johnmagrath
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o louco e a montanha
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enquanto ando encanto
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johnmagrath · 4 years ago
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o que sou?
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O que sou? senão um coração que partiu
Em milhares e milhares de destroços
E por onde passo
Deixo um a um por onde amo
E assim caminho
Voltas envoltas
Ruas e encostas
Sob Sol e a Lua
Sigo respirando, sentindo o vento
Calor e alento
Entre Ondas, entre Olhos
No presente e agora
Nunca fui nem hoje nem sempre
Nada mais que os destroços
Deste coração de Deus
Que baixou à Terra
E se uniu ao Céu
Catando os cacos...
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johnmagrath · 4 years ago
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Oficina 6
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Como havia dito, seria aqui registrado um pouquinho da história de alguns dos colaboradores principais na materialização deste projeto de blog.
Será contado, pelas reminiscências de minha memória viva, como acabamos vindo a nos conhecer e a “co-lavorar” juntos. Unindo propósitos comuns, partilhando alegrias , afinando as comunicações, traçando alguns objetivos e desenhando sonhos, manifestando projetos do etéreo ao palpável, explorando novas possibilidades. Num natural processo de co-criação, de partilha, das paixões comuns e de uma forma de vida em sintonia.  
Há um lado cômico neste encontro com a oficina 6 - que mais tarde vim a saber que era o Beto!
A Manu, grande amiga da Lelê, veio-me as vésperas do aniversário de seu namorado, Curió, pedir uma indicação de shaper, pois queria lhe oferecer uma prancha de presente. Pediu-me recomendações de alguém que fizesse uma prancha que se encaixasse no perfil que ela estava à procura, algo que tocasse o “retrô”, mas ao mesmo tempo tivesse um “q” de moderno-performático. Fiz minha busca, no arquivo interno e no que se dispõe nas mídias webs e afins... Tinha algumas referências possíveis (e me surpreendeu não ter encontrado tantas) - seria falta de repertório, ou uma real falta de ofertas? - num país tão grande, tão criativo, tão abundante... - só poderia ser...😊 Enquanto partilhava algumas das referências enconradas, ela parecia não se satisfazer realmente com nenhuma em específico, até o momento em que ela vem até mim e pergunta-me: “ o que achas da Oficina 6?” – até então nunca tinha ouvido falar, assim como certamente desconheço uma infinidade de talentosos shapers espalhados por esse imenso país. Imaginem: de norte a sul deste vasto território, quantas mãos e mentes não estão esculpindo suas obras de arte, das mais variadas formas e modelos... questão de curiosidade e trabalho de pesquisa, e obviamente sincronismos.
Fato é que nunca ouvira falar na Oficina 6, menos ainda que se encontrava numa cidade que até então era me praticamente, quase que absolutamente desconhecida, especialmente aos olhos nus e pés pisando em suas ruas e vielas, a grande cidade de São Paulo. Bref, Manu me passou a página de instagram e fui lá expandir minha busca, meus horizontes, me aventurando na web... as fotos eram super bem feitas, tinha um lado clean, de trabalho detalhista, com certa “simetria” digna de designers (lembrou-me muito o projeto da FlyBlackBird do Pedro Falcão), Os modelos e outlines me pareceram realmente coerentes , as combinações de cores das pranchas, os detalhes e acabamentos, tudo vibrava um extremo bom gosto e possuía traços de originalidade e refinamento (digo parecer pois no virtual nunca se sabe realmente né?). Não aguentei e dei aquela “reagida”, aquela piscadela de olhos despretensiosa, do tipo : “estou de olho no teu trampo, que bonito!’ – e obviamente toda ação gera uma reação...
Começamos a trocar ideias, papo vai papo vem, e ele gentilmente, generosamente, e até cero ponto, surpreendentemente me propõe algo:” se a Oficina 6 fizesse uma prancha pra ti, qual modelo escolherias?” Por naturalidade, fiquei super entusiasmado e ao mesmo tempo perdido, que pergunta difícil pra se fazer né? - Cada escolha uma renúncia – Tá, mas qual?
Naquele momento, vinha dum duro processo de inflamação, pós covid, e estava realmente fora de forma. Lembro-me de na véspera ter surfado um mar bem tubular no posto 8 de Ipanema, e, por falta de remada, prancha, ter perdido alguns bons tubos possíveis. Estávamos nos aproximando do Outono e sabia que iria começar a temporada de ondas mais consistentes, e pensei que uma prancha que facilitasse esse processo de “volta à base” seria necessária. Lembrei-me igualmente do comentário do Cabeça, dizendo que gostava de me ver surfar em monoquilhas, o que soava como grande elogio e incentivo. (Cabeça é um surfista muito inspirador, com estilo e personalidade única, alguém que forte admiro e respeito) Nessa dada conjuntura, pensei: vou tentar “combinar todos esses fatores: uma prancha com remada, que tenha segurança num mar maior ou em ondas tubulares, que combine com esse surfe mais “clássico”, uma prancha harmônica ...  e naquele vasto “menu” de possibilidades, identifiquei especialmente com o nome do modelo: “Gyspy Mid”. (tinha uma foto de uma 7´´ lindíssima)
Começou o processo de devaneios e detalhes, ajustes no outline e medidas, set up de quilhas, a questão das cores, logos, laminação, polimentos, ... bom, aquele “árduo” e divertido processo de criação, ponderando as tais das escolhas e renúncias, sintonizando, pesquisando, sentindo, experimentando - tudo que pode envolver a concepção de uma prancha!
Chegamos afinal nesta 7’2, Gypsy Model.
Beto deu-me o prazo. Meu lado “zen” dizia: sem pressa, no teu tempo, sem stress, faz tranquilo, leve o tempo que levar;  e meu lado “ser-humano-comum-ordinário-como qualquer um-como eu mesmo” dizendo: não aguento mais! quero ver essa prancha! Vê-la, tocá-la, senti-la, quero surfar com ela, pegar tubo, dar cutback, deslizar, viver e sonhar... foi aquele processo de lidar com a expectativa e ansiedade... Obviamente, covid time é covid time, e no caminho tiveram as suspeitas de corona, o que fez atrasar um pouquinho, o resfriado do laminador (já estou meio que inventando e/ou exagerando). Verdade é que nem ligava pro calendário, a vida que seguia, e o Beto sempre muito atencioso e paciente, (mantendo-me sempre informado sobre as etapas do processo), mais que shaper quase um terapeuta. Eu ali, respirando fundo, respirando pela “barriguinha”, exercitando e procurando colocar em prática todos os recursos disponíveis nos meus “iogues saberes” e outras técnicas.
Claro que a história sempre tem seus “desvios de órbita”.
Fui para São Paulo, e “coincidentemente”, o espaço onde o Beto “real” estava desenvolvendo suas pranchas era no mesmo bairro onde vivia minha namorada. Já por ali passara, frente a “Shaper´s Co,” algumas vezes antes da porta ser aberta e então acontecer este encontro. Por fim nos conhecemos, vi algumas das pranchas que estavam ali disponíveis para pronta entrega, falamos sobre um pouco de tudo, surfe e pranchas predominantemente, e no final quase “levei a Gypsy Mid branca 7´que tava na foto do instagram. Mas contive a ansiedade e esperaria mais o tempo necessário pra 7´2 ficar pronta, do jeitinho que fora pensada e projetada.
Acabei saindo com uma prancha pra testar, uma singlefin bem maneira, sem longarina, uma espécie de egg que já era usada, mas parecia como nova. Fiz um ensaio fotográfico no meio de são Paulo com ela, de encantado que estava: pendurei-a nas árvores da babilônia, no meio das avenidas e concretos, carros e prédios - passeava com aquela prancha “oficina 6” feliz e contente! Surfando de alegria com a “prancha que não era a minha”.
A história se alonga, pois abri o baú da memória e não estou colocando filtros, apesar de deixar detalhes pra traz, como de certo! Levei-a até Ilha Bela e acabei não a levando pra água. Passamos o fim de semana por aquelas bandas, mas nem mesmo a experimentei! Tudo isso pra dizer que conheci o Beto, trocamos altas ideias, peguei uma prancha pra passear enquanto esperava a “Gypsy” ficar de fato pronta. (tem o episódio dela ter voado do rack no dia que chegou pronta da laminação, estória quase novelesca, totalmente inesperada, mas possível – pois de fato ocorreu, um leve “acidente de percurso pra carregar ainda mais a história desta prancha, tão esperada, enfrentando covid times, ventos e ventanias, e toda uma série de eventos..)
enfim o dia chegou!
Estava lá a prancha, intacta, sólida, caprichada! Carregando nela todos os detalhes desta história, desde a primeira mensagem que trocamos até aquele real encontro, fiquei encantado. Vi nela toda a dedicação e o carinho colocado pelo Beto naquela obra. Estava no meio de São Paulo já surfando nas ondas da imaginação, imaginando quais quilhas poderia usar, qual mar iria estrear, que linhas poderia vir a fazer... ela viajou até o Rio e a estreei num Grumari pequeno mas bem perfeitinho. Desde a primeira onda já a senti-a no pé, percebi que ela era exatamente aquilo que idealizamos juntos, e ali estava materializando-se. Num momento de desfrute, numa marola com amigos queridos, a Gypsy sob meus pés, cortando as ondas, planando sobre as faces móveis daquele instante.
Como é a vida, é ... da mensagem que a Manu me mandou até o próximo swell. Quantos encontros e desencontros, quantas aventuras, quantas linhas e curvas, sonhos, realidades, pessoas, um amontoado de experiências... a corrente não acaba, o fluxo continua, novas e outras estórias, outras pranchas, outros projetos, outros encontros, fica essa foto, num dia grande do pontão do Leblon, feita pelo Luis Blanco, feliz de ter vivido isso tudo, feliz por ter conhecido o Beto, a Oficina 6 e tudo mais que se sucedeu, vem se sucedendo... ao infinito, ao eterno... além
ALOHA
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johnmagrath · 4 years ago
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LINHAS E CURVAS by Sperotto
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johnmagrath · 4 years ago
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video realizado pela BRO, que retrata um momento de minha vida em Portugal.
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johnmagrath · 4 years ago
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Quilhas
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De forma um pouco aleatória tentarei abordar este assunto: Quilhas!
AVANT-PROPOS
Escrevo este texto apenas como um surfista que vem experimentando alguns tipos de quilhas em alguns tipos de pranchas, em algumas condições de mar, em algumas circunstâncias que variam, como tudo... outra remarca importante é ressaltar que o interesse, ou o processo de “aprofundamento” no assunto quilha é recente se considerado meus 25 anos de surfe, correspondendo a menos de um quinto deste. Logo, venho me interessando e descobrindo mais sobre, nos últimos quatro, cinco anos.
METAFORAS
Uma possível metáfora seria, pneus para um carro. Mas ela é falha pois as quilhas são muito mais do que os pneus são para um carro. Seria o pneu e a direção talvez? o leme de um barco, servindo até mesmo como um motor, se considerarmos a propulsão que elas podem gerar. Uma outra metáfora possível seria as Barbatanas de um peixe (talvez a mais sensata considerando a hidrodinâmica e a biomimética). Deixemos as metáforas de lado:  quilhas são quilhas, e servem numa prancha como elemento fundamental em seu funcionamento e performance, possibilitando certos movimentos e limitando outros... Tem a ver com hidrodinâmica, afinal o território mais comum pra uso de uma prancha de surfe é dentro água, apesar de por vezes ela sair voando por aí, especialmente nos tempos modernos. (Alguém me corrija se eu vir a falar muita besteira por aqui)
FATORES de INFLUÊNCIA
Alguns fatores que influenciam o funcionamento de uma quilha:
Material - uma quilha pode ser composta pela combinação de alguns materiais ou por um único material. Os que me vem na cabeça agora são: fibra de vidro, resina, madeira, fibra de carbono, plástico, compensado, honeycomb, ... esses materiais, e suas proporções irão atuar especialmente na flexibilidade da quilha e terão muito a ver com a durabilidade e resistência, bem como o peso e resposta dentro d´água.
Outline/Design: assim como uma prancha pode ser moldada, esculpida, a quilha funciona de forma muito parecida. De um pedaço de “bloco”, corta-se (a mão ou numa máquina) uma determinada forma, e depois trabalha-se nos detalhes e pormenores, vai se trabalhando o foil, visualizando a entrada/saída d´´agua, sendo este um trabalho minucioso e delicado, mas que também pode ser feito, e simplificado com o uso moldes e pela mecanização de algumas partes do processo. Esta parte de mecanização e industrialização da fabricação de quilhas me é ainda pouco conhecida, mas sobre o que sei no sentido de se fazer uma quilha à mão, testemunho a grande dedicação e complexidade do processo.
Formas de encaixe: dois grupos basicamente, quilhas laminadas na prancha, as fixas ou as removíveis: que podem ser compatíveis com sistema FCS, FCS 2, FUTUREFINS e US Box. (existem outros, mas esses 4 são os mais comuns)
Posicionamento: O funcionamento de uma determinada quilha depende muito da posição e da angulação que ela é colocada em relação à prancha. Isso tem total influencia na forma com que a quilha irá se “comportar dentro d´água.
Esses fatores foram aqui descritos pra termos alguma noção de que é um objeto não tão simples como muitas vezes parece. Possui diversas nuances e variações, que irão interferir diretamente na forma com que uma prancha irá se comportar durante o deslizar sobre uma onda.
VARIAS QUILHAS - VARIAS PRANCHAS
Com algumas experimentações vim a perceber que se tenho uma só prancha em meu quiver, mas tenho algumas quilhas diferentes para usar nesta prancha, acabo por ter “várias pranchas”. Colocando uma quilha mais flexível ou mais rígida, maior ou menor, com esse ou aquele outline, mais pra frente ou pra trás em relação a rabeta da prancha, tenho experiências de surfabilidade totalmente diferentes.
No entanto, posso ter uma série de pranchas, com diversos outlines, características, mas se eu dispor de apenas uma quilha, poderei ficar extremamente limitado em minha “surfabilidade”.
QUILHA DE PLÁSTICO ?
É uma pergunta que terá sua devida polêmica. Há quilhas e quilhas, como há pães e pães... pão de farinha branca industrializado ou pão de farinha integral feito a mão com fermentação natural? Há plásticos e plásticos, fibras e fibras, resinas e resinas... Basta entender pra que serve a quilha que estás a procura? Se for pra aprender a ficar em pé numa prancha, ir reto, e não machucar ninguém, pode ser que uma quilha de plástico acabe por lhe servir super bem. Não iria defender que uma quilha de carbono, super hi-tech ou uma quilha feita à mão é indispensável a um iniciante. Mas pode ter certeza que conforme o surfista vai aprofundando e aprimorando o seu surfe, se colocando em situações mais exigentes, consideraria sensato consultar alguém que conheça um pouco mais do assunto ou simplesmente ir testando e expandindo as possibilidades que poderão lhe servir melhor.
Não resistirei a metáfora! Imagina que pra aprenderes a dirigir pode-se começar com um fiatzinho 1.0 com pneus carecas andando devagar no asfalto. A partir do momento que vais fazer uma trilha off-road no sahara, seria mais seguro usar um jipe, talvez um “landrover” ou um Toyota 4x4 com bons pneus. Não lhe servirá apenas a carcaça de landrover. Precisarás de um motor forte e que funcione bem, assim como pneus específicos praquele tipo de terreno. Se quiseres um carro de corrida, para andar em alta velocidade, terás que alterar toda a configuração. Já não lhe servirá um 4x4 pesado com pneus de trator, precisará de um carro mais leve com determinado motor, com um design e uma aerodinâmica específica pra corrida, etc etc etc...
FEITA À MÃO OU À MAQUINA? vou deixar com cada um a reflexão. Mas posso vos dizer que sou apaixonado por trabalhos artesanais e manuais, trabalhos que são feitos de forma dedicada, com uso de boa matéria prima, com criatividade, conhecimento e experiência, feitos para durar, produzidos numa óptica equilibrada, onde cada parte envolvida no processo receba um valor honesto e digno como artesão, como ser humano. Admiro trabalhos que honram a inventividade, o talento e as horas investidas na sua concepção e construção. Tudo que existe por trás da peça. Assim como um simples pão pode carregar em si muita história, lágrima e suor (muito amor) - é isso que valorizo numa prancha, numa quilha, ou em qualquer outra obra de arte.
Viva a Arte, Viva o Surfe, Viva o Amor!
Um maha Aloha and Enjoy the ride!
photo Luiza Tozzi
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johnmagrath · 4 years ago
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photo. Luiza Tozzi
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johnmagrath · 4 years ago
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johnmagrath · 4 years ago
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foto. frederico rigor
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johnmagrath · 4 years ago
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- Pois o que são os terrores compreensíveis dos homens comparados com a combinação dos terrores e maravilhas de Deus?
Herman Melville em “Moby Dick”
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johnmagrath · 4 years ago
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Luiz Blanco
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johnmagrath · 4 years ago
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NEOETERNALGENESIS
UMA PáGina Sempre(nunca) em Branco ...
 Começo um novo capítulo, ou continuo neste fluxo e faço uma “pausa” pra escrever? Sempre acaba vindo a questão: por onde devo começar? Nasce da vontade de compartilhar algumas vivências, tão simples quanto isso. Abrir um canal por onde se possa registrar, e abri ao “outro” uma espécie de vivo baú de estórias. Um amontoado de reflexões, uma série de questionamentos, algumas informações, úteis, inúteis, necessárias, indispensáveis, idéias e projetos..
A verborragia certamente pode assustar alguns, e confortar outros.” Não sou o único que penso assim” ou “Olha, ainda não havia pensado desta forma”... tudo pode vir a se passar por aqui, como tudo foi se passando em nossas vidas, até o momento desse nosso encontro. O que lê e o que escreve, no meio disto o texto. Vivo por si só.
De qualquer forma, tentarei explicar a gênesis deste blog, pelo menos deste que parece estar se iniciando agora mesmo, nesta cadeira de transa de palha, ao som de Gil Luminoso em uma pequenina cidade do Sul do Brasil. Como vim parar aqui? Poderia ser um bom inicio ... mas isso irá acontecer no seu devido tempo e lugar. Fato é que gostaria antes, de agradecer alguns parceiros que foram fundamentais por essas palavras estarem sendo batidas neste teclado, e registrada neste documento de word. Parece bobagem, mas a “batalha” traçada até aqui, para parar, sentar e escrever, foi uma real Odisséia.
Desde que a vontade/necessidade de escrever esse blog começou a surgir mais intensamente, e brotar como algo vital que quer nascer, existir, manifestar, disse que me seria necessário um computador. Me via com muitos insights e reflexões e queria registral-los. Os cadernos acabam ficando esquecidos pelas caixas e cantos, por onde eu vou passando neste planeta. A ferramenta do telefone e as mídias sociais neutralizavam minha capacidade de escrever e criar. Precisava algo mais “analógico”, mas ainda assim prático e digital, para facilitar o processo de compartilhar e expor ao mundo isso tudo que vem passando aqui dentro e ali fora. Um computador, com word e internet era tudo que “precisava”.
Num primeiro tempo postei no instagram essa minha necessidade, e pra variar as reações pareciam ter pouco efeito prático. Algumas respostas vagas, algumas soluções quase inviáveis, “tenho” um lá no Peru, ou “tenho um mas não funciona”, tenho mas, mas, mas, mas... foram várias ou algumas respostas que davam esperança, mas não resolviam. A vontade quase se tornou obsessão, e a pouca liquidez financeira do momento me impediam de tomar o passo mais “normal” na nossa atual sociedade. Comprar um novo. Até por uma questão de princípio  e valor, disse a mim mesmo “já tem tanto lixo eletrônico, não é possível que não tenha uma solução viável nos 2k seguidores” alguma maquina velha parada pra me servir de máquina digital de escrever... pelo direct, nada apareceu, não resisti, a vontade só crescia.
Contactei meus apoiadores ligados ao surfe, mas que me fortalecem em projetos também fora desta atividade. Falei com o Ricardinho da MUFA BRAND, com a Luara e o Alan da SLAID FINS, com o minha amada Lêlê da ODOYA, com o Beto da OFICINA 6 e com o Olavo da CARAMUJO BALINÊS, e fiz uma vaquinha pra conseguir comprar este computador que agora escrevo. Todos foram tão receptivos a iniciativa, e não só me apoiaram financeiramente mas colocaram as melhores intenções pra que eu manifestasse esse movimento de construção de um blog, um site, onde possa reunir esse material foto-textual, pra criar, poetizar e compartilhar!
Sou muito grato a cada um deles, e a cada um de vocês que agora estão me lendo. Abro o espaço e o coração pra sugestões, comentários, críticas, perguntas, idéias e o que vcs sentirem vontade de contribuir e retribuir, que possamos fazer essa roda girar, como um tubo infinito multicolor rumo ao infinito! Que todos sejamos livres, felizes e vivamos em Paz.
 ALOHA
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johnmagrath · 4 years ago
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acordar dum possível sonho
despertar pra uma certa realidade
perceber a luz que do sol emana refletindo sobre a água
não possuir, nada nem o tempo, e ainda sim
se perguntar: sou eu esse sonho ?
contemplar a beleza deste instante
deixar os tais livros repousantes
a tristeza (agora) distante
e rimando meio sem jeito, acontecendo consonantes
gerundiando, genuinamente, sendo
o que? ver, sentir, amar, ser, dissolver-se e 
e
esqueci.
photos. Rejane Lemos 
Arpoador, Rio de Janeiro
Brasil 2021
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johnmagrath · 4 years ago
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amanhã
fotos de Luiza Tozzi
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johnmagrath · 4 years ago
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Há(Manhã)
traduzido e adaptado do francês
 Aos cem-mil anos de idade
ainda terei a força
d´esperar... ó amanhã!
pressentido pela esperança.
 O tempo, velho que sofre
de muitas entorses,
pode gemer: a manhã é fresca,
fresca é a noite.
 Mas depois de tantos meses
ainda vivemos à véspera.
Vigiamos e guardamos a luz e o fogo
falando baixinho...
E abrimos os ouvidos
aos pequenos sonidos
que tão logo se apagam
perdidos
como em um jogo.
 E na noite profunda, testemunhamos ainda
O esplendor do dia e suas maravilhas
E se não dormimos, é por caçar a Aurora
Que virá como prova
que afinal
vivemos no presente.
 Robert Desnos, 1942 (tradução e adaptação por John Magrath)
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johnmagrath · 4 years ago
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O Louco na Montanha
 Sai o louco de sua caixa
Sai o louco lobo caixa lobo
O Louco não cabe mais dentro do lobo
O lobo não cabe mais dentro da caixa
Abre-se a caixa, sai o louco
Sai o lobo a lua o louco a lua sai a lua o louco
Sai, sai e aparece a lua louca lua
Uiva uiva uivam
E desse não caber nascem as palavras
Saem os versos desesperados do louco lobo rouco
Sai por impulso reflexo necessidade
Vontade simples de contar as histórias
As histórias que ninguém ouve (música que “que os loucos ouvem”)
As aventuras por onde o lobo dentro fora da caixa já andaram
Viveu experienciou o lobo, o louco, mais ninguém
(Todo mundo) Ouve as palavras que saem
(tudo mudo) Sai de dentro da caixa as palavras, as histórias
Uiva o louco
Grita o lobo
Ficam os versos vento
a Lua
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johnmagrath · 8 years ago
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"os rios são como veias"
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johnmagrath · 8 years ago
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la vie ...
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Sur une souche, au détours d’un bois parmi d’autres…
photo kore kaimasen
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