragem e escrevi essa bodega nunca mais voltei. Outro dia, meu fã clube de um seguidor me cobrou e eh dei aquele repertório de desculpas que tenho usado (bastante) ultimamente: “tô ocupada”, “ cheia de trabalho da pós”, “cansadona” e tals. Embora as coisas já escritas ainda não estejam aqui (como eu tinha imaginado, sonhado, planejado) reconheço que eu estava mesmo sem tesão, inspiração, saco ou coisa assim. Eis que a vida, “a vida é uma caixinha de surpresas” (lembram do Joseph Climber - Melhores do Mundo) e, não, não tem morte daqui pra frente… só eu aqui outra vez. Simbora! Eu tenho uma amiga linda. Defeito dela é ser de peixes! Pois é, peixes com peixes! Dizem que os taurinos são teimosos (imagina…puff, dã-ã, claro que não), mas piscianos são mais! Socorro! Tá, essa amiga é mais que eu! Pronto! Nada a ver com signo. Então é isso, ela é esse tipo de gente que encasqueta e encasqueta antes, sabe?! Chama pra viajar, ela pesquisa no Youtube e já vem com todos os percalços do destino. Chama pra balada, ela já vem com discurso cansado de uma velha de 187 anos. Chama pra andar, ela já vem com crise de elefantíase (que aliás é uma história hilária, mas deixa pra outro post). Ela é má pessoa? Claro que não! Ela é pre-ca-vi-da ( um crush me chamou disso essa semana e eu quase mandei ele à merda) daquelas pessoas que não esquecem casaco e guarda-chuva. Até aí problema algum, cada um do seu jeito, certo?! Respeito isso! O que eu dizia pra essa amiga é que quando a gente se antecipa, a gente pensa em várias situações, cria as (malditas) das expectativas e tem chances (muiiiitas) de não acontecer nada do que imaginamos, de termos gasto tempo=energia nisso e acabarmos não vivendo o momento. Sou guru? Claro que não! Também escrevo para me convencer disso, mas dar opinião na vida alheia é ma-ra! Aquela sensação de dar pitaco na vida do coleguinha é legal! Sei que assim vivemos (sofremos) juntas “ene” situações. Até que, ela me liga dizendo que conheceu um carinha, blá, blá, blá, bombom. Claroooo que rolou aquele levantamento CSI na vida do rapaz (que nóis é dessas) e ela fez o que? Colocou aqueles empecilhos de sempre! Criou umas “barreirinhas”. Culpamos Deus, o retorno de saturno e a lua retrógrada em escorpião (fueda), mas esquecemos de colocar a culpa na gente mesmo néam “queridis”?! Eu, como boa taurina, com toda (pouca) paciência que o astral me permite, bati na mesa, dei dois berros e mandei (gosto de mandar) ela se encontrar com o garoto. Lógico que eu não mando nada. Esqueceram que ela é de Peixes? Ela só faz o que ela quer e ponto final! Coincidentemente, meu querer e o dela convergiram e ela foi! Sumiu 7 dias e 7 noites, daí vocês já sabem…casou e foi feliz pra sempre? Ainda não! Mas ela se permitiuuuuuuuuu. É libertadorrrrrrrrr! GOLLLLLLLL! É TETRA! É TRE- TA da boa! Para completar, ela me liga pra contar os babados e diz que vai rolar até pedido de namoro oficial. Oi?!?!?! Isso que motivou esse post! Simmmmmmm, ainda há esperanças! Vander Lee dizia que românticos são uma espécie em extinção, mas é reconfortante ouvir uma história assim. Por isso não podia ficar só pra mim. Eu tinha que compartilhar isso! Em tempos de mergulhos rasos, desertos, desamor e muito individualismo, encontrar um amor à moda antiga, “do tipo que ainda manda flores” pode ser legal! Ah, eu achei muito legal! Não sabemos o dia de amanhã, mas sabemos que eles estão se gostando, se conhecendo e principalmente, querendo estar juntos! Por acaso, zapeando, encontrei o curta Extinguished, achei fofíssima essa metáfora do fogo (a metafórica- amo) e encaminhei pra ela. (Assistam também! Printei do Youtube). Ah, amiga linda, que a sua chama cresça e que nunca esqueça de se permitir viver antes de qualquer julgamento! Segue o fluxo!!!
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Desconstruída? Eu?! Eu!
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Desconstrução é a palavra da moda!
Não sei se é por conta dos últimos (500) anos de corrupção no Brasil e recente (02 anos) indignação da sociedade, polarizando a opinião pública numa disputa emocionante, tipo,  Luz X Escuridão, ID X Superego, Tom X Jerry etc. Eu que sou de "humanas" tenho dificuldade em entender a vi-da nessa dicotomia. Eu quero logo é saber o que está no meio! Não é a tôa que sou filha do meio, minha gente! E, a meu ver, o meio tem muito a dizer! (Ouviu mãe?)
Mas a questão aqui não é essa discussão, não! Claro que "dão"! A questão é esse processo pelo qual todo ser humano passa: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Se fosse só isso, estava mole para "nóis", né non? A "plataforma dessa estação"  tem muito mais do que 5 estações. Aliás, tem estações-transições infinitasssss "enquanto dure" a nossa vida. E, todo esse processo, complexicamente delicioso, é também árduo, cheio de caminhos, encruzilhadas, portas que se fecham e janelas, basculantes, claraboias, fenestras, furos, vãos, frinchas, frestas, brechas, buracos,  fendas e, ufa!, orifícios que se abrem.
Fica ou não fica óbvio que todas aquelas etapas sociais "impostas" pela sociedade que vivemos são perfeitamente falíveis? São muitas variáveis, "Uh, aceita"! Pois é, aceita que dói menos! A vida é muito curta pra gente viver achando que só vai ser feliz  dentro da caixinha! E, pensar diferente incomoda, machuca, avança, retrocede... mas é "mal necessário".
O problema é que nós somos educados, pra não dizer condicionados, para corresponder a certos paradigmas: estudar, se formar, ter uma carreira, zoar a vida, encontrar o príncipe encantado, casar, ter filhos lindos e adoráveis, ser a mulher maravilha que concilia tudo com o pé nas costas, ainda malha, está com unha em dia, cabelo em dia, depilação em dia, sobrancelha em dia, roupa da moda em dia... Quem sabe um dia? E a gente persegue isso! E como?! A gente lê Marie Claire, porque chique é ser inteligente, segue a Pugliesi, porque ela tem a coxa mais definida do planeta e ainda ganha só pra isso, e  por aí vai. Quais as chances de nos frustrarmos nessa empreitada? Muitas.
Ok. Tudo é relativo. Há também chances de sermos bem sucedidos numa ou outra coisa, afinal, nossa vida não é um fracassooooo (grito no espelho de manhã)! Mas agora eu sei que é nunca, nunquinha, que vou corresponder ao ideal heteronormativo cristão ortodoxo de direitas, esquerdas e afins.
Estou bem, sabia? Meu processo agora é outro! Já que construí meu castelo de ilusões, está na hora de desconstruir. Desconstruir significa me encontrar, porque até agora segui aquilo que estava pré-estabelecido. Oh-ow, deu ruim! Fail! Saída de emergência pela direita!
É hora de buscar novos referenciais, interrogar os paradigmas, práticas, vivências, histórias e, principalmente, certezas absolutas! Aquelas que a gente só abre a boca pra falar quando tem cer-te-za, de acordo com os nossos máximos e próprios conhecimentos. É hora de descontruir!
O melhor "cês" num sabem (tarã, deixei o melhor pro final): Não estou nessa sozinha!!! Quem mais se habilita?
Esta ilustração é obra do fantástico artista plástico Moises Patricio, chamada Selfies da mão. Sobre essa foto específica, com a palavra o autor: "O tijolo no brasil é um simbolo potente. Eu o elegi pra falar da crise econômica porque ele é um elemento central na construção e, especialmente, na reconstrução. Simboliza a história permeada pela esperança."
Para acessar: http://www.jornaldoonibusdecuritiba.com.br/noticia/37056/com-selfies-da-mao-artista-questiona-racismo
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