josephineessaex
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𝒈𝐚𝐫𝐝𝐞𝐧 𝑜𝑓 𝒆𝐝𝐞𝐧 .
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𝑓𝑟𝑜𝑚 𝑚𝑦 𝑟𝑜𝑡𝑡𝑖𝑛𝑔 𝑏𝑜𝑑𝑦 ,𝐟𝐥𝐨𝐰𝐞𝐫𝐬 𝑠ℎ𝑎𝑙𝑙 𝑔𝑟𝑜𝑤.
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josephineessaex · 13 days ago
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Léa Seydoux as Belle in La Belle et la Bête (2014), dir. Christophe Gans
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josephineessaex · 13 days ago
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Conhecia os dançarinos que se apresentavam no dueto, e tinha feito questão de prestigiá-los na plateia durante o número. Para Josie, nada havia de mais importante que a dança. Seus olhos acompanhavam os amigos com o fascínio de quem sabe o que ama, de quem os próprios sonhos espelhados, e tamanho era seu foco que sequer notou a aproximação de ninguém até que foi endereçada. Apesar de surpresa, a presença dos guardas não a permitiu sentir ameaçada conforme digeria a pergunta recebida. Chaperone? No idioma da realeza, a escolha de palavras tinha uma intenção clara. Ser cortejada não lhe era nenhuma novidade. No palácio e em Hexwood, as tentativas costumavam vir dos khajols que a viam como uma oportunidade de ascensão na cadeia alimentar. Não se surpreendeu ao ser abordada por um homem, mas se surpreendeu por não o reconhecer. Sabia não ser nenhum dos nobres que a tratavam como um troféu – era possível que a oferta viesse de um plebeu? A ideia não a incomodava. Pelo contrário, era divertida, posto que odiava ser tratada como uma peça de cerâmica. Se permitiu desviar os olhos da dança para o responder com toda cortesia e educação, afastando as saias do vestido bufante para abrir espaço ao seu lado no banco reservado para ela, já que tinha recusado o camarote improvisado para os Essaex. ── Sinta-se à vontade para se juntar a mim. ── Estendeu o convite, indicando o lugar agora disponível. ── Não acredito que tenhamos sido apresentados. O senhor parece saber quem sou, o que me deixa em desvantagem. ── A observação era curiosa, pois tinha notado que em momento algum a recém-adquirida companhia tinha se apresentado por um nome.
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Desde que havia entrado na brincadeira de ser Florian, havia uma certa tentação em não sair do personagem. Era sempre bom ter a liberdade que ele lhe proporcionava. Um poeta apenas descobrindo a capital era um disfarce perfeito para experimentar a vida de um artista. Não havia grandes expectativas, ao mesmo tempo que as possibilidades eram infinitas. Não havia restrições de onde poderia ir desacompanhado ou assuntos que não poderia tratar, havia se descoberto um amante das discussões das discussões acaloradas sobre sentimentos. Tudo isso em pouco menos de um mês de disfarce, mas sua parte favorita era certamente ver as pessoas que conhecia em seu disfarce. Internamente fazia uma pequena competição para saber qual de suas amigas descobriria primeiro. Havia encontrado a maioria no festival e seus olhos procuravam sempre por elas. Sorriu ao finalmente achar Josephine perto da balada de dois, se aproximando de forma lenta. "Se me permite a ousadia, sua graça precisaria de um chaperone?" Perguntou se curvando levemente em reverência. "Acredito que o espectáculo seja melhor aproveitado quando se está acompanhado."
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josephineessaex · 16 days ago
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Myra era uma fêmea. Apesar das aulas de equitação, não sabia o suficiente de cavalos para distingui-los; só o que sabia era que, de maneira geral, fêmeas costumavam ser mais dóceis. Fazia sentido dada a gentileza com que a égua a tinha abordado. Agora que a conhecia pelo nome, a rodeou até que estava diante de seu rosto, apoiando a mão em seu focinho com a mesma delicadeza que dela tinha recebido. ── É um prazer, Myra. Obrigada pela companhia. ── A agradeceu como faria com um ser humano, tendo recebido mais empatia do animal do que da irmã com quem havia brigado. Em resposta, a égua roçou o rosto contra o tecido de seu vestido, o afundando em seu colo. Pega de surpresa, Josephine riu escandalizada antes de recuar. Apesar da modéstia do decote, o cobriu como se tivesse sido repreendida por uma das amas. ── Não suponho que ela trate todas as damas desta maneira...? ── Havia humor e não ofensa na pergunta, por muito que o rubor agora aquecesse suas faces. Precisou desviar o olhar tão logo um pensamento travesso a ocorreu: talvez a curiosidade particular do animal fosse um reflexo das preferências do dono.
Certamente descreveria aquele como um momento inesperado. Ao menos o homem não parecia ter percebido que estivera chorando momentos antes, o que por si só já era uma vitória dada a crescente lista de vergonhas que vinha passando nas últimas semanas. Se permitiu relaxar ao perceber que ele tinha afastado a mão da espada, sabendo que a interação já tinha se prolongado o suficiente para a tranquilizar com uma simples noção prática: se ele a quisesse matar, já o teria feito. Agora tinha uma outra preocupação em mente: não podia permitir que os guardas a vissem a sós com um homem. Sua família seria escandalizada! Espiou entre as árvores, os ouvidos atentos a qualquer ruído de pegadas contra os galhos e folhas que cobriam a área florestada. Estava prestes a planejar uma retirada estratégica quando o ouviu se apresentar sem muitos bons modos, como se tivesse sido criado por lobos. Francamente, não esperava que ele a reverenciasse, mas o que seria do futuro de Aldanrae quando cavaleiros sequer se davam ao trabalho de oferecer apertos de mão?
Ironveil. Suas lições de heráldica compensaram então: conhecia o sobrenome, e sabia pertencer ao Dirigente da Infantaria de Wülfhere, um dos dois filhos de um casal de heróis de guerra. Como princesa, era esperado que os nomes das lideranças do reino lhe soassem familiares: tinha aprendido a reconhecer linhagens e emblemas, cargos e títulos, e era estranho finalmente ter um rosto a associar com aquele em particular. O homem era um bocado taciturno, mas esperava que fosse mais velho, e menos...
Sacudiu a cabeça para afastar o pensamento tão logo este lhe ocorreu.
── Bom, também é um prazer conhecê-lo, Sr. Ironveil, ainda que em circunstâncias pouco ortodoxas. ── Se agarrou à própria educação como sempre fazia, ponderando se devia bater em retirada antes que o vinho de rosas que agora a regia a traísse. Não podia indicar grandes reconhecimentos frente ao sobrenome, ou seria pega na própria mentira. A revelação sobre a natureza arisca de Myra foi a isca no anzol que a fisgou: se a égua era supostamente tão difícil, porque tinha comido na palma de sua mão?── Eu não fiz nada, foi ela quem me abordou. ── Se defendeu da linha de questionamento como se fosse uma acusação. ── Talvez ela só goste mais de mim do que de você. ── Sugeriu, acompanhando a hipótese de um sorriso. ── Aposto que conseguiria bater seu recorde ao montá-la. ── E o provaria ali mesmo, não fosse a roupa inadequada.
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AS CICATRIZES do rosto e das mãos contavam uma história pela simples benesse da própria existência. Vivo e marcado pelo receio, de modo com que apenas os Changelings como ele entendiam, olhos escuros deslizaram dos arbustos para a mulher--- opacos pela desconfiança. Detiveram-se ali, na figura adornada, ponderando sobre o contraste da mão ainda úmida de saliva e o tecido refinado que lhe fazia parecer ter sido arrancada de uma pintura. Duas imagens dissonantes que angariavam mais dúvidas. O que ela estava fazendo ali, longe da multidão, sem escolta? Certamente pertencia junto à patota dos nobres e Khajols, que, entorpecidos, divertiam-se às custas do bom-senso. Alec, porém, manteve-se em silêncio taciturno e habitual. Vasculhou a memória por qualquer Sylwen que pudesse ter cruzado seu caminho (ou o de Torin) no passado e, sem conseguir realizar ligações, presumiu que a primeira fosse ali. "Myra. É o nome dela." Comedidamente, o Dirigente da Infantaria alternava o olhar entre a mulher e a montaria, mas foi ao ouvir o comentário sobre a configuração da festa de Kirke que se permitiu uma bufada--- que não chegava a se assemelhar a um riso, mas que carregava o significado prático de um. Uma coisa era debochar de nobres e sua conspícua futilidade no Baixo Império, e outra era rir deles inserido em seu território. Ele não queria perder a língua ou ganhar outra cicatriz; e a interação de Sylwen com Myra desarmava seu escárnio automático. "Ela tende a aparecer em momentos inesperados." Como quando Alec corria com o corpo de Torin entre fumaça, sangue, rugidos de dragões e o zunido cruel das flechas tilintando junto ao ouvido. Ou como em noites insones vagava o acampamento, encontrando conforto na companhia da única criatura viva que não se importava com a sua verdadeira identidade. A voz se suavizou logo em seguida, ao ter a pergunta devolvida sem rodeios. Antes de replicar, ele endireitou as costas, como o hábito de transpassar a grandiosidade do verdadeiro: "Torin Ironveil." Mesmo que já fizesse mais de um ano, havia desconcerto sutil na mentira. Alec não sentia necessidade de lhe dizer o cargo ocupado ou dar mais explicações, pois duvidava que alguém como ela fosse sequer reter informação após aquela tarde. As íris escuras, porém, contrariando qualquer preconceito que pudesse ter (e certamente carregasse), habitavam certo reflexo de curiosidade envelopada pelo refreamento hierárquico... Myra, diferentemente do que poderia se presumir de um cavalo, não era fácil de ser conquistada. "Demorei seis meses para montá-la." O comentário da voz rouca, grossa e pouco expressiva veio não para preencher o silêncio ou demonstrar-se cortês. Era... quiçá, impressionado. "Outros seis para cavalgar." Os lábios se apertaram ao dar um passo para a frente, mais próximo ao animal que tentava empurrar o focinho contra Sylwen, como se se deliciasse com seu cheiro. Era um gesto típico de um cavalo tranquilo. Agora Alec encarava a mulher sem dar espaços para divagar a atenção. Um aspecto da personalidade escondida do mais velho Ironveil era a paciência e empatia com animais. Se pudesse escolher o que fazer da vida, seguiria num rumo pacífico de cuidados, cercado deles. Ele tinha o manejo correto, a excelência no trato... E ainda assim tinham sido seis meses. "Ela gostou de você. O que--- Como você fez?"
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josephineessaex · 16 days ago
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Queria ser tola como a julgavam. Talvez assim não tivesse percebido certo escárnio nas palavras de Igraine a respeito do pai, e talvez então não tivesse se magoado. À sua maneira, o Imperador a tinha treinado para ouvir as palavras não-ditas e deixadas nas entrelinhas, e ela neste espaço que a irmã realmente se comunicava. Naquilo ao menos eram parecidas: a ideia de confrontar a verdade diretamente a deixava igualmente desconfortável. Como resultado, se viam presas em uma coreografia datada, dançando ao redor do que as separava e permitindo que cada passo em falso as afastasse ainda mais. Ouvi-la dizer que não a cabia julgar teria feito Josephine rir em outras circunstâncias. O que ela estava fazendo se não julgar naquele exato momento? Cada tentativa sua de a alcançar era rechaçada como inadequada, e Josie só podia concluir que era por não a julgar digna de seu tempo. Patética como era, tentou impedir que as lágrimas caíssem ao erguer o rosto, cerrando as pálpebras antes que as emoções transbordassem.
O que doía ainda mais era um detalhe que Igraine não tinha como adivinhar. Seamus não respondia suas correspondências havia mais de uma semana, e Josephine se sentia sozinha como nunca antes. Tudo o que ouvira dele tinham sido ordens dadas através dos criados, mesmo quando o escreveu para contar que tinha machucado o tornozelo. Não fossem as mãos hábeis de uma das Khajar Al Kahandor, muito provavelmente ainda estaria mancando, colocando sua carreira como bailarina em cheque. Ninguém a tinha consolado. Como poderiam? Por fora, parecia perfeita, como uma decoração colocada na mais alta das prateleiras. Fora de alcance. ── Papai certamente me fez sentir amada durante estes tempos difíceis. ── A mentira a escapou com facilidade, o instinto de defendê-lo maior que qualquer vontade de se fazer vulnerável. Sua lealdade estava com a coroa, para bem ou para mal. ── Gostaria de ter tido a chance de fazer o mesmo por você. ── Ao baixar o queixo e virar para voltar a encará-la, já não escondia o próprio amargor. Ninguém a poderia acusar de não tentar.
Igraine dizia não querer brigar, mas tampouco queria dar-lhe uma chance. Já não a conhecia. Não sabia como passava suas tardes, quais livros lia, se ainda tocava algum instrumento. Em algum ponto de suas vidas, seus caminhos tinham divergido, a tornando apenas mais uma figura sentada à mesa imperial durante os jantares oficiais. Um dia tinham partilhado segredos. Agora mal conseguiam dividir o mesmo ambiente sem se desentender. ── Se desaparecêssemos do festival neste exato momento, ninguém além de nossos guardas iria notar. ── Aquela era uma verdade cruel. Como princesas, eram apenas acessórios. O povo só se importava realmente com o Imperador e seu herdeiro. Caminhou entre os itens expostos, inspecionando os pertences de sua mãe. ── Ainda assim, aqui estamos, integrando a linda decoração. Devíamos tentar fazer o melhor com o que temos. ── Seus passos a levaram de volta à irmã, para olhar sobre seu ombro e inspecionar o objeto a que ela se referia. A joia era incrivelmente brega, repleta de pedras preciosas e parecendo pesar meia tonelada. A opulência naquela medida sempre a deixava desconfortável, e tampouco se recordava de ter visto Meritaten usando o colar. Uma risada própria a escapou então. ── Acho que podemos deixar esse daí para Niamh. ── Sugeriu, não fazendo questão alguma de herdar os pertences da Imperatriz, em especial os que pareciam adornos para uma árvore de Saturnália.
Uma pergunta a ocorreu então. Estivesse com qualquer outra companhia, a teria guardado para si. Com Igraine, percebeu que a fazer em voz alta talvez fosse a derradeira chance de encontrar alguma conexão. Buscou pelos olhos dela com os seus. ── Quantas famílias acha que poderíamos alimentar com um dos rubis?
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Era em momentos como estes que compreendia melhor porque foi escolhida por Cernunnos. Como as bestas selvagens ao seu redor e as raízes sob seus pés, era impossível prever completamente as reações da princesa. Uma risada ficou presa em sua garganta, amarga e terrível, que ela impedia que saísse. Josephine não sabia, não tinha como saber, a dimensão que suas palavras tinham sobre si, como flechas de um caçador mirando diretamente no peito de sua presa. O primeiro sinal foi a reação alheia com a menção, ou melhor, o cutucar, sobre o Imperador. Como Josephine pareceu entrar em defesa de Seamus, do pai, de uma maneira que Igraine nunca sentiu o ímpeto de fazer, nem mesmo com Meritaten. Percebia isso não apenas em Josephine, mas em Niahm também. — Suponho que não, decerto não é da posição de ninguém julgar a proporção dos sentimentos de alguém. — Não ocultou o quanto havia se ofendido com aquelas palavras, pois insinuar que Igraine havia se isolado após a morte de Meritaten era algo longe da verdade, era ignorar tantas pessoas que já eram ignoradas.
Sua ama havia batido na porta de seu quarto naquela mesma noite, uma bandeja cheirando a chá de jasmin e biscoitos de canela, e foi no colo dela que chorou como uma criança pela mãe que nunca teve. Na manhã seguinte, a filha do jardineiro chamou sua atenção puxando sua saia quando caminhava pelos jardins e a guiando para a cozinha, encontrando sua refeição favorita sobre a mesa simples de madeira. Até mesmo um dos guardas ficou muito mais afastado do que o normal quando Igraine quis cavalgar, dando a privacidade que ela tanto precisava, pois era durante esses momentos de velocidade que conseguia pensar melhor. Mas Josephine jamais saberia de nada disso. Imaginava que ela sequer gostaria de saber, tendo tantos conceitos já formados sobre si. — Elas eram muito próximas, sim, quem sabe na mesma medida que você é próxima de Seamus. — Sentia, mais do que sabia, o que Josephine estava tentando fazer, porém não conseguia traçar esse paralelo, não quando possuia tanto rancor escorrendo entre as paredes de sua proteção.
As mãos de Igraine ficaram suspensas no ar, na mesma posição que elas ficaram quando Josephine interrompeu o toque e se afastou. Não sentiu arrependimento pelas suas palavras, mas sentiu uma onda de culpa a tirando do eixo. Sabia, porque aprendeu a ler as pessoas, que Josephine estava chorando, e a confirmação veio em seguida com a voz embargada. Sua mão se ergueu, como se pudesse alcançá-la, tocar o seu ombro, abrir os seus braços para um abraço, mas ao invés disso seus braços descansaram na lateral de seu corpo. Suas palavras sobre a exposição tinham a intenção de descontração, e a reação de Josephine, a sua vontade de ir embora, mostrava que seu tom não havia sido como esperava. Era como se fossem estranhas uma para a outra. — Eu não quero brigar. — Decidiu largar as meias palavras, erguendo o que poderia ser o pano branco da trégua. — E também odeio estar aqui, agindo como se tudo estivesse bem. — Na verdade, Igraine mal conseguia se lembrar quando algo na sua família já esteve bem. Suspirou, seu olhar indo para uma dos objetos de Meritaten, um colar que dizia ter sido presente de seu marido, muito estimado por ela. Um engasgo, um indicio da risada prendida, soltou em sua garganta. — Eu nunca nem a vi usando isso.
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josephineessaex · 16 days ago
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Não sabia o que tinha a possuído, mas o impulso de se rebelar contra as amarras da coroa a vinha consumindo desde a morte da mãe. Era como se o choque a tivesse feito despertar para o óbvio: estava desperdiçando sua vida entre as paredes do palácio, sem conhecer nada do mundo, como se a oportunidade de viver não lhe pudesse ser arrancada a qualquer momento. Talvez também quisesse fugir da sensação de vazio que a partida da Imperatriz tinha deixado: por muito que nunca tivesse realmente a conhecido, era como se estivesse de luto pelo que poderiam ter significado uma para a outra. O fato de que o pai não respondia suas correspondências havia mais de uma semana tinha sido o empurrão final: se seria deixada por conta própria, se daria ao luxo de fazer o que desse na telha. Cada gole do vinho tinha o doce gostinho de uma liberdade que nunca tinha experimentado antes. Aquela era sua primeira vez bebendo, e certamente entendia o apelo: a adrenalina de fazer algo proibido a estava intoxicando antes mesmo que o álcool fizesse efeito. ── Não há nada de errado em viver! ── Interrompeu sua bebedeira para se defendeu das acusações de Cillian, soando escandalizada ao levar a mão livre ao peito. A menção das vestes alheias a fizeram inspecionar melhor o traje, notavelmente diferente da fantasia de assombração habitual. Não era o mais vibrante dos azuis, mas era melhor que o preto constante, e talvez tivesse um significado. Quiçá implicasse que o Methusael por fim estava se libertando do luto. ── Você descobriu as cores! Estou orgulhosa. ── Elogiou, pousando o caneco de bebida sobre o balcão para poder o aplaudir dramaticamente. ── A escolha foi sua ou de nossa amiga em comum? ── Veja bem, não o queria subestimar, mas confiava muito mais no bom gosto de Sigrid, e em sua habilidade de ser boa influência.
A menção de sua perseguição a fez franzir o nariz, as faces aquecidas pelo rubor da vergonha. Sem precisar se preocupar com a etiqueta enquanto estava disfarçada, aproveitou a oportunidade para o dar um tapa no braço em resposta. ── Eu não te persegui! Eu era só uma adolescente, por que você precisa ficar lembrando disso? ── Quis que a terra se abrisse e a engolisse ali mesmo, a lembrança embaraçosa ameaçando a consumir. Há muito tinha deixado as ambições românticas de lado, fosse com ele ou qualquer outro cavaleiro. Seamus a tinha ensinado que cada coisa – ou pessoa – tinha seu devido lugar, e aquele simplesmente não era o seu. Ao menos podia desviar o foco para Sigrid, sabendo que Cillian morderia a isca da distração. ── Você pode culpá-la? Ela está feliz, deixe-a celebrar. Os deuses sabem que ela merece um pouquinho de alegria depois de tudo o que tem passado. ── Imediatamente se lançou em defesa da Briarsthorn, tendo acompanhado o abandono de Rá em primeira mão. ── Talvez você tenha que levá-la para casa mais tarde. Para a sua, já que Valeriel a mataria se a pegasse bêbada. ── Um brilho travesso se acendeu em seu olhar ao fazer a sugestão, como se quisesse deixar claro que sabia. Sua própria falta de sucesso no amor não a impedia de viver indiretamente através de uma de suas melhores amigas, e de se divertir em dar um empurrãozinho para garantir um final feliz para aquela noite.
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Não estava procurando por ninguém em particular — estava, mas não vinha ao caso — quando se deparou com Josephine pegando a maior opção dos recipientes para enchê-lo de vinho de rosas, bebida que Cillian não apreciava tanto. Era chique demais, imperial demais, pouco robusta para o gosto dele que sempre fora acostumado com algo mais forte. Também tinha o fato de que estava cada vez menos interessado em beber desde que tivera sua época nublada de álcool, que o impedia de pensar por tempo demais, sendo um remédio e veneno ao mesmo tempo. Quando ela bateu de frente consigo, só a reconheceu pelas vestes muito características e pelo leve feixe de luz que invadiu o capuz. Se buscasse na memória, não teria uma recordação sequer da princesa bebendo alguma coisa, mas não era como se prestasse muita atenção naquilo. “Só se assusta quem é pego fazendo algo de errado, tsc. O que te fez não me perceber? É por que estou usando azul?” A provocou sem preocupações, sabendo que tinham intimidade para tal e sem o uso dos nomes corretos reservados à realeza. Se ela queria ficar escondida, podia poupar a verbalização. “Não faço ideia do que está falando. Nem te conheço.” Entrou no pequeno teatro com um meio sorriso torto no rosto, pegando seu próprio copo de rum aquecido, bem menor que o dela. “Mas é claro que vou julgar. Tenho o direito de fazer isso depois de toda a perseguição no passado.” Mais uma vez, Cillian não deixaria passar a oportunidade de envergonhá-la. Tinham uma boa relação, amigável demais para um changeling contrariado quando o assunto era o império e uma princesa que não tinha nada semelhante com o mundo dele. O comentário sobre Sigrid, obviamente, o fez franzir o cenho. Não o incomodava saber que ela estava bebendo e trocando as pernas de lugar, apenas a preocupação em não tê-la visto naquele estado há muito tempo, sabendo que provavelmente haveria uma boa razão para a situação: divertimento excessivo ou uma pedra no sapato. “Vou ter problemas com isso.” Murmurou. “Minha noiva geralmente detesta beber. Não sei se me preocupo com uma tragédia ou se fico aliviado com alegrias exageradas.” Teve vontade de perguntar com quem ela estava, onde e provavelmente marcharia atrás, mas precisava se controlar antes que fosse tarde demais e acabasse mais protetor ainda, fora o ciúme sutil de que ela estava tendo aquele momento. Sem ele.
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josephineessaex · 19 days ago
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Cinderella (2015)
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josephineessaex · 19 days ago
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Com Sigrid, se sentia à vontade para ser caprichosa sem medo de julgamentos e más interpretações. Assim como pedia e gostava de ser mimada pela amiga, moveria mundos e fundos para retribuir. Ao longo dos anos, o vínculo entre as duas forjado tinha se tornado uma cumplicidade inquestionável, uma certeza muito semelhante à que um dia tinha julgado ter com Freyja – somente para se decepcionar. Não permitia que a mágoa com a Hrafnkel envenenasse o conforto que sentia com Sigrid, e nem que a tornasse incapaz de confiar: pelo contrário, sentiu a si mesma relaxar enquanto a amiga corria os dedos por seus longos cabelos, as mãos trabalhando com agilidade em um ritmo que se assemelhava a uma carícia. Ainda não tinha encontrado com Cillian no festival, mas qualquer homem com um par de olhos e moderado bom senso ficaria radiante ao ter uma prometida bonita como a Briarsthorn – o que a lembrava que ainda tinha mais fofocas por arrancar. ── Ele te deu um anel? ── Questionou em um sussurro, incapaz de conter a própria empolgação que se externalizou em uma risadinha conspiratória. A menção de Ânglia fez Josie encolher os ombros, a temporada na capital durante o ano letivo tendo sido tudo menos prazerosa para ela e para sua família, mas ao menos podia ficar feliz pelos dois sem sentir inveja. Parando para pensar, era estranho que Sigrid não tivesse pernoitado com ela no castelo ao longo do recesso, e o estalo de realização a ocorreu então. ── Sigrid Briarsthorn! Você ficou hospedada com ele? ── A pergunta soava escandalizada, mas também como uma intimação: queria saber todos os detalhes mais sórdidos. A vida amorosa e sexual da amiga a distraiu de toda e qualquer preocupação com o cabelo ou com Rá, com aparências ou com religião.
Conforme alcançavam o início da fila, a arrastou consigo para o balão com uma pressa pouco característica, ansiosa pela privacidade para que pudesse ouvir a versão da história sem muitos pudores. Tinha muito o que a contar de seu lado também, e talvez partilhar os próprios segredos a encorajasse a desembuchar. ── Papai não está aqui. Não recebo notícias dele já faz alguns dias, mas imagino que esteja ocupado em Ânglia. ── Sua tendência era sempre a de justificar os comportamentos de Seamus, por mais excêntricos que fossem. Era a cara do pai convidar a todos os residentes de Hexwood somente para não os agraciar com sua presença. ── Ah, Sigrid... ── Começou com um suspiro, aproveitando que alçavam voo para colocar sua vergonha mortificante para fora onde não poderiam escutá-las. ── Eu tentei pular o muro do palácio para sair sem minha escolta e acabei estabacada no barro. Torci o tornozelo, estraguei meu vestido, e fui ajudada por um pervertido que queria ver embaixo das minhas saias! ── Sylas tinha jurado de pés juntos que não era esta a intenção, é claro, mas Josephine não era ingênua àquele ponto, e sabia o que os homens queriam com as mulheres. Por muito que morresse de vergonha ao relatar o acontecido, acabou por gargalhar. A história era engraçada quando contada em voz alta.
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Era claro que Sigrid sempre atenderia aos desejos de Josie, não apenas por ela ser uma princesa, mas pela amizade sincera que nutria com ela há tantos anos. Ela era sua querida há tempo demais para que negasse qualquer coisa; além de tudo, a ingenuidade presente no olhar fazia com que Sigrid quisesse protegê-la, mas que sequer fosse boa em proteger a si mesma. "Mas é claro!" Respondeu ao tocar nos fios claros, sorrindo ao pensar nas respostas das perguntas dela. Quando refletia sobre o aspecto geral, não deveria estar tão bem. Apesar da volta para Hexwood, não tinha magia alguma! Tinha perdido Rá, o imponente deus sol, tendo sido rejeitada e castigada e... mesmo assim estava bem. A angústia parecia apenas uma leve camada incômoda no coração que batia com felicidade. "Nosso velho amigo está ótimo, radiante como eu." Sigrid não se importava muito com os códigos ao pegar as três partes dos cabelos da amiga e começar a trançá-los de maneira delicada, temendo puxar demais. "Passamos bons momentos enquanto em Ânglia, antes de todo aquele caos acontecer. Na verdade, eu estava passando por instantes bem ruins, mas ele estava lá comigo e no final de tornou bom. Você sabe, o sol me deixou de vez. Fiquei mal, mas agora me sinto bem." E ainda haviam os sinais! Definitivamente queria contar sobre isso, porém também desejava saber mais sobre a princesa. Como aquele coração sensível estava lidando com tudo? "Não vai ficar descabelada. Duvido que perderia seu charme se ficasse também." Brincou ao terminar a trança, virando de novo para si de forma suave. "Prontinho. Nada de ficar descabelada." Passou uma das mãos pela trança feita, garantido alguma resistência. "Como tem estado?" Indagou, pensando se era mesmo a melhor pergunta a se fazer. "Eu fiquei surpresa que o Imperador tenha pago para todos. Deve acreditar que precisamos de um pouco de diversão após tudo o que aconteceu. Ele está por aqui?" Nãos se recordava de ter visto Seamus — não que tivesse procurado muito, afinal.
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josephineessaex · 19 days ago
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Vê-lo apressar o passo a despeito da perna comprometida a fez sentir uma pontadinha de culpa. Veja bem, não queria causá-lo mal – Josephine não faria mal a uma mosca sequer. O caderno tinha parado em sua posse não por malícia, mas por uma combinação de sorte e omissão calculada. Sylas o tinha deixado cair na confusão de ajudá-la a pular o muro e, ao perceber o pertence deixado de lado na grama, decidiu não o alertar a respeito. Estabacada no chão, talvez tenha coberto a capa de couro com a saia do vestido, mas o que era aquilo que não uma consequência natural do destino? O homem parecia demasiado distraído pelo que tinha rotulado como ingratidão para o notar. Ao folhear as primeiras páginas na privacidade de seu quarto naquela mesma noite, não tardou a perceber que os registros eram extremamente pessoais. Por muito que quisesse lê-los para entender o que o tornava tão estranho, resistiu à tentação para provar sua boa intenção: não o queria violar, apenas garantir que guardaria seu segredo.
A voz erguida contra ela a pegou de surpresa, e despertou uma reação imediata de seus guardas, que levaram as mãos às espadas e se aprontaram para derramar sangue. Ergueu a mão para os interromper, tentando impedir que a situação escalasse – não sabia que aquela seria a reação ou teria recalibrado seus movimentos. Vexthorne parecia ter se esquecido que acabaria em apuros se não tomasse cuidado, e havia um limite para até onde o podia proteger. ── Sem exageros, rapazes. Sylas e eu somos amigos. ── Informou aos guardas com o mais alegre dos tons, tentando projetar a tranquilidade que queria ver refletida na interação, tomando a liberdade de o chamar apenas pelo primeiro nome para tornar a atuação mais convincente. ── Não somos, Sylas? ── Voltou-se para ele como quem espera confirmação, o caderno em suas mãos sendo a maneira perfeita de garantir que aquiesceria.
Ao julgar pela reação desproporcional, o que quer que havia depois da página três devia ser extremamente comprometedor. Seus olhos alternaram entre o rosto desesperado de Sylas e a capa do volume que tinha em mãos, quase arrependida de não ter completado a leitura antes de anunciar o que tinha em sua posse. Não usaria os segredos contra ele, mas gostaria de sabê-los sem outro motivo que não a curiosidade. ── Se te tranquiliza, eu não passei das primeiras páginas. Encontrei o caderno na grama depois do nosso... acidente. ── Aquela era uma maneira de chamar o flagra que ele a tinha dado. Sentiu as faces esquentarem perante a lembrança, a vergonha de ter sido vista escapulindo do palácio sendo quase mortificante. Depois da péssima primeira impressão que tinham deixado um no outro, duvidava que o changeling fosse simplesmente acreditar em sua palavra. ── Juro pelo que você quiser. ── Ofertou, estendendo o dedo mindinho para ele em uma promessa como era comum entre as crianças. ── Guardei para te devolver quando nos víssemos novamente. Tinha esperanças de que nossos caminhos voltariam a se cruzar. ── Teria pedido aos guardas para o buscar se necessário, mas era conveniente não precisar ser desagradável.
Ainda que o plano final fosse devolver o caderno em troca de uma promessa, por ora o manteve firmemente preso ao peito, o abraçando como se fosse um objeto precioso. Primeiro queria que Sylas concordasse com seus termos e condições. Ofereceu o braço livre ao cavalheiro como maneira de o convidar. ── Que tal uma caminhada? ── Sugeriu conforme sua escolta recuava, relutantemente os dando algum espaço. ── Sinto que temos muito o que conversar.
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Sylas estreitou os olhos para a Princesa que, por algum motivo, parecia estar acenando para ele na multidão. Tamanha graça não poderia desmuni-lo da desconfiança, pois Vexthorne sabia muito bem do perigo que acompanhava aquela carinha inocente. Fosse pela ingratidão, pela incrível habilidade para insultar suas boas intenções ou simplesmente pelo sobrenome que carregava, sua única certeza era que devia se manter longe de Josephine Essaex, porque ela ativava todos os seus alertas. Era mais seguro assisti-la de longe, se reservando a ser só mais um na plateia quando ela se apresentava. Ele continuou de braços cruzados, assistindo-a buscar por alguma coisa na bolsa enquanto uma pontinha de curiosidade começava a surgir. Será possível ela ter se dado conta do quão péssimo foi o próprio comportamento e agora querer recompensá-lo…? Sylas não era tão iludido, mas o possibilidade o divertiu — seria engraçado vê-la tentar consertar. O súbito bom humor foi varrido tão rápido quanto veio, o rosto se empalidecendo no momento em que percebeu o que ela tinha em mãos. Ele sequer estava em movimento, mas mesmo assim quase tropeçou nos próprios pés quando a vergonha e a preocupação o atingiram com uma força que ameaçou tombar seu equilíbrio. Puta que pariu, esse tempo todo o caderno estava com ela?! E como diabos ela conseguiu furtá-lo? Sabendo que a loira era uma pessoa movida pela curiosidade a ponto de pular muros sem fazer a menor ideia do que está fazendo, imaginava que ela certamente também já tinha fuçado as páginas, e a compreensão o fez se sentir pelado e indignado. Correr até ela seria uma tentativa de homicídio contra a perna ruim, mas Sylas fez o mais próximo possível disso, pois aquilo não podia continuar nas mãos dela nem por mais um segundo. ── Me devolve. ── A voz soou mais alta do que gostaria ao se aproximar dela na fila, nada parecido com um pedido. ── Isso aí é meu. Onde... Ou melhor, como você pegou?!
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josephineessaex · 23 days ago
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Muitos dos nobres a tinham cumprimentado ao longo da noite, a oferecendo as condolências pela perda da mãe e a colocando no incômodo papel de parecer devastada. Já tinha chorado todas as lágrimas e, ainda assim, conforme os meses se passavam, parecia haver certa expectativa de que nunca voltasse a ser feliz. Josephine buscou refúgio onde as pessoas estariam distraídas demais para notá-la, e se viu de pé em meio a tenda das palhaçadas, passando despercebida enquanto os demais se engajavam nos jogos. Assistia as brincadeiras de longe, sabendo ser impróprio para alguém de sua estação participar na maioria. A que mais a tentava era a caricatura: gostaria de não precisar se levar tão a sério para variar. Enquanto sua personalidade era contida, a de Lilac era o extremo oposto, e o seon agora flutuava ao lado do artista a quem assistia como se fosse seu aprendiz. Eram ambos criaturas curiosas, mas só um dos dois tinha a coragem de o externalizar. Estava satisfeita com a sensação de ser parte da decoração até alguém a elogiar. Ao girar o rosto para encarar a origem da voz, encontrou o rosto familiar do professor de Profecias & Presságios a lhe sorrir. Borboletas flutuaram eu seu estômago ao vê-lo – o que, segundo sua cultura, deveria ser um sinal ruim. Ofereceu a melhor expressão modesta em resposta, inclinando a cabeça gentilmente em apreciação. ── Fico feliz que tenha gostado, Lorde Güller. É minha cor favorita. ── Envergonhada, quase desviou os olhos conforme ele beijava as costas de sua mão, o momento breve demais.
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Não estava acostumada a ser vista fora dos palcos. Ao fitá-lo com mais atenção, percebeu que seus trajes e seons pareciam perfeitamente complementares: os dele em um roxo intenso, e os seus em um lilás mais pálido. ── Estamos todos em sintonia, então. ── Indicou a figura do próprio seon junto ao artista para ilustrar o argumento, seu brilho tendo o mesmo tom que o tecido diáfano do vestido que usava sob a luz. ── Em sua experiência profissional, diria que é um sinal de algo? ── A pergunta foi feita na mais completa inocência, tentando demonstrar interesse na disciplina por ele lecionada, inclinando a cabeça em sua direção para ouvi-lo em meio à cacofonia de sons ao fundo. ── Assumo que tenha crescido no interior. A moda foi a maior das mudanças?
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@josephineessaex
tenda das palhaçadas 📍
prompt: vou te levar daqui do charlie brown jr. "mas eu ainda fico impressionado com as coisas da cidade."
Por mais que fosse tão requintado quanto um nobre poderia estar, o professor jazia inerte na interação à sua frente com alguns conhecidos sendo desenhados em um quadro de grande proporção. Fê-lo pensar que, curiosamente, nunca havia feito um quadro de si para pendurar em casa, contrastante com o de seus pais que adornava a sala de estar. Apesar de ser o dia em que sua filha passava um tempo com a mãe, Volkan ainda sentia necessidade de ter pelo menos uma recordação tingida com a menina, preservando as feições joviais de ambos até que ele mesmo pudesse se lembrar nos anos seguintes, mas a possibilidade podia esperar um pouco. Enquanto isso, continuava nos emaranhados de seu pensamento até denotar a presença próximo à si que era claramente impossível de não ver, até porque as cores que compartilhavam em seus trajes era cabível de comentário. "Seu gosto é realmente impecável, vossa alteza. Diria que a cor lhe cai muito bem. Contrasta com os olhos." E um sorriso nascera nos lábios conforme analisava a princesa, lhe pegando a mão sutilmente para selar um beijo em sua pele e logo em seguida cortando o contato ao afastar-se o suficiente para não incomodar, mas continuar interagindo.
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"E de antemão peço desculpas pela afronta de copiá-la. Eu e Syndra estamos em sintonia." Indicou com a cabeça para o seon flutuante de idêntica cor a seu uniforme. Posteriormente, tentou puxar assunto para não parecer um completo estranho. "Não posso deixar de ficar impressionado com as coisas da cidade, mesmo já sabendo que não é impossível e tampouco incomum."
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josephineessaex · 23 days ago
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Os diamantes em sua orelha passaram a pesar uma tonelada tão logo foram mencionados. A escolha não tinha sido sua: Seamus havia enviado o par até Hexwood com uma nota curta. Eram de sua mãe, cada um com sete pedras de diferentes tamanhos formando uma flor. Até onde sabia, aquela era a única coisa que ela e Meritaten tinham em comum. Usava as joias de uma completa estranha, e aceitava condolências por uma perda que nunca doeu. A dor estava no que podiam ter tido, nos vinte e seis anos vividos sem nunca a conhecer. Quis arrancá-los de suas orelhas, mas não o fez. Não teve nenhuma resposta ao elogio. Igraine não tinha como adivinhar a ferida que cutucava com seu comentário, e não era justo permitir que a observação inocente a amargurasse, mas Josephine era apenas humana. Estava tentando, realmente tentando, e tudo o que a irmã fazia, deliberada ou inconscientemente, era afastá-la.
Por muito que não tivesse afastado seu toque, Igraine não apertou sua mão de volta. Seus olhos passearam pela coletânea de artefatos dispostos na tenda como se a evitassem. A rejeição era educada, deixada nas entrelinhas, mas Josephine tinha sido criada na corte, e tinha discernimento o suficiente para a compreender. A ouvir falar sobre o pai com tanto rancor trouxe certo aborrecimento à tona. Seamus era todo o seu mundo, e Josie era a menininha dos olhos do pai, seu instinto em defendê-lo uma segunda natureza. ── Todos nós temos, não? Alguns tentam se apoiar na família, outros se isolam. Suponho que não haja uma maneira certa ou errada de lidar com o luto. ── Os exemplos por ela escolhidos foram calculados, um espelho perfeito da situação em que se encontravam. Foi sua vez de desviar a atenção, focando em uma carta escrita pela Imperatriz. Falava sobre assuntos mundanos, planos para um chá da tarde e sobre o céu tingido de gris. Nunca tinha visto sua caligrafia antes e, ainda assim, já estava: arredondavam a letra A da mesma maneira, um perfeito argumento no debate entre natureza e criação. ── Mamãe certamente era querida pelo povo, pelo menos. Por Niamh e por Celeste. ── Seu tom não era necessariamente afiado, mas carregava o peso de todas as comparações a que tinha sido submetida. Estava tentando novamente, buscando alguma cumplicidade na noção de que eram ambas as filhas rejeitadas de Meritaten. Queria desesperadamente que ela visse que tinham mais em comum do que tinham em diferenças.
O olhar direto a pegou de surpresa, e Josephine o sustentou sem hesitação. Soube então, pelo silêncio que precedeu a resposta, que a irmã estava perdida para ela. Se nem mesmo o apelido a tinha lembrado do que um dia tinham sido uma para a outra, já não a podia alcançar. Em outra vida, Igraine a teria chamado de Sylwie, e o sorriso por ela ofertado teria alcançado seus olhos. A certeza a atingiu com uma onda de tristeza tão intensa que precisou recuar, arrancando sua mão da dela no processo. Fez o seu melhor para disfarçar ao girar nos calcanhares, a dando as costas e fingindo estudar um dos vestidos expostos no acervo. Podia sentir as lágrimas se acumulando e prestes a transbordar, e respirou fundo na tentativa de contê-las. ── Tem razão. Essa exposição é um desperdício de tempo. ── As palavras soaram embargadas, a preenchendo de uma vergonha familiar: odiava se sentir vulnerável e sozinha, a sensação uma constante que a acompanhava. Sequer tinha escolhido aquela tenda de maneira deliberada, mas estava claro que Igraine não se via como uma deles. Só o que podia fazer era desistir. ── Quer voltar ao circo? O espetáculo já vai começar, e eu prometi sentar com minhas amigas. ── Não se humilharia por uma mísera migalha de afeto. A estava dando a oportunidade de voltar a colocar distância entre as duas, como parecia ser seu desejo.
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AINDA QUE O BRAÇO ENTRELAÇADO ao seu fosse leve e delicado, o pesar que sentia era de toneladas. Por isso, era uma tentativa vã se distrair daquele caminhar com Josephine, estava consciente demais de sua presença, ainda que seu olhar estivesse na movimentação de corpos e cores. Procurou com o olhar a visão caótica do pequeno Theodoro, filho mais novo da cozinheira do palácio, que ganhou de presente uma ida ao festival por ter sido tão valente ao arrancar seu primeiro dente de leite. Certamente ele estaria em algum lugar daquelas tendas, brincando com seus amigos, enquanto a graciosa Elinor estaria revirando os olhos para o grupo e explicando, com seu ar de sabedoria infantil, sobre cada atração. Pensar neles era relembrar a infância, uma liberdade longínqua e intocável. Foi a voz de Josephine que a trouxe para o presente, seu olhar voltando-se em sua direção, inconscientemente tateando o formato de pequenas estrelas de seu brinco. — Obrigada. — Imaginando que deveria acrescentar alguma coisa em seguida, maneou o queixo em direção aos brincos da irmã. ── Também gostei dos seus.
Não saberia dizer se existia uma razão especifica que fez com que Josephine, que aquela altura a guiava, escolhesse aquela tenda em particular, mas heras cresciam em seu estômago a cada passo, enrolavam cada órgão e subiam até sua garganta ao observar todos aqueles artefatos familiares. Familiar era uma palavra estranha para tal contexto, ainda que fosse sim apropriada considerando que aquela era, para todos os efeitos, sua família. Sua íris encarou o aperto que Josephine oferecia em sua pele, e foi no silêncio que escutou nas palavras alheias coisas que ecoavam na própria mente. Admirava a facilidade de Josephine em conseguir dizer aquilo e, sim, invejava também. Quando Igraine falou, suas palavras carregavam o rancor que sentia. — O Imperador tem uma maneira peculiar de demonstrar pesar por sua falecida esposa. — Igraine nunca chamava Seamus de pai quando não estava sob o olhar público, o fazia apenas para manter as aparências, mas ali não era preciso. Era estranho olhar para tanto de Meritaten e reconhecer tão pouco. — Quem sabe este seja um testemunho do quão querida ela era. — Seu olhar foi ao resto da tenda, tamanho era o vazio que parecia ecoar. A hera apertou mais um pouco.
Tanto tempo havia se passado desde a última vez que ouviu aquele apelido que Igraine demorou alguns segundos para registrar. Pela primeira vez naquele dia, Igraine olhou a irmã, realmente olhou. Os cabelos loiros que pareciam brilhar como o sol quando ela dançava, os olhos claros tão cheios de doçura, e a voz, a voz que foi tão presente em sua infância. Quando buscava afeto dentro do seu lar, era aquela voz que encontrava. Ainda assim, Igraine sentia a garganta fechar ao tentar pronunciar as mesmas palavras que Josephine dizia. Ao invés disso, deu um sorriso, um sorriso formal demais para seu gosto, e colocou a própria mão sobre a dela. — Eu estou aqui, não estou? — Tirando a mão, seu olhar voltou-se para a exposição. —Devo dizer, é uma exposição bem cafona.
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josephineessaex · 23 days ago
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A conversa falha com Igraine a tinha devastado. De coração partido por não ter conseguido derrubar a muralha que agora as separava, Josie tinha procurado refúgio na floresta contra a advertência de seus guardas. Ainda podia ver a clareira dali, mas duvidava que seria vista, e era exatamente aquilo que procurava. Não poder estar completamente sozinha era o mais cruel dos castigos quando tudo o que queria era chorar em paz, mas não o faria na frente dos homens que a acompanhavam como sombras: engoliria cada lágrima até que estivesse de volta nos aposentos de Hexwood, sem olhos que a pudessem julgar. Os sentinelas ao menos tiveram a decência de a dar algum espaço, e só então se permitiu relaxar contra o tronco de uma árvore, apoiando a cabeça e erguendo o rosto em direção ao sol, as pálpebras cerradas na tentativa de conter as próprias emoções. Por muito que já quisesse partir, a expectativa de seu pai pairava sobre ela como uma nuvem – Seamus tinha sido claro em sua ordem para que ela o representasse no festival, o que significava que não podia deixar as obrigações de lado. O melhor que podia fazer era se permitir uma pausa em meio da natureza antes de voltar a encolher sob o peso da coroa.
Os sons do circo e das festividades ainda podiam ser ouvidos dali, mas agora contrastavam com o canto dos pássaros – e com o som de cascos se aproximando. O ruído a fez abrir os olhos, e percebeu estar cara a cara com um cavalo branco, adornado por pinturas elaboradas. Apenas o encarou em silêncio por um par de batimentos cardíacos, apreciando a estranha companhia que não a julgaria. Então, com certa hesitação, Josephine tentou tocá-lo – somente para encontrar o focinho no meio do caminho conforme o cavalo se aproximava. A aceitação foi inesperada e bem-vinda. O acariciou, correndo os dedos pela crina trançada, e chamou um de seus guardas pelo nome enquanto o fazia. Intimou o homem a ceder alguns dos cubos de açúcar que guardava no bolso para a própria égua e, munida das guloseimas, passou a alimentar o animal que tinha se compadecido de sua dor, o permitindo comer na palma de sua mão.
Distraída como estava, nada denunciou a chegada da figura que surgiu entre as árvores. Seu coração veio à boca ao notá-lo, pulando de susto ao ser pega de surpresa. Não bastando a diferença gritante entre suas alturas, Josie se encolheu ao perceber que o homem tinha a mão no cabo de uma arma. Quase gritou por ajuda. Como tinha conseguido alcançá-la sem dar de cara com os guardas? Deu um passo para trás, assustada, levando a mão ao coração como se o quisesse acalmar – e então percebeu que a atenção do desconhecido caía não sobre ela, mas sobre o cavalo. O animal era claramente bem cuidado, e era de se esperar que tivesse um dono. Quando conectou os pontos, encarou a palma agora coberta de saliva como quem debate secá-la no próprio vestido antes do cumprimento cortês esperado. Exceto que este não veio. Invés disso, o homem teve a audácia de a perguntar quem ela era. Aquilo era certamente uma novidade, e não tinha o costume de precisar se apresentar. Seu nome veio à ponta da língua – e então, interrompido pelo vinho de rosas que tinha agora no sangue, foi substituído por um impulso. Um pequeno ato de rebeldia. ── Sylwen. Eu me chamo Sylwen. ── O informou, oferecendo um sorriso modesto. Tecnicamente não estava mentindo: aquele era seu nome do meio, e o apelido era o usado pelas amizades mais próximas. ── Suponho que este cavalo seja seu. ── Livre das normas que a confinavam como princesa, voltou a se aproximar, as mãos passeando pelo dorso do animal. ── É uma companhia melhor que a maioria das que encontrei lá dentro. ── Indicou o circo com o queixo, amarga. ── E você é...? ── Perguntou por fim, deixando que a curiosidade ganhasse. Ao julgar pelas vestes, diria que era um militar.
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Com Josephine Sylwen Essaex, nos Arredores da Clareira ( @josephineessaex )
SEAMUS TINHA sido nobre ao cordialmente custear toda Wülfhere para as festividades de Kirke--- ao menos perante olhos alheios. Alec, por sua vez, temia que seu objetivo com aquele falso gesto de caridade era ter soldados dispensáveis protegendo os Khajols inúteis de outra possível calamidade. Tsc. No primeiro dia de evento, Ironveil rondava (com a habitual irritação) a clareira. Tinha o uniforme de couro cor de vinho e panos escuros cobrindo o corpo; calçava botinas que, embora pesadas, não emitiam qualquer som ao pisar sobre folhas e galhos. Era sua vez de garantir a segurança do circo e, para isso, precisava de Myra para percorrer o perímetro com eficiência. O polegar e o indicador foram até a boca, dobrando o lábio inferior num assobio estridente com auxílio da língua. Ele esperou o trotar ao longe. E esperou. Outro assobio, seguido de pressentimento ruim--- Myra nunca ignorava seus chamados. A marcha que se sucedeu, ao ritmo de um coração desesperado batendo contra o esterno, levava Alec diretamente ao ponto em que deixara a égua. Aproximando-se, ouvidos aguçados captavam o respirar pesado do focinho e os cascos revezando sutilmente ao bater no chão. Alívio lhe permeou... até ouvir uma voz desconhecida. A mão já pairava sobre o cabo de Lamento, acariciando o metal gelado, enquanto ele surgia com cuidado de trás dos arbustos, sendo pego desprevenido pela cena nada ameaçadora de Myra comendo cubos de açúcar nas mãos de alguém. "Huh." Era seu modo de dizer estar intrigado. Rodeando a égua, a mão esquerda acariciava os pelos das costas até a cabeça, distribuindo um carinho no pé da orelha esquerda, indicando que havia chegado. Myra era um belo exemplar de cavalo: tinha o corpo pintado com desenhos e runas de Fae e cabelos longos e trançados. Era intimidante. Grande. E ranzinza, tal qual Alec. Olhando de cima para baixo para aquela mulher que tinha conseguido suborná-la, ele mantinha a distância respeitosa (e segura), a mão enganchando no nó lateral do cabresto para caso precisasse fugir. "Isso é novidade. Quem é você?"
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josephineessaex · 24 days ago
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Anita Briem as Jane Seymour - (requested by anonymous)
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josephineessaex · 26 days ago
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⠀( … )⠀SETTING: com @sigridz na fila dos Balões.
Havia uma pequena multidão esperando por sua vez nos balões de ar quente, e a atração parecia estar entre as mais populares do festival. Se quisesse, Josie poderia usar de seus privilégios para passar à frente de toda a fila, mas a mera ideia lhe gerava desconforto. O guarda que a seguia para todos os lados já atraía atenção o suficiente. Ter que aguardar sua vez ao menos a dava a oportunidade de botar a conversa em dia com Sigrid, sabendo que muito na vida da amiga tinha mudado nas últimas semanas. Entrelaçou seu braço no dela, estudando o familiar rosto coberto de sardas como se procurasse por sinais de que deveria estar preocupada. Só o que encontrou foi aparente felicidade, o que não condizia exatamente com o abandono de Rá – o que só podia significar que tinha a ver com Cillian. Faria uma pergunta de cada vez. ── Teve notícias de nosso velho amigo? ── Um sorriso travesso acompanhou a tentativa de interrogatório, sabendo que a morena captaria perfeitamente sobre quem falava, já que ambas conheciam o Methusael há muito tempo, e a escolha de palavras era uma piada interna sobre a diferença de idade entre os dois. ── Nem parece que você não vê o Sol há algum tempo. Está radiante. ── Falar em códigos daquela maneira talvez fosse um exagero mas, criada por Seamus, tinha sido ensinada a proteger segredos com intensidade feroz. Conforme se aproximavam da frente da fila, Josie se voltou para ela com o melhor dos olhares pidões. ── Trança o meu cabelo? Não quero ficar descabelada com o vento. ── A deu as costas antes mesmo que ela concordasse, acostumada a ter o que queria quando o queria. Sacudiu a cabeça de modo a permitir que os cachos loiros cascateassem sobre seu ombro, a dando livre acesso.
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josephineessaex · 26 days ago
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⠀( … )⠀SETTING: com @sylascou nos arredores da Roda Gigante.
O tornozelo curado com ajuda da magia não era suficiente para esconder seu segredo. Depois da vergonha passada ao tentar escapar do palácio pela primeira vez, Josephine tinha se dado à liberdade de apreender um dos pertences do changeling que a tinha flagrado como munição. Não tinha violado sua privacidade pois ainda tinha princípios, mas o caderno de Sylas Vexthorne era agora uma espécie de garantia de que sua vergonha não seria espalhada aos quatro ventos. Tinha achado o montador uma criatura peculiar, e a curiosidade para folhear as páginas por ele escritas a estava corroendo, mas vinha mostrando bom autocontrole ao resistir à tentação. Tinha trazido o volume consigo na intenção de o intimar com um trato e, enquanto aguardava por sua vez na fila da Roda Gigante, aproveitou para escanear cada centímetro do festival com os olhos em busca do homem de cabelos escuros e olhos tristes. O avistou longe da multidão, parecendo observar o ir e vir sem realmente pertencer. Acenou alegremente para atrair sua atenção e, tão logo a capturou, estendeu a mão na direção de seu guarda para pedir pela bolsa com seus pertences. A vasculhou por um par de segundos antes de sacar o caderninho afanado do interior, o erguendo no ar como um troféu. Tinha quase certeza de que aquilo chamaria sua atenção.
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josephineessaex · 26 days ago
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⠀( … )⠀SETTING: com @inthevoidz na fila das bebidas.
A adrenalina de ter escapado ainda corria em suas veias. Pegando a capa de uma amiga emprestada, tinha conseguido dispensar o guarda em meio à multidão – um primeiro sucesso nas tentativas de liberdade após o fracasso da anterior. Sabia que não tinha muito tempo antes que sua sombra a encontrasse, e estava decidida a fazer cada segundo valer. Encolhida sob o pesado veludo preto e tentando o melhor para esconder o lilás de seu vestido, Josephine se enfiou na fila das bebidas. Nunca sequer tinha provado álcool antes, e para tudo havia uma primeira vez. Com um caneco de vinho de rosas em mãos, tinha acabado de pousar um par de moedas sobre o balcão da barraca quando sentiu uma presença sobre seu ombro. Deu um pulo ao sentir a presença e, pensando ser sua escolta, estava prestes a erguer as saias e correr. Foi então que percebeu que as vestes escuras em nada se pareciam com o uniforme da guarda imperial, e foi com o rosto de Cillian que deu de cara ao erguer o olhar. Que maldição – que faro era este que os changelings pareciam ter para a pegar fazendo o que não devia? Ao menos sabia que o Methusael não contaria de suas escapadas aos quatro ventos. ── By the gods, you nearly gave me a heart attack. ── A repreensão veio antes mesmo que ele tivesse a chance de abrir o bico, ainda que acompanhada de uma cortesia em reflexo. Com certo desespero, levou a bebida à boca e deu um largo gole, como se tivesse medo que o mais velho fosse arrancá-la de suas mãos antes que tivesse a chance. Foi com tanta sede ao pote que precisou limpar o queixo após se dar por satisfeita. Sabia que o professor seria o último a ter o direito de a repreender, mas ainda tinha medo que acabasse por usar seu nome e atrair atenção. ── Se alguém perguntar, você não me viu a noite toda. ── O instruiu, olhando para um lado e para o outro como uma fugitiva. ── E nem pense em me julgar – sua noiva está muito pior!
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josephineessaex · 26 days ago
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⠀( … )⠀SETTING: com @fromodins na Sala dos Espelhos.
No desespero de se manter fora da vista dos guardas, tinha se enfiado na primeira tenda que alcançou, o coração palpitando contra as costelas como se estivesse prestes a saltar do peito. Uma vez ali dentro, tirou a capa pesada na esperança de aliviar o calor. Correr para cima e para baixo a tinha feito suar, o que não era próprio para alguém de sua estatura. Infelizmente, tinha escolhido o pior lugar possível para evitar a percepção: ao olhar a redor, só o que encontrou foi o próprio reflexo em uma dezena de espelhos, cada um mais distorcido que o anterior. Estava uma bagunça, as bochechas coradas após a indulgência em sua primeira caneca de vinho. A noção que antes a teria envergonhado agora trazia o gostinho viciante da liberdade. Usou do veludo para secar a testa, afastando a trança de sua nuca para tentar se refrescar, e então levou a mão ao peito para acalmar a respiração ofegante. Pensando estar sozinha, deixou escapar uma gargalhada – e foi então que ouviu o farfalhar de movimento. ── Quem está aí? ── Perguntou em um reflexo, desconfiada. A felicidade de estar sozinha foi substituída pela apreensão ao perceber que aquilo a tornava o alvo perfeito. Silenciou a própria risada imediatamente, tateando nas vestes até sacar seu pincel. Não era como se tivesse particular proeza na magia, mas ter uma arma qualquer era melhor do que arma nenhuma. Se saísse do esconderijo, seria pega, o que a deixava com uma única escolha. Engolindo a própria covardia, seguiu na direção do ruído, tentando manter os próprios passos tão silenciosos quanto possível.
Do outro lado de uma das divisórias de espelhos estava Freyja Hrafnkel. Qualquer resquício de medo deu lugar a uma emoção muito pior, e sua expressão se fechou imediatamente, tomada pelo ressentimento. ── É claro. A situação tinha que piorar. ── Ouviu a si mesma dizer sem nenhuma cortesia, desviando os olhos para não ter que encará-la. A grosseria era completamente fora do comum, e talvez fosse resultado do álcool em seu sangue, ou do lado amargo de sua personalidade que só a antiga melhor amiga era capaz de despertar. Com o pincel ainda entre os dedos, se perguntou se havia alguma combinação de aons capaz de apagar a memória de que ela a tinha visto.
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josephineessaex · 26 days ago
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⠀( … )⠀SETTING: com @antlrprncss no Museu de Curiosidades.
Seus guardas e os da irmã as seguiam como sombras, uma presença da qual não era fácil se livrar. Tinha o braço entrelaçado no de Igraine, o contato não tão natural quanto seria com Niamh ou Celestia, e iniciado por Josephine em uma tentativa de aproximação. Conforme caminhavam entre os frequentadores do festival, podia sentir os pares de olhos as acompanhando. Sua atenção estava apenas na irmã, roubando um olhar de soslaio e percebendo que, naquele ângulo, a mais nova era uma cópia perfeita de Meritaten. A convivência tinha se tornado um pouco mais delicada após a partida da mãe, e Josie estava disposta a tentar remendá-la na esperança de que pudessem se apoiar uma na outra ao superar a perda. ── Gostei de seus brincos. ── Apesar de o sorriso ofertado ser genuíno, detestou como o elogio soava como a conversa fiada desperdiçada com desconhecidos, e franziu as sobrancelhas conforme pensava em como tornar o diálogo mais natural.
A sensação de ser observada era como uma queimação na base da nuca, desconfortável o suficiente para a fazer olhar ao redor em busca de refúgio. A maioria da movimentação parecia partir na direção da tenda principal em antecipação ao espetáculo, e Josephine optou por arrastar Igraine consigo na direção da única atração que parecia vazia, encontrando alguma privacidade entre as paredes de lona do Museu de Curiosidades, a escolta prostrada na entrada e as dando espaço. O interior estava repleto de artefatos de sua família, e foi com um pesar no coração que notou que a exposição central era uma homenagem à Imperatriz assassinada. Atrás de conforto, buscou pela mão da irmã e a apertou. ── Odeio ter que estar aqui. ── Admitiu o incômodo em um sussurro, muito provavelmente pela primeira vez na vida. Não costumava questionar as ordens de Seamus, e tinha sido o pai a instruí-la a marcar presença. ── Não me sinto no clima para festas. Está tudo de cabeça pra baixo. ── Correu os dedos pelos cabelos trançados na intenção de mantê-los ocupados, o nervosismo evidente. Uma vez que o peito estava aberto, a verdade a escapou em uma torrente. ── Sinto sua falta, Lethie. ── O apelido era uma recordação da infância, e há muito tinha sido deixado de lado. A distância entre as duas parecia ter se tornado um abismo desde o maldito enterro, e odiava pensar que só ela o tinha percebido.
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